Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano III    Nº25    Março 2000

 

Politécnico

PORTALEGRE

Semana Académica promete

As Associações de Estudantes das escolas do Instituto Politécnico de Portalegre estão já a preparar a próxima semana académica. Uma iniciativa que decorrerá de 8 a 13 de Maio e que pretende envolver as cidades de Portalegre e de Elvas, onde está instalada a Escola Superior Agrária. os grupos musicais Clã, Ornatos Violeta e Ena Pá 2000 estão já confirmados, embora o programa ainda não esteja concluído.

De acordo com a organização, a Semana começará com a actuação do Grupo de Serenatas de Portalegre. Um espectáculo para os mais românticos e não só, pois haverá no bar sempre umas loirinhas apetitosas, que sabem sempre bem a qualquer hora da noite. Depois, no dia 9, será a vez do grupo Ena Pá 2000 subirem ao palco, para um espectáculo muito animado, voltado para a juventude mais irreverente.

O dia 10 é o mais académico de todos, ou não se realizasse um encontro de Tunas, onde a boa disposição estudantil tornará a festa bem mais agradável. Depois, no dia 11, serão realizados dois concertos num só. Os Clã actuarão primeiro, e os Ornato Violeta encerrarão os festejos, ou vice-versa. Além da parte mais boémia, a organização vai promover torneios desportivos, como voleibol e futebol. A preparação já pode começar a ser feita, que os jogos são daqui por um mês e meio. Para já não está agendado nenhum concurso de corte de chouriça e levantamento de copos. Mas quem sabe... Ah! é verdade a cidade de Elvas também terá as suas iniciativas, que a organização está a preparar, porque as festas quando nascem é para todos.

FEDERAÇÃO. As Associações de Estudantes das escolas do Instituto Politécnico de Portalegre e da Superior de Enfermagem estão a elaborar os estatutos para a criação de uma federação académica. os trabalhos já começaram há algum tempo e quando constituída a federação passará a representar todos os alunos do Politécnico. Além disso, passará a assumir a realização de determinadas iniciativas.

 

 

30 MINUTOS COM JOSÉ PIRES

Conselhos locais

A Câmara de Castelo Branco deve envidar esforços no sentido de criar o Conselho Local de Educação. Porque esse Conselho poderá trazer vantagens importantes em termos da economia de meios e de recursos, além de permitir uma melhor comunicação entre as escolas e das escolas com o meio em que estão envolvidas.

A opinião é de José Pires, sub-director da ESE de Castelo Branco, que este mês aborda este tema numa conversa com os editores do Ensino Magazine. Conversa onde lança este desafio e diz que a ESE está disponível para a criação desse órgão caso a autarquia assim o pretenda. A situação actual é que terá de ser alterada.

“O presidente da autarquia já tentou formar o Conselho, mas deixou um pouco ao livre arbítrio da capacidade de organização das escolas ou dos partidos representados na Assembleia Municipal. Esse caminho é o mais difícil. O mais fácil seria organizar um fórum de reflexão no âmbito da Câmara em que estivessem representados todos os intervenientes. E dentro desse fórum procurava-se procurar, com objectividade, o Conselho Local de Educação”.

Recorde-se que a ideia inicial dos conselhos locais de educação passava por se passar a pensar o processo educativo, não apenas ao nível do Ministério e seus serviços locais, mas a sua organização, planificação e gestão deve passar também pela estrutura autárquica.

E se a ideia em si é considerada positiva, José Pires lança um aviso. “A questão é se estes conselhos se transformam num órgão que é a voz do dono e não têm opinião baseada na realidade das regiões, ou se repetem a opinião que decorre das decisões estratégicas e estruturantes do Ministério da Educação. Se for assim, não têm razão de ser, nem de existir”.

Mas se a ideia for analisarem a educação e ter intervenção reflexiva e organizativa, José Pires considera que é imprescindível que avancem. Para isso, a autarquia deve associar-se a outros parceiros estratégicos e tentar transformar o conselho num órgão que vai além do simples aspecto consultivo. Algo que será possível mediante alguns pressupostos.

Um deles é que os membros do Conselho sejam eleitos entre os seus pares. Não um por escola, ou um por associação de pais, porque a estrutura poderia ficar demasiado pesada. Mas um elemento que represente as escolas de cada nível de ensino, sendo um para as instituições do Pré-escolar, outro para o 1º Ciclo e assim sucessivamente. Surgiria depois um outro elemento que representasse todas as associações de pais, um outro para as associações de estudantes...

No entender de José Pires, o Conselho Local passaria a ter legitimidade democrática, teria uma multiplicidade de instituições representadas e não seria uma estrutura demasiado pesada. “Com estes elementos, mais, por exemplo, o vereador responsável pelo pelouro da educação e juventude, vamos ter um órgão que terá no máximo 15 pessoas, e poderá desenvolver trabalho”.

Um desses trabalhos seria o de recolher de um exemplar dos projectos educativos das diferentes escolas, a partir dos quais se fazem os planos de actividades e tentar coordená-los com vista à elaboração de uma proposta de projecto educativo do Concelho de Castelo Branco, perfeitamente integrado na região e ao qual as escolas poderiam recorrer de acordo com o nível de ensino em causa.
“Se todo o Concelho tivesse esta perspectiva, existiria alguma coerência quer interna, quer externa, dos diferentes projectos educativos, porque todas as escolas, através do seu representante no Concelho Local, ficam a conhecer os perfis de entrada dos alunos nos diferentes níveis de ensino e o que se pretende nos perfis de saída”.

Outro objectivo é que, conhecendo o plano de actividades do Concelho Local, as escolas podem conjugar actividades com outras escolas, “o que permitiria gerir espaços iguais, tempos iguais e equipamentos iguais evitando assim repetições de equipamentos e de recursos”. A título de exemplo, um trabalho sobre a Assembleia Municipal que os alunos de diferentes escolas tenham de fazer, pode ser programado para acontecer em todas as escolas ao mesmo tempo, por proposta do Conselho Local de Educação.

José Pires defende ainda que o Conselho Local de Educação deve reflectir ao nível da estrutura legislativa ao nível da organização e do funcionamento do ensino, numa perspectiva concelhia. Porque a posição de uma escola tem um peso, mas a do conjunto de escolas e de outras entidades será obviamente mais importante.

A um terceiro nível, este órgão deverá ter intervenção ao nível das políticas de juventude, não só ao nível das escolas, mas também no que respeita às autarquias e a outras entidades que lidam directamente com jovens, como o Projecto Vida e o Instituto Português de Juventude. “Pode estabelecer um quadro geral de uma política de intervenção ao nível da juventude que dê resposta ao que os jovens de facto se perguntam”.

 

 

LUIS COSTA NÃO SE NÃO SE RECANDIDATA

ESE vai a votos

 

ENSINO SUPERIO

Politécnicos do Centro unidos

 

TIMOR

Ministério recua

 

GUARDA E CASTELO BRANCO

Saúde em debate

 


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