TIMOR
Ministério recua
O grupo de professores da área de Castelo Branco que pretendia partir para Timor para se dedicar à formação de professores naquele antigo território português, está em banho-maria. A culpa, dizem, é do Ministério da Educação, que acabou por voltar atrás nas propostas feitas inicialmente.
O director da ESE, Luís Costa, que esteve ligado à constituição desse grupo, afirma que “há uma grande indefinição no Ministério da Educação em relação ao que se pretende. A justificação que é dada é a de que todos os dias Timor pede algo diferente. No meu entender esta é uma má justificação, porque pode enfermar de um complexo de colonizador, do receio de estar a dizer que vamos fazer assim ou assim”.
Luís Costa adianta que esperava que a política acerca do que se pretende fazer estivesse perfeitamente definida, ainda que fosse “apenas para apoiar os timorenses a decidir o que querem. E não estar à espera que nos peçam um dia uma coisa e outro dia outra. Penso que aqui há uma grande falha política em relação ao apoio que se pretende dar a Timor”.
Recorde-se que, após solicitação inicial do Ministério ao Conselho Coordenador dos Politécnicos, os professores da ESE prepararam-se para desenvolver actividades de formação de professores em Timor. Luís Costa foi um dos que se disponibilizou e procurou identificar professores na ESE que pudessem ajudar a esse projecto.
“Tentámos, ao nível da área de influência da escola, constituir uma equipa que tivesse alguma autonomia e operacionalidade em termos interventivos. Uma equipa que aprendesse o tetum, a geografia e as culturas timorenses, que desenvolvesse materiais que pudessem ser utilizados na formação de professores”.
Mas o desafio inicial acabou por ser alterado. “Houve um recuo. Participei em reuniões no gabinete do ministro e aquilo que era formação de professores, neste momento já não é. Aquilo que eram dezenas e dezenas de professores a enviar para Timor neste momento não é. Pode vir a ser no futuro, e não sei se está dependente de declarar o português como língua oficial”.
O certo é que nesta época de Março e Abril, em que deveriam ir centenas de professores, irão apenas 28. Por outro lado, foi redefinida a acção a desenvolver. “Ficou definido a partir de certa altura que o Ministério não queria enviar professores que estivessem nas escolas básicas e secundárias. Aquilo que percebi é que se queria enviar professores não colocados, com experiência reduzida. Depois haveria um grupo de professores das ESEs que se responsabilizava pelos que esses professores fizessem lá de bem ou de mal”. Uma lógica em tudo diferente daquela que presidiu à formação da equipa de Castelo
Branco.
GUARDA E CASTELO BRANCO
Saúde em debate
Os presidentes dos Institutos Politécnicos de Castelo Branco e da Guarda, Valter Lemos e José Alves (na foto), respectivamente, e os directores da Escolas Superiores de Enfermagem daquelas cidades, discutiram, no início deste mês, a actual situação que se vive nas escolas de enfermagem da região, e os projectos que cada Instituto tem para as suas Escolas Superiores de Saúde.
A reunião realizada, nas instalações da Escola Superior de Enfermagem da Guarda, serviu sobretudo para se conhecerem os projectos de cada um dos organismos, e foi promovida na sequência de outras já realizadas, no âmbito do intercâmbio sugerido pelo anterior ministro da Educação, Eduardo Marçal Grilo. O objectivo das reuniões já realizadas passa por definir estratégias para o futuro, de forma a que em tempo útil, e seguindo uma política conjunta, sobre as posições e os projectos a adoptar, sobretudo no que respeita à criação de novos cursos de tecnologias da saúde. A ideia é que haja uma complementaridade dos projectos que cada um dos organismos pretende implementar.
Recorde-se que neste momento as escolas superiores de enfermagem continuam a viver momentos de indefinição financeira, já que a Resolução do Conselho de Ministros, aprovada no ano passado, apontava para a integração das Escolas de Enfermagem nos Institutos Politécnicos, até ao final de 1999, o que até ao momento não aconteceu. Facto que tem causado muitos transtornos no funcionamento daquelas escolas e aos próprios alunos que as frequentam. Neste momento, os responsáveis pelos Politécnicos continuam a aguardar essa integração, pois de outra forma não é possível avançar com a chamadas Escolas Superiores de Saúde.
INTERCÂMBIOS. O Instituto Politécnico da Guarda está a promover diversos intercâmbios com instituições de ensino superior estrangeiras. Neste momento, no Centro Federal da Universidade do Rio Grande do Norte, no Brasil, está a ministrar aulas um docente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão. José Carlos Miranda permanecerá no Brasil durante três meses. Mas da Universidade Brasileira virá um docente, também da área de informática. Lunardo Alves de Sena chegou no final deste mês, e também permanecerá na Guarda durante os próximos três ou quatro meses. Além disso, o Politécnico da Guarda irá possibilitar a dois alunos de Engenharia Informática fazerem parte dos estudos no Brasil, e em contrapartida receberá dois alunos da Universidade brasileira. Já no âmbito do Programa Sócrates - Erasmus vários alunos do Politécnico da Guarda estão a estudar na Universidade de Granada e de Salamanca, enquanto que uma aluna da Universidade de Granada está a estudar da Escola Superior de Educação da Guarda.
Ainda no âmbito de cooperação com instituições de ensino superior brasileiras, o Politécnico da Guarda irá assinar protocolos, que possibilitem o intercâmbio de docentes e alunos, com as Universidades da Amazónia, Pernambuco e
Potiguar.
LUIS COSTA NÃO SE
RECANDIDATA
ESE
vai a votos
ENSINO SUPERIOR
Politécnicos
do Centro unidos
PORTALEGRE
Semana
Académica promete
30 MINUTOS COM JOSÉ
PIRES
Conselhos
locais
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