Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano XIV    Nº155   Janeiro 2011

Politécnico

POLITÉCNICO

Beja com qualidade garantida

O Instituto Politécnico de Beja (IPB) obteve “níveis de enorme qualidade” numa avaliação externa da European University Association (EUA), cujos resultados deixaram a presidência da instituição de ensino público “muito contente”, foi hoje anunciado.

Nas seis áreas avaliadas, o IPB “atingiu níveis de enorme qualidade”, disse o presidente do IPB, Vito Carioca, numa conferência de imprensa em Beja, que serviu para apresentar o relatório preliminar da avaliação externa efetuada entre março e outubro de 2010 por uma equipa do Institutional Evaluation Programme (IEP), um serviço independente da EUA que avalia instituições.

Segundo o relatório, frisou, o IPB, considerando os seus recursos humanos e infraestruturas, “tem elevados níveis de qualidade” nas áreas avaliadas (processo de auto-avaliação; organização e governação; desenvolvimento estratégico; internacionalização; investigação, desenvolvimento, inovação e transferência de conhecimento; garantia de qualidade).

Os resultados “deixam a presidência do IPB muito contente”, “não seriam possíveis sem o empenho de todos os alunos, professores e funcionários” e são “ainda mais importantes” porque trata-se da avaliação de “uma agência de enorme prestígio internacional” e “uma das mais credíveis a nível mundial”, disse.

O relatório do IEP faz 15 recomendações ao IPB, que Vito Carioca considera “pequenas limitações” relativas a questões que estão a ser tratadas.

“Não há uma única limitação séria identificada”, o que “é muito importante”, frisou, referindo que a presidência do IPB pensa voltar a convidar a equipa do IEP para verificar se as recomendações foram atingidas.

Entre as recomendações destaca-se “a revisão e a racionalização” da oferta formativa do IPB, “em consonância com a necessidade de promover a transferência de conhecimentos, o desenvolvimento regional e o serviço à comunidade”.

O desenvolvimento de uma política de investigação, criação de um conselho consultivo científico, aposta no ensino à distância, melhoria da comunicação interna e reforço do número de pro-presidentes são outras recomendações.

O IEP recomenda também o “envolvimento sistemático” de parceiros externos e o prolongamento do grupo de autoavaliação durante o processo de revisão e implementação do Plano Estratégico do IPB até 2013, que, segundo Vito Carioca, será apresentado “até final de fevereiro”.

Lembrando a “rapidez das reformas” do processo de Bolonha em Portugal, a “significativa diminuição do financiamento público” e as caraterísticas demográficas da região, o IEP conclui que o IPB “tem sido incapaz de desfrutar de um período de transição suave entre antigos e novos regimes”.

No entanto, o IPB “está de parabéns pela sua resposta, articulada pela combinação de uma liderança forte, por uma autoavaliação aguda e sensível, pela mobilização de agentes externos e por um corpo de funcionários e alunos com altas aspirações”.

A equipa do IEP está ciente de que muitas das recomendações implicam investimentos, numa altura em que, devido à “falta de financiamento público”, o IPB é obrigado a procurar fontes de receita complementares, mas “nenhuma é um luxo” e “todas estão em consonância com os objetivos” do seu Plano Estratégico.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

 

 

 

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

IPCB aposta no ambiente

O Instituto Politécnico de Castelo Branco está a concluir um projecto de eficiência energética, num investimento de 524 mil euros, dos quais 380 mil resultaram de uma comparticipação do Ministério das Finanças e o restante de verbas próprias do IPCB.

“Implementámos medidas ambientais e vimos reduzida a factura da energia”, explica Carlos Maia, presidente do IPCB. “Aquilo que queremos é que haja ganhos significativos das despesas”.

A intervenção permite ao IPCB ter ganhos significativos ao nível da energia consumida. As intervenções passaram pela substituição de janelas, pela impermeabilização de alguns espaços, colocação de painéis solares para aquecimento de água (nas residências de estudantes e na Escola Superior de Saúde), substituição de chiller’s eléctricos por outros de gás natural, e pela colocação de isolamentos.

 

 

 

BRAGANÇA

Politécnico gera empregos

O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) é dos maiores geradores de emprego e volume de negócios da região, impulsiona uma faturação anual de 52 milhões de euros e a ocupação de mais de dez por cento da população ativa.

As conclusões são de um estudo apresentado, em Bragança, que indica também que a ação desta instituição de ensino superior no Nordeste Transmontano mais que duplica cada euro investido pelo Estado.

O mesmo estudo indica que a atividade económica gerada pelos 8500 alunos, docentes e funcionários das escolas do IPB, em Bragança e Mirandela, corresponde a 8,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois concelhos.

O impacto económico do IPB no desenvolvimento da região é um trabalho realizado para o doutoramento de uma docente daquele instituição, Joana Fernandes, e os dados dizem respeito ao ano de 2007, no qual, segundo a autora, o politécnico foi responsável pela criação de 3.378 empregos diretos e indiretos, o que corresponde a 10,6 por cento da população ativa dos dois concelhos onde está instalado.

De acordo com a docente, o IPB está entre os três maiores geradores de emprego e volume de negócios, junto com o Centro Hospitalar do Nordeste e a empresa de componentes automóveis Faurécia.

O estudo foi realizado com base nos consumos dos indivíduos diretamente relacionados com a instituição, principalmente na aquisição de habitação, arrendamento, alimentação e gastos dos estudantes.

Segundo a autora, “74 por cento dos estudantes são oriundos de outras zonas dos país”, o que demonstra que o IPB consegue atrair os alunos para esta região.

O estudo encontrou também “uma grande taxa de retenção dos alunos posteriormente à graduação”, indicando que, em 2007, contribuíram para os rendimentos do Estado com 10,4 milhões de euros em impostos.

Para o presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, ao aspeto económico acrescem ainda outros contributos para a sociedade, como as dinâmicas cultural e social que “não existiriam” sem esta instituição.

Sobrinho Teixeira preside também ao Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos Portugueses (CCISP) e já diligenciou para que este trabalho seja “realizado em outras instituições”.

Várias entidades assistiram à apresentação dos dados, como o presidente da Câmara de Bragança, Jorge Nunes, que realçou a relevância da instituição “em termos de rendimentos médios da população e da qualificação das instituições”.

Já o vice-presidente da Câmara de Mirandela, António Branco, destacou que “o impacto económico equivale às maiores empresas da região e às maiores fileiras produtivas” e espera que os números sejam suficientes para convencer o ministério do Ensino Superior a aprovar a construção das novas instalações académicas naquela cidade.

Para o governador civil Jorge Gomes, “ficou claro que o investimento que o Estado faz no IPB tem retorno e com rendibilidade: por cada euro gasto dá um rendimento de 133 por cento”.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

 

 

 

BRAGANÇA

Como vivem os idosos da raia

Portugal e Espanha querem estudar as condições em que vivem os seus idosos, através de um projeto académico ibérico que abrangerá 16 mil seniores junto à raia transmontana, foi hoje anunciado.

O projeto que junta o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e a Universidade de León, em Espanha, aguarda apenas pela aprovação do financiamento para os mais de dois milhões de euros estimados para este trabalho, segundo o coordenador do Núcleo de Investigação do Idoso (NII), Fernando Pereira.

“É um estudo muito ambicioso que envolve os concelhos da Terra Fria (Bragança, Vinhais, Miranda do Douro e Vimioso), do lado português, e os concelhos de Puebla de Sanábria, Aliste e Sayago, em Castela e Leão, do outro lado da fronteira”, adiantou o responsável, esclarecendo que a ideia é estudar, durante dois anos, os idosos “em profundidade”.

Trata-se de cerca de 16 mil idosos que vão ser estudados “do ponto de vista da sua situação socioeconómica e também da situação de saúde, nomeadamente através da realização de análises e pesquisa de indicadores de doenças típicas do envelhecimento”, concretizou.

Os dados que forem obtidos “poderão ser úteis, não só para a realização de trabalhos académicos, mas, sobretudo, para os próprios profissionais de saúde quando estabelecerem as suas políticas e os seus programas de intervenção com os idosos terem uma base bem fundamentada sobre quais são as áreas prioritárias no seu trabalho”.

“Por isso, é que este projeto envolve não só instituições académicas, mas também os centros de saúde dos dois lados da fronteira”, acrescentou Fernando Pereira.
O Núcleo de Investigação do Idoso foi criado no Instituto Politécnico de Bragança há um ano e meio e destina-se a partilhar o conhecimento que vai sendo produzido pelos investigadores com a comunidade académica, com os técnicos e com a população em geral.

Uma das iniciativas que tem em curso é um ciclo de conferências para as quais têm sido convidados investigadores nacionais e internacionais com trabalho nesta área.

O NII mantém também um observatório de estudo dos idosos na região.

A Escola Superior de Saúde de Bragança, integrada no IPB, ministra dois cursos nesta área, uma licenciatura em gerontologia e um mestrado direcionado para o envelhecimento ativo.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

 

 

 

PROJECTOS APROVADOS NO QREN

Cinco milhões para I&D

  

No âmbito da sua candidatura ao Sistema de Apoio a Infra-Estruturas Científicas e Tecnológicas (SAICT) do MaisCentro, do Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007- 2013 (QREN), em Julho de 2009, o Instituto Politécnico de Leiria (IPL) viu aprovadas dois programas no valor de 5.864.688,12 euros.

Os contratos de financiamento das candidaturas aprovadas aos programas Centro de I&D, Formação e Divulgação do Conhecimento Marítimo (Cete Mares) e Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado de Produto (CDRsp) foram assinados a 3 de Dezembro último, em cerimónia realizada na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento do Centro do Programa Mais Centro (CCDRC), em Coimbra.

Esta candidatura surge na sequência do Eixo Prioritário 1 do QREN: “Competitividade, Inovação e Conhecimento”, que abrange o apoio ao desenvolvimento, consolidação e reforço da rede regional de infra-estruturas científicas e tecnológicas. Destacam-se, como objectivos deste eixo, a “aproximação dos centros de criação e difusão de conhecimento das empresas, fortalecendo sistemas regionais de inovação e desenvolvimento de competências”.

O projecto Cete Mares visa a construção de uma infra-estrutura para apoio a actividades de investigação e desenvolvimento dos recursos marinhos.

Além de um centro de I&DT, o Cete Mares pretende assumir-se como um centro de apoio à formação e divulgação do conhecimento marítimo e às actividades de formação associadas às Ciências e Tecnologias do Mar integrando, igualmente, as novas instalações do Laboratório Biotecnológico do Oeste.

A criação desta nova infra-estrutura científica está relacionada com a necessidade de construir uma sede para o desenvolvimento dos projectos do Grupo de Investigação em Recursos Marinhos (GIRM), com vista à realização de actividades direccionadas para o desenvolvimento sustentável dos recursos marinhos (biotecnologia e aquacultura), promoção de novas actividades económicas marítimas, entre outros.

O projecto contempla a implementação de uma infra-estrutura de ciência e tecnologia que permitirá criar as condições necessárias ao desenvolvimento de trabalhos de investigação em áreas emergentes como a biotecnologia aplicada aos recursos marinhos; a monitorização de habitats costeiros; a avaliação do esforço de pesca; o controlo de qualidade do pescado e a aquicultura.

Pretende-se que o conhecimento e a tecnologia gerados sejam transferidos para as empresas existentes, ou a serem criadas, na região Oeste.

Neste contexto o projecto contempla em termos mais específicos a construção do Cete Mares, constituído por um edifício de dois andares, em alvenaria, com espaços laboratoriais e espaços para formação; o desenvolvimento de actividades de formação e ainda a promoção e desenvolvimento de actividade de I&D nas áreas da Aquacultura; Pescas; Biotecnologia; Engenharia, Qualidade e Inovação Alimentar e Biologia e Ecologia Marinha.

As despesas elegíveis da operação Cete Mares assumem um valor global de 2.985.672,27 euros.

Segundo projecto

Já o projecto do Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado de Produto (CDRsp) visa a implantação de uma infra-estrutura científico-tecnológica que alocará os investigadores do CDRsp.

Esta infra-estrutura será dotada de diversos espaços para prática laboratorial, para formação avançada e para o desenvolvimento de acções de divulgação e disseminação com vista a uma efectiva transferência de tecnologia e troca de saber entre o meio industrial e o académico.

Este edifício será constituído por vários espaços que ocuparão uma área total aproximada de 2.000 m2, distribuídos por dois pisos.

Com vista ao desenvolvimento experimental estão previstos nove laboratórios científicotecnológicos. Para cada um dos laboratórios adivinham-se sistemas e equipamentos que serão adquiridos ou desenvolvidos internamente no âmbito de projectos. Além de laboratórios destinados à experimentação científica e tecnológica, o CDRSP terá outros espaços dedicados à disseminação, formação e apoio à investigação.

As despesas elegíveis da operação CDRsp assumem um valor global de 2.879.015,85 euros.
 

 

 

LEI DO MECENATO

CGD dá autocarro a Viseu

O Instituto Politécnico de Viseu recebeu no passado dia 30 de Dezembro, um Autocarro de 51 lugares doado pela Caixa Geral de Depósitos ao abrigo da Lei do Mecenato.

A doação desta viatura era um dos pontos constantes no protocolo recentemente firmado entre as duas instituições, aquando da comemoração do Dia do Instituto. O protocolo contempla ainda a concessão de doze prémios CGD, anuais, para os melhores alunos do Instituto; e o apoio da Caixa às actividades de carácter científico e pedagógico, bem como a actividades que visem o apoio à promoção do conhecimento, inovação e empreendedorismo.

A celebração de diversos protocolos tem constituído uma das linhas estratégicas do IPV, visando contribuir para o reforço da partilha do conhecimento entre o Instituto Politécnico de Viseu e a comunidade.

O IPV tem vindo a consolidar-se como um pólo de coesão e promoção do desenvolvimento regional. A sua ligação à comunidade constitui-se como um elemento chave da estratégia institucional. O Politécnico de Viseu quer privilegiar as actividades que conduzem a uma forte e estreita interacção com o meio envolvente, seja ele de cariz empresarial, institucional, ensino ou outro.

 

seguinte >>>


© 2002-2010    RVJ Editores, Lda.