IPV
Viseu coopera com
África
O Instituto Politécnico de Viseu (IPV)
e o Instituto Superior de Artes e Cultura (ISAC) de Moçambique
celebraram um protocolo de cooperação nas áreas da formação e
investigação, prestação de serviços à comunidade e valorização económica
do conhecimento.
“A promoção do intercâmbio de docentes, investigadores e estudantes e o
intercâmbio cultural, científico e técnico com instituições congéneres
nacionais e estrangeiras são outras áreas a desenvolver no âmbito deste
protocolo”, refere uma nota do politécnico de Viseu.
É também objectivo “a realização conjunta de cursos de pós-graduação,
acções de formação e seminários, formação de docentes do ISAC e
projectos e trabalhos de investigação de interesse comum”, acrescenta.
Segundo o presidente do IPV, Fernando Sebastião, este compromisso
“decorre da missão e da opção estratégica” da instituição de aprofundar
a sua dimensão internacional “através do estabelecimento de parcerias e
desenvolvimento de programas que facilitem a mobilidade de docentes e
estudantes das duas instituições”.
SUSTENTABILIDADE NO
TURISMO
Debate em Viseu
Sustentabilidade do 3º Sector:
Constrangimentos e Desafios na Sociedade Actual foi o tema do debate
realizado, a 2 de Junho, na Escola de Hotelaria e Turismo de Lamego.
Este debate decorreu no âmbito do Ano Temático Novos Desafios do
Terceiro Sector e foi organizado pelo Curso de Serviço Social da Escola
Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego do Instituto Politécnico de
Viseu.
A abordagem desta temática decorreu, por um lado, da preocupação
permanente que a ESTGL tem enquanto instituição académica com
responsabilidades inerentes na área da formação e ensino superior,
promovendo um ensino moderno, que incluem actividades pedagógicas para
além do Plano Curricular das Licenciaturas e Pós-Graduações, de modo a
dotar os seus alunos de competências e conhecimentos ajustados à
realidade vivida no momento, sempre com uma visão focada na inovação e
qualidade. Por outro lado, face à conjuntura actual e às permanentes
transformações que a sociedade portuguesa tem sido alvo, considera-se
pertinente abordar e desenvolver actividades durante este ano civil que
permitirão promover um conjunto de reflexões reorientadas para possíveis
respostas aos constrangimentos e desafios do Terceiro Sector.
Deste modo, o Seminário foi uma das diversas actividades desenvolvidas
ao longo do ano lectivo, com o intuito de abordar as diversas temáticas
em torno da Sustentabilidade da Economia Social, com testemunhos
científicos e experiências vividas.
DIA INTERNACIONAL
Biodiversidade em
Setúbal
A cidade de Setúbal assinalou o Dia
Internacional da Biodiversidade, sábado, dia 22 de Maio, por iniciativa
do Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito, através da organização
de um Simpósio dedicado aos Patrimónios da Arrábida, em homenagem ao
Botânico José Gomes Pedro.
Uma plateia com mais de uma centena de participantes juntou-se à
merecida homenagem a um dos botânicos que mais se dedicou ao estudo da
vegetação da Arrábida. Enaltecido o seu papel em prole da investigação e
cultura cientificas pelas entidades presentes, e a sua contribuição para
o conhecimento da extraordinária Biodiversidade da Arrábida, com quase
2000 espécies inventariadas, algumas raras, como a Euphorbia pedroi que
transporta justamente o seu nome, a obra e vida deste investigador seria
amplamente revelada pela conferência do biólogo Antunes Dias, que deu a
conhecer outros estudos, no Algarve, em Trás-os-Montes e na África
Oriental.
CALDAS DA RAINHA
Nova direcção
Susana Cristina Serrano Fernandes
Rodrigues é a nova directora da Escola Superior de Artes e Design
(Caldas da Rainha) do Instituto Politécnico de Leiria (IPL). A tomada de
posse decorreu a 17 de Maio, e incluiu os novos subdirectores, Rodrigo
Eduardo Rebelo da Silva e Ana Cristina Pereira Sacramento.
Susana Cristina Serrano Fernandes Rodrigues é doutorada (Doctor of
Philosophy) em Gestão Estratégica, pela Universidade de Wolverhampton,
no Reino Unido e licenciada em Organização e Gestão de empresas pelo
Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), do
Instituto Universitário de Lisboa.
Rodrigo Eduardo Silva é doutorado em Cultura Contemporânea pela
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH-UNL), da Universidade Nova
de Lisboa, e licenciado em Filosofia, pela mesma Faculdade.
Ana Sacramento é doutorada em Música (Canto/Técnica Vocal) pela
Universidade de Aveiro, e licenciada em Canto, pela Escola Superior de
Música de Lisboa. Actualmente, Ana Sacramento é docente da ESAD.CR,
desde 2004, e integra a Direcção da Escola, como subdirectora, desde
Dezembro de 2008.
ACESSO À SAÚDE DEBATIDO
EM BRAGANÇA
Serrão defende
privados
O deficit constante e crescente do
Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai obrigar à manutenção de uma política
de racionalização de custos, já encetada pelo ex-ministro Correia de
Campos, que consiste, basicamente, na redução de oferta de serviços de
Saúde, sofrendo, em primeira linha, a população “das periferias do
país”. Esta é a convicção de Daniel Serrão, médico e professor, que
nesta segunda-feira veio a Bragança, a convite da CESPU (Cooperativa de
Ensino Superior Politécnico e Universitário), para falar de “Cuidados de
Saúde: Interioridade e Justiça no Acesso”, a primeira de um Ciclo de
Conferências que a CESPU está a organizar.
O caminho, diz, passa pelos privados, “a quem deve ser o Estado a pagar
os serviços e não as pessoas directamente”, que acabam por estar onde
falha o Estado, prestando cuidados de Saúde com critérios de maior
exigência e, boa parte das vezes, a custos para o Estado mais reduzidos
do que aqueles que são praticados pelas próprias estruturas estatais. Na
área dos Cuidados Continuados o Governo já chamou para a prestação
desses serviços as Misericórdias, que outrora já tiveram um papel
fundamental na criação de Hospitais pelo país. Noutras áreas “também na
curativa” o Governo devia contratar esses serviços aos privados,
defendendo Daniel Serrão que, o que não pode acontecer é o que já
acontece, o Estado retirar ou encerrar serviços, onde os rácios não
justifiquem a sua manutenção.
O médico conhece em profundidade o sistema de saúde Português, fruto da
sua experiência como profissional mas também porque, no primeiro Governo
de António Guterres, foi um dos responsáveis pela realização de um
estudo que resultou numa proposta de reforma estrutural do SNS. O
documento, intitulado “Recomendações para uma reforma estrutural”, que
pode ser consultado na página Web do autor (www.danielserrao.com), nunca
passou do papel. Daniel Serrão argumenta existir um princípio consagrado
na Constituição que define o acesso universal, geral e gratuito, aos
cuidados de saúde a toda a população, “mas essa lei não diz que o Estado
tem de ser o prestador desses cuidados”, aclara. Essa tentativa de
“monopólio” na Saúde por parte do Estado abriu caminho à “ineficiência”
e contribui para a insustentabilidade do sistema. “Nós não temos um
Ministério da Saúde, que devia estar preocupado com a prevenção e a
educação, temos um Ministério da Doença”, ironiza. Uma ineficiência que
cria uma falta de confiança no sistema, sendo o Estado o primeiro a não
confiar. “Como se entende que o Estado não confie os cuidados de saúde
dos seus funcionários aos serviços públicos, os funcionários públicos
vão ao privado”, aponta. E com tudo isto o “buraco” do sistema de Saúde
é tendencialmente maior, perfeitamente insustentável.
O médico defende que a população que pode, “os ricos”, devia pagar, pelo
menos em parte, os serviços de que beneficia, o que não admite é que
alguém sem recursos fique sem os necessários cuidados. “Os ricos não vão
ao SNS, têm seguros de Saúde, vão ao privado”, comentou.
Por fim, Daniel Serrão explicou que a insustentabilidade do sistema
resulta também das exigências crescentes dos utentes que “reclamam os
seus direitos e querem todos os exames e mais alguns”, e dos próprios
médicos, que cada vez mais praticam uma medicina defensiva e acabam por
pedir muitos exames complementares de diagnóstico. “Há 200 casos de
queixas por ano por erro médico”, explica, justificando assim a
crescente preocupação dos clínicos em despistar qualquer tipo de
complicação. As tecnologias, cada vez mais avançadas, tornam igualmente
os exames cada vez mais caros, e tudo isto, junto, resulta num grave
problema para um SNS falido, sem grande possibilidade de recuperação.
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