Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano XIII    Nº148   Junho 2010

Politécnico

AEROPORTO

Politécnico de Beja lidera parcerias

O Instituto Politécnico de Beja, através do seu Centro de Estudos Vasco da Gama, poderá ser a entidade escolhida para liderar um projecto intermunicipal com vista à dinamização do Aeroporto de Beja. Segundo o E.M. o objectivo daquela plataforma passa por potenciar as vantagens da abertura do aeroporto na região.

Apesar de estar tudo bem encaminhado para que seja o IP Beja a assumir o papel de coordenador do projecto, a decisão final só deverá ser tomada a 15 de Junho, numa reunião agendada para Beja, entre os diferentes intervenientes.

A confirmar-se esta decisão, o Instituto Politécnico de Beja reafirma a sua posição de promotora do desenvolvimento regional, colocando o seu saber à disposição da comunidade. A questão foi discutida durante o III Encontro Parceria Aeroporto de Beja que se realizou em Ferreira do Alentejo e que contou com a participação de diversos parceiros, como a ANA – Aeroportos de Portugal, Governo Civil de Beja, IPB e Turismo do Alentejo.

 

 

 

PEPE NA ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE

IPCB apoia selecção

A Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Castelo Branco (Esald) foi a entidade escolhida pela Federação Portuguesa de Futebol para a realização de testes clínicos, na área da fisioterapia, ao internacional português Pepe. Com a preparação da selecção portuguesa com vista ao Mundial de Futebol a entrar na fase decisiva, a sessão de trabalho realizada em Castelo Branco, sexta-feira, contou com as presenças do médico da Federação, Henrique Jones, o fisioterapeuta José Gaspar, e os docentes da Escola, Vitor Ferreira e Nuno Cordeiro.

“Estou muito satisfeito com o modo como decorreram os trabalhos e com a maneira como fui tratado”. Estas foram as únicas palavras de Pepe, à saída da sessão de trabalho em Castelo Branco, onde nenhum elemento da Federação quis prestar declarações à Comunicação Social. Os testes realizados na Superior de Saúde acabaram por ser decisivos para o Seleccionador Nacional, Carlos Queiroz, poder optar com a presença do jogador na África do Sul.

Esta já não é a primeira vez que atletas de alta competição recorrem aos serviços da Escola Superior de Saúde do Politécnico de Castelo Branco. Carlos Maia, presidente do IPCB, lembra que a ESALD “foi escolhida porque dispõe de equipamentos técnicos de elevada qualidade e de meios humanos bastante qualificados, o que no seu conjunto fez com que os responsáveis da selecção nacional elegessem a escola como o local adequado para fazer testes a um jogador de alta competição, numa altura extraordinariamente importante, em que era necessário efectuar uma avaliação bastante rigorosa sobre a situação clínica do jogador, da sua evolução e da sua situação actual”.

O presidente do IPCB adianta que “é possível que outras situações semelhantes se repitam. O que importa salientar é que isso só acontece porque a Escola está devidamente capacitada para realizar exames e prestar cuidados de saúde com elevada qualidade”.

Com equipamentos de excelência, a prestação de serviços à comunidade será, no entender de Carlos Maia, “uma realidade muito em breve. Já são feitas algumas actividades para a comunidade interna do IPCB, e estão a ser tratadas questões burocráticas, de modo a que possamos disponibilizar os serviços ao público em geral dentro de muito pouco tempo”.

A vinda de atletas de alta competição à Esald significa também o reconhecimento do ensino que é ministrado na Escola. “O ensino, a investigação e prestação de serviços à comunidade estão cada vez mais interligados, nomeadamente no ensino superior politécnico, pelo que isto significa o reconhecimento de todo o trabalho que tem sido feito e o reconhecimento de toda a capacidade instalada neste momento, que nos deixa bastante satisfeitos e confiantes em relação ao futuro”.

 

 

 

ESACB

Celestino Almeida eleito director

Celestino Almeida é o novo director da Escola Superior Agrária de Castelo Branco, sucedendo no cargo a Moitinho Rodrigues. As eleições decorreram no final de Maio e aquele docente teve a maioria dos votos, não obtendo nenhum voto contra. Segundo o Ensino Magazine apurou, o novo director da Escola, que em breve tomará posse, deverá escolher o docente Manuel Vicente para seu sub-director.

 

 

 

ESTCB

PSP mostra radar na Tecnologia

Mais de meio milhares de alunos participaram, de 11 a 14 de Maio, na 3.ª Edição do Fórum de Informática e Novas Tecnologias (Infotec). A iniciativa, que decorreu na Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco, foi promovida pelos departamentos de Engenharia Informática e de Engenharia das Tecnologias de Informação.

“Tecnologias do Futuro, Desafios do Presente” foi o tema da edição de 2010 alusivo ao facto de se iniciar este ano uma nova década, o que serviu de mote para discutir e tentar descortinar o que será a mesma em termos de inovação e desenvolvimento na área da Informática e áreas afim.

José Carlos Metrôlho, presidente do departamento de Engenharia Informática, considera que “os objectivos do evento foram superados provando-se, mais uma vez, que é possível trazer a Castelo Branco o que de melhor existe no país em termos de empresas de vanguarda tecnológica e líderes em inovação”.

 

 

 

GILLETE VÉNUS

Aluno da Esart finalista

André Paiva, aluno da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco (Esart), é um dos 10 finalistas do Prémio Design Gillete Vénus. A iniciativa envolveu alunos de todo o país, tendo sido seleccionados trabalhos de estudantes de diversas instituições, como a Esart, Citex, Escola Superior de Artes e Design do Porto e Universidade da Beira Interior, num total de 300 propostas.

A escolha dos 10 trabalhos finalistas foi feita pelos criadores de moda Ana Salazar e José António Tenente, a produtora de moda Xana Guerra e os manequins Isabel Figueira, Pedro Texeira e Raquel Strada.

Os 10 croquis finalistas vão ser apresentados num desfile em Junho, onde o júri irá distinguir, com um cheque no valor de 2.000 Euros, o criador de um fato-de-banho que reflicta originalidade, criatividade destaque, simultaneamente, a beleza de umas pernas femininas.

Outra das particularidades da competição deste ano é que, além da votação do júri, é feita uma votação pela comunidade online, que pode eleger o seu favorito até 31 de Maio. O criador do projecto que tiver mais votos receberá um fim-de-semana para duas pessoas numa das capitais europeias da moda: Barcelona. Os cibernautas que votarem em www.venuspremiodesign.com habilitam-se também um fim-de-semana de luxo para duas pessoas no Algarve.

 

 

 

PLANO ESTRATÉGICO APROVADO

IPCB com novo ritmo

O Conselho Geral do Instituto Politécnico de Castelo Branco acaba de aprovar o Plano Estratégico da instituição. Em entrevista ao Ensino Magazine, o presidente do IPCB, Carlos Maia, explica a importância do documento e aponta o caminho a seguir.

O Plano Estratégico do IPCB foi agora aprovado, por unanimidade, no Conselho Geral. Quais os objectivos desse plano?

O Plano Estratégico tem por objectivo dotar o IPCB de uma estratégia coerente e sustentada de desenvolvimento para o próximo quadriénio. Nesse sentido, foi definido um conjunto de orientações consideradas estratégicas e um plano que as permite implementar, de modo a garantir a consolidação, o desenvolvimento e o reforço da competitividade da Instituição. A elaboração do plano baseou-se no diagnóstico efectuado das necessidades da Instituição e teve em conta vários factores do contexto interno e externo, de que destaca o contrato de confiança, assinado recentemente com o governo português, e que vem reforçar ainda mais o compromisso do IPCB com os objectivos estratégicos já anteriormente definidos. A captação de novos públicos, a aposta nas formações pós-graduadas e o reforço da internacionalização, a concretização plena do Processo de Bolonha, assim como a forte aposta na qualificação do corpo docente, constituem prioridades já assumidas e divulgadas pelo IPCB como estratégicas para o futuro, e agora também definidas pelo Governo como centrais para o desenvolvimento do ensino superior e do país.

Que aspectos destaca desse plano?

O plano contempla cinco eixos estratégicos que decorrem da matriz da Instituição, que são o ensino e formação, os recursos humanos, a investigação, desenvolvimento e inovação, a internacionalização e a organização e gestão. Em cada um dos eixos foram definidos objectivos, e identificadas as principais acções a implementar, de modo a que seja potenciado o desenvolvimento do IPCB. No ensino e formação, que constitui a vertente mais visível da missão do IPCB, a qualidade do ensino, a formação integral dos estudantes, o empreendedorismo, a mobilidade internacional, a captação de novos estudantes e a formação ao longo da vida constituem os grandes objectivos do IPCB para os próximos anos. Também a investigação e a prestação de serviços à comunidade, são importantes atribuições do IPCB. Nesta área, o grande objectivo consiste em instituir uma cultura de investigação aplicada em estreita articulação com o tecido empresarial, de modo a que seja possível desenvolver linhas de investigação articuladas com os vários ciclos de estudo e a integração em redes e centros de investigação. A internacionalização constitui também um eixo estratégico uma vez que proporciona um conjunto de oportunidades de valorização profissional e pessoal. A mobilidade é uma prioridade e serão reforçadas as relações e os projectos de investigação e formação conjuntos com outras instituições estrangeiras. Nos recursos humanos a grande aposta passa pela implementação de medidas de incentivo e apoio que conduzam ao aumento significativo da qualificação do corpo docente, enquanto para os trabalhadores não docentes, será implementado um sistema de apoio e um plano de formação, de acordo com as funções desempenhadas. Em termos de organização e gestão, o objectivo consiste em orientar os recursos existentes para a prossecução dos objectivos estratégicos da Instituição, num contexto difícil em que o país se encontra. Transversal a todos os eixos estratégicos está subjacente uma cultura de qualidade que importa instituir, havendo metas claramente definidas para esse efeito. Em traços muito largos são estes os eixos em que assenta o plano estratégico do IPCB para o próximo quadriénio.

A internacionalização do IPCB é dos factores de desenvolvimento da instituição. O que já foi feito e o que ainda falta fazer?

A internacionalização constitui um dos pilares do IPCB e, por isso, um dos eixos do plano estratégico. Vivemos num mundo cada vez mais globalizado, em que a possibilidade dos nossos diplomados poderem vir a trabalhar em mercados internacionais exige a formação de um espaço de ensino superior que permita o reconhecimento de qualificações, e a criação de condições favorecedoras da mobilidade e da empregabilidade nesses mercados. Sobre o que já foi feito, posso dizer que foi reforçado e reorganizado o gabinete de relações internacionais com a nomeação de um professor para o coordenar, foi aumentado o número de bolsas para a mobilidade internacional, para todos os corpos da instituição: estudantes, professores e funcionários, porque o contacto com outras culturas, facilita a aquisição e o desenvolvimento de competências diversas como o aprofundamento de conhecimentos em línguas estrangeiras, o alargar de horizontes e uma melhor compreensão dos desafios do mundo global. Foi também instituída uma medida fundamental, que é a obrigatoriedade de todos os planos de estudos dos cursos que vão iniciar no próximo ano lectivo terem uma unidade curricular de língua estrangeira, no sentido de aumentar as competências linguísticas dos estudantes, cada vez mais importantes num mundo globalizado. Foram ainda estabelecidos contactos com várias instituições. No âmbito do programa operacional de cooperação transfronteiriça Espanha Portugal ultrapassámos o número limite de projectos de investigação que podíamos submeter. São projectos em parceria com universidades espanholas, e esta é uma dinâmica que é fundamental manter. Algumas unidades orgânicas organizaram eventos internacionais e outras têm previsto a sua realização até final do ano. Por meu convite, o embaixador de Cabo Verde e a comitiva respectiva, visitaram recentemente o IPCB, e as cinco escolas superiores sedeadas em Castelo Branco, tendo havido também uma reunião com o presidente da autarquia. Durante a visita ficou acordado que a ministra do ensino superior de Cabo Verde incluiria o IPCB na visita que se prepara para fazer a Portugal, para estudarmos formas de cooperação. Houve também contactos com o Ministro do Turismo, Comércio e Indústria de Timor na visita que fez recentemente a Castelo Branco. Foram implementadas algumas medidas e estabelecidos alguns contactos, que poderão num futuro próximo dar origem a novas parcerias. Mas nesta vertente faltará sempre muito por fazer. Por um lado porque o mundo globalizado em que vivemos obriga a que tenhamos de ser bastante dinâmicos para podermos ser competitivos, por outro lado porque mesmo o que já está feito precisa de ser continuamente alimentado e renovado. O processo de internacionalização do IPCB será uma tarefa que estará sempre inacabada.

A qualificação dos recursos humanos do IPCB é uma prioridade. De que forma é que essa qualificação pode ser mais intensa?

Constitui outro dos eixos do plano estratégico. A qualificação do corpo docente constitui uma preocupação e um compromisso central do IPCB. Foi por isso instituída uma política de apoio e de incentivos, que permite aos docentes contratualizar com a instituição um programa para a frequência de programas de doutoramento, que inclui a redução ou a dispensa de actividades lectivas, bem como apoio financeiro. Além disso, foram estabelecidos protocolos com a Universidade de Lisboa e com a Universidade do Minho, através da ADISPOR, para a frequência de programas de doutoramento por parte dos docentes. Considerando o número de docentes que se encontra a frequentar programas de doutoramento, prevê-se que o IPCB possa ultrapassar, em 2014, a percentagem de 60% de docentes doutorados possuindo actualmente 22,5%.
Também os trabalhadores não docentes irão usufruir de um sistema de apoio à formação, bem como da implementação de um plano de formação contínua adaptado às funções desempenhadas com vista à melhoria contínua.

Outra das apostas do Plano Estratégico é a implementação efectiva do Processo de Bolonha, depois dos cursos já terem sido adaptados...

Neste momento todos os cursos estão adequados ao processo de Bolonha. Foi nomeado um coordenador institucional para o processo de Bolonha e criado um grupo de trabalho, com representantes de todas as escolas. Foram elaborados alguns documentos como o relatório de concretização da implementação do processo de Bolonha, que é realizado anualmente. Outros documentos importantes estão a ser preparados como o Suplemento ao Diploma e vários regulamentos. Estão também a ser preparadas pelo grupo de trabalho várias acções dirigidas aos docentes com vista à sua formação pedagógica.


Ao nível de infra-estruturas, qual é a intenção do Plano Estratégico do IPCB?

Ao nível das infra-estruturas existentes o objectivo é efectuar um plano de manutenção e recuperação tanto dos edifícios como dos equipamentos. Foi efectuado um levantamento em cada uma das escolas e estão identificadas as necessidades de intervenção, de curto, médio e longo prazo, em cada um dos edifícios, assim como os respectivos custos. Além disso, algum equipamento tem sido substituído de modo a proporcionar melhores condições de ensino e investigação aos estudantes e docentes. Foi também celebrado um aditamento ao protocolo existente entre o IPCB e os Ministérios das Finanças, da Ciência Tecnologia e Ensino Superior e da Economia, que permitirá implementar um Plano de Eficiência Energética em toda a instituição, no valor de 524000 euros e que já está em curso. Quanto ao campus da Talagueira, o objectivo é prosseguir com a construção do bloco pedagógico da Escola Superior de Artes Aplicadas, desde que estejam garantidas as respectivas condições financeiras. Nesta matéria como em todas as outras as decisões serão tomadas de acordo com a identificação rigorosa das prioridades e dos recursos disponíveis.

Neste momento as escolas encontram-se em processos eleitorais. Como é que avalia este período?

O presente ano lectivo constituiu um período de adaptação da Instituição aos novos requisitos legais, decorrentes do regime jurídico das instituições de ensino superior e dos estatutos. Após a homologação dos estatutos das Escolas, desencadearam-se os processos eleitorais para os vários órgãos, estando já eleitos na maioria das escolas o conselho de representantes, o conselho técnico-científico e o conselho pedagógico. A etapa seguinte é a escolha dos directores das escolas, que no caso do IPCB são eleitos, contrariamente a outras instituições, em que são nomeados pelo presidente da instituição. Estamos precisamente neste momento em período eleitoral que conduzirá à escolha dos directores das escolas. É um período normal da vida das instituições escolhermos os nossos representantes, escolhermos os nossos dirigentes, e o IPCB, que completa 30 anos este ano, é uma instituição sólida, com maturidade e que já passou por vários processos eleitorais. Todos os processos estão a decorrer de acordo com a calendarização prevista por cada uma das escolas e até final de Junho serão empossados todos os directores.

 


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