JOSE MANUEL FERNANDES,
JORNALISTA
"O jornalismo
pé-de-microfone
é nocivo para a profissão"
É um dos jornalistas portugueses mais
reconhecidos, muito por causa da sua frequente presença nos ecrãs, mas
especialmente por ter sido director do «Público» durante 11 anos. Em
entrevista ao «Ensino Magazine», José Manuel Fernandes recorda o
incómodo que o jornal detido por Belmiro de Azevedo causou aos
sucessivos governos, de Cavaco a Sócrates. O jornalista entende que a
agenda mediática está demasiadamente centrada em Lisboa e que o país
funciona muito em circuito fechado. A sua experiência enquanto docente
universitário diz-lhe que com Bolonha se perdeu uma oportunidade para
remodelar os cursos, entre os quais os de comunicação social. José
Manuel Fernandes apela a que os candidatos a jornalistas interiorizem
que não pensem fazer apenas 3 anos do curso superior. Numa conversa onde
se falou de tudo um pouco, ainda ouve tempo para debater duas das suas
principais ocupações da actualidade, o Twitter e o Facebook.
Lançou recentemente o livro «Diálogo em Tempo de Escombros – Uma
conversa sobre Portugal, o Mundo e a Igreja Católica», que surgiu de uma
troca de cartas entre si e o bispo do Porto, D. Manuel Clemente. Qual
foi o ponto de partida para o projecto?
Entrevistei-o pela primeira vez pouco depois da eleição de Bento XVI,
para o «Público» e a Rádio Renascença, e na altura fiquei muito
impressionado pela sua capacidade de através de um discurso abrangente,
conseguir abordar os aspectos culturais, históricos e religiosos da
actualidade. Mais tarde, voltei a falar com ele, então para debruçar-me
sobre a controvérsia entre o relacionamento entre a Igreja e o Estado,
tendo-se manifestado de forma inteligente e serena. O ano passado,
depois de D. Manuel Clemente ter ganho o «Prémio Pessoa», contactei-o,
desafiando-o para um livro sob a forma de entrevista. O modelo acabou
por evoluir para uma troca de correspondência, tendo como ponto de
partida um questionário por mim elaborado. O título do livro decorre de
uma frase do bispo do Porto para caracterizar os tempos em que vivemos.
Ele tem uma visão optimista, perspectivando o momento actual como um
tempo de reconstrução.
Em várias passagens do livro o bispo do Porto não esconde a crítica a
um Estado excessivamente centralizador. Essa é uma das mensagens fortes
de D. Manuel Clemente?
Sem dúvida. Há na vida portuguesa uma tendência quase histórica para a
centralização, com uma supremacia do poder central e de Lisboa, quase
desde o início da nacionalidade. Nos últimos anos verificou-se uma
melhoria da situação, fruto de uma maior descentralização e de uma
partilha de poder entre diversas entidades. Todavia, quando nada fazia
supor, essa cultura de comando por parte do poder central voltou a
agravar-se. Há uma tentação para resolver tudo nos ministérios da
capital e de uniformizar e padronizar todos os aspectos nas mais
diversas áreas, desde a ASAE até à mais pequena escola primária.
D. Manuel Clemente diz no livro que «o melhor de Portugal pouco
aparece e não abre geralmente os noticiários». É uma farpa à Comunicação
Social?
É uma crítica que é justa. A agenda mediática, também ela, é determinada
pelo que se passa em Lisboa e pelos que cá exercem a sua actividade. E
que são sempre os mesmos. Portugal é um país que funciona demasiadamente
em circuito fechado.
Foi director do jornal «Público» de 1998 até Outubro de 2009. Num
artigo que escreveu sobre os 30 anos do título caracterizou-o com um
jornal livre e com alma. O que trouxe de novo ao panorama mediático
português?
Deixe-me recuar até 1990, altura em que a Comunicação Social ainda
estava muito estatizada. Dominavam os valores do cinzentismo e da
rigidez. Quando o projecto do «Público» se iniciou não havia televisões
privadas, a TSF, por exemplo, já estava privatizada, mas ainda havia
estações radiofónicas detidas pelo Estado, como por exemplo, a Rádio
Comercial. Nos jornais, o «Diário de Notícias» e o «Jornal de Notícias»,
ainda estavam em processo de privatização. Lembro-me que quando
aconteceu a queda do muro de Berlim, 4 meses antes do lançamento do
«Público», nenhum jornal diário mandou um enviado especial para cobrir
um dos acontecimentos do século, ou seja, não havia tradição de cobrir
eventos de internacional, e muito menos de carácter cultural. A
política, na vertente mais estrita, dominava os jornais e a economia
ainda estava a dar os primeiros passos, visto que não existiam jornais
especializados neste segmento. O «Público» rompeu com tudo isto. Para
além disso, foi o primeiro jornal a estar na Internet – ainda hoje é o
único órgão de informação português que tem uma aplicação IPhone.
A irreverência foi sempre uma das marcas de água do jornal. Sente que
o «Público» pagou caro esse arrojo?
O «Público» sempre foi muito irrequieto e especialmente incómodo para o
poder político: não se deu bem com os governos de Cavaco, Guterres,
Durão Barroso e agora com Sócrates.
O facto do grupo Sonae, proprietário do jornal, não ter a Comunicação
Social como negócio principal pode ter pesado na adopção dessa postura
irreverente e crítica do poder instalado?
As características específicas do grupo Sonae influenciaram, bem com a
independência que Belmiro de Azevedo sempre cultivou. Soube mais tarde
(visto que a Sonae protegia muito a componente editorial do jornal) que
várias notícias publicadas no «Público» causaram danos a outros negócios
do grupo, por retaliações vindas de autarquias, ministérios ou do
governo central.
Nos 34 anos que leva de jornalista afirmou que este governo foi o que
mais tentação teve para controlar os «media». Quer concretizar?
Penso que há que distinguir a relação com os jornalistas e a realidade
democrática. Cavaco não tinha uma convivência fácil com os jornalistas,
mas foi o seu governo que abriu a TV à iniciativa privada e privatizou
vários órgãos de informação. Quero recordar os mais distraídos que
ultimamente o peso político na RTP acentuou-se. As pessoas têm a
sensação que a informação do canal do Estado melhorou, mas lembro que
foi a RTP que passou 15 dias sem dar uma única notícia sobre o caso da
licenciatura do Primeiro-Ministro na Universidade Independente.
Convenhamos que não é normal.
O Primeiro-Ministro tem insistido que lhe estão a mover uma
perseguição assente na avaliação de carácter. A governação deve ser
aferida por esse critério?
O carácter é indissociável do exercício político. A política deve ter
moral, sem ser moralista. Logo, é impossível deixar de avaliar actores
que devem ser exemplares na função que desempenham. Quando em política
se entende que os fins justificam os meios, então está-se a subverter as
regras da democracia. O sistema democrático é essencialmente sobre os
meios e não sobre os fins.
Muitos analistas já traçaram o destino ao executivo. Qual é o prazo
de validade do governo socialista?
O governo está a navegar à vista e vai durar mais um ano, até depois das
presidenciais. A oposição não quer chegar já ao poder e o governo não se
demite. Para já não há alternativas imediatas.
Passos Coelho é o senhor que se segue?
O presidente do PSD tem superado as expectativas de muita gente, mas é
cedo para avançar. É garantido que vamos continuar, mais algum tempo,
com estes teatros de sombras.
O caso «Face Oculta» saltou para a opinião pública devido à
divulgação de escutas. Os envolvidos defenderam o direito à privacidade.
Como é que um jornalista separa o que é do interesse público e o que é
do interesse do público?
Eu defendo que as escutas devem ter o menor papel possível na
investigação criminal. Não tenho, contudo, ilusões que a investigação
criminal não progredirá se se excluir por completo qualquer suporte
desta natureza. Até porque a dimensão dos casos não se resume a crimes
de corrupção envolvendo ministros, pode ser necessário seguir a pista de
eventuais tentativas de ataques terroristas, assaltos de grande
dimensão, etc. O que há é que ter cautela e rigor no seu uso. O sistema
judicial tem defeitos, mas uma grande virtude: a independência dos
juí-zes faz com que não seja possível que nenhum órgão político decida o
destino a dar a uma escuta.
E sobre o caso em concreto?
Relativamente ao «Face Oculta», as escutas, sendo de interesse
relevante, já não se encontram sob segredo de justiça, visto que o
processo judicial que lhe deu origem foi mandado arquivar. Acontece que
a interpretação dos juízes e do Supremo Tribunal sobre o caso foi
divergente. Penso que há toda a legitimidade para um escrutínio público,
ainda para mais tratando-se de um assunto tão controverso. Importa
também não esquecer que deste processo (e da audição das escutas) foi
extraída certidão de um processo que avançou, que é o do «Taguspark».
A imprensa escrita em Portugal tem sete títulos diários vendidos em
banca, depois do encerramento do «24 horas». O campeão de vendas
continua a ser o «Correio da Manhã». Revê-se neste jornal?
O «Correio da Manhã» encontrou uma fórmula de sucesso. É um estilo
híbrido, que tanto publica notícias ditas sérias, tendo inclusive aberto
secções que não tinha, como «Media», «Cultura», «Política», abordando,
em simultâneo, temas sensacionalistas e conferindo especial enfoque ao «people»,
salientando os famosos, mais ou menos vestidos, e as namoradas de
Cristiano Ronaldo.
Com o apelo crescente ao sensacionalismo, ainda há jornais de
referência puros em Portugal?
O «Público» mantém essa característica, que presidiu à sua fundação,
especialmente pela qualidade da informação que produz, mas também pela
capacidade de influir. Quando alguém quer dar uma entrevista ou escrever
um artigo para suscitar impacto e chegar às classes dirigentes escolhe
em primeiro lugar o «Público» e o «Expresso». O «DN», e os dois diários
económicos, e também o «Sol», este algo mais tablóide, também de alguma
forma podem ser considerados como tal, embora num patamar inferior. O
«I», nascido o ano passado, pese embora não cobrir por estratégia
própria toda a actualidade, também se coloca nesse mercado. Chamo a
atenção para um fenómeno curioso: há jornais, devido ao seu peso
localizado, que funcionam como publicações regionais de referência, como
é o caso do «Jornal de Notícias» no Grande Porto e no restante Norte.
Todos os jornais aderiram à moda dos brindes. Os jornais hoje em dia
já não valem por si só?
Ainda valem por si, mas não totalmente. Mas se pensarmos o que acontece
na Europa a lógica de promoção é semelhante. Inclusive os jornais de
referência do Velho Continente, caso do «El País», do «Le Monde» e do «La
Repubblica», têm produtos associados, para corresponder ao seu
público-alvo ou então para tentar captar leitores com outro perfil que
não se inserem no leque dos seus leitores habituais. No fundo, são
fórmulas que têm permitido estancar a queda de vendas e manter a
dinâmica competitiva no mercado da publicidade. Todavia, são opções que
custam caro e que têm de ser muito bem equacionadas por parte das
administrações dos jornais. É uma faca de dois gumes.
A edição impressa dos jornais vai resistir às agressivas e
permanentemente actualizadas edições online?
O «The Economist» publicou recentemente um artigo que diz que os jornais
estão a conseguir sobreviver. Referindo-se em concreto à realidade
norte-americana, essa situação tem implicado cortes dramáticos, com
algumas redacções a sofrerem reduções de um terço. Visto estarem mais
leves, as empresas começam, lentamente, a recuperar alguma
rentabilidade. Agora há uma diferença substancial entre «não morrer já»
e «conseguir sobreviver a longo prazo».
Qual será o cenário mais plausível?
As perspectivas que se colocam são de curto e de médio prazo. Para já,
creio que o desastre eminente foi evitado. A médio/longo prazo o
importante é fazer sobreviver a capacidade de produzir bom jornalismo, o
que implica pagar aos profissionais e dar-lhes condições.
O sector está numa encruzilhada?
Na faixa abaixo dos 30 anos as pessoas que compram jornais e o lêem são
cada vez menos. Não há esperança de alterar este padrão, visto que os
hábitos mudaram. Os mais jovens têm a sua vida centralizada no ecrã,
para onde toda a informação que desejam converge, seja na TV ou no
computador. Veja o caso deste mundial de futebol, em que apenas um terço
dos jogos é transmitido em canal aberto, em que são muitos os que
através do computador podem aceder à emissão online do jogo, em
múltiplos links que facilmente são conhecidos, por exemplo através das
redes sociais. É uma prática nos limites da legalidade, mas ao mesmo
tempo, é difícil imaginar como é possível impedi-la.
O desinvestimento também está a afectar as empresas de comunicação
social portuguesas. Pensa que isso se tem reflectido no produto final?
Concorda com os que dizem que as redacções de hoje não têm memória e que
se abusa do jornalismo de secretária?
Essas ideias têm um fundo de verdade e algum exagero. Por exemplo, no
caso do «Público», garanto que a redacção em 20 anos envelheceu em média
10 anos. Quanto ao jornalismo de secretária existe muito, mas sempre
houve e terá que haver. Volto a dar o exemplo do mundial de futebol:
certamente os enviados especiais dos jornais à África do Sul são em
maior número do que os que estiveram na prova realizada em 1990, em
Itália. Admito que há eventos para onde não são mobilizados jornalistas,
mas não é possível estar em todo o lado, até devido aos constrangimentos
financeiros. Deixe-me recuar a 1991, aquando da primeira Guerra do
Golfo. Na Arábia Saudita conseguiram entrar 4 jornalistas: o Adelino
Gomes e eu, pelo «Público», Cáceres Monteiro, da «Visão» e Artur
Albarran, da RTP. Outros jornais tinham enviados na Jordânia e no
Bahrein. Se pensarmos no número de jornalistas que tiveram na segunda
Guerra do Golfo, em 2001, seguramente teremos de multiplicar por dez. Se
quer que lhe diga, acho que francamente nocivo para a profissão, bem
mais do que o jornalismo de secretária, é o jornalismo pé-de-microfone.
Quer dar um exemplo concreto?
O jornalista vai ao local, muitas vezes para obter um som ou uma imagem,
e como não domina bem os assuntos, porque faz de tudo um pouco, acaba
por se «colar» aos colegas presentes e o que pergunta é muitas vezes
ditado pelas chefias, agarrando-se a detalhes sem importância. A
capacidade crítica é nula. Isto é negativo na medida em que uniformiza a
produção da informação.
Como reage à frequente observação que as redacções estão reféns das
agências de comunicação?
As agências de comunicação são úteis porque possibilitam aos jornalistas
falarem directamente com as fontes. O lado perverso é quando existe
negociação com as agências em termos menos claros. Gostava que essa
relação fosse mais transparente. Por exemplo o «Público» inaugurou uma
prática de revelar que o jornalista viajou a convite de determinada
empresa, ministério, Presidência da República ou do governo. É uma
questão de transparência. Mas também já assisti a situações absurdas em
que quem oferece a viagem faz pressão sobre o jornalista. Pode ser
intimidatório para o profissional e, caso não se acate o que as agências
querem, levanta-se sempre aquela hipótese de «na próxima vez, não vais».
O que é intolerável.
O abuso do recurso à Internet e aos motores de pesquisa como o Google
ou a enciclopédias como a Wikipédia podem ser um exercício perigoso?
Evidentemente que há muitas armadilhas na Internet e o jornalista tem
que ter cuidados redobrados. Ao contrário do que as pessoas pensam
pesquisar na Internet dá trabalho, até porque inicialmente julga-se que
ela gerou milhares de resultados, quando na verdade apenas poucas
dezenas são válidos e os restantes estão repetidos.
É professor convidado na Universidade Católica. Como se sente sabendo
que a maior parte dos alunos que tem diante de si não vão cumprir o
sonho que acalentam?
É frustrante. Chegou a altura de remodelar os cursos que temos. Devia
ter-se aproveitado a alteração de Bolonha para fazê-lo. É preciso passar
a mensagem aos candidatos a futuros jornalistas que ninguém pense fazer
apenas 3 anos do curso superior. O ideal é fazer 3+2. As redacções,
cientes do carácter demasiado generalista dos cursos de Comunicação
Social, privilegiam e procuram jovens que façam 3 anos de formação não
jornalística (ou seja, História, Direito, Matemática, Medicina, etc) e
só depois 2 anos de formação profissional, propriamente dita. Uma
espécie de estágio profissional ou simulação no terreno, como acontece
no curso da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. A formatação
única dos cursos de Comunicação Social não ajuda a aumentar a
diversidade de pontos de vista. E não defendo isto por ter chegado ao
jornalismo proveniente de um curso diferente, no caso Biologia, mas pela
experiência que tenho nas redacções.
As faculdades estão globalmente despertas para essa realidade?
Não todas. A aposta das faculdades deve centrar-se no segundo ciclo
universitário, mas, segundo sei, até à data, não houve um grande impulso
neste domínio. Fiquei a saber, o que me entristeceu, que no curso de
Comunicação Social da Universidade Nova os professores do quadro
quiseram todos ficar no primeiro ciclo, para não arriscar ir para o
segundo ciclo. Isso é bem o espelho da sociedade em que vivemos,
conservadora e pouco ambiciosa.
É público e notório o seu interesse pelas novas tecnologias,
nomeadamente o Twitter e o Facebook, onde nesta rede social já tem mais
de 5 mil «amigos». Como nasceu essa paixão?
Surgiu há ano e meio quando tive no «Público» a responsabilidade directa
por esta área. Apanhei o fenómeno do Twitter logo no início e comecei
por explorar as potencialidades da ferramenta. Depois acedi ao Facebook.
Quer partilhar connosco como utiliza estas redes sociais que
concentram a atenção de milhões?
Basta seguir as pessoas e os órgãos de Comunicação Social certos para
ter, em tempo real, um «digest» muito rápido. Inclusive posso aceder às
contas e geri-las através do telemóvel, com um custo muito baixo,
comentando opiniões e interagindo com as pessoas que me seguem.
Naturalmente procuro resguardar-me, não expondo a intimidade e
fomentando a conversa de café, partilhando banalidades do género, «agora
vou tomar banho», etc..
Nuno Dias da Silva
Fotos - Direitos Reservados
Cara da Notícia
José Manuel Fernandes,
nasceu em Lisboa, a 7 de Abril de 1957.
Em 1976 matriculou-se em Medicina, que logo trocaria por Biologia,
na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Iniciou a sua
carreira de jornalista nesse ano. Ingressou na redacção do semanário
«A Voz do Povo». Travou conhecimento naquele jornal com nomes hoje
consagrados, casos de Henrique Monteiro, Nuno Pacheco, João Mesquita
e Manuel Falcão, uma geração de profissionais que acabaria por se
cruzar mais tarde.
Esteve depois em «O Jornal», embrião da revista «Visão», até
ingressar no «Expresso», onde foi redactor 9 anos. Em 1989 acompanha
um grupo de jornalistas, com Vicente Jorge Silva e Jorge Wemans, que
deixam o semanário de Balsemão para fundar o «Público», onde foi
sucessivamente, subdirector, director-adjunto, director,
desempenhando ainda um lugar no conselho de administração da empresa
pertença do grupo Sonae, liderado por Belmiro de Azevedo. Abandonou
a direcção do «Público» em Novembro do ano passado, sucedendo-lhe
Bárbara Reis. Mantém às sextas-feiras uma coluna de opinião no
jornal chamada «Extremo Ocidental».
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