COVILHÃ
Call center abre

A nova plataforma de Contact Center a ser
implementada na Covilhã arranca em Outubro com uma estrutura de suporte
técnico e comercial da Vodafone. O Contact Center irá contar com a mais
sofisticada tecnologia IP e prestar serviços de atendimento telefónico,
e-mail e chat aos Clientes da Vodafone, bem como a outras empresas
também com um nível máximo de exigência na qualidade de serviço prestado
ao cliente. Com um investimento inicial de 1,8 milhões de Euros, o novo
Contact Center da Teleperformance irá criar de 300 postos de trabalho na
primeira fase (arranque previsto para Outubro de 2008), podendo alcançar
500 novos empregos até 2010. 
JORNADAS DE AERONÁUTICA
DA UBI
Aviões sobem à Serra
O director do curso de Engenharia
Aeronáutica da UBI, Jorge Barata, considera que as últimas Jornadas de
Aeronáutica “foram das melhores que já tiveram lugar na Covilhã”. Isto
porque “com o empenho dos docentes e do núcleo de alunos estiveram na
Covilhã os principais representantes do sector”. O docente recua até ao
ano de 1999 para encontrar uma semelhança “no número de participantes e
nas entidades presentes no festival aéreo”. Durante todo o
fim-de-semana, o Aeródromo da Covilhã acolheu diversas aeronaves que
participaram em provas de demonstração e em baptismos de voo.
Como já é habitual, durante os primeiros dois dias do evento, o
anfiteatro 8.1, no Edifício das Engenharias recebe conferencistas,
investigadores, docentes e alunos que se encontram para debater e
analisar os mais recentes trabalhos e as novidades nesta área. Este ano
não foi excepção e entre os intervenientes destaque para duas figuras
que marcaram a edição. Logo na sessão de abertura Nuno Silva, do Centro
para a Excelência, Inovação e Indústria Automóvel (CEIA), anunciou a
possibilidade da UBI, em parceira com o Instituto Superior Técnico (IST)
integrar um grupo de instituições que podem vir a construir aeronaves
desenvolvidas pelo consórcio anglo-italiano AgustaWestland.
Segundo este responsável, “existe a possibilidade de engenheiros
aeronáuticos portugueses irem trabalhar e aprofundar conhecimentos nas
instalações deste consórcio”. Uma partilha que “poderá abrir a porta a
um possível apoio ao nível do desenvolvimento de novas aeronaves e
também da produção dos modelos actuais”. Nuno Silva não pormenorizou
muito mais as informações nem falou sobre a possível instalação de um
pólo industrial em solo luso, embora a sugestão tivesse sido veiculada
entre os membros presentes nas jornadas.
Ainda assim, Jorge Barata, director do curso de Aeronáutica da UBI
prefere assumir uma posição “mais realista”. Segundo este responsável,
“este tipo de projectos muitas vezes acaba por não ter concretização
prática”. Daí que o docente se mostre mais disponível “para acreditar em
projectos que apresentem já calendarizações seguras, objectivos e prazos
definidos”. Barata recorda “que existem muitas empresas que recebem os
nossos licenciados, pessoas altamente qualificadas, e nem sempre cumprem
com os deveres profissionais para com estes”.
O director do curso de Aeronáutica mostrar-se expectante na instalação
de uma unidade de montagem de aviões na Covilhã. Segundo Barata “se
dentro de seis meses estiverem as coisas a avançar no terreno, então o
projecto poderá ser viável, caso contrário, começa a ser arriscado”. 
Eduardo Alves
CRIMINALIDADE INFORMÁTICA
Conferência na Covilhã
Os recursos informáticos ao dispor de um
jovem, “são muitos e se este não souber os seus riscos, pode ser vítima
da criminalidade informática”. O alerta é de Jorge Duque,
inspector-chefe do Instituto Superior de Polícia Judiciária e Ciências
Criminais que esteve numa palestra sobre criminalidade informática
organizada pelo Departamento de Informática da UBI, a 21 de Maio.
No que concerne à identidade na Internet o inspector apontou algumas
situações que devem ser evitadas e nas quais é necessário ter algumas
cautelas, pois o facto “de desconhecermos quem está do outro lado, leva
as pessoas a exporem-se, acabando por fornecer fotos, pondo até o disco
rígido disponível”.
Para Jorge Duque, o crime informático remete para violações da vida
privada, para infracções ligadas aos conteúdos (racismo, pornografia) e
económicas (burlas, sabotagens), passando mesmo pela violação da
propriedade intelectual (direitos de autor).
No final de 2007, a Polícia Judiciária contou com 655 inquéritos
participados, que “têm vindo a crescer cada vez mais” destacou o
inspector. No entanto, há uma cifra negra muito grande à volta desta
situação, porque “há entidades que não aceitam ver o seu nome no
processo”, acrescentou Jorge Duque.
Um dos casos expostos durante a palestra foi o de um endereço de um
responsável de um departamento do Estado receber centenas de mensagens
insultuosas, acerca da sua pessoa e das suas funções. As mensagens
tiveram origem num cybercafé. O inspector aponta este caso para mostrar
que a mobilidade tende a ser maior, tornando o controlo mais difícil. 
Raquel Carvalho
DOCENTE DA UE PUBLICA
LIVRO COM A RVJ-EDITORES
Turismo e
comunicação em estudo

O livro “Turismo e Comunicação”, da
autora Maria Noémi Marujo, aborda o papel e a importância da comunicação
no campo do turismo.
Em declarações ao “Ensino Magazine”, a autora refere que a sua obra não
se destina apenas aos académicos mas também aos profissionais que operam
na área do turismo. “Com o desenvolvimento dos meios de comunicação,
assiste-se cada vez mais ao nascimento de novos destinos turísticos e,
por isso, quem não souber comunicar as vantagens do seu destino, ou do
seu empreendimento turístico de uma forma eficaz, é rapidamente
ultrapassado pela concorrência”.
Para Maria Noémi Marujo, os meios de comunicação são os “olhos” e os
“ouvidos” do viajante. “O turista quando selecciona um destino para
fruir, baseia muitas vezes a sua escolha na informação que é veiculada
pelos meios de comunicação. Logo, eles são um instrumento que, uma vez
bem utilizado, pode levar o sector público e o sector privado do turismo
a atingir os seus objectivos promocionais: divulgar, motivar e causar
impacto”. Assim, e segundo nos explicou, o seu livro apresenta diversas
estratégias de comunicação para os profissionais actuarem no campo do
turismo.
Questionada sobre os efeitos dos media no turismo, Maria Noémi Marujo
sublinhou que, neste caso, é necessário que os profissionais da área
mantenham sempre boas relações com os media. “ No campo do turismo, os
media têm a capacidade de promover ou despromover um país, uma região ou
um empreendimento turístico. Neste sentido, é necessário que os
profissionais percebam a sua importância e a necessidade de saber lidar
com os mass media. Cada vez mais, eles são um factor decisivo para
determinar o sucesso da imagem de um destino ou de um serviço
turístico”.
Relativamente à questão da Internet como meio de comunicação para a
promoção do turismo, a autora frisa que o sector privado ou público não
deve ter uma simples presença na rede. “A Internet aguça o apetite pela
viagem. Mas para que isso aconteça é necessário que os profissionais
saibam tirar proveito dela como um instrumento promocional. É preciso
saber comunicar de forma eficiente um destino ou um serviço turístico na
rede. Aqui também o meu livro apresenta sugestões comunicacionais para a
promoção do turismo na Internet”.
O referido livro editado pela RVJ-editores, encontra-se dividido em
quatro capítulos. O capítulo um é dedicado ao enquadramento das teorias
e conceitos sobre o fenómeno turístico, às suas relações com a
sociedade, à comunicação e o processo emergente da globalização. O
capítulo dois baseia-se numa pesquisa e reflexão sobre a importância da
comunicação para o turismo. A autora faz ainda uma reflexão sobre o
papel dos media na promoção e imagem de um destino turístico e os
efeitos que eles provocam no turismo e nos turistas. O capítulo três
atenta sobre o papel das novas tecnologias de informação e comunicação
no turismo. Finalmente, o capítulo quatro é dedicado ao estudo de caso
seleccionado, onde a autora apresenta sugestões comunicacionais para a
promoção dos destinos turísticos na Internet. 
SHELL ECO MARATHON
UBI estreia carro em
França

O “CC UBI – 08”, automóvel construído por
dois alunos de Engenharia Mecânica da UBI para participar na edição
deste ano da Shell Eco Marathon, não teve os resultados esperados. Jorge
Carvalho e Bruno Caldeira explicam que existiram “alguns contratempos
com o veículo e ajustes de última hora” que levaram a que este “concept
car” apenas tivesse participado numa das etapas da prova.
Ao contrário dos anos anteriores em que a UBI participou com um
protótipo, “este ano foi um modelo de um carro urbano, totalmente
diferente”. O “CC UBI” é um veículo de quatro rodas, com dimensões
mínimas obrigatórias e outro tipo de finalidade. “A própria prova é
diferente, uma vez que o objectivo já não passa só por ver qual o carro
que consome menos e por isso existem já paragens e o próprio arranque é
feito para todos os veículos”, explica Paulo Fael.
O carro foi terminado “sem termos tempo para grandes testes e quando se
entra nesta categoria, todos os veículos têm de ser inspeccionados antes
de entrar em pista”, esclarece o docente da UBI que apoiou todo o
projecto. Na manhã do primeiro dia, “fizemos essa inspecção e a
organização apontou algumas deficiências que tivemos de corrigir”. Já
com estas anomalias corrigidas no local, o carro da UBI foi “impedido”
de participar na prova por atrasos da organização. O “CC UBI” só veio a
entrar em pista no segundo dia da corrida, mas depois de algumas voltas
promissoras, “o depósito de combustível caiu, o que nos obrigou a parar
mais uma vez”. Depois deste incidente, o veículo já não regressou mais à
pista.
Ainda assim, Paulo Fael traça um resultado positivo deste evento. Até
porque, segundo o docente, “o mais importante é a UBI marcar a sua
posição, uma vez que temos aqui um curso de engenharia mecânica e outro
de engenharia electromecânica, ambos virados para o automóvel, acho que
é sempre bom marcar uma presença e participar”. Os responsáveis estão
agora já a pensar na participação do próximo, no circuito de Hockenheim. 
Eduardo Alves
CESPU
Reprodução de células
identicada
Uma equipa de investigadores da
Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU)
identificou o modo como um gene garante a correcta reprodução das
células humanas. De acordo com a investigação, na ausência do gene Bub3
a transferência de material genético é alterada, o que pode conduzir ao
aparecimento de anomalias genéticas, como as verificadas em células do
cancro ou em recém-nascidos. O estudo vai ser publicado em Abril pela
revista científica “Molecular Biology of the Cell”.
Segundo a equipa, esta descoberta científica sobre o processo de
transferência de informação celular abre caminho para explicar, por
exemplo, a causa do aparecimento de células tumorais. “O nosso objectivo
foi perceber o papel que o gene Bub3 tinha na protecção da informação
genética, durante o processo de formação de novas células no organismo.
Aquilo que verificámos foi que este gene funciona como uma espécie de
‘policia’, garantindo a correcta reprodução das células”, explica Hassan
Bousbaa, investigador e professor do Instituto Superior de Ciências da
Saúde -Norte, do Grupo CESPU. Os resultados desta investigação podem vir
a ser utilizados como marcadores de predisposição para o cancro.
“Num estudo genético, se detectarmos que o gene Bub3 está a ser
utilizado de maneira inapropriada pelas células, ficamos a saber que
essa pessoa não está totalmente protegida de ocorrência de erros
genéticos e, portanto, tem mais probabilidades de ter uma doença
genética”, refere Hassan Bousbaa.
Esta linha de investigação, inserida no âmbito do recém-criado Centro de
Investigação em Ciências da Saúde do Grupo CESPU, teve a duração de
quatro anos e contou com o apoio da Cooperativa e da Fundação para a
Ciência e a Tecnologia. 
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