Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano XI    Nº124    Junho 2008

Universidade

COVILHÃ

Call center abre

A nova plataforma de Contact Center a ser implementada na Covilhã arranca em Outubro com uma estrutura de suporte técnico e comercial da Vodafone. O Contact Center irá contar com a mais sofisticada tecnologia IP e prestar serviços de atendimento telefónico, e-mail e chat aos Clientes da Vodafone, bem como a outras empresas também com um nível máximo de exigência na qualidade de serviço prestado ao cliente. Com um investimento inicial de 1,8 milhões de Euros, o novo Contact Center da Teleperformance irá criar de 300 postos de trabalho na primeira fase (arranque previsto para Outubro de 2008), podendo alcançar 500 novos empregos até 2010.

 

 

 

JORNADAS DE AERONÁUTICA DA UBI

Aviões sobem à Serra

O director do curso de Engenharia Aeronáutica da UBI, Jorge Barata, considera que as últimas Jornadas de Aeronáutica “foram das melhores que já tiveram lugar na Covilhã”. Isto porque “com o empenho dos docentes e do núcleo de alunos estiveram na Covilhã os principais representantes do sector”. O docente recua até ao ano de 1999 para encontrar uma semelhança “no número de participantes e nas entidades presentes no festival aéreo”. Durante todo o fim-de-semana, o Aeródromo da Covilhã acolheu diversas aeronaves que participaram em provas de demonstração e em baptismos de voo.

Como já é habitual, durante os primeiros dois dias do evento, o anfiteatro 8.1, no Edifício das Engenharias recebe conferencistas, investigadores, docentes e alunos que se encontram para debater e analisar os mais recentes trabalhos e as novidades nesta área. Este ano não foi excepção e entre os intervenientes destaque para duas figuras que marcaram a edição. Logo na sessão de abertura Nuno Silva, do Centro para a Excelência, Inovação e Indústria Automóvel (CEIA), anunciou a possibilidade da UBI, em parceira com o Instituto Superior Técnico (IST) integrar um grupo de instituições que podem vir a construir aeronaves desenvolvidas pelo consórcio anglo-italiano AgustaWestland.

Segundo este responsável, “existe a possibilidade de engenheiros aeronáuticos portugueses irem trabalhar e aprofundar conhecimentos nas instalações deste consórcio”. Uma partilha que “poderá abrir a porta a um possível apoio ao nível do desenvolvimento de novas aeronaves e também da produção dos modelos actuais”. Nuno Silva não pormenorizou muito mais as informações nem falou sobre a possível instalação de um pólo industrial em solo luso, embora a sugestão tivesse sido veiculada entre os membros presentes nas jornadas.

Ainda assim, Jorge Barata, director do curso de Aeronáutica da UBI prefere assumir uma posição “mais realista”. Segundo este responsável, “este tipo de projectos muitas vezes acaba por não ter concretização prática”. Daí que o docente se mostre mais disponível “para acreditar em projectos que apresentem já calendarizações seguras, objectivos e prazos definidos”. Barata recorda “que existem muitas empresas que recebem os nossos licenciados, pessoas altamente qualificadas, e nem sempre cumprem com os deveres profissionais para com estes”.

O director do curso de Aeronáutica mostrar-se expectante na instalação de uma unidade de montagem de aviões na Covilhã. Segundo Barata “se dentro de seis meses estiverem as coisas a avançar no terreno, então o projecto poderá ser viável, caso contrário, começa a ser arriscado”.


Eduardo Alves

 

 

 

CRIMINALIDADE INFORMÁTICA

Conferência na Covilhã

Os recursos informáticos ao dispor de um jovem, “são muitos e se este não souber os seus riscos, pode ser vítima da criminalidade informática”. O alerta é de Jorge Duque, inspector-chefe do Instituto Superior de Polícia Judiciária e Ciências Criminais que esteve numa palestra sobre criminalidade informática organizada pelo Departamento de Informática da UBI, a 21 de Maio.

No que concerne à identidade na Internet o inspector apontou algumas situações que devem ser evitadas e nas quais é necessário ter algumas cautelas, pois o facto “de desconhecermos quem está do outro lado, leva as pessoas a exporem-se, acabando por fornecer fotos, pondo até o disco rígido disponível”.

Para Jorge Duque, o crime informático remete para violações da vida privada, para infracções ligadas aos conteúdos (racismo, pornografia) e económicas (burlas, sabotagens), passando mesmo pela violação da propriedade intelectual (direitos de autor).

No final de 2007, a Polícia Judiciária contou com 655 inquéritos participados, que “têm vindo a crescer cada vez mais” destacou o inspector. No entanto, há uma cifra negra muito grande à volta desta situação, porque “há entidades que não aceitam ver o seu nome no processo”, acrescentou Jorge Duque.

Um dos casos expostos durante a palestra foi o de um endereço de um responsável de um departamento do Estado receber centenas de mensagens insultuosas, acerca da sua pessoa e das suas funções. As mensagens tiveram origem num cybercafé. O inspector aponta este caso para mostrar que a mobilidade tende a ser maior, tornando o controlo mais difícil.

Raquel Carvalho

 

 

 

DOCENTE DA UE PUBLICA LIVRO COM A RVJ-EDITORES

Turismo e comunicação em estudo

O livro “Turismo e Comunicação”, da autora Maria Noémi Marujo, aborda o papel e a importância da comunicação no campo do turismo.

Em declarações ao “Ensino Magazine”, a autora refere que a sua obra não se destina apenas aos académicos mas também aos profissionais que operam na área do turismo. “Com o desenvolvimento dos meios de comunicação, assiste-se cada vez mais ao nascimento de novos destinos turísticos e, por isso, quem não souber comunicar as vantagens do seu destino, ou do seu empreendimento turístico de uma forma eficaz, é rapidamente ultrapassado pela concorrência”.

Para Maria Noémi Marujo, os meios de comunicação são os “olhos” e os “ouvidos” do viajante. “O turista quando selecciona um destino para fruir, baseia muitas vezes a sua escolha na informação que é veiculada pelos meios de comunicação. Logo, eles são um instrumento que, uma vez bem utilizado, pode levar o sector público e o sector privado do turismo a atingir os seus objectivos promocionais: divulgar, motivar e causar impacto”. Assim, e segundo nos explicou, o seu livro apresenta diversas estratégias de comunicação para os profissionais actuarem no campo do turismo.

Questionada sobre os efeitos dos media no turismo, Maria Noémi Marujo sublinhou que, neste caso, é necessário que os profissionais da área mantenham sempre boas relações com os media. “ No campo do turismo, os media têm a capacidade de promover ou despromover um país, uma região ou um empreendimento turístico. Neste sentido, é necessário que os profissionais percebam a sua importância e a necessidade de saber lidar com os mass media. Cada vez mais, eles são um factor decisivo para determinar o sucesso da imagem de um destino ou de um serviço turístico”.

Relativamente à questão da Internet como meio de comunicação para a promoção do turismo, a autora frisa que o sector privado ou público não deve ter uma simples presença na rede. “A Internet aguça o apetite pela viagem. Mas para que isso aconteça é necessário que os profissionais saibam tirar proveito dela como um instrumento promocional. É preciso saber comunicar de forma eficiente um destino ou um serviço turístico na rede. Aqui também o meu livro apresenta sugestões comunicacionais para a promoção do turismo na Internet”.

O referido livro editado pela RVJ-editores, encontra-se dividido em quatro capítulos. O capítulo um é dedicado ao enquadramento das teorias e conceitos sobre o fenómeno turístico, às suas relações com a sociedade, à comunicação e o processo emergente da globalização. O capítulo dois baseia-se numa pesquisa e reflexão sobre a importância da comunicação para o turismo. A autora faz ainda uma reflexão sobre o papel dos media na promoção e imagem de um destino turístico e os efeitos que eles provocam no turismo e nos turistas. O capítulo três atenta sobre o papel das novas tecnologias de informação e comunicação no turismo. Finalmente, o capítulo quatro é dedicado ao estudo de caso seleccionado, onde a autora apresenta sugestões comunicacionais para a promoção dos destinos turísticos na Internet.

 

 

 

SHELL ECO MARATHON

UBI estreia carro em França

O “CC UBI – 08”, automóvel construído por dois alunos de Engenharia Mecânica da UBI para participar na edição deste ano da Shell Eco Marathon, não teve os resultados esperados. Jorge Carvalho e Bruno Caldeira explicam que existiram “alguns contratempos com o veículo e ajustes de última hora” que levaram a que este “concept car” apenas tivesse participado numa das etapas da prova.

Ao contrário dos anos anteriores em que a UBI participou com um protótipo, “este ano foi um modelo de um carro urbano, totalmente diferente”. O “CC UBI” é um veículo de quatro rodas, com dimensões mínimas obrigatórias e outro tipo de finalidade. “A própria prova é diferente, uma vez que o objectivo já não passa só por ver qual o carro que consome menos e por isso existem já paragens e o próprio arranque é feito para todos os veículos”, explica Paulo Fael.

O carro foi terminado “sem termos tempo para grandes testes e quando se entra nesta categoria, todos os veículos têm de ser inspeccionados antes de entrar em pista”, esclarece o docente da UBI que apoiou todo o projecto. Na manhã do primeiro dia, “fizemos essa inspecção e a organização apontou algumas deficiências que tivemos de corrigir”. Já com estas anomalias corrigidas no local, o carro da UBI foi “impedido” de participar na prova por atrasos da organização. O “CC UBI” só veio a entrar em pista no segundo dia da corrida, mas depois de algumas voltas promissoras, “o depósito de combustível caiu, o que nos obrigou a parar mais uma vez”. Depois deste incidente, o veículo já não regressou mais à pista.

Ainda assim, Paulo Fael traça um resultado positivo deste evento. Até porque, segundo o docente, “o mais importante é a UBI marcar a sua posição, uma vez que temos aqui um curso de engenharia mecânica e outro de engenharia electromecânica, ambos virados para o automóvel, acho que é sempre bom marcar uma presença e participar”. Os responsáveis estão agora já a pensar na participação do próximo, no circuito de Hockenheim.

Eduardo Alves

 

 

 

CESPU

Reprodução de células identicada

Uma equipa de investigadores da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU) identificou o modo como um gene garante a correcta reprodução das células humanas. De acordo com a investigação, na ausência do gene Bub3 a transferência de material genético é alterada, o que pode conduzir ao aparecimento de anomalias genéticas, como as verificadas em células do cancro ou em recém-nascidos. O estudo vai ser publicado em Abril pela revista científica “Molecular Biology of the Cell”.

Segundo a equipa, esta descoberta científica sobre o processo de transferência de informação celular abre caminho para explicar, por exemplo, a causa do aparecimento de células tumorais. “O nosso objectivo foi perceber o papel que o gene Bub3 tinha na protecção da informação genética, durante o processo de formação de novas células no organismo. Aquilo que verificámos foi que este gene funciona como uma espécie de ‘policia’, garantindo a correcta reprodução das células”, explica Hassan Bousbaa, investigador e professor do Instituto Superior de Ciências da Saúde -Norte, do Grupo CESPU. Os resultados desta investigação podem vir a ser utilizados como marcadores de predisposição para o cancro.

“Num estudo genético, se detectarmos que o gene Bub3 está a ser utilizado de maneira inapropriada pelas células, ficamos a saber que essa pessoa não está totalmente protegida de ocorrência de erros genéticos e, portanto, tem mais probabilidades de ter uma doença genética”, refere Hassan Bousbaa.

Esta linha de investigação, inserida no âmbito do recém-criado Centro de Investigação em Ciências da Saúde do Grupo CESPU, teve a duração de quatro anos e contou com o apoio da Cooperativa e da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

 

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