RUY DE CARVALHO EM
ENTREVISTA
O Senhor Teatro

Dele, Virgílio Castelo disse ser, não só
o melhor actor português, como o melhor actor do mundo. Chama-se Ruy de
Carvalho e após 60 anos de carreira já fez tudo o que havia para fazer
nos palcos, na tela e nos ecrãs.
O actor afirma que as novelas “Made in Portugal” são já um produto de
exportação nacional, critica a falta de educação e cultura de um povo
que não tem no bom gosto o seu forte e que teima em não apreciar aquilo
que é genuinamente seu, inclusive a Língua.
Completou recentemente 80 anos de
vida e tem 60 anos de carreira. Já fez dezenas de peças de teatro,
filmes e novelas. Qual é o segredo para a sua longevidade?
É preciso alguma sorte, ter uma vida regrada e não incorrer em excessos.
Não fumo, não bebo e cuido da preparação física. No fundo, sou um
cidadão pacato. Um casamento longo e estável também ajudou. E trabalhar
muito e com prazer favorece muito viver com qualidade de vida.
Aquando da morte da sua mulher, há
escassos meses, companheira de 62 anos de vida, afirmou que o melhor
para superar o sofrimento era entregar-se ao trabalho porque a vida era
tão curta que não podia ser desperdiçada. Vai trabalhar até que a saúde
lhe permita? Qual é o seu limite?
A minha actividade profissional ajudou-me imenso a superar a dor. Neste
momento estou reformado, mas pretendo trabalhar, até que a saúde deixe,
nas mais diversas formas de representação. Do que eu gosto
verdadeiramente é de representar. E com esta idade fico extremamente
orgulhoso de receber convites, a maior parte deles para papéis e
projectos muito agradáveis. Não posso é aceitar todos, porque a idade
também não permite que se cometam excessos.
Em qual destes palcos, cinema,
teatro ou novelas, está mais à vontade?
Todos os palcos me dão prazer. Representar é a minha vida. Mas do
teatro, onde comecei o meu contacto com o público, ficou sempre o
“bichinho”. Pisei todos os palcos deste País. Agora faço mais novelas,
especialmente as produzidas pela NBP, empresa para a qual tenho contrato
de exclusividade.
O seu filho, João Carvalho, também é
actor. Quando contracenou consigo disse que temeu a exigência do pai.
Foi um sonho ver o seu filho no palco a seguir-lhe as pisadas?
Representei várias vezes com ele, entre as quais no “Rei Lear”, uma das
peças que sempre sonhei fazer. Costumo ser exigente para com os outros e
para comigo. Fico muito feliz por ele seguir a profissão do pai de forma
voluntária. É sempre um orgulho.
Que análise faz da produção de
ficção nacional?
Globalmente desequilibrada. Andam à procura de uma produção como deve
ser. A situação do teatro não é famosa, existe um grande défice. Gostava
que houvesse muito mais peças em exibição. Ao contrário, a TV tem uma
produção assegurada, é quase uma indústria de qualidade e neste momento
assegura trabalho para muitos actores. Quanto ao cinema revela alguma
inconstância que precisa ser corrigida.
A primeira novela portuguesa, “Vila
Faia”, datada de 1982, vai ter reedição com novos actores dentro de
poucas semanas na RTP. Significa que esta novela, que o tinha a si como
um dos actores principais, continua a ser das melhores?
É um bom sinal reeditar “Vila Faia”, desta feita com melhores meios
técnicos (vai ser gravada em alta definição) e com um grupo de actores
igualmente de muita valia.
O «Gonçalo Marques Vila» que
interpretou em 1982 não foi convidado para o remake de 2008?
Já não tenho idade para fazer o papel. O único que se encaixava na minha
idade seria o de padre, que é o mais velho do actual elenco. É preciso
dar lugar à nova geração de talentos. No outro dia troquei impressões
com o actor que vai desempenhar o papel de Gonçalo Marques Vila, o
Virgílio Castelo, e fiquei convicto que vai ter um óptimo desempenho e
que a própria novela terá, 25 anos depois, uma excelente aceitação junto
do público.
As telenovelas “Made in Portugal”,
especialmente as transmitidas pela TVI, têm-se revelado um enorme êxito.
Pensa que algum dia podemos vir a ombrear com a industria brasileira de
novelas?
Não podemos chegar tão longe, mas as nossas novelas começam a ter uma
saída assinalável para o exterior. Pode mesmo já considerar-se um
produção de exportação nacional. Na América do Sul, no leste europeu e
até na China já viram estes produtos feitos pelos nossos profissionais.
Há não muito tempo estive na Venezuela e estava a passar a novela “Olhos
d’Água” que foi transmitida na TVI.
Na nova geração de actores há
talentos que gostaria de destacar?
Não vou destacar ninguém para não ferir susceptibilidades. Mas há jovens
de inegável qualidade, tanto no teatro, como no cinema. Gente nova, com
ambições mais vastas, não apenas direccionadas para o cinema, mas para
toda as formas de representação. Este sangue novo dá-nos muita esperança
relativamente ao futuro.
Os portugueses não vão muito ao
teatro e a própria televisão praticamente não transmite peças. O que
advoga para mudar este estado de coisas?
Os portugueses de uma forma geral aderem pouco às coisas deles. O
interesse e a iniciativa de possuir uma preparação cultural tem de
nascer do próprio povo. É preciso ir ao teatro, ao cinema, a um museu,
ler, etc. Os cursos que muitos portugueses tiram não quer
necessariamente dizer que os diplomados fiquem formados em bom gosto.
O preço dos bilhetes dos
espectáculos culturais é uma atenuante?
O factor económico é sempre a desculpa, mas não devia ser. Há muitos
espectáculos que são grátis e o povo não vai. Prefere investir noutro
tipo de divertimentos. Tenho pena.
Num País a braços com altos níveis
de iliteracia, a cultura que prevalece é dirigida para as elites?
Não devia ser, mas há elites que querem uma cultura só para eles.
«O Crime do Padre Amaro» e
«Corrupção» foram filmes de grande sucesso em que participou. Concorda
com os que dizem que os filmes para terem sucesso precisam de ter como
ingredientes, sexo, sensualidade e escândalo?
Ajuda. Porventura para saciar a curiosidade mais mórbida de alguns
espectadores. Mas não condeno o erotismo, nem o belo da estética
corporal. É bonito ver um beijo ou um nu. Mas também considero o
argumento em que se baseiam os filmes importante para levar espectadores
às salas.
O atraso cultural do País deve-se
aos erros acumulados no sector da Educação?
Tem sido um permanente atrás e adiante. É preciso definir o caminho.
Para mudar a educação é preciso acabar com o experimentalismo a que esta
tem sido sujeita. O sistema tem de ter um rumo. Não é possível estar
sempre a alterar os manuais e a cometer erros como sacrificar os
escritores portugueses dos programas.
A Língua Portuguesa tem sido
maltratada?
Os portugueses têm medo da sua própria Língua. Não pode ser. Urge
definir um modelo educativo adequado. Se o povo tiver educação, a
cultura é boa. Os factores estão interligados.
Falta exigência e uma cultura
meritocrática nas escolas?
Uma das frases de ordem do 25 de Abril era «o povo é quem mais ordena».
Mas a frase tem sido subvertida e afinal são uns mandões que mandam no
povo. E um povo menos esclarecido e menos habilitado fica mais
vulnerável ao poder.
Se o povo quiser ter cultura e educação tem de esforçar-se e puxar por
essas duas componentes fundamentais para o desenvolvimento.
Essa revolução cultural deve começar
na sala de aula?
A cultura é essencial para que se viva melhor e para enraizar prazeres
espirituais que estão arredados da nossa sociedade. Os alunos, os
adultos do amanhã, têm que deixar de ser apáticos e apostar na
pró-actividade. Respeitarem-se a si, aos docentes e aos pais. Sem esta
cultura de respeito não iremos longe. Falta disciplina no sistema.
Foi presidente do Conselho Nacional
para a Política de Terceira Idade. A sociedade despreza os idosos?
Deixámos de falar deles, outra vez. Os idosos são muito úteis à
sociedade, devido à sua experiência acumulada e a todos os seus
contributos no passado. É pena que se protejam os novos e se menosprezem
os velhos, quando deviam aproveitar-se ambos. Falta uma política de
terceira idade e leis para a defesa dos idosos, tal como já existe para
as crianças. 
Nuno Dias da Silva
Cara da notícia
Um nome incontornável do teatro nacional,
Ruy de Carvalho contracenou com actores como Laura Alves, João Villaret
ou Eunice Muñoz. Participou nas peças emblemáticas “Está lá Fora Um
Inspector” ou “Rei Lear” e emprestou a sua figura e voz aos filmes “O
Processo do Rei” e “Vale Abraão”, entre muitos outros. Distinguido com
os prémios de imprensa para o Teatro e o Cinema, Prémio da Crítica e
dois globos de ouro, nos últimos anos acumulou, ainda, cargos de cariz
político e social.
Ruy de Carvalho, nasceu a 1 de Março de 1927, em Lisboa.
Aos 9 anos estreou-se nos palcos como ardina na história da Carochinha.
Desde então nunca mais parou na arte de representar. O fascínio
apoderou-se dele e 60 anos depois ainda dura.
Senhor de uma carreira sólida e intocável, desde cedo se dedicou com
afinco à arte de representar, crente de que o sucesso, mais que sorte,
implica muito trabalho e dedicação. A disciplina seria já tradição de
família - o pai era militar. Assim, apenas com 15 anos já fazia teatro
amador na Mocidade Portuguesa e aos 22 concluía o curso do Conservatório
Nacional, com a média final de 18 valores.
Não esperou, no entanto, pelo diploma para iniciar a carreira. Em 1947
estreia-se no Teatro Nacional, com a companhia Rey Colaço-Robles
Monteiro, na comédia “Rapazes de Hoje”, de Roger Ferdinand. Três anos
passados, é definitivamente reconhecido com a sua interpretação de Eric
Birling em “Está lá Fora Um Inspector”, que estreia no Teatro Avenida.
Passa, ainda, pelo Teatro do Povo (mais tarde Teatro Nacional Popular) e
funda, em 1961, o Teatro Moderno de Lisboa. Em 1963 vai para o Porto,
onde assume a direcção artística do Teatro Experimental do Porto e
encena “Terra Firme”, de Miguel Torga, a sua única experiência na
direcção de actores.
Porque a instabilidade era inerente à vida de um artista, Ruy de
Carvalho fez ainda parte da companhia Laura Alves, da companhia Rafael
de Oliveira e do elenco fixo do Teatro Nacional D. Maria II. Mais
recentemente tem trabalhado com Filipe La Féria, nos espectáculos “Passa
por Mim no Rossio”, “Maldita Cocaína” ou “A Casa do Lago”. Aliás, a
consagração definitiva e a concretização do seu maior sonho deram-se por
altura das comemorações dos seus 50 anos de carreira, em 1998, quando,
sob a direcção de Richard Cotrell, interpreta o clássico “Rei Lear”, de
William Shakespeare.
Ruy de Carvalho não se ficou pelos palcos. Emprestou a voz e a figura
também ao cinema, onde se estreou, em 1951, em “Eram 200 Irmãos”, de
Armando Vieira Pinto. “Non ou a Vã Glória de Mandar”, “Vale Abraão”,
“Crime do Padre Amaro” e “Corrupção”, são filmes em que participou.
Prémio de Imprensa para o Teatro, Prémio de Imprensa para o Cinema,
Prémio da Crítica e o Globo de Ouro na categoria de “Personalidade do
ano” em 1998 e, com o mesmo troféu, no ano seguinte, na categoria de
“Melhor actor”, foram algumas das distinções mais emblemáticas recebidas. 
ISABEL ALÇADA,
COMISSÁRIA DO PNL, EM ENTREVISTA
Um Plano com muita
Leitura

Isabel Alçada, comissária do Plano
Nacional de Leitura, mostra-se satisfeita com os primeiros resultados
daquela iniciativa. Em entrevista ao Ensino Magazine, recorda que o PNL
abrange um milhão de crianças, e disponibiliza cerca de três milhões de
euros para a aquisição de livros nas escolas. De caminho lamenta o facto
de ainda existir uma certa indiferença da parte dos grupos e das pessoas
para com a leitura.
Elevar os níveis de literacia e
colocar Portugal ao nível europeu. Como coordenadora do Plano Nacional
de Leitura quais foram os principais obstáculos que encontrou?
Prefiro falar primeiro da receptividade e só depois dos obstáculos.
Recebemos uma enorme e encorajadora adesão dos profissionais do livro e
da leitura: educadores, professores, bibliotecários, animadores,
editores e livreiros. As escolas envolveram-se com empenho e entusiasmo
no projecto, como se estivessem à espera e bastasse uma indicação para
arrancarem. Na verdade, muitos docentes já desenvolviam actividades de
leitura orientada na sala de aula e na biblioteca escolar. A sociedade
civil, fundações, associações, etc., também reagiu bem, embora ainda
haja muito por fazer. As Autarquias aderiam ao projecto e assinaram
protocolos com o PNL em que se comprometem a apoiar as escolas e as
bibliotecas de modo a que haja mais livros, pois a disponibilidade de os
livros é absolutamente essencial para a leitura.
Obstáculos propriamente não houve. O que há ainda é uma certa
indiferença da parte dos grupos e das pessoas que ainda não reconhecem o
valor da leitura para o desenvolvimento de todos e de cada um.
Como está a ser implementado o Plano
Nacional de Leitura ao nível das escolas?
As escolas receberam uma orientação curricular clara: Ler mais na sala
de aula. No pré-escolar e no 1º ciclo, uma hora, todos os dias. No 2º
Ciclo, todas as semanas.
A leitura deve ser feita na sala de aula, na biblioteca escolar, em casa
e noutros contextos. Mas a leitura orientada pelo professor na sala de
aula abrange todos e torna-se um instrumento essencial para o
desenvolvimento de competências.
As escolas receberam orientações, disponíveis no site do PNL, e listas
de obras recomendadas para cada ano de escolaridade, em progressão de
grau de dificuldade, igualmente no site
www.planonacionaldeleitura.gov.pt
O Ministério da Educação, através do PNL disponibiliza 1,5 milhões de
euros anuais e as Câmaras Municipais, outro tanto, para que as escolas
possam escolher entre os livros das listas e comprar os que consideram
mais adequados ao seu trabalho.
Como as mensagens são claras, adequadas e exequíveis os professores e
educadores aderiram plenamente e estão a ler mais com as crianças. Para
desenvolver as competências o essencial é ler.
Quais as principais linhas
orientadoras de cada uma das duas fases do Plano Nacional de Leitura?
A 1º fase tem como público-alvo privilegiado os alunos do pré-escolar e
do ensino básico. Na 2ª fase as iniciativas abrangerão extensivamente
outros grupos.
Em outros países onde também foi
implementado um Plano Nacional de Leitura quais foram os resultados
conseguidos?
Os resultados de Planos de Leitura são sempre positivos e reflectem-se
no aumento do nível de literacia e de hábitos de leitura. Em Portugal
também vai acontecer o que aconteceu nos outros países.
Escreveu, em conjunto com Ana Maria
Magalhães, a colecção Uma Aventura, que vendeu mais de seis milhões de
exemplares e levou muitos jovens portugueses a ler. Como explica este
sucesso?
A Ana e eu adoramos crianças e dedicámos a nossa vida a ouvi-las,
observá-las e encará-las com alegria e também com seriedade. Talvez a
explicação esteja na nossa preocupação em não aderir a ideias
pedagógicas, só porque estão na moda, e em evitar ilusões que a nossa
mente constrói sobre os gostos e interesses dos mais novos. Aceitamos as
pessoas tal como elas são e talvez por isso comunicamos bem com os mais
novos.
Passaram um pouco mais de vinte anos
sobre a primeira “Aventura” conjunta na escrita. O que recorda deste
tempo?
Tenho um fantástico conjunto de recordações. Tão vasto e rico que teria
que encher páginas e páginas para contar. Desde as pesquisas para
escolher os alunos que iríamos transformar em personagens, até às
viagens em busca de recantos curiosos e das conversas para acertarmos os
assuntos de cada capítulo.
Também recordo a severa gestão do tempo, para encontrar momentos para a
escrita, numa época da vida em que andávamos extremamente ocupadas pela
família, com filhos ainda pequenos, pelas aulas e pelos alunos, a quem
sempre demos muita atenção, e por mil outras actividades de que ambas
gostamos.
Para além da coordenação do Plano
Nacional de Leitura e do trabalho como escritora, também é professora.
Quem tira maior partido das experiências cruzadas, a escritora que dá
aulas ou a professora que escreve livros?
São actividades que se iluminam mutuamente.
O que procuram os jovens de hoje num
livro?
Depende da personalidade de cada um. Alguns procuram evasão, outros
reflexão, outros conhecimento, etc., etc. No entanto, há um domínio
comum: só procura um livro quem já teve experiências positivas com a
leitura. Por isso é essencial que na escola se disponibilizem livros que
possam interessar e dar prazer aos mais novos.
De que forma é que as novas
tecnologias podem ser postas ao serviço da leitura?
Deve haver mil maneiras. O Plano Nacional de Leitura tem usado algumas.
Por exemplo concursos de sites e de blogues e a disponibilização de um
site muito dinâmico e interessante: O Clube de Leituras.
www.clube-de-leituras.net .
Um ano após o arranque do Plano
Nacional de Leitura qual o balanço que faz deste tempo?
Faço um balanço muito positivo. Posso até apresentar-lhe alguns números
que dão uma ideia do que aconteceu:
• Um milhão de crianças (do Pré escolar ao 2º Ciclo) foi abrangido por
actividades diárias de leitura orientada
• 8 934 escolas e Jardins de infância registaram-se no PNL, indicando as
suas actividades de leitura
• O sítio LER + recebeu uma média de 30mil visitas mensais e mais de um
milhão de páginas foram descarregadas
• 1 389 escolas dos vários níveis de escolaridade participaram na Semana
da Leitura
• Um total de 643 títulos, organizados em 23 listas de obras, por graus
de dificuldade, foi recomendado pelo PNL para leitura nas salas de aula
e para leitura autónoma
• Quatro brochuras sobre promoção de leitura com crianças dirigidas a
docentes e a pais foram disponibilizadas no sítio LER +
• Sete concursos e passatempos de leitura envolveram mais de 7000
escolas e mais de 20 000 crianças e jovens dos vários níveis de
escolaridade
• 43 Bibliotecas Públicas e outras instituições manifestaram o seu
envolvimento no PNL e registaram 132 projectos de promoção da leitura
• 176 Bibliotecas Públicas aderiram ao Programa de Acções de Promoção da
Leitura da DGLB, realizando 644 projectos de promoção da leitura.
• 18 Bibliotecas Públicas participaram na Semana da Leitura lançada pela
Comissão
• 70 Câmaras Municipais assinaram protocolos com a Comissão do PNL
• Sete Fundações1 assinaram protocolos e acordos de cooperação
• 12 Associações profissionais, científicas e pedagógicas2 celebraram
protocolos e acordos com a Comissão do PNL
• As empresas do sector livreiro identificaram com o símbolo LER+ muitas
das obras recomendadas pelo PNL, destacaram o PNL nos seus sítios
electrónicos, publicaram cartazes e catálogos com referências ao PNL,
enviaram para análise as suas obras dirigidas a crianças e jovens e
organizaram feiras do livro em todo o país.
• A PT, a SONAE e os CTT tornaram-se patrocinadores do PNL
• A RTP e o jornal Primeiro de Janeiro celebraram protocolos visando a
divulgação de iniciativas do PNL
• 157 artigos sobre o PNL foram publicados pela imprensa nacional,
regional e electrónica
• Nove Centros de investigação de Universidades e de Escolas Superiores
de Educação receberam encomendas de estudos.

Eugénia Sousa
Currículo.
Mais conhecida como escritora, Isabel Alçada é a comissária do Plano
Nacional de Leitura. Licenciada em Filosofia pela Faculdade de Letras da
Universidade Clássica de Lisboa, em 1974; tirou um Mestrado em Análise
Social da Educação, na Boston University (EUA) em 1984; e em 1989 um
Curso de preparação de Doutoramento na Universidade de Liège-Bélgica.
Inicia a actividade profissional docente em 1975, como professora de
Português e História do 2º Ciclo do Ensino Básico; professora destacada
no gabinete de Estudos e planeamento do Ministério da Educação;
professora destacada no Instituto de Inovação Educacional do Ministério
da Educação; actualmente, e desde 1985, é Professora-Adjunta na Escola
Superior de Educação de Lisboa, na Área de Sociologia da Educação.
Desempenha a actividade de Administradora da Fundação de Serralves entre
2000 e 2005. Publica vários trabalhos na Área de Investigação.
Em co-autoria com Ana Maria Magalhães escreve mais de oitenta obras de
literatura infanto-juvenil – chancela da Caminho - divididas pelas
colecções Uma Aventura; Viagens no Tempo; Ler dá Prazer; Floresta
Mágica; Histórias e Lendas; Romances para Adolescentes e História de
Portugal – em co-autoria com José Mattoso, Luís de Albuquerque e Maria
Augusta Lima Cruz. É igualmente autora dos livros Natal, Natal –
chancela da Caminho -; e, O Circo Maravilhoso da Serpente Vermelha, -
chancela da Quetzal. Muitas das suas obras destinadas a crianças e
jovens são encomendadas e publicadas por várias instituições, como o
Mosteiro dos Jerónimos; Instituto Camões; Comissão Nacional para as
Comemorações dos Descobrimentos Portugueses; Assembleia da República,
entre outras.
Tem livros traduzidos para francês, castelhano, catalão, galego,
neerlandês, búlgaro e chinês.
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