DE 5 A 7 DE MARÇO, NA UBI
Hospital Faz de Conta

O Núcleo de Estudantes de Medicina da
Universidade da Beira Interior (MedUBI) vai organizar o “Hospital do Faz
de Conta” (HFC), entre 5 e 7 de Março, nas instalações da Faculdade de
Ciências da Saúde da UBI. A iniciativa destina-se a crianças com idades
compreendidas entre os três e os sete anos de idade, que frequentem
infantários e escolas do 1º ciclo da região.
Trata-se de um “hospital” em que as crianças são os “pais” que levam os
seus “filhos”, os bonecos, ao hospital. Neste “jogo de faz de conta” as
crianças serão recebidas pelos estudantes de medicina, que desempenharão
o papel de profissionais de saúde no intuito de investigar a “doença” do
boneco. Para tal, as crianças passarão por um circuito pré-determinado
que inclui diferentes “áreas hospitalares”, nomeadamente, consultório
médico, sala de tratamentos, sala de imagiologia, bloco operatório e
internamento. Para além destas áreas, existirá também uma sala de
educação para a saúde, onde serão abordados, de forma interactiva, os
seguintes temas: alimentação saudável, higiene oral, vacinação e
protecção solar.
O Hospital tem assim como principal objectivo ajudar as crianças, num
período de não doença, a perder os seus medos do ambiente hospitalar,
entre os quais, o medo da “bata branca”, dos instrumentos e das técnicas
médicas, de uma forma didáctica e dinâmica. É assim importante não só na
formação das crianças, como também na formação dos estudantes de
medicina.
A ideia original deste projecto nasce com a European Medical Students’
Association (EMSA), que representa mais de 200 associações de estudantes
de escolas de medicina por toda a Europa e desenvolve vários projectos
originais, entre os quais o “Teddy Bear Hospital”. Em Portugal, diversas
associações de estudantes de medicina têm vindo a implementar este
projecto na sua comunidade, por conseguinte, o MedUBI, como recente
membro da EMSA, não poderia deixar de responder ao desafio de
desenvolver uma actividade semelhante dirigida às crianças do interior
do país. 
TESE DE DOUTORAMENTO
DEFENDE NA UBI
Geração à rasca influi
na politica

Novos Actores Sobre Velhos Palcos:
juventude, política e ideologias no Portugal democrático é o tema da
tese de doutoramento defendida por Nuno Augusto, docente da Universidade
da Beira Interior (UBI) segundo o qual os jovens pós 25 de Abril, embora
apelidados de “geração rasca”, desempenharam e desempenham um papel na
mudança da política.
O docente do Departamento de Sociologia da UBI concluiu que “estas novas
gerações estão a aproximar-se bastante daquelas que são as linhas de
orientação europeias, daquilo que são as tendências em termos de
comportamentos políticos e inclusive a anular uma certa anomalia
apontada por muito académicos europeus em relação ao nosso País, neste
domínio”. Uma das descobertas importantes que se verificou neste
trabalho “tem a ver com um dos elementos que marcava, segundo alguns
autores internacionais, a anomalia portuguesa, que era o facto de em
Portugal se poder dizer que era um dos poucos países onde nem a
religião, nem a classe social tinham qualquer relação com a clivagem
esquerda/direita”.
Nuno Augusto vem contrariar essa vertente. O autor deste trabalho
sublinha que “através de dados nacionais, foi a partir de 1999 que a
religião se passou a tornar um critério fundamental para vincar esta
clivagem esquerda/direita, que já não passa tanto por valores
económicos, portanto, já não é o eixo socialismo/liberalismo nem o
socialismo/capitalismo”. Adianta ainda que “aquilo que os dados
nacionais nos comprovam é que os jovens têm um grau de interesse pela
política muito semelhante àquele que têm as gerações anteriores”. As
novas gerações “são efectivamente um elemento fundamental na mudança
política nos últimos anos, não só na Europa, mas também já em Portugal e
aquilo que o estudo prova, contrariamente ao que se verificava com
alguns estudos nos anos 90 é que em Portugal isso já é visível. E esta é
de facto a grande conclusão da tese”, sublinha. 
Eduardo Alves (Urbi@Orbi)
PRÉMIO UNIVERSIDADE DE
COIMBRA
Epifânio da Franca é o
vencedor

José Epifânio da Franca, docente
universitário e presidente e co-fundador da empresa tecnológica Chipidea,
é o vencedor da edição de 2008 do Prémio Universidade de Coimbra, um dos
mais importantes a nível nacional nos campos da ciência e da cultura.
O nome foi anunciado em conferência de imprensa hoje realizada na
Reitoria da Universidade de Coimbra, pelo Reitor Fernando Seabra Santos,
que destacou o contributo do galardoado para o avanço mundial do
conhecimento no domínio dos Circuitos e Sistemas, bem como a forma como
se dedicou a uma nova forma de fazer ciência e de a ligar à criação de
valor social e económico: Franca ultrapassou os modelos tradicionais da
produção científica, dedicando-se à construção de conhecimento de ponta
mas também ao seu fornecimento no próprio contexto empresarial.
Com a atribuição deste Prémio, a Universidade de Coimbra destaca também
a ousadia do premiado ao persistir em centrar a sua atenção nos sistemas
analógicos quando a generalidade dos laboratórios mundiais se viravam
para o digital, opção que permitiu ao seu grupo ser dos poucos que
detinham, a nível mundial, a capacidade de conceber soluções que
ligassem estes dois mundos quando os grandes fabricantes mundiais de
equipamentos electrónicos delas necessitaram.
Nascido em 1955, José Epifânio da Franca é licenciado em Engenharia
Electrotécnica pelo Instituto Superior Técnico (IST) e doutorado pelo
Imperial College of Science and Technology da Universidade de Londres. É
actualmente professor catedrático convidado do IST e adjunct professor
da Universidade Chinesa de Hong-Hong. 
GRANDE MÊS DE MARÇO EM
COIMBRA
Semana Cultural já tem
programa

Sob o tema central a imaginação, a X
Semana Cultural da Universidade de Coimbra vai decorrer de 1 a 8 de
Março e revela um formato que irá além da apresentação de espectáculos,
exposições e performances: o ‘salto’ será dado através de workshops,
desenvolvidos pelos artistas empenhados nas apresentações.
Do programa da edição deste ano da Semana Cultural fazem parte uma série
de iniciativas profissionais, desenhadas pelo assessor de programação
Giacomo Scalisi e a coreógrafa Madalena Victorino, em torno da ideia da
imaginação como abrigo. Desta forma, serão apresentados os espectáculos
“Lembranças” (11 curtas peças entre o teatro e a dança) e “Os Vivos”
(pelo Teatro O Bando), a cidade e a Universidade encher-se-ão com a
alegria da ‘fanfarra de bolso’ “Auprés de ma Blonde” e várias dezenas de
pessoas – voluntários, universitários e não só – farão a sua estreia em
palco em “Caruma”, espectáculo de arte comunitária coreografado por
Madalena Victorino.
Paralelamente, os protagonistas daqueles momentos estarão envolvidos
numa série de workshops que também se apresentarão como espectáculos.
Por exemplo, pessoas interessadas em teatro, literatura e estranhezas
artísticas poderão participar na oficina de criação teatral “Pequenas
Lembranças”, a partir de textos de Luiz Pacheco. Tendo como ponto de
partida “Os Vivos”, será dada uma oportunidade para experimentar um
teatro radiofónico que se vê. As tradições da canção de Coimbra irão ao
encontro do repertório cantado provençal da fanfarra “Auprés de ma
Blonde”, num workshop destinado a músicos que desejem experimentar
cruzamentos sonoros e arriscar uma apresentação ao ar livre, em
movimento. E a partir de “Caruma”, será possível a qualquer um descobrir
em simultâneo o movimento do seu corpo e o movimento arquitectónico da
Universidade, com vista a criar uma peça coreográfica de conjunto, ou
construir um coro de movimento sobre o poder a partir da observação das
figuras dos reitores representados na Sala do Exame Privado, nos
workshops “Abrigo”.
Do programa da X Semana Cultural fazem ainda parte várias outras
iniciativas, dinamizadas por diversas estruturas da Universidade e da
Academia de Coimbra. De destacar, no dia 1 de Março, a Sessão Solene
comemorativa do 718.º aniversário da Universidade, em que será entregue
o Prémio Universidade de Coimbra. 
EM PARCERIA COM INSTITUTO
RUSSO E UNIVERSIDADE HOLANDESA
Algarve cria melhores
painéis solares
A Universidade de Amesterdão, na Holanda,
em parceria com a Universidade do Algarve e com o Ioffe
Physico-Technical Institute, em São Petersburgo, na Rússia,
desenvolveram um método inovador para aumentar a quantidade de energia
convertida em electricidade pelas células dos painéis solares.
O avanço alcançado pela equipa de investigadores, liderada por Tom
Gregorkiewicz, docente da Universidade de Amesterdão, está a captar
largo interesse junto da comunidade científica internacional, sendo que
os resultados deste trabalho vão ser publicados na edição de Fevereiro
da revista Nature Photonics, juntamente com uma entrevista ao líder do
projecto, merecendo ainda um destaque na revista Nature.
Basicamente, os investigadores mostraram que partindo os fotões mais
energéticos (ultra-violetas), e separando-os no espaço, é possível
converter uma maior percentagem de energia em electricidade, através de
painéis solares, do que se converteria antes do corte.
Sabendo que o nível máximo teórico de conversão de energia através de
painéis solares simples é de 30% (70% da energia que chega do Sol não é
aproveitada), o novo método poderá contribuir para aumentar o nível de
eficácia de conversão para os 45% (um crescimento na ordem dos 50%).
Recorde-se que o Algarve, assim como toda a região Sul do Portugal,
beneficia de uma localização estratégica incontornável, já que a
quantidade de energia solar recebida por ano é a mais alta de Europa e,
por isso, este será o local ideal para estudar e implementar novas
tecnologias de energia solar. 
NOVOS CURSOS EM ÉVORA
Universidade e Secil
têm parceira

A Universidade de Évora e a Secil acabam
de estabelecer protocolo para a criação de cursos de engenharia na
instituição alentejana, em que parte da aprendizagem será na empresa,
podendo os técnicos desta leccionar na academia. O acordo de parceria, a
que a agência Lusa teve acesso, engloba a concepção, oferta e
leccionação de cursos na área da engenharia, tanto de primeiro
(licenciatura), como de segundo (mestrado) ciclos.
Esta oferta formativa da Universidade de Évora (UE) vai estar disponível
em “modelo sanduíche”, pressupondo que parte da aprendizagem seja feita
em contexto empresarial, isto, é no interior da Secil, Companhia Geral
de Cal e Cimento, Lda.
Por outro lado, pode ler-se no protocolo, os técnicos da empresa vão
poder leccionar, em contexto escolar, módulos desses mesmos cursos. Para
a concepção e acompanhamento do funcionamento de cada curso, está
prevista a criação duma Comissão de Curso, com elementos das duas
entidades, que terá a responsabilidade também de definir a duração da
componente de aprendizagem em contexto empresarial.
Dentro da Secil, que se compromete a receber, em cada ano lectivo, um
máximo de cinco estudantes por curso, os formandos ficam sob
responsabilidade técnica e pedagógica de um técnico superior da empresa.
“A Universidade de Évora procurará indicar, de entre os seus alunos,
aqueles que, numa óptica académica, manifestem maior potencial e
capacidades de aprendizagem prática” para essa aprendizagem na Secil.
O reitor da Universidade de Évora, Jorge Araújo, revelou hoje à Lusa que
a instituição vai criar, no próximo ano lectivo, três novos cursos em
parceria com o sector empresarial, obedecendo a este modelo de parte da
aprendizagem ser feita no interior das empresas.
“Para a Universidade de Évora, a ligação às empresas é vital”, assegurou
o reitor, que frisou que este tipo de parcerias podem contribuir para
ultrapassar as dificuldades financeiras da instituição de ensino
superior alentejana. O modelo de cursos em “sanduíche”, acrescentou
Jorge Araújo, permitirá que o conhecimento científico adquirido pelos
estudantes na universidade seja “caldeado” com o conhecimento empírico
que “a experiência confere aos técnicos das empresas”. “Desse
caldeamento deve nascer uma formação nova e o que pretendemos é que, ao
fim do terceiro ano, os alunos tenham a percepção do que é a realidade
empresarial, sejam conhecidos dos empresários e estejam à vontade para
penetrar no mercado de trabalho”, explicou. 
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