DA ALEMANHA À ITÁLIA
Fórum com muitas
parcerias

O Fórum Esart deste ano terá início já no
próximo dia 25 deste mês e prolonga-se até 29 de Fevereiro. A
iniciativa, que já constitui uma tradição na Escola Superior de Artes
Aplicadas de Castelo Branco, envolve todas as áreas de formação daquele
estabelecimento de ensino, possibilitando aos estudantes a participação
em inúmeros workshops com a presença de diferentes profissionais e
empresas.
De resto, o objectivo do Fórum passa por mostrar perspectivas diferentes
aos estudantes da escola, pelo que, durante o Fórum, as actividades
lectivas serão interrompidas. Facto que permitirá aos estudantes
assistirem às palestras, ateliês e mostras transversais aos vários
cursos, este ano repartidos pelas instalações da ESART, Escola Superior
Agrária, Escola Superior de Tecnologia, Cine-Teatro Avenida e
Cibercentro da cidade.
Do programa, destacam-se os contactos que os alunos terão com diversos
profissionais. Assim, na área do design e multimédia sublinha-se a
presença de Karl Shawelka, ex-director da Faculdade de Arte e Design da
Bauhaus, da Universidade Weimar, que irá apresentar a palestra “What’s
in a Face? - Face-Perception and It Relevance for Designers”, bem como
Teresa Paixão, autora da rúbrica televisiva infantil “Ilha das Cores”,
da RTP2, e a psicóloga Mónica Loureiro. Na intervenção “É Preciso Pensar
em 1000 Coisas Mas Só Se Consegue Pensar em 500”, a equipa demonstrará
como imagem real, desenho animado e manipulação de bonecos se conjugam
naquele espaço diário do programa Zig Zag.
O Design de malhas, cenografia, encadernação, vitrinismo, ilustração ou
maquilhagem são algumas das áreas a abordar nos workshops com
especialistas nacionais e internacionais. De Itália vem Marcello
Galbiati, professor da Faculdade de Design do Instituto Politécnico de
Milão que, juntamente com os colaboradores Paola Barzanò e Giovanni
Conti, durante três dias irá trabalhar com os alunos de Design de Moda e
Têxtil, Artes da Imagem e Design de Interiores e Equipamento da ESART.
Comunidade. Como também é
habitual, o Fórum Esart abre as suas portas ao público com diversas
iniciativas. Exemplo disso são as exposições de fotografia “Pictures
From The Repository of Reflection”, de Herman Stamm, professor de
comunicação visual na Bauhaus, a ter lugar no Cibercentro de Castelo
Branco, e de multimédia “Ritmos/No Espelho de Outros”, na Sala da Nora
do Cine-Teatro Avenida. Esta última resulta de um projecto bipartido
entre a ESART e a Faculdade de Arte e Design da Bauhaus, tendo cada
escola produzido um conjunto de meios de promoção turística com
potencial inovador. O resultado desse olhar diferente sobre Castelo
Branco e Weimar, as cidades analisadas, estará patente em Portugal e na
Alemanha a partir de 8 de Abril.
A mostra audiovisual ESART Show 2008, apresenta alguns dos trabalhos
levados a cabo pelos alunos do curso de Artes da Imagem da instituição e
é outro dos momentos importantes. Durante o evento estará ainda patente
ao público na escadaria do edifício principal da ESART a mostra
“Alteração de Peças”, uma exposição de vestuário desenvolvida por alunos
do quarto ano do curso de Design de Moda e Têxtil no âmbito da
disciplina de Ateliê de Moda e sob orientação de Alexandra Moura.
O Fórum ESART 2008 chega ao fim com a entrega dos Troféus ESART,
concebidos pelo escultor José Simão e a atribuir ao melhor aluno de cada
curso da escola. Uma homenagem que será feita no decorrer do jantar de
encerramento. 
As razões do Fórum
Esart
A Escola Superior de Artes Aplicadas está
a preparar a edição do Fórum ESART #08 que decorrerá no período de 25 a
29 de Fevereiro de 2008. À semelhança do ano anterior haverá lugar para
Palestras, Workshops e Exposições nas áreas do Design Gráfico, Design
Multimédia, Fotografia e Design de Moda e Têxtil e Mostras de Vídeo.
O objectivo do Fórum consiste em proporcionar aos alunos uma oferta
formativa diversificada em actividades distintas proferidas e conduzidas
por especialistas das diversas matérias contempladas, sempre numa
interligação com as áreas disciplinares que integram o plano de formação
geral dos cursos.
Assim, a participação de diversos especialistas, profissionais e agentes
que actuam no mercado de trabalho permitem a criação de uma relação de
maior procedimento da escola e dos alunos com os diversos agentes do
mercado e, consequentemente com a realidade empresarial o que se traduz
numa melhoria da qualidade do ensino.
Esta iniciativa tem como público-alvo os alunos dos cursos de Design de
Interiores e Equipamento, Artes da Imagem ramos: Design Multimédia e
Audiovisual e Design Gráfico, Design de Moda e Têxtil da ESART, alunos
do Ensino Superior, Profissional e Secundário, bem como toda a
comunidade interessada.
TERESA PAIXÃO, AUTORA DO
PROGRAMA ILHA DAS CORES
Equipa
multidisciplinar é importante

Depois da Rua Sésamo e do Jardim da
Celeste, a Ilha das Cores está a divertir e ensinar meninas e meninos
dos 2 aos 5 anos. É um projecto colorido, muito musical, que recorre às
técnicas mais actuais de fazer televisão, onde se misturam pessoas com
bonecos manipulados e animação tradicional com 3D. Tem a marca da RTP e
o contributo de muitos profissionais independentes. A autora, Teresa
Paixão, fala ao Ensino Magazine, deste projecto e revela a importância
da equipa que produz o programa ser multidisciplinar.
Depois da Rua Sésamo e do Jardim da
Celeste A ILHA DAS CORES está a divertir e ensinar meninas e meninos dos
2 aos 5 anos. Como é que surgiu este projecto?
Participei na Rua Sésamo há 20 anos como escritora, e no Jardim da
Celeste, há 11 anos, já como chefe de departamento de programas infantis
e juvenis. Quando nos envolvemos em produções como estas, tão intensas
de todos os pontos de vista, isto mete-se na massa do sangue. A Ilha das
Cores nasceu da convicção que os meninos do pré-escolar merecem um
programa com estas características mas também da vontade dos
profissionais de fazerem um projecto que dá um prazer imenso.
Este é um programa que utiliza
vários meios, recorrendo às técnicas mais modernas de fazer televisão.
Isso obriga à existência de uma equipa multidisciplinar...
Multidisciplinarissima! Mas também implica que todos os que estão
envolvidos sejam muito versáteis. Tão depressa temos de refazer uma
canção para caber na música como emprestar um pé para ser filmado!
Atendendo ao facto do programa
servir crianças dos 2 aos 5 anos, quais os cuidados que adopta para a
produção dos conteúdos da Ilha das Cores?
Todos os que vêm nos livros de pediatras, todos os que a experiência de
pais, avós ,tios e educadores nos lembram, todos os que a lei da
televisão nos indica…
Sendo as crianças o alvo do
programa, que mensagens procuram transmitir?
Aquelas que sabemos serem as suas preocupações, as que sabemos que vão
ter de enfrentar, as que damos por adquirido que são universais.
Os personagens também são diferentes
de outras séries. Temos uma médica de origem africana, os avós que
gostam de rock e um carteiro que dá cambalhotas...
As personagens são as que existem no mundo actual! Há médicas
portuguesas de origem africana, há avós que gostam de rock porque os
avós de agora são da geração de 60.Quanto às cambalhotas do carteiro
foram da conta do actor mas os meninos gostam tanto que não nos
importámos, ainda que nunca tenhamos visto nenhum carteiro a fazer essa
figura.
Os próprios cenários e o
guarda-roupa obrigam a algum tipo de estudo de forma a chegarem com mais
facilidade às crianças?
Está tudo estudado! Sabemos que a cor é muito importante, que os meninos
detestam preto, sabemos que o traço infantil lhes agrada e temos a
certeza de que se for muito bonito vão dar por isso, ainda que não o
verbalizem.
Qual o balanço que faz dos programas
já emitidos?
Dois balanços
1.Da receptividade do público muito bom.
2.Como profissionais gosto muito de algumas coisas e sei que teremos de
melhorar outras.
Será possível exportar o formato da
Ilha das Cores para outros países?
A Ilha não foi pensada para viajar para além dos países de língua
oficial portuguesa. Claro que gostaríamos que fosse exportada como
formato mas não foi essa a prioridade. A prioridade foi “vamos fazer
muito bem uma série para servir os meninos que falam português no mundo”. 
DANIEL RAPOSO, DIRECTOR
DO PROJECTO EDITORIAL
Convergências a
revista da Esart

Como é que a comunidade académica da
Esart reagiu ao projecto da Revista Convergências?
Até ao momento o feedback que temos de alunos, docentes e funcionários
da ESART é bastante favorável à continuidade do projecto. Na verdade
temos recebido de muitos incentivos e congratulações oriundas de toda a
comunidade do IPCB bem como de entidades externas, quer nacionais como
internacionais.
O facto de ser editada on-line
fomenta um diálogo permanente entre os investigadores, docentes e
alunos?
Sem dúvida que a edição on-line fomenta o diálogo e a partilha entre
toda a comunidade académica do universo das artes tanto a uma escala
nacional como internacional.
A estrutura da revista está definida justamente para fomentar a partilha
de conhecimentos e o debate de ideias. Exemplos são a disponibilização
do e-mail e web site dos autores, mas também a possibilidade de
recomendar a revista em geral ou um artigo em particular anexando um
comentário. O intuito é sempre a partilha de conhecimentos e o aumento
da comunidade científica das diversas áreas artísticas que participa na
revista como autor ou enquanto leitor. Um leitor pode subscrever-se para
ser notificado quando houver novidades, pode consultar informações sobre
os autores ou teses e dissertações de mestrado a pós-doutoramento, como
pode propor-se como autor.
A revista tem todas as valências de uma edição científica em papel,
incluindo um ISSN próprio e independente da versão analógica, permitindo
que os artigos nela publicados sejam referenciados e contabilizados para
efeitos de curriculum vitae dos autores. Num próximo passo pretendemos
fazer a inclusão da “Convergências” em listagens nacionais e
internacionais de revistas de investigação científica.
De que forma é que os docentes e
alunos da escola participam neste projecto?
A participação como autor está aberta a docentes, investigadores,
estudantes e profissionais das artes visuais, música e artes do
espectáculo desde que os seus artigos sejam aceitas pelo “Conselho
Editorial”.
Por outro lado será de esperar que encontremos muitos artigos
científicos que relatem experiências lectivas desde os domínios
metodológicos à prática laboratorial.
As secções “Teses” e “Carreiras em Destaque” foram especialmente
desenhadas para que estudantes e investigadores encontrem
disponibilizadas informações úteis aos seus projectos de investigação.
Pretende-se disponibilizar e tornar acessível todo um manancial de
informações resultantes de investigações que tradicionalmente acabam por
ficar conferidas a círculos restritos, deste modo contrariando o
princípio que lhes deu forma.
É nosso objectivo que este projecto gerido pela ESART pertença a toda
uma comunidade na área da investigação e ensino das artes oriundos das
mais diversas entidades e países.
A revista em formato papel é editada
anualmente. Todos os artigos on-line serão publicados, ou haverá uma
selecção?
Neste momento o projecto está em crescimento pelo que essa será uma
questão que ainda iremos desenhar com o aproximar de Janeiro de 2008,
data em que pretendemos fazer a edição em papel. Porém, pretendemos
publicar em papel artigos das diversas secções que compõem a
“Convergências – Revista de investigação e ensino das artes” na sua
versão on-line (http://convergencias.esart.ipcb.pt)
O porquê da escolha Convergências
para título da revista?
Há já alguns anos que a ESART – Escola Superior de Artes Aplicadas do
Instituto Politécnico de Castelo Branco vinha planeando a publicação
dedicada à investigação científica e ao ensino das artes. Foi nesse
contexto que o então nosso docente Jorge dos Reis propôs essa
nomenclatura, a qual mereceu a concordância de todos por evidenciar o
espírito da ESART. O nome “Convergências” revela os aspectos comuns e a
partilha de conhecimentos e saberes entre as áreas científicas das artes
visuais, da música e das artes do espectáculo. 
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