Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano XI    Nº120    Fevereiro 2008

Dossier
Fórum Esart

DA ALEMANHA À ITÁLIA

Fórum com muitas parcerias

O Fórum Esart deste ano terá início já no próximo dia 25 deste mês e prolonga-se até 29 de Fevereiro. A iniciativa, que já constitui uma tradição na Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco, envolve todas as áreas de formação daquele estabelecimento de ensino, possibilitando aos estudantes a participação em inúmeros workshops com a presença de diferentes profissionais e empresas.

De resto, o objectivo do Fórum passa por mostrar perspectivas diferentes aos estudantes da escola, pelo que, durante o Fórum, as actividades lectivas serão interrompidas. Facto que permitirá aos estudantes assistirem às palestras, ateliês e mostras transversais aos vários cursos, este ano repartidos pelas instalações da ESART, Escola Superior Agrária, Escola Superior de Tecnologia, Cine-Teatro Avenida e Cibercentro da cidade.

Do programa, destacam-se os contactos que os alunos terão com diversos profissionais. Assim, na área do design e multimédia sublinha-se a presença de Karl Shawelka, ex-director da Faculdade de Arte e Design da Bauhaus, da Universidade Weimar, que irá apresentar a palestra “What’s in a Face? - Face-Perception and It Relevance for Designers”, bem como Teresa Paixão, autora da rúbrica televisiva infantil “Ilha das Cores”, da RTP2, e a psicóloga Mónica Loureiro. Na intervenção “É Preciso Pensar em 1000 Coisas Mas Só Se Consegue Pensar em 500”, a equipa demonstrará como imagem real, desenho animado e manipulação de bonecos se conjugam naquele espaço diário do programa Zig Zag.

O Design de malhas, cenografia, encadernação, vitrinismo, ilustração ou maquilhagem são algumas das áreas a abordar nos workshops com especialistas nacionais e internacionais. De Itália vem Marcello Galbiati, professor da Faculdade de Design do Instituto Politécnico de Milão que, juntamente com os colaboradores Paola Barzanò e Giovanni Conti, durante três dias irá trabalhar com os alunos de Design de Moda e Têxtil, Artes da Imagem e Design de Interiores e Equipamento da ESART.
 

Comunidade. Como também é habitual, o Fórum Esart abre as suas portas ao público com diversas iniciativas. Exemplo disso são as exposições de fotografia “Pictures From The Repository of Reflection”, de Herman Stamm, professor de comunicação visual na Bauhaus, a ter lugar no Cibercentro de Castelo Branco, e de multimédia “Ritmos/No Espelho de Outros”, na Sala da Nora do Cine-Teatro Avenida. Esta última resulta de um projecto bipartido entre a ESART e a Faculdade de Arte e Design da Bauhaus, tendo cada escola produzido um conjunto de meios de promoção turística com potencial inovador. O resultado desse olhar diferente sobre Castelo Branco e Weimar, as cidades analisadas, estará patente em Portugal e na Alemanha a partir de 8 de Abril.

A mostra audiovisual ESART Show 2008, apresenta alguns dos trabalhos levados a cabo pelos alunos do curso de Artes da Imagem da instituição e é outro dos momentos importantes. Durante o evento estará ainda patente ao público na escadaria do edifício principal da ESART a mostra “Alteração de Peças”, uma exposição de vestuário desenvolvida por alunos do quarto ano do curso de Design de Moda e Têxtil no âmbito da disciplina de Ateliê de Moda e sob orientação de Alexandra Moura.

O Fórum ESART 2008 chega ao fim com a entrega dos Troféus ESART, concebidos pelo escultor José Simão e a atribuir ao melhor aluno de cada curso da escola. Uma homenagem que será feita no decorrer do jantar de encerramento.

 

 

 

As razões do Fórum Esart

A Escola Superior de Artes Aplicadas está a preparar a edição do Fórum ESART #08 que decorrerá no período de 25 a 29 de Fevereiro de 2008. À semelhança do ano anterior haverá lugar para Palestras, Workshops e Exposições nas áreas do Design Gráfico, Design Multimédia, Fotografia e Design de Moda e Têxtil e Mostras de Vídeo.

O objectivo do Fórum consiste em proporcionar aos alunos uma oferta formativa diversificada em actividades distintas proferidas e conduzidas por especialistas das diversas matérias contempladas, sempre numa interligação com as áreas disciplinares que integram o plano de formação geral dos cursos.

Assim, a participação de diversos especialistas, profissionais e agentes que actuam no mercado de trabalho permitem a criação de uma relação de maior procedimento da escola e dos alunos com os diversos agentes do mercado e, consequentemente com a realidade empresarial o que se traduz numa melhoria da qualidade do ensino.

Esta iniciativa tem como público-alvo os alunos dos cursos de Design de Interiores e Equipamento, Artes da Imagem ramos: Design Multimédia e Audiovisual e Design Gráfico, Design de Moda e Têxtil da ESART, alunos do Ensino Superior, Profissional e Secundário, bem como toda a comunidade interessada.

 

 

 

TERESA PAIXÃO, AUTORA DO PROGRAMA ILHA DAS CORES

Equipa multidisciplinar é importante

Depois da Rua Sésamo e do Jardim da Celeste, a Ilha das Cores está a divertir e ensinar meninas e meninos dos 2 aos 5 anos. É um projecto colorido, muito musical, que recorre às técnicas mais actuais de fazer televisão, onde se misturam pessoas com bonecos manipulados e animação tradicional com 3D. Tem a marca da RTP e o contributo de muitos profissionais independentes. A autora, Teresa Paixão, fala ao Ensino Magazine, deste projecto e revela a importância da equipa que produz o programa ser multidisciplinar.
 

Depois da Rua Sésamo e do Jardim da Celeste A ILHA DAS CORES está a divertir e ensinar meninas e meninos dos 2 aos 5 anos. Como é que surgiu este projecto?

Participei na Rua Sésamo há 20 anos como escritora, e no Jardim da Celeste, há 11 anos, já como chefe de departamento de programas infantis e juvenis. Quando nos envolvemos em produções como estas, tão intensas de todos os pontos de vista, isto mete-se na massa do sangue. A Ilha das Cores nasceu da convicção que os meninos do pré-escolar merecem um programa com estas características mas também da vontade dos profissionais de fazerem um projecto que dá um prazer imenso.
 

Este é um programa que utiliza vários meios, recorrendo às técnicas mais modernas de fazer televisão. Isso obriga à existência de uma equipa multidisciplinar...

Multidisciplinarissima! Mas também implica que todos os que estão envolvidos sejam muito versáteis. Tão depressa temos de refazer uma canção para caber na música como emprestar um pé para ser filmado!
 

Atendendo ao facto do programa servir crianças dos 2 aos 5 anos, quais os cuidados que adopta para a produção dos conteúdos da Ilha das Cores?

Todos os que vêm nos livros de pediatras, todos os que a experiência de pais, avós ,tios e educadores nos lembram, todos os que a lei da televisão nos indica…
 

Sendo as crianças o alvo do programa, que mensagens procuram transmitir?

Aquelas que sabemos serem as suas preocupações, as que sabemos que vão ter de enfrentar, as que damos por adquirido que são universais.
 

Os personagens também são diferentes de outras séries. Temos uma médica de origem africana, os avós que gostam de rock e um carteiro que dá cambalhotas...

As personagens são as que existem no mundo actual! Há médicas portuguesas de origem africana, há avós que gostam de rock porque os avós de agora são da geração de 60.Quanto às cambalhotas do carteiro foram da conta do actor mas os meninos gostam tanto que não nos importámos, ainda que nunca tenhamos visto nenhum carteiro a fazer essa figura.
 

Os próprios cenários e o guarda-roupa obrigam a algum tipo de estudo de forma a chegarem com mais facilidade às crianças?

Está tudo estudado! Sabemos que a cor é muito importante, que os meninos detestam preto, sabemos que o traço infantil lhes agrada e temos a certeza de que se for muito bonito vão dar por isso, ainda que não o verbalizem.
 

Qual o balanço que faz dos programas já emitidos?

Dois balanços

1.Da receptividade do público muito bom.

2.Como profissionais gosto muito de algumas coisas e sei que teremos de melhorar outras.
 

Será possível exportar o formato da Ilha das Cores para outros países?

A Ilha não foi pensada para viajar para além dos países de língua oficial portuguesa. Claro que gostaríamos que fosse exportada como formato mas não foi essa a prioridade. A prioridade foi “vamos fazer muito bem uma série para servir os meninos que falam português no mundo”.

 

 

 

DANIEL RAPOSO, DIRECTOR DO PROJECTO EDITORIAL

Convergências a revista da Esart

Como é que a comunidade académica da Esart reagiu ao projecto da Revista Convergências?

Até ao momento o feedback que temos de alunos, docentes e funcionários da ESART é bastante favorável à continuidade do projecto. Na verdade temos recebido de muitos incentivos e congratulações oriundas de toda a comunidade do IPCB bem como de entidades externas, quer nacionais como internacionais.
 

O facto de ser editada on-line fomenta um diálogo permanente entre os investigadores, docentes e alunos?

Sem dúvida que a edição on-line fomenta o diálogo e a partilha entre toda a comunidade académica do universo das artes tanto a uma escala nacional como internacional.

A estrutura da revista está definida justamente para fomentar a partilha de conhecimentos e o debate de ideias. Exemplos são a disponibilização do e-mail e web site dos autores, mas também a possibilidade de recomendar a revista em geral ou um artigo em particular anexando um comentário. O intuito é sempre a partilha de conhecimentos e o aumento da comunidade científica das diversas áreas artísticas que participa na revista como autor ou enquanto leitor. Um leitor pode subscrever-se para ser notificado quando houver novidades, pode consultar informações sobre os autores ou teses e dissertações de mestrado a pós-doutoramento, como pode propor-se como autor.

A revista tem todas as valências de uma edição científica em papel, incluindo um ISSN próprio e independente da versão analógica, permitindo que os artigos nela publicados sejam referenciados e contabilizados para efeitos de curriculum vitae dos autores. Num próximo passo pretendemos fazer a inclusão da “Convergências” em listagens nacionais e internacionais de revistas de investigação científica.
 

De que forma é que os docentes e alunos da escola participam neste projecto?

A participação como autor está aberta a docentes, investigadores, estudantes e profissionais das artes visuais, música e artes do espectáculo desde que os seus artigos sejam aceitas pelo “Conselho Editorial”.

Por outro lado será de esperar que encontremos muitos artigos científicos que relatem experiências lectivas desde os domínios metodológicos à prática laboratorial.

As secções “Teses” e “Carreiras em Destaque” foram especialmente desenhadas para que estudantes e investigadores encontrem disponibilizadas informações úteis aos seus projectos de investigação. Pretende-se disponibilizar e tornar acessível todo um manancial de informações resultantes de investigações que tradicionalmente acabam por ficar conferidas a círculos restritos, deste modo contrariando o princípio que lhes deu forma.

É nosso objectivo que este projecto gerido pela ESART pertença a toda uma comunidade na área da investigação e ensino das artes oriundos das mais diversas entidades e países.
 

A revista em formato papel é editada anualmente. Todos os artigos on-line serão publicados, ou haverá uma selecção?

Neste momento o projecto está em crescimento pelo que essa será uma questão que ainda iremos desenhar com o aproximar de Janeiro de 2008, data em que pretendemos fazer a edição em papel. Porém, pretendemos publicar em papel artigos das diversas secções que compõem a “Convergências – Revista de investigação e ensino das artes” na sua versão on-line (http://convergencias.esart.ipcb.pt)
 

O porquê da escolha Convergências para título da revista?

Há já alguns anos que a ESART – Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco vinha planeando a publicação dedicada à investigação científica e ao ensino das artes. Foi nesse contexto que o então nosso docente Jorge dos Reis propôs essa nomenclatura, a qual mereceu a concordância de todos por evidenciar o espírito da ESART. O nome “Convergências” revela os aspectos comuns e a partilha de conhecimentos e saberes entre as áreas científicas das artes visuais, da música e das artes do espectáculo.
 

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