INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA E
INTERCÂMBIO DE ALUNOS E PROFESSORES
UBI vai ao Brasil

A Universidade da Beira Interior e a
Universidade Regional de Blumenau, no Brasil, vão promover intercâmbios
de alunos e professores e estabelecer parceiras de investigação
científica. A ligação surge no âmbito da cooperação entre os municípios
da Covilhã e Blumenau que, no início do ano, levou à abertura de uma
representação de 12 empresas brasileiras no Parkurbis - Parque de
Ciência e Tecnologia da Covilhã.
Uma comitiva da Universidade de Blumenau terminou, a 5 de Setembro, uma
visita de três dias à Covilhã para conhecer a UBI. “Até final do ano
vamos definir as áreas de parceria e os pontos de contacto”, disse à
Lusa, Eduardo Deschamps, reitor da instituição brasileira. “Talvez no
próximo ano já seja possível iniciar o intercâmbio”, acrescentou o
reitor da Universidade de Blumenau, defendendo que a parceria pode vir a
movimentar até 40 alunos entre as duas instituições em 2010.
“Esse número pode até ser superior”, admitiu, por seu turno, Santos
Silva, reitor da UBI.
“Eu defendo a abertura das instituições a estudantes de língua
portuguesa espalhados pelo mundo”, sobretudo na área das engenharias,
onde o número de alunos tem descido.
“As universidades portuguesas têm recursos nas engenharias que não estão
a ser aproveitados. Por exemplo, aqui na UBI podemos vir a leccionar um
segundo ciclo em engenharia têxtil para alunos de Blumenau”, disse.
“O sector têxtil tem expressão no Sul do Brasil e há candidatos ao
ensino superior que não conseguem colocação. Julgo que poderão ter uma
oportunidade nas universidades portuguesas”, sublinhou. Segundo Santos
Silva, “a UBI vai fazer todos os esforços para que o intercâmbio possa
começar já no próximo ano”. Além da engenharia e design têxtil, a
cooperação pode abranger as áreas da biomedicina, electrónica, marketing
e gestão.
A Universidade Regional de Blumenau tem cerca de 15 mil alunos e mais de
800 docentes. O município de Blumenau no estado de Santa Catarina, no
Sul do Brasil, tem cerca de 300 mil habitantes. A Universidade da Beira
Interior tem cerca de cinco mil alunos e 460 docentes e está sedeada na
Covilhã, cujo município tem cerca de 50 mil habitantes, segundo os dados
do Instituto Nacional de Estatística 
ESTUDANTES QUEREM OUTRO
TIPO DE CONDIÇÕES
AAUBI contra
empresários

A Associação Académica da Universidade da
Beira Interior (AAUBI) está contra a intenção do Governo de criar um
sistema de empréstimos para os estudantes do Ensino Superior. A medida
visa criar um sistema automático de empréstimos para os estudantes do
Ensino Superior até 25 mil euros. Os créditos serão concedidos sem
garantias e com juros mais baixos para alunos com melhores notas. José
Sócrates garante que tal permite “criar melhores condições de acesso ao
ensino superior e mais condições de justiça social e igualdade de
oportunidades”.
O anúncio da decisão levantou muitas dúvidas e questões pelas
associações académicas do país relativamente ao papel que a acção social
teria de futuro. José Sócrates salienta que, “não se trata de substituir
a acção social escolar, é algo mais, que a aumenta e complementa”.
Mariano Gago, ministro do Ensino Superior, adianta que as verbas para a
acção social escolar, serão reforçadas no Orçamento de Estado para 2008.
O presidente da AAUBI, Fernando Jesus, tem dúvidas relativamente às
intenções do Governo. Acredita que este é o primeiro passo para que no
futuro a acção social acabe.
“Apesar de não o admitirem, esta medida foi criar uma porta aberta para
a alteração futura da Acção Social na próxima legislatura, após as
legislativas de 2009”.
Aquele responsável apela aos estudantes que vejam o crédito como “o
último dos recursos”, pois considera que “a prioridade na ajuda aos
alunos com menos condições financeiras deve ser através dos Serviços de
Acção Social”.
Note-se ainda que o pagamento do empréstimo deve iniciar-se, no máximo,
um ano após a conclusão dos estudos, o que para os responsáveis
académicos é um prazo demasiado curto, face à situação de
empregabilidade dos jovens licenciados em Portugal. 
Ricardo Morais
ALUNOS ERASMUS
UBI ensino português a
alunos estrangeiros

A Univeridade da Beira Interior organizou
um curso Intensivo de Língua Erasmus (EILC) entre 1 e 31 de Agosto, o
qual contou com a participação de 39 estudantes de várias nacionalidades
(Polacos, Eslovenos, Húngaros, Checos, Turcos, Italianos, Franceses,
Espanhóis, Britânicos e Alemães), distribuídos em dois níveis: inicial e
intermédio.
O curso já chegou ao fim e o balanço que se pode fazer é muito positivo
para os 39 alunos estrangeiros, que a partir de Setembro vão estudar em
instituições de Ensino Superior de Portugal ao abrigo do programa de
mobilidade Erasmus. O desafio foi grande mas os alunos empenharam-se.
Apenas uma semana após o inicio do curso e os alunos já diziam as
primeiras palavras em português. “Olá”, “Bom dia”, “Boa Tarde”, algo
demasiado simples, mas este era afinal o primeiro sinal de que a
aprendizagem estava a correr bem.
Proposições, verbos e nomes, um conjunto de matérias que os professores
ensinavam aos alunos durante as manhãs de aulas. Entre as 100 horas de
estudo intensivo estes alunos ainda encontraram tempo para conhecer a
região e a cidade da Covilhã. A professora Ana Rita Carrilho afirmava
que conhecer a região era “uma oportunidade única” para os alunos. A
docente salientava que, “não queremos que apenas aprendam a falar,
também queremos que nos conheçam melhor, que conheçam a região e que
aprendam algo sobre a nossa cultura”.
Entre as 100 horas de aprendizagem intensiva, a UBI programou, com o
apoio dos monitores Liliana Carvalho, Inês Pais e João Cantador,
diversas visitas a alguns locais mais típicos da região, nomeadamente,
às localidades de Castelo Novo, Penha Garcia, Belmonte, Monsanto entre
outros, como um peddy-paper e a realização de um jornal de parede.
No final, o docente João Costa elogia o trabalho feito. “Desde o inicio
de Agosto até agora, os alunos já conseguem comunicar, ou seja, eles
chegaram, ou a grande maioria, com conhecimento zero de português e
neste momento já conseguem comunicar, obviamente que alguns com mais
dificuldade que outros, mas conseguem comunicar em contextos
específicos. Já têm um conhecimento muito mais profundo daquilo que é o
português. Conseguem já perceber algumas das estruturas básicas, tempos
verbais, e o balanço é obviamente bastante positivo, não só ao nível dos
conhecimentos adquiridos como ao nível das relações interpessoais que se
nota que os alunos conseguem estabelecer entre eles e mesmo connosco e
com os monitores, seja também um balanço das actividades que foram
desenvolvidas paralelamente às aulas”.
No jantar de encerramento, onde foram entregues os diplomas aos alunos,
esteve presente o professor Luís Carrilho em representação da reitoria,
que felicitou os alunos e deixou uma mensagem para que estes passem a
palavra aos colegas para que no futuro o curso continue a melhorar e a
ter cada vez mais alunos.
CONFERÊNCIA INTERNACIONAL
Coimbra reúne
cientistas de todo o mundo
A edição deste ano da Conferência
Internacional sobre o Ensino da Engenharia, uma iniciativa que se
realiza desde 1994, decorreu, no início do mês, em Coimbra, juntando
cerca de meio milhar de participantes oriundos de todo o mundo.
A International Conference on Engineering Education (ICEE - 2007), teve
a sua primeira edição em 1994 em Taiwan e realizou-se pela primeira vez
em Portugal, por iniciativa da Universidade de Coimbra (UC).
Cientistas, professores e profissionais da área da engenharia,
provenientes de 57 países, reuniram-se no auditório do edifício central
da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC)
para discutir os desafios que se colocam à investigação, qualidade e
acreditação na educação neste domínio, as novas metodologias e
ferramentas do ensino, as parcerias globais e a redescoberta dos
fundamentos da engenharia.
A vice-presidente da comissão organizadora do evento, Graça Rasteiro,
disse, à agência Lusa que a uniformização de ciclos introduzida na
Europa pelo Processo de Bolonha foi uma das questões em debate na
conferência internacional. “Nos países fora da Europa - na América, na
Austrália, na Nova Zelândia - há muito interesse no que está a ser feito
a nível europeu no âmbito do Processo de Bolonha”, disse a professora da
FCTUC.
Segundo Graça Rasteiro, “a uniformização de ciclos a nível mundial
facilitaria a mobilidade internacional e a leitura dos empregadores”. De
acordo com a docente, “há muitas diferenças a nível do ensino da
engenharia”, o que levanta problemas em termos de mobilidade.
Os novos ramos da engenharia que estão a emergir, como a nanotecnologia
e a engenharia e a saúde, é outra das áreas a discutir no evento.
Estados Unidos da América, China, Japão, Austrália, Canadá, África do
Sul, México, Áustria, Turquia, Argentina e Rússia, entre muitos outros
países, estiveram representados no evento. Segundo Graça Rasteiro, a
realização em Coimbra deste importante encontro científico “é o
reconhecimento da qualidade de ensino ministrado na FCTUC e da
capacidade de internacionalização da Universidade de Coimbra”.
UE
Évora junta artistas
universitários

Mais de uma centena de obras de pintura,
desenho, escultura, vídeo, gravura e fotografia estão expostas, desde o
passado dia 7, em Évora, numa mostra de jovens artistas universitários.
Trata-se da exposição NAPRA (Novos Artistas Portugueses com Raízes no
Alentejo), apresentada no Palácio de D. Manuel até finais de Setembro,
por iniciativa da Câmara Municipal de Évora.
No total são 17 jovens cujas criatividade e técnicas foram amadurecidas
no decurso da frequência do Curso de Artes Visuais da Universidade de
Évora.
Entre os novos artistas com raízes no Alentejo, em início de carreira,
que apresentam um pouco da sua arte, contam-se Letícia Sacramento, Sara
Luz, Sílvio Matos, Raquel Melgue, Pedro Calhau, Anabela Marques, Denise
Cunha Silva, Inês Ferreira, Daniela Antunes e Fábio Tavares.
Marija Toskovic, Horta do Rosário, Rosa Ramos, Sílvia Lopes, Aurora
Teixeira, João Pedro Mateus e Cristina Viana são os restantes jovens
artistas que vão expor as suas obras.
Apesar de um tronco comum ao nível da formação académica, os trabalhos
destes artistas constituem um exemplo de como a arte é diversificada,
visível na mostra através da multiplicidade das técnicas utilizadas e da
exploração que fazem da sua criatividade. 
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