CASTELO BRANCO
Docentes do IPCB
"vendem" ideias originais

O desafio foi lançado a mais de uma
dezena de docentes do Instituto Politécnico de Castelo Branco ao final
da tarde de um dos dias de Formação de Facilitadores de Empreendedorismo,
para no dia seguinte apresentarem uma ideia original de negócio e
colocarem-na em prática. E assim, durante uma manhã houve quem alugasse
triciclos e bicicletas no centro da cidade (Dokas), quem medisse a
tensão arterial, fizesse massagens, escrevesse cartas de amor e não só,
vendesse bolos e arroz doce, ou recorresse aos satélites para a produção
de imagens.
O entusiasmo entre os participantes na acção de formação foi grande e o
sucesso das ideias inovadoras variou consoante as áreas. Mas é certo e
sabido que quem apostou na venda de arroz doce, ou bolo, pelas ruas da
cidade teve sucesso garantido. Luís Pinto de Andrade, director do Ceder
e um dos participantes na acção de formação, lembra que curso pretende
fomentar o empreendedorismo no meio académico. “Esta acção integra
aquilo a que chamamos a experiência na prática”, diz.
A organização da iniciativa é do Instituto Politécnico de Castelo
Branco, através do Ceder, Centro de Estudos de Desenvolvimento Regional.
O curso está integrado na Oficina de Transferência de inovação e
Conhecimento, e foi ministrado por uma empresa com larga experiência na
área, através da presença de um consultor canadiano ligado ao meio
académico e empresarial.
Além dos professores do IPCB foram convidadas outras instituições que
estão relacionadas com o Politécnico e que podem promover o
empreendedorismo no meio académico. “É crucial que essa formação seja
feita. Queremos que os alunos, à saída do ensino superior, tenham
competências na área do empreendedorismo. Esta acção constituiu mais uma
alavanca para que isso se torne possível, pois os próprios docentes
ganham competências nessa área”, justifica.
ALUNOS DA ESART FAZEM
PAINEL DE AZULEJOS
Pediatria de Castelo
Branco mais feliz
Os alunos de três cursos da Escola
Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco,
acabam de pintar trinta painéis para o serviço de pediatria do Hospital
Amato Lusitano. A iniciativa está integrada no projecto “Pintar um
Sorriso”, e os desenhos destinam-se ao corredor daquele serviço. Em
todos eles se destaca o apelo ao sonho.
O projecto, que decorreu durante o segundo semestre do último ano
lectivo, nas disciplinas Técnicas de Representação e Expressão, cadeira
comum ao primeiro ano dos cursos de Artes da Imagem (AI), Design de
Interiores e Equipamento (DIE) e Design de Moda e Têxtil (DMT), teve
como objectivo substituir os cartazes que decoravam o corredor da
unidade de Pediatria do Hospital Amato Lusitano (HAL), através de
intervenções plásticas relacionadas com o imaginário infantil. Deste
modo criou-se um ambiente visual tranquilo e estimulante.
Brígida Ribeiros, docente de Design Moda e Têxtil, recorda que para o
trabalho ser desenvolvido foi feito um levantamento do local e
“disseram-nos aquilo que pretendiam. Tirámos as medidas e vimos quais
eram as limitações do espaço, porque existem colunas ou tomadas”,
acrescenta Miguel Silveira, representante no projecto do curso de AI.
Feita a primeira análise, cada turma ficou encarregada de uma parte do
corredor, dividido em três áreas. As propostas seriam inseridas entre a
barra e o rodapé, campo de visão das crianças, não invalidando possíveis
intervenções na parte superior da parede.
De forma a terem em conta as condições físicas do espaço, os estudantes
começaram por visitar em conjunto o local, onde recolheram todos os
dados necessários. “Viram os obstáculos que existiam, as condições de
luz, as cores das paredes e como o trabalho seria visualizado”, recorda
Miguel Silveira. “Depois, individualmente, iam indo ao hospital conforme
a necessidade”. Antes de explorarem texturas e volumetrias, cada um dos
grupos, de dois a três alunos, procurou saber o que profissionais da
saúde e crianças gostariam de ter a animar as paredes. Realizaram então
um estudo ao nível da psicologia da cor para saberem quais os tons mais
adequados ao público-alvo. “Tiveram de saber o que provocavam numa
criança que pudesse estar mais debilitada, de perguntar-lhes o que
achavam das cores”, conclui o professor.
Terminada a parte conceptual, o hospital escolheu as propostas que mais
lhe agradaram. Mónica Romãozinho, docente do curso de DIE, destaca a
“diversidade das três intervenções” dos alunos, bem como a sua
“preocupação permanente com o bem-estar das crianças da unidade de
pediatria daquele hospital. Do abstraccionismo de um conjunto de
paisagens, inspiradas na obra do pintor catalão Juan Miró, à temática
dos meios de transporte, sem esquecer a imensidão das nuvens ou a magia
do fundo do mar, em todas elas se destacam o apelo ao sonho, a
serenidade do azul e cores intensas como o amarelo e o vermelho.
Recorrendo a tintas de acrílico e placas de fibra de madeira de média
densidade (MDF) de tamanhos diversos, os desenhos foram transpostos para
os 33 painéis, entretanto colocados nas paredes da unidade.
EMPREGABILIDADE
IPL elogiado pelas
empresas

A qualidade e relevância dos cursos do
Instituto Politécnico de Leiria (IPL) para o mercado de trabalho
associada à articulação existente entre o ensino e o mundo profissional
são principais os factores de reconhecimento e valorização do IPL pelas
empresas e instituições da Região.
Estes dados, resultado de um inquérito/questionário que o Instituto
desencadeou, entre Julho e Agosto de 2006, junto das empresas e
instituições da região de Leiria, revelam que 75 por cento dos
empregadores respondeu ter, ou ter tido, estudantes e diplomados do IPL
como colaboradores, manifestando um elevado grau de satisfação.
Dos inquiridos, cerca de 78% dos empregadores consideram a hipótese de
recrutamento de diplomados do IPL, sendo as áreas das Engenharias
(Informática, Civil, Mecânica e Electrotécnica), Gestão de Empresas,
Contabilidade e Finanças, Marketing e Turismo as mais solicitadas.
Já 88% mostraram receptividade em colaborar com o IPL ao nível do
desenvolvimento de projectos de investigação e 90% consideraram útil a
parceria com o Instituto em planos de formação específica.
Entre as competências dos diplomados do Instituto consideradas mais
importantes pelos empregadores, destacam-se a competência técnica e
capacidade de resolução de problemas, adaptação e organização do
trabalho, bem como de relacionamento, trabalho em equipa e desempenho
profissional em geral.
VOZES QUE SE VÊEM
Novo guia para surdos
O Instituto Politécnico de Leiria (IPL),
em parceria com a Universidade de Aveiro (UA) apresentam o livro Vozes
que se Vêem – Guia de Legendagem para Surdos, da autoria Josélia Neves,
docente do Instituto, durante a Conferência Internacional Media for All,
a realizar de 7 a 9 de Novembro, no IPL.
A publicação, é o resultado de um trabalho de investigação conducente a
doutoramento de Josélia Neves, sob a orientação de Jorge Díaz Cintas (Roehampton
University – Reino Unido) e Maria Teresa Roberto (UA), no qual se
integraram vários estudos e projectos que envolveram investigadores
nacionais e estrangeiros, fornecedores e profissionais de tradução e
legendagem, estudantes do curso de Tradução da Escola Superior de
Tecnologia e Gestão (ESTG/IPL) e membros da Comunidade Surda Portuguesa.
Este guia descreve um modelo de legendagem destinado, de modo
particular, a pessoas com surdez que visa a tradaptação (tradução e/ou
adaptação) de toda a componente sonora (verbal e não verbal) do texto
audiovisual e a sua apresentação visual em forma de legendas compostas
por conteúdos verbais e icónicos. Orientações que são aplicáveis, de
forma genérica, à intra e inter-linguística pré-gravada, a serem
utilizadas em programas televisivos.
O modelo de legendagem tem como objectivos permitir uma maior igualdade
de circunstâncias no acesso ao texto audiovisual televisivo por parte
das pessoas com surdez ou com dificuldades na apreensão do texto
audiovisual por razões cognitivas, sensoriais ou de outra natureza. Visa
também oferecer modelos de português escrito que sirvam para o
desenvolvimento de técnicas de leitura da língua portuguesa, além de
reforçar conhecimentos linguísticos e oferecer oportunidades de
enriquecimento cultural e linguístico a todos os níveis.
ENSINO SUPERIOR EM VISEU
Mariano Gago chumba
fusão entre IPV e Católica
O Instituto Politécnico de Viseu e o pólo
da Universidade Católica Portuguesa (UCP) situado naquela cidade,
pretendiam fundir-se e criar uma universidade pública, mas a proposta
foi rejeitada pelo ministro da tutela, disse à Lusa fonte do instituto.
A criação de uma universidade pública na cidade de Viseu é uma
reivindicação antiga e chegou mesmo a ser anunciada no tempo do
primeiro-ministro Durão Barroso, mas o programa do actual Governo anulou
essa decisão.
Com a preparação do novo Regime Jurídico das Instituições do Ensino
Superior - aprovado na Assembleia da República a 19 de Julho e
recentemente promulgado pelo Presidente da República - o Instituto
Politécnico e UCP viram uma possibilidade de concretizar a tão desejada
universidade pública em Viseu.
O novo regime consagra a possibilidade de as instituições se
transformarem em fundações públicas de direito privado. "Sabendo que
estava a ser preparada essa possibilidade, fizemos uma jogada de
antecipação e pensámos fundir as duas instituições no sentido de criar a
universidade pública de Viseu, mas essa tentativa foi gorada porque o
ministro já disse que não", contou à Lusa o presidente do Instituto
Politécnico de Viseu, João Pedro Barros.
Proposta. Segundo o responsável,
a proposta passava por o Instituto Politécnico, usando os 25 milhões de
euros do seu saldo, "adquirir a totalidade das instalações da
Universidade Católica em Viseu, que assim resolveria os seus problemas
financeiros".
"Faríamos a fusão das duas instituições e teríamos as duas valências,
politécnica e universitária. Todos saíam a ganhar. Mas, para isso,
teríamos de ter autorização do ministro para adquirir as instalações",
explicou.
No entanto, acrescentou João Pedro Barros, "o ministro já disse ao
professor Braga da Cruz [reitor da UCP] que não estava disposto a
viabilizar esta ideia".
"É lamentável. Se o pólo da UCP de Viseu não for para o Politécnico,
poderá ser vendido a um grupo espanhol ligado à área da saúde", avançou.
Católica. Contactado pela Lusa,
Braga da Cruz recusou comentar o assunto, por não gostar "de falar sobre
hipóteses de projectos".
Também fonte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
informou que Mariano Gago se escusava a fazer qualquer comentário. João
Pedro Barros lamenta que, pela terceira vez, a universidade pública
tenha "fugido" a Viseu, depois de "a Faculdade de Medicina ter ido para
a Covilhã" e de, posteriormente, o Governo de José Sócrates ter anulado
a decisão do seu antecessor, pondo de parte um estudo liderado por Veiga
Simão com vista à sua criação.
"O ministro, ciente das promessas do seu primeiro-ministro, que garantiu
que não será criada qualquer universidade pública no país na presente
legislatura, disse-nos que não. É a terceira vez", afirmou.
João Pedro de Barros contou que, juntamente com Braga da Cruz, tentou
marcar uma audiência com Mariano Gago para apresentarem a sua proposta.
"Em conversa com o professor Braga da Cruz, o ministro disse-lhe que nos
recebia mas, antecipadamente, avisou que não dava autorização a que o
Politécnico adquirisse as instalações da Católica. Assim sendo, já não
chegou a haver reunião conjunta", acrescentou.
Autarquia. O presidente da
Câmara de Viseu, Fernando Ruas, confirmou à Lusa que, segundo o que lhe
contou Braga da Cruz num encontro há cerca de 15 dias, "mais uma vez o
Governo negou a universidade pública" à cidade. "A solução que
defendemos é a que está no estudo liderado pelo professor Veiga Simão,
de criar uma universidade pública de raiz, virada para as novas
tecnologias. Mas estou convencido de que a cidade também ganharia com
esta proposta de duas das instituições de ensino superior mais
importantes", considerou o autarca social-democrata.
Neste âmbito, o também líder da Associação Nacional de Municípios
Portugueses gostaria que Mariano Gago justificasse publicamente a sua
decisão. "À proposta do professor Veiga Simão disseram que não. A esta,
que é decorrente de legislação que acabou de sair, também não. Então
qual é a solução para a universidade pública de Viseu?", questionou.
Entretanto, em conjunto com a Associação Empresarial da Região de Viseu,
o Politécnico e a Católica preparam a criação de uma associação dedicada
à formação pós-graduada dos empresários e que, na opinião de João Pedro
Barros, "poderá futuramente vir a dar força" à reivindicação da criação
da universidade pública de Viseu.
VISEU
Bienal de Cerveira

Luís Calheiros, Paulo Medeiros e Zé Luís
são três artistas viseenses presentes na Bienal Internacional de Vila
Nova de Cerveira, cuja XIV edição que encerra a 29 de Setembro e que é
considerada como das maiores manifestações culturais do País.
São mais de 300 artistas nacionais e internacionais e um total de 543
obras expostas que integram o programa da XIV Bienal Internacional de
Arte de Vila Nova de Cerveira, que foi inaugurada este mês pelo ministro
de Estado, Luís Amado.
Nesta bienal, em que serão prestadas várias homenagens, nomeadamente ao
mestre Júlio Resende, estarão a concurso um total de 157 obras, de 109
artistas de 32 países.
Além do concurso internacional, a bienal inclui ateliers de arte
electrónica, pintura e escultura, intervenções de rua, concertos,
colóquios, mesas redondas e visitas guiadas, entre outras iniciativas.
Há também uma exposição com artistas convidados e ateliers com artistas
a trabalhar ao vivo em regime de workshop.
De referir que Luís Calheiros, Paulo Medeiros e Zé Luís exercem a sua
actividade profissional no Instituto Superior Politécnico de Viseu.
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