AIR CARGO CHALLENGE 2007
UBI campeã europeia

A equipa PEGASUS II, constituída por
alunos de Engenharia Aeronáutica da Universidade da Beira Interior
venceu a 3ª edição da competição de engenharia aeronáutica Air Cargo
Challenge disputada a 30 de Setembro na Base Aérea da Ota e organizada
pela Associação Portuguesa de Aeronáutica e Espaço (Apae) e pela
European Association of Aerospace Students (Euroavia).
Com esta vitória, a UBI ganhou a hipótese de organizar a próxima edição
desta competição de cariz tecnológico, única na Europa, em 2009 e sonha,
agora, com a participação na prova norte-americana, AeroDesign Contest,
da Society of Automotive Engineering, que equivale ao campeonato do
mundo da engenharia aeronáutica, e que inspirou o aparecimento da sua
congénere europeia.
A equipa portuguesa derrotou representantes de universidades europeias
de renome no domínio da aeronáutica, nomeadamente a Universität
Stuttgart, que ficou em segundo lugar, a Technischen Universität München,
terceira classificada, ambas alemãs, e a Technische Universiteit Delft,
holandesa, que conseguiu o 4º lugar.
A competição consiste em projectar, construir e testar um aeromodelo
que, com um motor eléctrico comum a todos os participantes, de cerca de
meio cavalo de potência, e 1,60 metros de envergadura, consiga voar com
o máximo de carga de chumbo, descolando numa distância inferior a 60m.
Apesar da escala reduzida, para manter os custos acessíveis, esta prova
requer um conhecimento profundo dos princípios de projecto, construção e
operação de aeronaves.
O avião desenvolvido pela equipa da UBI conseguiu voar na prova com uma
carga de 7,0kg contra 6,1kg do segundo classificado. O primeiro lugar
conseguido na 1ª edição em 2003/04 e o 3º lugar conquistado em 2005
contribuíram para o desempenho dos alunos da UBI.
A competição contou com cerca de 200 participantes, sem contar com os
elementos da organização, e a prova de voo decorreu depois da
apresentação dos projectos das equipas participantes, que havia
decorrido na sexta-feira no Instituto Superior Técnico, em Lisboa. 
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA
SAÚDE
HP destaca qualidade

A multinacional americana Hewlett-Packard
(HP) acaba de apontar a Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade
da Beira Interior como um caso exemplar de utilização dos suas
estruturas informáticas. Um caso de estudo publicado na página oficial
da empresa fala sobre a plataforma informática instalada no novo
edifício da FCS, as especificidades da faculdade e as estruturas
informáticas desenvolvidas pelos técnicos.
No documento é dado um especial destaque ao método de e-learning que se
pratica na FCS, “a primeira faculdade portuguesa a adoptar este método,
na área da Medicina”, realça a notícia da HP. “Este método deixa de
contar com salas de aula repletas de alunos a ouvir um professor a
transmitir os seus apontamentos. Em vez disso, professores e tutores
disponibilizam através da Intranet os seus conteúdos, material de estudo
e publicam também outras informações que podem ser úteis aos alunos”,
adiantam os resultados do estudo.
Na continuação deste raciocínio, é também dado destaque às salas de aula
completamente equipadas para que se possa aderir ao método da
auto-aprendizagem. Segundo a HP, todos estes resultados requerem
diversas infra-estruturas pensadas para albergar, docentes, alunos,
técnicos e material que possibilite este tipo de ensino.
Rui Costa, técnico responsável por toda a informática na FCS, foi o
especialista ouvido pelos membros da HP, para a apresentação e
explicação de toda a plataforma que está instalada na faculdade. Segundo
refere, “a UBI decidiu investir na construção de uma nova faculdade, a
qual foi equipada com uma rede informática capaz de transmitir de forma
melhorada os conteúdos que os docentes disponibilizam aos alunos”.
Conteúdos esses que passam por vídeos, imagens de alta resolução,
ficheiros informáticos que requerem um suporte bastante rápido e
flexível.
Com o novo edifício, e as novas formas de ensino na FCS “precisávamos de
uma plataforma que fosse capaz de suportar tráfego de e-mail, material
de auto-aprendizagem, e informações multimédia, sobretudo, vídeos. Uma
rede que teria de ser segura, flexível com uma boa capacidade e
facilidade de gestão e competitiva também no preço”. Rui Costa explica
que foram estudadas várias opções neste tipo de redes informáticas, “mas
acabámos por escolher a ‘Adaptive ADGE Architecture ProCurve Networking’,
da HP”.
Os alunos que são inscritos nesta sofisticada rede informática têm
acesso imediato aos serviços da mesma. Este tipo de rede é capaz de
distribuir largas quantidades de informações, ligações de voz e
vídeo-conferência, através de uma infra-estrutura segura. Esta nova
plataforma informática serve todos os estudantes de Medicina,
investigadores e técnicos que trabalham diariamente no campus. Para além
de cobrir todas as necessidades da auto-aprendizagem esta rede é ainda
capaz de suportar todo o tráfego informático gerado por todos os
utilizadores. 
Eduardo Alves
ESTUDO DA UNIVERSIDADE DA
BEIRA INTERIOR REVELA
Jovens com
comportamentos de risco

Cerca de 20 por cento dos jovens da Beira
Interior têm a sua primeira relação sexual sem usarem contraceptivos e
mais de metade gostaria de ter mais aulas sobre sexualidade, segundo um
estudo da Universidade da Beira Interior.
“Mesmo quando perguntamos pela relação sexual mais recente, 15 por cento
diz tê-la praticado de forma desprotegida, e muitos porque dizem que
isso (usar contraceptivos) tira prazer”, sublinha a autora do estudo,
Patrícia Brancal, da Universidade da Beira Interior (Covilhã).
O estudo revela que a maioria das relações sexuais dos jovens desta
região estão associadas a “compromissos afectivos”, mas também a um
défice de informação sobre sexualidade.
“Os dados obtidos reflectem algum desconhecimento dos jovens
relativamente a conceitos de sexualidade”, refere a autora, que defende
a criação urgente da disciplina de educação sexual nas escolas e maior
informação prestada pelos pais.
De acordo com o trabalho, mais de metade da informação que os jovens
possuem é proveniente da Internet ou conseguida através dos amigos, mas
a autora acredita que nem sempre é a mais útil e adequada.
“Seria vantajoso, além de uma intervenção ao nível das doenças
sexualmente transmissíveis, realçar os domínios dos afectos e das
relações humanas, bem como o bem-estar psico-social dos jovens da Beira
Interior”, destaca Patrícia Brancal.
“Depois de fazer o questionário, já tive alunos que me contactaram para
falar sobre o tema e que dizem estar dispostos a falar na televisão”,
destaca.
O estudo, intitulado “Vivências Sexuais dos Jovens da Beira Interior”,
foi realizado no âmbito do mestrado em Educação Social na Universidade
da Beira Interior, na Covilhã, e baseou-se num inquérito feito entre
Novembro de 2006 e Março deste ano a 200 jovens dos distritos de Castelo
Branco e da Guarda.
É a primeira vez que é feito um estudo sobre o tema na Beira Interior.
Os inquiridos têm entre 14 e 20 anos e a maioria foram contactados
directamente pela autora nos estabelecimentos de formação profissional
onde dá aulas.
“Gostava de ter um universo maior, mas as escolas públicas não quiseram
distribuir o questionário”, sobretudo quando confrontadas com perguntas
sobre hábitos de masturbação, sexo oral ou anal, lamenta.
“A sexualidade ainda é um tabu. Mas os resultados demonstram que os
jovens precisam de informação correcta e de falar sobre o assunto”,
alerta Patrícia Brancal.
“É urgente que os conselhos executivos e as comissões de pais sejam
agentes de mudança, em vez de resistirem. E é preciso que a educação
sexual seja uma disciplina, dada por pessoas com formação específica”,
acrescenta.
No entanto, admite que a mudança só ocorra quando novas gerações tiverem
o papel de educadores.
“Muitos dos educadores actuais não tiveram, eles próprios, a sua
sexualidade resolvida e isso reflecte-se na resistência a este tema”,
diz.
“É importante que os jovens actuais possam esclarecer a sua sexualidade,
sem reprimir situações que podem vir a prejudicar a vida adulta”,
acrescenta.
Por outro lado, Patrícia Brancal conclui que a iniciação sexual se dá em
idades cada vez mais precoces.
No estudo, os 12 anos são apontados como a idade mais frequente da
primeira ejaculação ou menstruação e os 16 a idade mais frequente para a
primeira relação sexual.
A autora gostaria de ter aprofundado a investigação, “nomeadamente nas
áreas da gravidez precoce e da homosexualidade, com percentagens muito
reduzidas, onde acho que os dados precisam de ser cruzados”.
Patríca Brancal acredita que o seu estudo pode ser um importante
instrumento para as escolas, mesmo sem disciplina de educação sexual.
“Isto deve ser encarado com a mesma naturalidade da educação alimentar”,
exemplifica.
“Apesar do que o estudo revela sobre o que eles fazem, 88 por cento dos
jovens diz ter noção de que sexo seguro é usar preservativo e 74 por
cento espera ter um só parceiro sexual. Creio que, com mais algum
esforço, podem diminuir-se os comportamentos de risco”, conclui. 
LFO/Lusa
INSCRIÇÕES ABERTAS
Prémio Universidade de
Coimbra
O Prémio Universidade de Coimbra, um dos
mais valiosos prémios nacionais nos campos da cultura e da ciência, tem
inscrições abertas até ao dia 21 de Novembro de 2007.
Qualquer instituição ou pessoa de nacionalidade portuguesa pode enviar
propostas de candidatura, com um curriculum vitae detalhado do candidato
e uma explicitação clara dos méritos do mesmo, para a seguinte morada:
Reitor da Universidade de Coimbra / Reitoria da Universidade de Coimbra
/ 3004-531 Coimbra.
O vencedor do Prémio Universidade de Coimbra 2008 será anunciado em
conferência de imprensa no dia 24 de Janeiro de 2008, sendo o Prémio
entregue a 1 de Março, durante a Sessão Solene comemorativa do 718.º
aniversário da Universidade de Coimbra.
O Prémio Universidade de Coimbra, patrocinado pelo Banco Santander-Totta
e que conta com o apoio do Jornal de Notícias, é atribuído anualmente a
uma pessoa de nacionalidade portuguesa que se tenha destacado por uma
intervenção particularmente relevante e inovadora nas áreas da cultura
ou da ciência, recebendo o galardoado uma dotação em dinheiro no valor
de 25 000 euros.
UNIVERSIDADE DE ÉVORA
À conquista de mais
alunos

A Universidade de Évora preencheu quase
todas as vagas na 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino
superior. Dos 35 cursos oferecidos, 22 preencheram as vagas todas.
Saliente-se que no ano lectivo 2006/2007, apenas 11 cursos preencheram
todas as vagas. “Estamos muito satisfeitos porque sobraram poucas vagas
para a 2.ª Fase, e muitos dos alunos colocados entraram na 1.ª ou 2.ª
opção”, disse Ana Maria Costa Freitas, Vice-Reitora para os Ensinos.
Segundo aquela dirigente tal facto deve-se “não só à divulgação dos
cursos e à sua adequação ao momento presente, mas também à qualidade dos
próprios alunos”.
Refira-se que em alguns dos cursos (Turismo, Psicologia, Arquitectura
etc.), as vagas não foram suficientes para o número de candidatos que
seleccionaram a referida instituição como primeira opção.
Este ano, e relativamente ao ano passado, os cursos das áreas da ciência
e tecnologia só têm 11,5% de vagas por preencher. “Com os concursos
especiais, os maiores de 23 e as transferências, conseguimos encher
todos os cursos. Nota-se que há um grande interesse dos alunos na
Universidade de Évora”. Sublinhou a Vice-Reitora.
Dos cerca de 950 alunos colocados, mais de 800 novos alunos já se
matricularam na UE. Relativamente ao 2.º Ciclo de Estudos também existe
uma grande satisfação, uma vez que se candidataram este ano lectivo
cerca de mil licenciados. Continuar a trabalhar na qualidade do ensino é
a principal aposta da instituição. 
Noémi Marujo
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