Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano X    Nº116    Outubro 2007

Universidade

AIR CARGO CHALLENGE 2007

UBI campeã europeia

A equipa PEGASUS II, constituída por alunos de Engenharia Aeronáutica da Universidade da Beira Interior venceu a 3ª edição da competição de engenharia aeronáutica Air Cargo Challenge disputada a 30 de Setembro na Base Aérea da Ota e organizada pela Associação Portuguesa de Aeronáutica e Espaço (Apae) e pela European Association of Aerospace Students (Euroavia).

Com esta vitória, a UBI ganhou a hipótese de organizar a próxima edição desta competição de cariz tecnológico, única na Europa, em 2009 e sonha, agora, com a participação na prova norte-americana, AeroDesign Contest, da Society of Automotive Engineering, que equivale ao campeonato do mundo da engenharia aeronáutica, e que inspirou o aparecimento da sua congénere europeia.

A equipa portuguesa derrotou representantes de universidades europeias de renome no domínio da aeronáutica, nomeadamente a Universität Stuttgart, que ficou em segundo lugar, a Technischen Universität München, terceira classificada, ambas alemãs, e a Technische Universiteit Delft, holandesa, que conseguiu o 4º lugar.

A competição consiste em projectar, construir e testar um aeromodelo que, com um motor eléctrico comum a todos os participantes, de cerca de meio cavalo de potência, e 1,60 metros de envergadura, consiga voar com o máximo de carga de chumbo, descolando numa distância inferior a 60m. Apesar da escala reduzida, para manter os custos acessíveis, esta prova requer um conhecimento profundo dos princípios de projecto, construção e operação de aeronaves.

O avião desenvolvido pela equipa da UBI conseguiu voar na prova com uma carga de 7,0kg contra 6,1kg do segundo classificado. O primeiro lugar conseguido na 1ª edição em 2003/04 e o 3º lugar conquistado em 2005 contribuíram para o desempenho dos alunos da UBI.

A competição contou com cerca de 200 participantes, sem contar com os elementos da organização, e a prova de voo decorreu depois da apresentação dos projectos das equipas participantes, que havia decorrido na sexta-feira no Instituto Superior Técnico, em Lisboa.

 

 

 

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

HP destaca qualidade

A multinacional americana Hewlett-Packard (HP) acaba de apontar a Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior como um caso exemplar de utilização dos suas estruturas informáticas. Um caso de estudo publicado na página oficial da empresa fala sobre a plataforma informática instalada no novo edifício da FCS, as especificidades da faculdade e as estruturas informáticas desenvolvidas pelos técnicos.

No documento é dado um especial destaque ao método de e-learning que se pratica na FCS, “a primeira faculdade portuguesa a adoptar este método, na área da Medicina”, realça a notícia da HP. “Este método deixa de contar com salas de aula repletas de alunos a ouvir um professor a transmitir os seus apontamentos. Em vez disso, professores e tutores disponibilizam através da Intranet os seus conteúdos, material de estudo e publicam também outras informações que podem ser úteis aos alunos”, adiantam os resultados do estudo.

Na continuação deste raciocínio, é também dado destaque às salas de aula completamente equipadas para que se possa aderir ao método da auto-aprendizagem. Segundo a HP, todos estes resultados requerem diversas infra-estruturas pensadas para albergar, docentes, alunos, técnicos e material que possibilite este tipo de ensino.

Rui Costa, técnico responsável por toda a informática na FCS, foi o especialista ouvido pelos membros da HP, para a apresentação e explicação de toda a plataforma que está instalada na faculdade. Segundo refere, “a UBI decidiu investir na construção de uma nova faculdade, a qual foi equipada com uma rede informática capaz de transmitir de forma melhorada os conteúdos que os docentes disponibilizam aos alunos”. Conteúdos esses que passam por vídeos, imagens de alta resolução, ficheiros informáticos que requerem um suporte bastante rápido e flexível.

Com o novo edifício, e as novas formas de ensino na FCS “precisávamos de uma plataforma que fosse capaz de suportar tráfego de e-mail, material de auto-aprendizagem, e informações multimédia, sobretudo, vídeos. Uma rede que teria de ser segura, flexível com uma boa capacidade e facilidade de gestão e competitiva também no preço”. Rui Costa explica que foram estudadas várias opções neste tipo de redes informáticas, “mas acabámos por escolher a ‘Adaptive ADGE Architecture ProCurve Networking’, da HP”.

Os alunos que são inscritos nesta sofisticada rede informática têm acesso imediato aos serviços da mesma. Este tipo de rede é capaz de distribuir largas quantidades de informações, ligações de voz e vídeo-conferência, através de uma infra-estrutura segura. Esta nova plataforma informática serve todos os estudantes de Medicina, investigadores e técnicos que trabalham diariamente no campus. Para além de cobrir todas as necessidades da auto-aprendizagem esta rede é ainda capaz de suportar todo o tráfego informático gerado por todos os utilizadores.


Eduardo Alves

 

 

 

ESTUDO DA UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR REVELA

Jovens com comportamentos de risco

Cerca de 20 por cento dos jovens da Beira Interior têm a sua primeira relação sexual sem usarem contraceptivos e mais de metade gostaria de ter mais aulas sobre sexualidade, segundo um estudo da Universidade da Beira Interior.

“Mesmo quando perguntamos pela relação sexual mais recente, 15 por cento diz tê-la praticado de forma desprotegida, e muitos porque dizem que isso (usar contraceptivos) tira prazer”, sublinha a autora do estudo, Patrícia Brancal, da Universidade da Beira Interior (Covilhã).

O estudo revela que a maioria das relações sexuais dos jovens desta região estão associadas a “compromissos afectivos”, mas também a um défice de informação sobre sexualidade.

“Os dados obtidos reflectem algum desconhecimento dos jovens relativamente a conceitos de sexualidade”, refere a autora, que defende a criação urgente da disciplina de educação sexual nas escolas e maior informação prestada pelos pais.

De acordo com o trabalho, mais de metade da informação que os jovens possuem é proveniente da Internet ou conseguida através dos amigos, mas a autora acredita que nem sempre é a mais útil e adequada.

“Seria vantajoso, além de uma intervenção ao nível das doenças sexualmente transmissíveis, realçar os domínios dos afectos e das relações humanas, bem como o bem-estar psico-social dos jovens da Beira Interior”, destaca Patrícia Brancal.

“Depois de fazer o questionário, já tive alunos que me contactaram para falar sobre o tema e que dizem estar dispostos a falar na televisão”, destaca.

O estudo, intitulado “Vivências Sexuais dos Jovens da Beira Interior”, foi realizado no âmbito do mestrado em Educação Social na Universidade da Beira Interior, na Covilhã, e baseou-se num inquérito feito entre Novembro de 2006 e Março deste ano a 200 jovens dos distritos de Castelo Branco e da Guarda.

É a primeira vez que é feito um estudo sobre o tema na Beira Interior. Os inquiridos têm entre 14 e 20 anos e a maioria foram contactados directamente pela autora nos estabelecimentos de formação profissional onde dá aulas.

“Gostava de ter um universo maior, mas as escolas públicas não quiseram distribuir o questionário”, sobretudo quando confrontadas com perguntas sobre hábitos de masturbação, sexo oral ou anal, lamenta.

“A sexualidade ainda é um tabu. Mas os resultados demonstram que os jovens precisam de informação correcta e de falar sobre o assunto”, alerta Patrícia Brancal.

“É urgente que os conselhos executivos e as comissões de pais sejam agentes de mudança, em vez de resistirem. E é preciso que a educação sexual seja uma disciplina, dada por pessoas com formação específica”, acrescenta.

No entanto, admite que a mudança só ocorra quando novas gerações tiverem o papel de educadores.

“Muitos dos educadores actuais não tiveram, eles próprios, a sua sexualidade resolvida e isso reflecte-se na resistência a este tema”, diz.

“É importante que os jovens actuais possam esclarecer a sua sexualidade, sem reprimir situações que podem vir a prejudicar a vida adulta”, acrescenta.

Por outro lado, Patrícia Brancal conclui que a iniciação sexual se dá em idades cada vez mais precoces.

No estudo, os 12 anos são apontados como a idade mais frequente da primeira ejaculação ou menstruação e os 16 a idade mais frequente para a primeira relação sexual.

A autora gostaria de ter aprofundado a investigação, “nomeadamente nas áreas da gravidez precoce e da homosexualidade, com percentagens muito reduzidas, onde acho que os dados precisam de ser cruzados”.

Patríca Brancal acredita que o seu estudo pode ser um importante instrumento para as escolas, mesmo sem disciplina de educação sexual.

“Isto deve ser encarado com a mesma naturalidade da educação alimentar”, exemplifica.

“Apesar do que o estudo revela sobre o que eles fazem, 88 por cento dos jovens diz ter noção de que sexo seguro é usar preservativo e 74 por cento espera ter um só parceiro sexual. Creio que, com mais algum esforço, podem diminuir-se os comportamentos de risco”, conclui.

LFO/Lusa

 

 

 

INSCRIÇÕES ABERTAS

Prémio Universidade de Coimbra

O Prémio Universidade de Coimbra, um dos mais valiosos prémios nacionais nos campos da cultura e da ciência, tem inscrições abertas até ao dia 21 de Novembro de 2007.
Qualquer instituição ou pessoa de nacionalidade portuguesa pode enviar propostas de candidatura, com um curriculum vitae detalhado do candidato e uma explicitação clara dos méritos do mesmo, para a seguinte morada: Reitor da Universidade de Coimbra / Reitoria da Universidade de Coimbra / 3004-531 Coimbra.
O vencedor do Prémio Universidade de Coimbra 2008 será anunciado em conferência de imprensa no dia 24 de Janeiro de 2008, sendo o Prémio entregue a 1 de Março, durante a Sessão Solene comemorativa do 718.º aniversário da Universidade de Coimbra.
O Prémio Universidade de Coimbra, patrocinado pelo Banco Santander-Totta e que conta com o apoio do Jornal de Notícias, é atribuído anualmente a uma pessoa de nacionalidade portuguesa que se tenha destacado por uma intervenção particularmente relevante e inovadora nas áreas da cultura ou da ciência, recebendo o galardoado uma dotação em dinheiro no valor de 25 000 euros.

 

 

 

UNIVERSIDADE DE ÉVORA

À conquista de mais alunos

A Universidade de Évora preencheu quase todas as vagas na 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior. Dos 35 cursos oferecidos, 22 preencheram as vagas todas.

Saliente-se que no ano lectivo 2006/2007, apenas 11 cursos preencheram todas as vagas. “Estamos muito satisfeitos porque sobraram poucas vagas para a 2.ª Fase, e muitos dos alunos colocados entraram na 1.ª ou 2.ª opção”, disse Ana Maria Costa Freitas, Vice-Reitora para os Ensinos. Segundo aquela dirigente tal facto deve-se “não só à divulgação dos cursos e à sua adequação ao momento presente, mas também à qualidade dos próprios alunos”.

Refira-se que em alguns dos cursos (Turismo, Psicologia, Arquitectura etc.), as vagas não foram suficientes para o número de candidatos que seleccionaram a referida instituição como primeira opção.

Este ano, e relativamente ao ano passado, os cursos das áreas da ciência e tecnologia só têm 11,5% de vagas por preencher. “Com os concursos especiais, os maiores de 23 e as transferências, conseguimos encher todos os cursos. Nota-se que há um grande interesse dos alunos na Universidade de Évora”. Sublinhou a Vice-Reitora.

Dos cerca de 950 alunos colocados, mais de 800 novos alunos já se matricularam na UE. Relativamente ao 2.º Ciclo de Estudos também existe uma grande satisfação, uma vez que se candidataram este ano lectivo cerca de mil licenciados. Continuar a trabalhar na qualidade do ensino é a principal aposta da instituição.

Noémi Marujo

 

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