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       EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE 
		JOVENS 
      Aveiro na frente 
        
      A mestre Susana Sá, doutoranda da 
		Universidade de Aveiro, foi contemplada com o Prémio GPS – Educação e 
		Formação pelo Grupo Gestão de Participações Sociais, S. G. PS. SA), 
		atribuído pela primeira vez em 2007, com o intuito de distinguir 
		bienalmente o melhor trabalho académico sobre temas que se insiram na 
		área da Educação e Formação de Jovens. 
		 
		O trabalho premiado, «Educação, Diversidade Linguística e 
		Desenvolvimento Sustentável», realizou-se no âmbito da primeira edição 
		do Mestrado em Educação em Línguas no 1º Ciclo do Ensino Básico, sob a 
		orientação de Ana Isabel Andrade e insere-se nas linhas de investigação 
		do Laboratório Aberto de Aprendizagem de Línguas (LALE), estrutura do 
		Centro de Investigação de Didáctica e Tecnologia na Formação de 
		Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro. 
		 
		O estudo desenvolvido tentou articular diferentes áreas do conhecimento, 
		apresentando resultados de um projecto de intervenção com uma turma do 
		1º Ciclo do Ensino Básico (3º ano de escolaridade), cujo objectivo 
		principal foi a concepção, implementação e avaliação de actividades de 
		sensibilização à diversidade linguística e cultural concebidas no âmbito 
		de uma educação para o desenvolvimento sustentável. 
		 
		Realizada dentro de uma sala do 1º Ciclo, esta investigação-acção 
		permitiu compreender como é possível, através da educação em e pelas 
		línguas, contribuir para a compreensão de que Ambiente, Economia, 
		Sociedade e Cultura são esferas indissociáveis da vida humana, tendo que 
		ser abordadas de modo transversal, desde os primeiros anos de 
		escolaridade, se pretendemos contribuir para a construção de um futuro 
		sustentável.  
      	 
        
        
		  
      DOCENTE DA UBI ORGANIZA 
      O novo mapa de África 
		  
      O docente da Universidade da Beira 
		Interior, Rui Fernandes, esteve 15 dias no Quénia a promover um curso 
		para técnicos de recolha e tratamento de dados geográficos através da 
		tecnologia de GPS. A instalação de estações de monitorização e a 
		implementação de um sistema de posicionamento global são os próximos 
		passos. 
		 
		Esta é uma forma encontrada para solucionar problemas em alguns países 
		que não têm ainda mapas bem definidos nem redes de estações de recolha e 
		tratamento de dados geográficos e cartográficos. Um caso exemplar, nesta 
		matéria, é o do continente africano. Dada a necessidade de formar 
		técnicos para futuras estações de recolha de dados, Rui Fernandes 
		orientou um curso de 15 dias no Quénia, em Agosto. 
		 
		O docente da UBI organizou este evento em parceria com o Centro Regional 
		para o Mapeamento de Recursos para Desenvolvimentos, com o Centro de 
		Geofísica da Universidade de Lisboa e com o Hartebeesthoek Radio 
		Astronomy Observatory da África do Sul. O curso decorreu em Nairobi, no 
		Kenya, e contou com representantes de nove países, casos da Etiópia, 
		Quénia, Malawi, Nigéria, Portugal, Uganda, África do Sul, Tanzânia e 
		Zâmbia. 
		 
		O docente da UBI salienta que a formação está inserida num projecto mais 
		global que visa a implementação de um sistema desta natureza para todo o 
		continente africano. Para além dos sistemas que já existem nesta região 
		do globo “e que são ‘nacionalizados’, o que se está a tentar promover é 
		a necessidade urgente de materializar um novo sistema, a ser 
		implementado de raiz”. Esta ideia começou a ganhar força, “quando em 
		2006 participei numa conferência, na África do Sul e se falou, pela 
		primeira vez, num sistema global para aquele continente”. A partir desse 
		momento começou-se o trabalho, a instalação de algumas estações e 
		conseguiu-se mesmo “ter o apoio de um laboratório da NASA”. 
		 
		Rui Fernandes está também a desenvolver um outro projecto em África e 
		que diz respeito “ao movimento de duas placas tectónicas”. Algo que se 
		consegue “através dos dados fornecidos por este tipo de equipamento e 
		software”, esclarece o docente. Há um projecto financiado pela Fundação 
		para a Ciência e Tecnologia (FCT) para estudar a movimentação das placas 
		tectónicas em várias áreas. “Como temos uma estação de observação em 
		Moçambique e até ao fim do ano pretendemos instalar mais um ou duas, 
		esse estudo pode prosseguir a bom ritmo”, acrescenta.   
		Eduardo Alves 
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