Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano X    Nº116    Outubro 2007

Suplemento

ESCOLA DE ARTES COM NOVO FINANCIAMENTO

Campus da Talagueira é para construir

A presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco está satisfeita com a taxa de colocação de novos alunos nas escolas da instituição. Em entrevista ao Ensino Magazine, em vésperas do 27º aniversário do IPCB, Ana Maria Vaz mantém firme o objectivo de construir o Campus da Talagueira, cujo Bloco Pedagógico da Escola Superior de Saúde poderá ser utilizado no próximo ano lectivo (2008/09).
 

Qual o balanço que faz da colocação de novos alunos no Instituto Politécnico de Castelo Branco?

É um balanço positivo. Ficámos satisfeitos com o facto de, numa altura em que as instituições politécnicas têm mais procura que as universitárias, o nosso Instituto ter sido um dos que mais candidaturas recebeu no interior do país. No entanto, após a 1ªa fase houve alguns alunos que não se matricularam, nomeadamente em áreas de ponta como a saúde. A segunda fase acabou por ser muito positiva pois preenchemos 97 por cento das vagas a concurso
 

Com os concursos especiais as escolas ficam com uma taxa de ocupação de 100 por cento?

Sim, não iremos ter problemas nessa matéria. As restantes vagas deverão ficar preenchidas com esses regimes.
 

O Concurso maiores de 23 é uma oportunidade para quem acede ao ensino superior, mas também para as instituições de ensino se moldarem às necessidades desse novo público?

Sem dúvida. Deve haver uma maior preocupação para com os estudantes que vêm para o ensino superior e que estão no mercado de trabalho. As formações a seguir devem ter em conta a perspectiva politécnica dos cursos, mas deve também ser dado um acompanhamento a esses estudantes em horário pós laboral, não com aulas, mas com um regime de tutorias. Isso está assegurado já nalgumas escolas e é uma mais valia para o esclarecimento de dúvidas por parte desses alunos.
 

A captação de outro tipo de públicos, através de Cet’s, é outra forte aposta do IPCB?

Sim. O país precisa desse tipo de qualificação. Até há pouco tempo existia apenas uma classificação meramente académica, com o ensino secundário e superior, mas entendemos que é importante uma classificação intermédia, de nível 4, obtida precisamente pelos Cursos de Especialização Tecnológica, os quais além de qualificarem muitos alunos (muitos já estão no mercado de trabalho), permitem que eles depois prossigam os estudos no ensino superior. No Instituto Politécnico a realização desse tipo de cursos é uma realidade, quer na Escola Superior de Artes Aplicada, quer na Superior de Tecnologia. De resto, a EST já tem uma grande experiência nesta área, através de protocolos que manteve com escolas profissionais.
 

Esta é uma política que deve ser generalizada às outras escolas?

É. Há escolas em que esse tipo de oferta é mais difícil de ser feito, como na Saúde. Mas ao nível das outras áreas, como na Agrária ou na Educação, por exemplo, essa é uma que deve ser tida em conta.
 

O Campus da Talagueira é um objectivo do IPCB. Em que fase se encontra o processo?

O Bloco Pedagógico da Escola Superior de Saúde está em construção e vamos avançar com o pedido para a construção do Bloco da Escola Superior de Artes Aplicadas, o qual terá que ter um outro tipo de funcionamento, através do Quadro de Referência Estratégico Nacional (Qren). A nossa posição é que o Campus é para ser feito. É um objectivo que queremos concretizar, embora possa haver um redimensionamento do Bloco Central.
 

E a Escola de Saúde quando é que ficará pronta?

Tudo indica que no final do ano a obra fique pronta. Mas depois faltará autonomizar o bloco, já que o projecto inicial previa a construção de um bloco central, do qual dependeria o funcionamento quer da Escola Superior de Saúde, quer da de Artes Aplicadas. Como o Bloco Central ainda não avançou, a nova escola de Saúde terá que autonomizada. Além disso, depois teremos que proceder à colocação do equipamento e à transferência das instalações actuais para as novas. Algo que deverá acontecer no final deste ano lectivo.
 

Quais as consequências desse atraso?

São várias. Não só em termos de imagem da própria escola, mas também porque não pode ter uma maior abertura à comunidade, prestando mais serviços, como também porque está impedida de avançar com novas ofertas formativas. As instalações têm sido limitativas do desenvolvimento da escola.
 

Em todo este processo, a autarquia albicastrense tem estado ao lado do IPCB?

A Câmara tem estado sempre ao lado do Politécnico. Mas a obra não depende da autarquia, mas sim do Ministério, com quem temos dificuldade em dialogar nesta matéria. Já solicitámos a autorização para a auto-nomização do Bloco Pedagógica da Escola de Saúde e até ao momento ainda não obtivemos qualquer resposta. Ou seja, a escola está na eminência de ficar pronta e não poder funcionar.
 

Outro Campus em que o Politécnico investiu foi o virtual. Já está a funcionar em pleno?

Está. Neste momento os professores podem alojar as suas aulas para que os alunos lhes tenham acesso, e que a parte de e-learning fique a funcionar a 100 por cento. Nós fizemos formação para os técnicos e docentes, pelo que estão criadas garantias para que o campus funcione em pleno. Já no próximo ano queremos implementar uma modalidade de inscrições pela Internet, o que facilitará as matrículas.
 

Uma das suas apostas enquanto candidata à presidência do Instituto Politécnico de Castelo Branco foi a aproximação do Instituto à comunidade e ao tecido empresarial. Isso está a ser conseguido?

Esse projecto está a ser implementado através da Oficina Transferência de Conhecimento, que está localizada no Ceder, e onde é feita uma forte ligação com o meio empresarial da região de Castelo Branco. A comunidade e as empresas devem participar, cada vez mais, na vida dos Instituto. Aquilo que se verifica é que tem havido uma resposta muito positiva por parte das empresas. Neste momento, vamos verificar junto das empresas quais as suas necessidades formativas, para que lhes possamos dar resposta. Este tipo de exercício é importante, até porque vai ser reorganizada a rede de ofertas formativas por parte do Ministério, e essa reorganização vai ter em conta as propostas das instituições tendo em conta as necessidades da região.
 

Cinco anos depois, o concurso Poliempreende atinge uma dimensão nacional...

Além de ter uma dimensão nacional, é uma marca registada, o que nos orgulha muito pois foi criada no nosso Instituto. Entendemos que o Concurso era bastante importante e daí propormos o seu alargamento a todos os restantes Politécnicos. O país precisa de pessoas empreendedoras e são as instituições de ensino superior que devem fomentar isso. No futuro, o concurso poderá ser ainda alargado a outras instituições. É importante que os professores também se sintam motivados e participem, pois assim entusiasmam os alunos a competir, e criam uma nova forma de transferência de conhecimentos.

 

 

 

ESCOLA SUPERIOR DE GESTÃO

Oferta para novos públicos

A Escola Superior de Gestão do Instituto Politécnico de Castelo Branco, sedeada em Idanha-a-Nova conseguiu excelentes resultados na segunda fase de candidaturas ao ensino superior. António Pinto, director da instituição, mostrou-se satisfeito com os resultados obtidos, para uma escola que é referência nacional no ensino da gestão.

Com a elevada taxa de ocupação na segunda fase de candidaturas, os cursos da ESG vão ficar com as suas vagas praticamente preenchidas, já que no “Concurso Maiores de 23 também houve uma forte adesão de candidatos. Isto significa que teremos cerca de 750 alunos, que é o número desejável em termos de estabilidade da escola. Este ano já temos também todos os cursos adaptados a Bolonha, daí que tenha havido uma diminuição no número total de alunos da escola, já que as licenciaturas têm menos um ano de duração”.

António Pinto garante que “também estamos a trabalhar para que no próximo ano lectivo seja possível avançarmos com um mestrado, de forma a permitir que os alunos prossigam aqui os estudos”. Uma das mais valias que a ESG apresenta são as instalações. “Todas as salas estão equipadas com sistemas multimédia e de informática, com ar condicionado e aquecimento central, e possuímos três salas de informática com equipamentos de ponta”, diz a título de exemplo. Nesse processo o entendimento com a autarquia de Idanha-a-Nova tem sido importante e recentemente foi inaugurado mais um complexo de salas de aula. A acrescentar a tudo isto, António Pinto sublinha o facto da Escola apoiar o Centro Incubador de Empresas, localizado em Idanha-a-Nova.
 

Pós-graduações. Ao nível das pós-graduações, o director da ESG refere que “depois da especialização em Gestão de Eventos (que vai parar este ano, após dois de funcionamento), vamos arrancar com uma especialização em Marketing Turístico e outra em Contabilidade e Fiscalidade. Cursos que deverão avançar a curto prazo, e que contarão com o contributo de especialistas na área da fiscalidade, alguns da própria Direcção de Finanças de Castelo Branco. No caso da Contabilidade e Fiscalidade, estamos a falar de uma oferta inovadora que vem responder às necessidades do mercado e dos técnicos oficiais de contas”. Os Técnicos Oficiais de Contas que participarem nessa especialização poderão receber pontos no âmbito do Controlo de Qualidade da CTOC.

Já no caso do Marketing Turístico, António Pinto, considera que depois da Gestão de Eventos seria importante avançar para uma outra área, que o mercado também necessita. Ao que tudo indica, os cursos funcionarão em Castelo Branco.

Outra das apostas da ESG são os Cursos de Especialização Tecnológica, através de parcerias com outras instituições, como é o caso da ESTEBI. “Neste momento está a funcionar um CET em Aplicações Informáticas de Gestão, no Nercab, em Castelo Branco. Os alunos que nele participam terão a possibilidade de entrarem para cursos da nossa escola, com equivalência a algumas disciplinas. Essa é uma mais valia para esses alunos, e para a escola, significa captar novos públicos, dando-lhes a possibilidade de entrarem para o ensino superior”. Outro acordo que avançará é com Inftur, “de forma a que os alunos que frequentam os Cet’s ministrados por essa instituição, tenham acesso às nossas licenciaturas”.

Além da vertente formativa, a ESG irá também apostar na realização de um seminário de âmbito nacional. António Pinto recorda que após o Encontro Nacional de Professores de Contabilidade do Ensino Superior, está a ser estudado um novo evento ligado ao turismo.

 

 

 

SELMA PEREIRA DESFILA NA EXTREMADURA

Esart bilha na Moda em Espanha

A Escola Superior de Artes Aplicadas continua a dar cartas em eventos internacionais. A aposta da direcção liderada por Fernando Raposo em apoiar e desafiar os seus alunos a participar em concursos nacionais e internacionais está a revelar-se bastante positiva.
Recentemente, Selma Pereira, aluna do terceiro ano do curso de Design de Moda e Têxtil da Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART) de Castelo Branco foi um dos trinta apurados para participar a 27 e 28 de Outubro na semi-final da sexta edição do Concurso Internacional de Design Moda Extremadura, em Espanha. Depois de Valência de Alcântara, Don Benito, Plasencia, Mérida e Trujillo, o evento ruma agora até ao Complexo Cultural de São Francisco, em Cáceres. Uma competição aberta a todos aqueles que têm uma relação vocacional ou profissional com a indústria da moda, independentemente da nacionalidade, e onde por hábito são também convocadas escolas de design espanholas e de outros pontos do globo.
Seguindo a temática do concurso, dividido nas modalidades homem e mulher, os participantes deveriam focar-se no significado e influência das belas artes na indústria da moda, ponto de partida para estes investigarem e experimentarem livremente materiais, formas e cores. No final, o júri, cujas atenções se centram agora na componente criativa e na qualidade dos coordenados, atribuirá cinco prémios: três aos primeiros lugares, um à melhor colecção extremenha e outro à colecção mais criativa.
A jovem de 23 anos, natural de Lagos, apresentou então quatro coordenados inspirados nas concepções plásticas de Gaudí, em particular na casa Milà, a conhecida “pedreira” de Barcelona, imagem de marca do arquitecto modernista catalão. Aspecto escultural, sem linhas rectas, que serviu de base à exploração das sobreposições de dobras, sem esquecer o lado funcional. O resultado é uma linha jovem e elegante de vestidos em tons de branco, com tecidos comuns como a sarja e o algodão, onde se realçam as formas construtivas e os jogos entre peças. Uma proposta onde reina a simplicidade, mas cuja execução, à semelhança de trabalhos anteriores, promete ser trabalhosa, em particular nas pregas levantadas e nas armações.
Ideias já trabalhadas por Selma Pereira numa colecção de cinco vestidos e cinco saias, desenvolvida no primeiro ano, e em parte apresentada em Fevereiro no concurso nacional de novos talentos “Acrobatic”, onde participou juntamente com três colegas da ESART. Único evento onde até agora a aluna conseguira ser seleccionada, embora também tenha concorrido ao Arts of Fashion 2007 – Fashion Students Competition Miami (em Novembro Hugo Costa participará na segunda fase) e ao Concurso Juvenil Internacional de Design de Moda de Dalian, na China (André Amorim foi um dos finalistas). “A esperança já era pouca”, confessa, algo surpreendida com o resultado. “Agora estou com medo da quantidade de trabalho que me espera, porque tenho pouco tempo”, acrescenta a jovem, estreante nas competições internacionais, e que até dia 22 terá de entregar à organização os coordenados.
O Concurso Internacional de Design Moda Extremadura pretende dar a conhecer jovens talentos e promover o desenvolvimento do sector naquela comunidade. O evento anual é uma das iniciativas do Moda Extremadura, programa de apoio ao universo têxtil e da confecção, lançado em 2001 pela Conselharia de Economia e Trabalho da Junta da Extremadura, e que abrange várias dezenas de empresas e cooperativas, bem como jovens designers daquela província espanhola.

Jorge Costa

 

 

 

MULTIMÉDIA E CONDUÇÃO DE OBRA

EST na rota dos Cet's

Fazendo jus à tradição dos últimos anos, a Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Castelo Branco prepara-se para iniciar as actividades lectivas de mais dois Cursos de Especialização Tecnológica (Cet’s). Uma oferta formativa de nível quatro, que depois dará a possibilidade aos diplomados de prosseguirem estudos no ensino superior, permitindo inclusivamente a equiparação de disciplinas nos cursos de licenciatura.

Desenvolvimento de Produtos Multimédia e Condução de Obra são dois Cet’s que irão arrancar ainda em Outubro. As as pré-inscrições estiveram abertas até ao passado dia 10, prevendo-se para 22 de Outubro se iniciem as actividades lectivas. Armando Ramalho, director da EST, considera que estão criadas todas as condições para o arranque dessas ofertas, até porque “já temos 31 pré-inscritos em Condução de Obra, e 48 em Desenvolvimento de Produtos Multimédia”. De acordo com aquele responsável, um dos cursos “decorrerá em horário pós-laboral”.

Armando Ramalho, recorda que para aprovação na Direcção Geral do Ensino Superior, estão os Cet’s de Instalação e Manutenção de Redes e Sistemas Informáticos e Automação e Manutenção Industrial. “Mas tudo aponta que arranquem ainda durante este ano lectivo”, disse.

No entender do director da EST, “há cinco anos que a Escola tem apostado nesta oferta formativa, que visa melhorar os níveis de qualificação da população activa”. Armando Ramalho recorda que nos últimos “dois anos houve um novo impulso a este tipo de cursos, devido à nova legislação. O novo diploma surgiu no sentido de dar novas oportunidades à população activa e ao mesmo tempo captar novos públicos para o ensino superior. Desde essa altura passou a ser possível aos diplomados pelos Cet’s serem integrados no ensino superior”. A título de exemplo, aquele responsável recorda que este ano “entraram em cursos de licenciatura da EST 20 diplomados em Cet’s”.

Outra mais valia que Armando Ramalho sublinha, diz respeito ao facto dos Cursos de Especialização tecnológica estarem estruturados tendo em conta a Declaração de Bolonha, ou seja em créditos. “Este novo figurino alterou as condições de acesso aos Cet’s, pois permitiu alargar o leque de candidatos a todos os alunos do ensino secundário e das escolas profissionais ou tecnológicas”, explica. Por outro lado, há disciplinas dos Cet’s que poderão ser creditadas em cursos de licenciatura.
 

Missão. Com a aposta nos Cet’s, Armando Ramalho considera que a EST está a cumprir a sua missão. Além dos cursos de licenciatura, dá resposta às necessidades do mercado de trabalho, qualificando quadros intermédios e permitindo-lhes o acesso a cursos superiores.

Mas a aposta da Escola Superior de Tecnologia passa também pelos mestrados. “Iremos avançar com mestrados nas áreas de Informática, Electrónica e Telecomunicações e Engenharia Civil”, assegura. Já no que respeita aos doutoramentos, a “EST está ao lado do Politécnico. É um esforço conjunto entre todos, pois partilhamos os mesmos objectivos”.

 

 

 

NOVO EDIFÍCIO CHEGA NO PRÓXIMO ANO

Escola de Saúde vai alargar formação

O novo edifício da Escola Superior de Saúde Dr. Jaime Lopes Dias (Esald), do Politécnico de Castelo Branco, pode passar a funcionar no novo edifício no início do próximo ano lectivo, o que permitirá melhorar as condições em termos de formação e de organização, bem como alargar as áreas formativas, sobretudo na área das pós-graduações, área em que existem vários projectos em estudo.

Esse é, pelo menos, o desejo do director da instituição, Carlos Maia, segundo o qual o avanço das obras indica que o objectivo é possível. “Estou convencido que, se as obras decorrerem ao ritmo dos últimos meses, tal poderá ser uma realidade”, afirma. Aquele responsável admite ainda que as obras poderiam estar concluídas durante o presente ano lectivo, mas não prevê a mudança de instalações logo que possível, pois “uma transferência durante o decurso do período lectivo traria sempre mais inconvenientes do que benefícios. É desejável que as actividades do ano lectivo em curso decorram com toda a normalidade”.

Assim, em 2008/2009, a Esald terá “condições condignas”, de excelência em termos de “conforto e bem-estar”, o que melhorará o desempenho. “É fundamental sentirmo-nos bem no local onde trabalhamos e estudamos. Em termos de organização e funcionamento passaremos a ter as actividades e os serviços da escola concentrados num edifício único, com todas as vantagens que daí advêm, como a racionalização de recursos humanos e materiais e o aumento da eficiência dos procedimentos”, afirma o director.

De caminho, considera que o novo edifício permitirá melhorar o ambiente académico, pois “docentes e estudantes passarão a ocupar e partilhar sempre os mesmos espaços, o que lhes permitirá “sentir” a escola de forma diferente”. Mas é na formação que surgirão mais alterações “Passaremos a dispor de melhores condições, nomeadamente de uma maior diversidade de recursos técnicos e didáctico-pedagógicos o que permitirá alargar o leque de formação, essencialmente ao nível da formação pós-graduada. Mas passaremos também a ter condições para prestar serviços à comunidade, o que constitui também uma importante atribuição das instituições de ensino superior”, garante.

Carlos Maia afirma que “existem planos em termos de pós-graduações, mas neste momento são apenas planos, pelo que é prematuro estar a avançar com mais dados”. Garante porém que a Esald irá abrir “ainda durante o ano de 2008, o curso de pós-licenciatura de Especialização em Enfermagem de Reabilitação, que tem sido um curso muito procurado”.

Em termos de formação inicial, a escola tem cinco licenciaturas: Análises Clínicas e de Saúde Pública, Cardiopneumologia, Enfermagem, Fisioterapia e Radiologia e ainda o Curso de Complemento de Formação em Enfermagem. Em todas essas áreas existe ainda elevada empregabilidade. A título de exemplo, tendo em conta os alunos que saíram licenciados em 2006, “a empregabilidade é, de facto, muito próxima dos 100 por cento”.

A Esald deverá assim contar com um elevado número de candidatos, como demonstram os resultados do Concurso Nacional de Acesso. A escola teve mil 455 candidatos para as 150 vagas disponibilizadas e, à semelhança dos últimos anos, todas as vagas foram ocupadas. “Continua a ser notável a taxa de procura, tendo em conta que se trata de uma instituição do interior do país. Houve escolas do litoral e, inclusivamente de grandes cidades, nomeadamente Lisboa e Coimbra, onde a taxa de colocação, na área da saúde, foi inferior ao número de vagas disponibilizadas”, conclui.

 

 

 

GLOBAL GREEN ASSINA PROTOCOLO

Agrária destaca-se nos projectos

A Escola Superior Agrária de Castelo Branco acaba de assinar um acordo com a Global Green (EU), S.A., que tem como objectivo troca de experiências e de conhecimentos na área das culturas energéticas.

A Global Green (E.U.), S.A. é uma empresa fundada com o objectivo de dar corpo a um projecto de instalação de uma biorefinaria na região da Beira Interior Sul dedicada, também, à produção de biocombustíveis líquidos a partir de matéria-prima de origem local. O projecto envolve ainda a instalação de um centro de investigação na área da utilização multifuncional da produção de cana-de-açúcar, sorgo sacarino e de outras culturas.

Com o acordo assinado, a instituição mostra a sua capacidade científica e a aplicabilidade dessa capacidade ao mundo empresarial, neste caso numa área que não poderia ser mais actual, tendo em conta o aumento progressivo do preço do petróleo, a dependência energética do País em relação ao exterior e a necessidade de concretizar medidas de protecção do ambiente.

O director da instituição, António Moitinho, considera por isso que o projecto é muito importante e terá efeitos director no Concelho de Idanha, onde a redução da produção de tabaco e a falta de alternativas são um problema grave. Além disso, a refinaria permitirá que agricultores da Cova da Beira, Castelo Branco e Ródão possam optar pela produção de cana de açúcar e sorgo sacarino, os produtos em que a fábrica baseará a produção.

O recurso a estes produtos é destacado por António Moitinho por duas razões. Em primeiro lugar as condições adafo-climáticas da região permitem que a cana-de-açúcar produzida permita um rendimento muito semelhante ao obtido no clima tropical brasileiro. Mais importante é porém o facto de ser produzido bio-etanol a partir de produtos agrícolas cada vez menos utilizados na alimentação humana e não de produtos cuja escassez está a fazer aumentar preços no mercado mundial, como é o caso do trigo e do milho.

“O preço do milho tem vindo a aumentar, o que tem um reflexo na alimentação animal e consequentemente no preço de produtos como o leite, a carne, os ovos. Também o trigo tem sido desviado para a produção de bioetanol e a verdade é que o preço aumentou brutalmente. O pão, que é a base da alimentação, está cada vez mais caro”, afirma.

O interesse no projecto é elevado em termos de escola, pelo que já existem alunos a desenvolver estágios na produção de cana-de-açúcar. Por outro lado, a escola acaba de ser certificada como entidade formadora, pelo que poderá ministrar formação aos agricultores, dado que se trata de avançar com uma nova exploração agrícola. Poderão ainda ser criadas condições para prestar apoio técnico aos agricultores.

A Escola Agrária demonstra assim mais uma vez a sua capacidade de participação em projectos, como acontecia já com o sistema de traçabilidade alimentar da multinacional Danone. Este ano foi ainda seleccionada pela International Farm Corporation Network para prestar informação estatística sobre a produção de leite em Portugal, estando também representada na união das escolas agrárias da CPLP. Regionalmente, desenvolveu recentemente o Plano de Defesa da Floresta contra Incêndios de Idanha e continua o trabalho em termos dos sistemas de informação geográfica dos regadios de Idanha e da Cova da Beira.

Em termos de formação, este ano a escola “obteve um excelente desempenho ao nível das colocações. Tem 875 alunos matriculados e está de boa saúde, com todos os cinco cursos a funcionarem de forma equilibrada, sem haver um que se sobreponha claramente aos outros em termos de alunos”. António Moitinho destaca ainda o facto da escola ter criado condições para que 100 dos ex-alunos, bacharéis, tenham reingressado na escola para concluir a Licenciatura, sobretudo na Área de Engenharia Agronómica.

 

 

 

PORTUGUÊS PARA ESTRANGEIROS

ESE apoia 33 alunos Erasmus

O Centro de Línguas & Culturas da Escola Superior de Educação, do Instituto Politécnico de Castelo Branco, organizou um Curso Intensivo de Português Língua Estrangeira, destinado aos alunos abrangidos pelo Programa Erasmus que este ano realizam uma mobilidade internacional em várias instituições do País.

Esta acção Erasmus Intensive Language Courses (EILC) resulta de uma candidatura apresentada pelo Centro de Línguas & Culturas e Gabinete de Relações Internacionais do IPCB à Agência Nacional para os Programas Comunitários Sócrates e Leonardo da Vinci. O curso decorreu de 10 a 28 de Setembro e contou com 33 alunos de diversos países europeus como a Espanha (11), Itália (3), França (1), Polónia (3), Eslovénia (2), Bélgica (1), Eslováquia (2), República Checa (4), Finlândia (1), Grécia (1) e Turquia (4).

O Curso Intensivo de Português é coordenado pela professora Maria da Natividade Pires. Os dois níveis do curso, intermédio e inicial, têm 80 horas de sala de aula e são leccionados pelos professores Natividade Pires, Eduarda Santos e João Machado.

Estão ainda envolvidas nos Cursos Intensivos de Português Língua Estrangeira três monitoras, alunas do Curso de Professores do 1º Ciclo do Ensino Básico da ESE, que apoiarão as actividades dos cursos e acompanham os alunos visitantes diariamente. Entre 6 e 29 de Fevereiro de 2008 irá realizar-se uma segunda edição do curso.

De acordo com o director da escola, Henrique Gil, a realização destes cursos prova a capacidade do Centro de Línguas e Culturas instalado na escola, o qual oferece formação em diferentes níveis em línguas como o Inglês Francês, Espanhol, existindo ainda as opções de Alemão e Russo.

Aquele responsável destaca ainda o facto da escola estar envolvida em projectos de inovação pedagógica e de formação contínua de professores, casos do Plano Nacional do Ensino do Português, Programa de Formação em Matemática, Programa do Ensino Experimental das Ciências e do Plano Nacional de Leitura.

Em termos de formação inicial, a escola obteve este ano um bom resultado em termos de colocações, sendo que mais de 80 por cento dos candidatos colocados na primeira fase fizeram a matrícula, pelo que todos os primeiros anos de cada curso vão funcionar. Em termos de pós-graduações, a ESE está a receber pré-inscrições para o Curso de Mestrado em Actividade Física, cujo avanço definitivo aguarda a publicação do regulamento de pós-graduações do Politécnico. Apresentou também seis propostas de mestrados no âmbito do Pré-escolar, uma delas em Inglês e outra língua estrangeira, que tem a particularidade de ter sido apresentada num conjunto de oito escolas superior de educação.

Esta semana, a ESE de Castelo Branco ficou ainda a saber que vai receber e organizar o 13º Encontro Nacional de Educação em Ciências, no ano de 2009, um evento que se realiza de dois em dois anos.

 

seguinte >>>


Visualização 800x600 - Internet Explorer 5.0 ou superior

©2002 RVJ Editores, Lda.  -  webmaster@rvj.pt