ESCOLA DE ARTES COM NOVO
FINANCIAMENTO
Campus da Talagueira é
para construir
A presidente do Instituto Politécnico de
Castelo Branco está satisfeita com a taxa de colocação de novos alunos
nas escolas da instituição. Em entrevista ao Ensino Magazine, em
vésperas do 27º aniversário do IPCB, Ana Maria Vaz mantém firme o
objectivo de construir o Campus da Talagueira, cujo Bloco Pedagógico da
Escola Superior de Saúde poderá ser utilizado no próximo ano lectivo
(2008/09).
Qual o balanço que faz da colocação
de novos alunos no Instituto Politécnico de Castelo Branco?
É um balanço positivo. Ficámos satisfeitos com o facto de, numa altura
em que as instituições politécnicas têm mais procura que as
universitárias, o nosso Instituto ter sido um dos que mais candidaturas
recebeu no interior do país. No entanto, após a 1ªa fase houve alguns
alunos que não se matricularam, nomeadamente em áreas de ponta como a
saúde. A segunda fase acabou por ser muito positiva pois preenchemos 97
por cento das vagas a concurso
Com os concursos especiais as
escolas ficam com uma taxa de ocupação de 100 por cento?
Sim, não iremos ter problemas nessa matéria. As restantes vagas deverão
ficar preenchidas com esses regimes.
O Concurso maiores de 23 é uma
oportunidade para quem acede ao ensino superior, mas também para as
instituições de ensino se moldarem às necessidades desse novo público?
Sem dúvida. Deve haver uma maior preocupação para com os estudantes que
vêm para o ensino superior e que estão no mercado de trabalho. As
formações a seguir devem ter em conta a perspectiva politécnica dos
cursos, mas deve também ser dado um acompanhamento a esses estudantes em
horário pós laboral, não com aulas, mas com um regime de tutorias. Isso
está assegurado já nalgumas escolas e é uma mais valia para o
esclarecimento de dúvidas por parte desses alunos.
A captação de outro tipo de
públicos, através de Cet’s, é outra forte aposta do IPCB?
Sim. O país precisa desse tipo de qualificação. Até há pouco tempo
existia apenas uma classificação meramente académica, com o ensino
secundário e superior, mas entendemos que é importante uma classificação
intermédia, de nível 4, obtida precisamente pelos Cursos de
Especialização Tecnológica, os quais além de qualificarem muitos alunos
(muitos já estão no mercado de trabalho), permitem que eles depois
prossigam os estudos no ensino superior. No Instituto Politécnico a
realização desse tipo de cursos é uma realidade, quer na Escola Superior
de Artes Aplicada, quer na Superior de Tecnologia. De resto, a EST já
tem uma grande experiência nesta área, através de protocolos que manteve
com escolas profissionais.
Esta é uma política que deve ser
generalizada às outras escolas?
É. Há escolas em que esse tipo de oferta é mais difícil de ser feito,
como na Saúde. Mas ao nível das outras áreas, como na Agrária ou na
Educação, por exemplo, essa é uma que deve ser tida em conta.
O Campus da Talagueira é um
objectivo do IPCB. Em que fase se encontra o processo?
O Bloco Pedagógico da Escola Superior de Saúde está em construção e
vamos avançar com o pedido para a construção do Bloco da Escola Superior
de Artes Aplicadas, o qual terá que ter um outro tipo de funcionamento,
através do Quadro de Referência Estratégico Nacional (Qren). A nossa
posição é que o Campus é para ser feito. É um objectivo que queremos
concretizar, embora possa haver um redimensionamento do Bloco Central.
E a Escola de Saúde quando é que
ficará pronta?
Tudo indica que no final do ano a obra fique pronta. Mas depois faltará
autonomizar o bloco, já que o projecto inicial previa a construção de um
bloco central, do qual dependeria o funcionamento quer da Escola
Superior de Saúde, quer da de Artes Aplicadas. Como o Bloco Central
ainda não avançou, a nova escola de Saúde terá que autonomizada. Além
disso, depois teremos que proceder à colocação do equipamento e à
transferência das instalações actuais para as novas. Algo que deverá
acontecer no final deste ano lectivo.
Quais as consequências desse atraso?
São várias. Não só em termos de imagem da própria escola, mas também
porque não pode ter uma maior abertura à comunidade, prestando mais
serviços, como também porque está impedida de avançar com novas ofertas
formativas. As instalações têm sido limitativas do desenvolvimento da
escola.
Em todo este processo, a autarquia
albicastrense tem estado ao lado do IPCB?
A Câmara tem estado sempre ao lado do Politécnico. Mas a obra não
depende da autarquia, mas sim do Ministério, com quem temos dificuldade
em dialogar nesta matéria. Já solicitámos a autorização para a
auto-nomização do Bloco Pedagógica da Escola de Saúde e até ao momento
ainda não obtivemos qualquer resposta. Ou seja, a escola está na
eminência de ficar pronta e não poder funcionar.
Outro Campus em que o Politécnico
investiu foi o virtual. Já está a funcionar em pleno?
Está. Neste momento os professores podem alojar as suas aulas para que
os alunos lhes tenham acesso, e que a parte de e-learning fique a
funcionar a 100 por cento. Nós fizemos formação para os técnicos e
docentes, pelo que estão criadas garantias para que o campus funcione em
pleno. Já no próximo ano queremos implementar uma modalidade de
inscrições pela Internet, o que facilitará as matrículas.
Uma das suas apostas enquanto
candidata à presidência do Instituto Politécnico de Castelo Branco foi a
aproximação do Instituto à comunidade e ao tecido empresarial. Isso está
a ser conseguido?
Esse projecto está a ser implementado através da Oficina Transferência
de Conhecimento, que está localizada no Ceder, e onde é feita uma forte
ligação com o meio empresarial da região de Castelo Branco. A comunidade
e as empresas devem participar, cada vez mais, na vida dos Instituto.
Aquilo que se verifica é que tem havido uma resposta muito positiva por
parte das empresas. Neste momento, vamos verificar junto das empresas
quais as suas necessidades formativas, para que lhes possamos dar
resposta. Este tipo de exercício é importante, até porque vai ser
reorganizada a rede de ofertas formativas por parte do Ministério, e
essa reorganização vai ter em conta as propostas das instituições tendo
em conta as necessidades da região.
Cinco anos depois, o concurso
Poliempreende atinge uma dimensão nacional...
Além de ter uma dimensão nacional, é uma marca registada, o que nos
orgulha muito pois foi criada no nosso Instituto. Entendemos que o
Concurso era bastante importante e daí propormos o seu alargamento a
todos os restantes Politécnicos. O país precisa de pessoas
empreendedoras e são as instituições de ensino superior que devem
fomentar isso. No futuro, o concurso poderá ser ainda alargado a outras
instituições. É importante que os professores também se sintam motivados
e participem, pois assim entusiasmam os alunos a competir, e criam uma
nova forma de transferência de conhecimentos.
ESCOLA SUPERIOR DE GESTÃO
Oferta para novos
públicos
A Escola Superior de Gestão do Instituto
Politécnico de Castelo Branco, sedeada em Idanha-a-Nova conseguiu
excelentes resultados na segunda fase de candidaturas ao ensino
superior. António Pinto, director da instituição, mostrou-se satisfeito
com os resultados obtidos, para uma escola que é referência nacional no
ensino da gestão.
Com a elevada taxa de ocupação na segunda fase de candidaturas, os
cursos da ESG vão ficar com as suas vagas praticamente preenchidas, já
que no “Concurso Maiores de 23 também houve uma forte adesão de
candidatos. Isto significa que teremos cerca de 750 alunos, que é o
número desejável em termos de estabilidade da escola. Este ano já temos
também todos os cursos adaptados a Bolonha, daí que tenha havido uma
diminuição no número total de alunos da escola, já que as licenciaturas
têm menos um ano de duração”.
António Pinto garante que “também estamos a trabalhar para que no
próximo ano lectivo seja possível avançarmos com um mestrado, de forma a
permitir que os alunos prossigam aqui os estudos”. Uma das mais valias
que a ESG apresenta são as instalações. “Todas as salas estão equipadas
com sistemas multimédia e de informática, com ar condicionado e
aquecimento central, e possuímos três salas de informática com
equipamentos de ponta”, diz a título de exemplo. Nesse processo o
entendimento com a autarquia de Idanha-a-Nova tem sido importante e
recentemente foi inaugurado mais um complexo de salas de aula. A
acrescentar a tudo isto, António Pinto sublinha o facto da Escola apoiar
o Centro Incubador de Empresas, localizado em Idanha-a-Nova.
Pós-graduações. Ao nível das
pós-graduações, o director da ESG refere que “depois da especialização
em Gestão de Eventos (que vai parar este ano, após dois de
funcionamento), vamos arrancar com uma especialização em Marketing
Turístico e outra em Contabilidade e Fiscalidade. Cursos que deverão
avançar a curto prazo, e que contarão com o contributo de especialistas
na área da fiscalidade, alguns da própria Direcção de Finanças de
Castelo Branco. No caso da Contabilidade e Fiscalidade, estamos a falar
de uma oferta inovadora que vem responder às necessidades do mercado e
dos técnicos oficiais de contas”. Os Técnicos Oficiais de Contas que
participarem nessa especialização poderão receber pontos no âmbito do
Controlo de Qualidade da CTOC.
Já no caso do Marketing Turístico, António Pinto, considera que depois
da Gestão de Eventos seria importante avançar para uma outra área, que o
mercado também necessita. Ao que tudo indica, os cursos funcionarão em
Castelo Branco.
Outra das apostas da ESG são os Cursos de Especialização Tecnológica,
através de parcerias com outras instituições, como é o caso da ESTEBI.
“Neste momento está a funcionar um CET em Aplicações Informáticas de
Gestão, no Nercab, em Castelo Branco. Os alunos que nele participam
terão a possibilidade de entrarem para cursos da nossa escola, com
equivalência a algumas disciplinas. Essa é uma mais valia para esses
alunos, e para a escola, significa captar novos públicos, dando-lhes a
possibilidade de entrarem para o ensino superior”. Outro acordo que
avançará é com Inftur, “de forma a que os alunos que frequentam os Cet’s
ministrados por essa instituição, tenham acesso às nossas
licenciaturas”.
Além da vertente formativa, a ESG irá também apostar na realização de um
seminário de âmbito nacional. António Pinto recorda que após o Encontro
Nacional de Professores de Contabilidade do Ensino Superior, está a ser
estudado um novo evento ligado ao turismo.
SELMA PEREIRA DESFILA NA
EXTREMADURA
Esart bilha na Moda em
Espanha
A Escola Superior de Artes Aplicadas
continua a dar cartas em eventos internacionais. A aposta da direcção
liderada por Fernando Raposo em apoiar e desafiar os seus alunos a
participar em concursos nacionais e internacionais está a revelar-se
bastante positiva.
Recentemente, Selma Pereira, aluna do terceiro ano do curso de Design de
Moda e Têxtil da Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART) de Castelo
Branco foi um dos trinta apurados para participar a 27 e 28 de Outubro
na semi-final da sexta edição do Concurso Internacional de Design Moda
Extremadura, em Espanha. Depois de Valência de Alcântara, Don Benito,
Plasencia, Mérida e Trujillo, o evento ruma agora até ao Complexo
Cultural de São Francisco, em Cáceres. Uma competição aberta a todos
aqueles que têm uma relação vocacional ou profissional com a indústria
da moda, independentemente da nacionalidade, e onde por hábito são
também convocadas escolas de design espanholas e de outros pontos do
globo.
Seguindo a temática do concurso, dividido nas modalidades homem e
mulher, os participantes deveriam focar-se no significado e influência
das belas artes na indústria da moda, ponto de partida para estes
investigarem e experimentarem livremente materiais, formas e cores. No
final, o júri, cujas atenções se centram agora na componente criativa e
na qualidade dos coordenados, atribuirá cinco prémios: três aos
primeiros lugares, um à melhor colecção extremenha e outro à colecção
mais criativa.
A jovem de 23 anos, natural de Lagos, apresentou então quatro
coordenados inspirados nas concepções plásticas de Gaudí, em particular
na casa Milà, a conhecida “pedreira” de Barcelona, imagem de marca do
arquitecto modernista catalão. Aspecto escultural, sem linhas rectas,
que serviu de base à exploração das sobreposições de dobras, sem
esquecer o lado funcional. O resultado é uma linha jovem e elegante de
vestidos em tons de branco, com tecidos comuns como a sarja e o algodão,
onde se realçam as formas construtivas e os jogos entre peças. Uma
proposta onde reina a simplicidade, mas cuja execução, à semelhança de
trabalhos anteriores, promete ser trabalhosa, em particular nas pregas
levantadas e nas armações.
Ideias já trabalhadas por Selma Pereira numa colecção de cinco vestidos
e cinco saias, desenvolvida no primeiro ano, e em parte apresentada em
Fevereiro no concurso nacional de novos talentos “Acrobatic”, onde
participou juntamente com três colegas da ESART. Único evento onde até
agora a aluna conseguira ser seleccionada, embora também tenha
concorrido ao Arts of Fashion 2007 – Fashion Students Competition Miami
(em Novembro Hugo Costa participará na segunda fase) e ao Concurso
Juvenil Internacional de Design de Moda de Dalian, na China (André
Amorim foi um dos finalistas). “A esperança já era pouca”, confessa,
algo surpreendida com o resultado. “Agora estou com medo da quantidade
de trabalho que me espera, porque tenho pouco tempo”, acrescenta a
jovem, estreante nas competições internacionais, e que até dia 22 terá
de entregar à organização os coordenados.
O Concurso Internacional de Design Moda Extremadura pretende dar a
conhecer jovens talentos e promover o desenvolvimento do sector naquela
comunidade. O evento anual é uma das iniciativas do Moda Extremadura,
programa de apoio ao universo têxtil e da confecção, lançado em 2001
pela Conselharia de Economia e Trabalho da Junta da Extremadura, e que
abrange várias dezenas de empresas e cooperativas, bem como jovens
designers daquela província espanhola.
Jorge Costa
MULTIMÉDIA E CONDUÇÃO DE
OBRA
EST na rota dos Cet's
Fazendo jus à tradição dos últimos anos,
a Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Castelo
Branco prepara-se para iniciar as actividades lectivas de mais dois
Cursos de Especialização Tecnológica (Cet’s). Uma oferta formativa de
nível quatro, que depois dará a possibilidade aos diplomados de
prosseguirem estudos no ensino superior, permitindo inclusivamente a
equiparação de disciplinas nos cursos de licenciatura.
Desenvolvimento de Produtos Multimédia e Condução de Obra são dois Cet’s
que irão arrancar ainda em Outubro. As as pré-inscrições estiveram
abertas até ao passado dia 10, prevendo-se para 22 de Outubro se iniciem
as actividades lectivas. Armando Ramalho, director da EST, considera que
estão criadas todas as condições para o arranque dessas ofertas, até
porque “já temos 31 pré-inscritos em Condução de Obra, e 48 em
Desenvolvimento de Produtos Multimédia”. De acordo com aquele
responsável, um dos cursos “decorrerá em horário pós-laboral”.
Armando Ramalho, recorda que para aprovação na Direcção Geral do Ensino
Superior, estão os Cet’s de Instalação e Manutenção de Redes e Sistemas
Informáticos e Automação e Manutenção Industrial. “Mas tudo aponta que
arranquem ainda durante este ano lectivo”, disse.
No entender do director da EST, “há cinco anos que a Escola tem apostado
nesta oferta formativa, que visa melhorar os níveis de qualificação da
população activa”. Armando Ramalho recorda que nos últimos “dois anos
houve um novo impulso a este tipo de cursos, devido à nova legislação. O
novo diploma surgiu no sentido de dar novas oportunidades à população
activa e ao mesmo tempo captar novos públicos para o ensino superior.
Desde essa altura passou a ser possível aos diplomados pelos Cet’s serem
integrados no ensino superior”. A título de exemplo, aquele responsável
recorda que este ano “entraram em cursos de licenciatura da EST 20
diplomados em Cet’s”.
Outra mais valia que Armando Ramalho sublinha, diz respeito ao facto dos
Cursos de Especialização tecnológica estarem estruturados tendo em conta
a Declaração de Bolonha, ou seja em créditos. “Este novo figurino
alterou as condições de acesso aos Cet’s, pois permitiu alargar o leque
de candidatos a todos os alunos do ensino secundário e das escolas
profissionais ou tecnológicas”, explica. Por outro lado, há disciplinas
dos Cet’s que poderão ser creditadas em cursos de licenciatura.
Missão. Com a aposta nos Cet’s,
Armando Ramalho considera que a EST está a cumprir a sua missão. Além
dos cursos de licenciatura, dá resposta às necessidades do mercado de
trabalho, qualificando quadros intermédios e permitindo-lhes o acesso a
cursos superiores.
Mas a aposta da Escola Superior de Tecnologia passa também pelos
mestrados. “Iremos avançar com mestrados nas áreas de Informática,
Electrónica e Telecomunicações e Engenharia Civil”, assegura. Já no que
respeita aos doutoramentos, a “EST está ao lado do Politécnico. É um
esforço conjunto entre todos, pois partilhamos os mesmos objectivos”.
NOVO EDIFÍCIO CHEGA NO
PRÓXIMO ANO
Escola de Saúde vai
alargar formação
O novo edifício da Escola Superior de
Saúde Dr. Jaime Lopes Dias (Esald), do Politécnico de Castelo Branco,
pode passar a funcionar no novo edifício no início do próximo ano
lectivo, o que permitirá melhorar as condições em termos de formação e
de organização, bem como alargar as áreas formativas, sobretudo na área
das pós-graduações, área em que existem vários projectos em estudo.
Esse é, pelo menos, o desejo do director da instituição, Carlos Maia,
segundo o qual o avanço das obras indica que o objectivo é possível.
“Estou convencido que, se as obras decorrerem ao ritmo dos últimos
meses, tal poderá ser uma realidade”, afirma. Aquele responsável admite
ainda que as obras poderiam estar concluídas durante o presente ano
lectivo, mas não prevê a mudança de instalações logo que possível, pois
“uma transferência durante o decurso do período lectivo traria sempre
mais inconvenientes do que benefícios. É desejável que as actividades do
ano lectivo em curso decorram com toda a normalidade”.
Assim, em 2008/2009, a Esald terá “condições condignas”, de excelência
em termos de “conforto e bem-estar”, o que melhorará o desempenho. “É
fundamental sentirmo-nos bem no local onde trabalhamos e estudamos. Em
termos de organização e funcionamento passaremos a ter as actividades e
os serviços da escola concentrados num edifício único, com todas as
vantagens que daí advêm, como a racionalização de recursos humanos e
materiais e o aumento da eficiência dos procedimentos”, afirma o
director.
De caminho, considera que o novo edifício permitirá melhorar o ambiente
académico, pois “docentes e estudantes passarão a ocupar e partilhar
sempre os mesmos espaços, o que lhes permitirá “sentir” a escola de
forma diferente”. Mas é na formação que surgirão mais alterações
“Passaremos a dispor de melhores condições, nomeadamente de uma maior
diversidade de recursos técnicos e didáctico-pedagógicos o que permitirá
alargar o leque de formação, essencialmente ao nível da formação
pós-graduada. Mas passaremos também a ter condições para prestar
serviços à comunidade, o que constitui também uma importante atribuição
das instituições de ensino superior”, garante.
Carlos Maia afirma que “existem planos em termos de pós-graduações, mas
neste momento são apenas planos, pelo que é prematuro estar a avançar
com mais dados”. Garante porém que a Esald irá abrir “ainda durante o
ano de 2008, o curso de pós-licenciatura de Especialização em Enfermagem
de Reabilitação, que tem sido um curso muito procurado”.
Em termos de formação inicial, a escola tem cinco licenciaturas:
Análises Clínicas e de Saúde Pública, Cardiopneumologia, Enfermagem,
Fisioterapia e Radiologia e ainda o Curso de Complemento de Formação em
Enfermagem. Em todas essas áreas existe ainda elevada empregabilidade. A
título de exemplo, tendo em conta os alunos que saíram licenciados em
2006, “a empregabilidade é, de facto, muito próxima dos 100 por cento”.
A Esald deverá assim contar com um elevado número de candidatos, como
demonstram os resultados do Concurso Nacional de Acesso. A escola teve
mil 455 candidatos para as 150 vagas disponibilizadas e, à semelhança
dos últimos anos, todas as vagas foram ocupadas. “Continua a ser notável
a taxa de procura, tendo em conta que se trata de uma instituição do
interior do país. Houve escolas do litoral e, inclusivamente de grandes
cidades, nomeadamente Lisboa e Coimbra, onde a taxa de colocação, na
área da saúde, foi inferior ao número de vagas disponibilizadas”,
conclui.
GLOBAL GREEN ASSINA
PROTOCOLO
Agrária destaca-se nos
projectos
A Escola Superior Agrária de Castelo
Branco acaba de assinar um acordo com a Global Green (EU), S.A., que tem
como objectivo troca de experiências e de conhecimentos na área das
culturas energéticas.
A Global Green (E.U.), S.A. é uma empresa fundada com o objectivo de dar
corpo a um projecto de instalação de uma biorefinaria na região da Beira
Interior Sul dedicada, também, à produção de biocombustíveis líquidos a
partir de matéria-prima de origem local. O projecto envolve ainda a
instalação de um centro de investigação na área da utilização
multifuncional da produção de cana-de-açúcar, sorgo sacarino e de outras
culturas.
Com o acordo assinado, a instituição mostra a sua capacidade científica
e a aplicabilidade dessa capacidade ao mundo empresarial, neste caso
numa área que não poderia ser mais actual, tendo em conta o aumento
progressivo do preço do petróleo, a dependência energética do País em
relação ao exterior e a necessidade de concretizar medidas de protecção
do ambiente.
O director da instituição, António Moitinho, considera por isso que o
projecto é muito importante e terá efeitos director no Concelho de
Idanha, onde a redução da produção de tabaco e a falta de alternativas
são um problema grave. Além disso, a refinaria permitirá que
agricultores da Cova da Beira, Castelo Branco e Ródão possam optar pela
produção de cana de açúcar e sorgo sacarino, os produtos em que a
fábrica baseará a produção.
O recurso a estes produtos é destacado por António Moitinho por duas
razões. Em primeiro lugar as condições adafo-climáticas da região
permitem que a cana-de-açúcar produzida permita um rendimento muito
semelhante ao obtido no clima tropical brasileiro. Mais importante é
porém o facto de ser produzido bio-etanol a partir de produtos agrícolas
cada vez menos utilizados na alimentação humana e não de produtos cuja
escassez está a fazer aumentar preços no mercado mundial, como é o caso
do trigo e do milho.
“O preço do milho tem vindo a aumentar, o que tem um reflexo na
alimentação animal e consequentemente no preço de produtos como o leite,
a carne, os ovos. Também o trigo tem sido desviado para a produção de
bioetanol e a verdade é que o preço aumentou brutalmente. O pão, que é a
base da alimentação, está cada vez mais caro”, afirma.
O interesse no projecto é elevado em termos de escola, pelo que já
existem alunos a desenvolver estágios na produção de cana-de-açúcar. Por
outro lado, a escola acaba de ser certificada como entidade formadora,
pelo que poderá ministrar formação aos agricultores, dado que se trata
de avançar com uma nova exploração agrícola. Poderão ainda ser criadas
condições para prestar apoio técnico aos agricultores.
A Escola Agrária demonstra assim mais uma vez a sua capacidade de
participação em projectos, como acontecia já com o sistema de
traçabilidade alimentar da multinacional Danone. Este ano foi ainda
seleccionada pela International Farm Corporation Network para prestar
informação estatística sobre a produção de leite em Portugal, estando
também representada na união das escolas agrárias da CPLP.
Regionalmente, desenvolveu recentemente o Plano de Defesa da Floresta
contra Incêndios de Idanha e continua o trabalho em termos dos sistemas
de informação geográfica dos regadios de Idanha e da Cova da Beira.
Em termos de formação, este ano a escola “obteve um excelente desempenho
ao nível das colocações. Tem 875 alunos matriculados e está de boa
saúde, com todos os cinco cursos a funcionarem de forma equilibrada, sem
haver um que se sobreponha claramente aos outros em termos de alunos”.
António Moitinho destaca ainda o facto da escola ter criado condições
para que 100 dos ex-alunos, bacharéis, tenham reingressado na escola
para concluir a Licenciatura, sobretudo na Área de Engenharia Agronómica.
PORTUGUÊS PARA
ESTRANGEIROS
ESE apoia 33 alunos
Erasmus
O Centro de Línguas & Culturas da Escola
Superior de Educação, do Instituto Politécnico de Castelo Branco,
organizou um Curso Intensivo de Português Língua Estrangeira, destinado
aos alunos abrangidos pelo Programa Erasmus que este ano realizam uma
mobilidade internacional em várias instituições do País.
Esta acção Erasmus Intensive Language Courses (EILC) resulta de uma
candidatura apresentada pelo Centro de Línguas & Culturas e Gabinete de
Relações Internacionais do IPCB à Agência Nacional para os Programas
Comunitários Sócrates e Leonardo da Vinci. O curso decorreu de 10 a 28
de Setembro e contou com 33 alunos de diversos países europeus como a
Espanha (11), Itália (3), França (1), Polónia (3), Eslovénia (2),
Bélgica (1), Eslováquia (2), República Checa (4), Finlândia (1), Grécia
(1) e Turquia (4).
O Curso Intensivo de Português é coordenado pela professora Maria da
Natividade Pires. Os dois níveis do curso, intermédio e inicial, têm 80
horas de sala de aula e são leccionados pelos professores Natividade
Pires, Eduarda Santos e João Machado.
Estão ainda envolvidas nos Cursos Intensivos de Português Língua
Estrangeira três monitoras, alunas do Curso de Professores do 1º Ciclo
do Ensino Básico da ESE, que apoiarão as actividades dos cursos e
acompanham os alunos visitantes diariamente. Entre 6 e 29 de Fevereiro
de 2008 irá realizar-se uma segunda edição do curso.
De acordo com o director da escola, Henrique Gil, a realização destes
cursos prova a capacidade do Centro de Línguas e Culturas instalado na
escola, o qual oferece formação em diferentes níveis em línguas como o
Inglês Francês, Espanhol, existindo ainda as opções de Alemão e Russo.
Aquele responsável destaca ainda o facto da escola estar envolvida em
projectos de inovação pedagógica e de formação contínua de professores,
casos do Plano Nacional do Ensino do Português, Programa de Formação em
Matemática, Programa do Ensino Experimental das Ciências e do Plano
Nacional de Leitura.
Em termos de formação inicial, a escola obteve este ano um bom resultado
em termos de colocações, sendo que mais de 80 por cento dos candidatos
colocados na primeira fase fizeram a matrícula, pelo que todos os
primeiros anos de cada curso vão funcionar. Em termos de pós-graduações,
a ESE está a receber pré-inscrições para o Curso de Mestrado em
Actividade Física, cujo avanço definitivo aguarda a publicação do
regulamento de pós-graduações do Politécnico. Apresentou também seis
propostas de mestrados no âmbito do Pré-escolar, uma delas em Inglês e
outra língua estrangeira, que tem a particularidade de ter sido
apresentada num conjunto de oito escolas superior de educação.
Esta semana, a ESE de Castelo Branco ficou ainda a saber que vai receber
e organizar o 13º Encontro Nacional de Educação em Ciências, no ano de
2009, um evento que se realiza de dois em dois anos.
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