LURDES ASSEIRO,
PRESIDENTE DO POLITÉCNICO DE SANTARÉM
Bolonha em toda a
linha

A presidente do Instituto Politécnico de
Santarém, Maria de Lurdes Asseiro, está satisfeita com a taxa de
colocação de novos alunos na instituição a que preside. Em entrevista ao
Ensino Magazine, a responsável pelo IPS fala da importância da formação
ao longo da vida e do Centro de Estudos de Inovação e Desenvolvimento
recentemente criado. De caminho, aborda outras questões, como a
implementação da Declaração de Bolonha e sublinha que o IP Santarém
“está apostado num trabalho que visa conseguir sinergias com as escolas
e a sociedade, no sentido de dar um bom contributo para o
desenvolvimento da região, tendo a capacidade de adequar as ofertas
formativas às necessidades dessa mesma região”.
Qual o balanço que faz da entrada de
novos alunos no Instituto Politécnico de Santarém?
É bastante positivo. Houve uma grande receptividade por parte dos jovens
e na primeira fase de candidatura tivemos 80 por cento das vagas
preenchidas. Pela primeira vez, colocámos a concurso 145 vagas para
cursos pós-laborais em Educação Básica, Educação e Comunicação
Multimédia, Gestão, Contabilidade, Informática, Marketing e Engenharia
de Ordenamento. Algumas delas ainda transitam para a segunda fase,
altura em que deverão ficar totalmente ocupadas.
Isso significa que o Politécnico de
Santarém, recorrendo ao Concurso maiores de 23 e a outros especiais,
pode preencher todas as vagas disponíveis?
As nossas expectativas vão nesse sentido. No ano passado tivemos, na
primeira fase cerca de 75 por cento das vagas preenchidas e na segunda
enchemos as que sobraram com o Concurso de maiores de 23. Este ano
candidataram-se a cursos do IP Santarém mais de 500 alunos através desse
concurso, pelo que as expectativas são boas.
Este tipo de concurso é uma
oportunidade para a sociedade, mas também para as instituições de ensino
superior?
Sem dúvida. Mas também é uma mais valia para a Região e para o País.
Para os estudantes, porque por essa via têm a oportunidade de obter uma
qualificação superior e adquirir competências válidas, no sentido de
melhorarem o seu desempenho. Para a Região e País porque melhora a
qualificação da nossa economia. Ao nível do Instituto, além do número de
alunos que aumenta a população escolar, esses estudantes, adultos na sua
maioria, trazem para o Instituto saberes e experiência úteis para uma
nova dinâmica, criando outras exigências dentro das salas de aula. E
isso pode ser importante para o desenvolvimento de um ensino de melhor
qualidade.
Com estes novos públicos, há
necessidade de uma maior flexibilidade nas escolas?
Sim, mas essa flexibilidade chega às escolas também com a implementação
da Declaração de Bolonha. É uma oportunidade que pretende ir ao encontro
da formação ao longo da vida e abertura a novos públicos.
No que respeita à implementação de
Bolonha, todas as escolas já apresentam cursos de acordo com as novas
regras?
Temos todos os cursos adequados a Bolonha. 16 desses cursos já entraram
em funcionamento no ano passado, e sete entram este ano. Por outro lado,
todos os instrumentos inerentes a esse processo que contribuem para a
mobilidade e a aquisição de competências válidas no espaço europeu,
estão criados.
Ao nível do segundo ciclo
(mestrados) em que áreas o IP Santarém vai avançar?
Apresentámos um segundo ciclo por escola. Isto porque nos pareceu
importante cada uma das escolas oferecer aos seus alunos a possibilidade
de prosseguirem os estudos. Neste momento já temos um Mestrado aprovado,
em Educação, Comunicação e Multimédia (na ESE), o qual vai entrar em
funcionamento em Outubro. Estamos a aguardar a aprovação dos restantes,
nas áreas do Desporto, Ciências Agrárias, Gestão, e Didáctica-Ciências
da Educação. Para além desses, há que realçar parcerias estabelecidas
com Universidades, cujos mestrados ou estão em funcionamento ou vão
avançar. Também iremos apostar num Doutoramento, em parceria com a
Universidade da Madeira. De referir também a rede criada entre todas as
Escolas Superiores de Enfermagem que já têm os seus cursos adequados a
Bolonha, no sentido de se avançar com mestrados.
Referiu a importância da formação ao
longo da vida, essa área tem merecido atenção por parte das escolas do
IPS?
O IPS têm feito um forte investimento, sobretudo nos últimos dois anos,
em pós graduações e acções de curta duração que estão em funcionamento
na generalidade das escolas. Há a preocupação de trazer novos públicos
para as nossas escolas, e não queremos que eles se situem apenas no 1º
ou 2º ciclos, mas também noutro tipo de oferta. Só assim, com esse leque
formativo, é que poderemos falar em formação ao longo da vida. O próprio
espírito de Bolonha fomenta esse tipo de formação, quando nos indica que
a experiência e a formação no passado pode ser creditada, ou quando se
nos aponta para a importância do reconhecimento da validação de
competências e se fomenta a vinda para as instituições de novos
públicos.
O Centro de Estudos de Inovação e
Desenvolvimento já está criado, que projectos estão em curso?
O Centro está no seu primeiro ano de funcionamento. O seu grande
objectivo é contribuir para dar resposta aos desafios que se nos
apresentam no dia a dia, facilitando uma estreita relação com a
sociedade, empresas ou organizações. Mas vai também permitir agilizar
alguns procedimentos entre as partes. Além disso, irá dar corpo a
projectos para melhorar a qualificação dos activos da região e gerar
mais empregabilidade. De resto, o primeiro projecto (Formar para a
Empregabilidade), já está no terreno, integra sete acções de formação
até Março de 2008, abrangendo diferentes áreas, como empreendedorismo,
web design, desporto, higiene, saúde e segurança no trabalho ou gestão e
turismo, etc. Esta é a nossa primeira aposta, mas estamos também a
preparar o nosso plano de acção que será mais vasto, e que envolve a
própria investigação e consultoria.
O Empreendedorismo é tido como uma
mais valia para a vida activa. O IPSantarém tem apostado nesta área?
Sem dúvida. Temos procurado sensibilizar e dinamizar todas as escolas,
através de diversas iniciativas, como a assinatura de protocolos com
empresas e entidades, ou a participação em desafios como o Lena Business
e o programa Finicia. Recentemente integrámos a plataforma do
Poliempreende, lançando assim mais um desafio para os alunos e
professores da Instituição. A própria implementação da filosofia
resultante da declaração de Bolonha, aponta para um reforço do
empreendedorismo. Por isso, procuramos que a formação e a adequação que
temos que fazer ao nível das metodologias e estratégias, potenciem novas
iniciativas. Os próprios currículos dos cursos já integram, uns de uma
forma mais efectiva que outros, conteúdos de empreendedorismo.
NA ESTG DE LEIRIA
Congresso de
Informática

O Departamento de Engenharia Informática
da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria em parceria com a
delegação portuguesa do Computer Applications in Archaeology (CAA), vai
organizar nos próximos dias 15 e 16 de Novembro de 2007 o "V Congresso
CAAPortugal de Aplicações Informáticas à Arqueologia".
O Congresso de Aplicações Informáticas à Arqueologia - CAAPortugal,
pretende dar uma contribuição neste sentido e ser um espaço de discussão
onde todos poderão assistir e intervir ao que mais recente se tem
desenvolvido e realizado sobre as aplicações informáticas e novas
tecnologias aliadas ao estudo do património arqueológico.
Além disso, questões relacionadas com sistemas de informação geográfica
(SIG), realidade virtual, inteligência artificial, data-mining,
aplicação de novas metodologias informáticas em campo ou em laboratório
na captação de vestígios, aplicações 3D na reconstrução de espaços,
aliando transmutação do espaço num tempo ausente serão debatidas durante
os dois dias de evento.
EUROPEAN UNIVERSITY
ASSOCIATION AVALIA
Estudantes gostal do
IPL

A Associação de Universidades Europeias (AUE)
distinguiu o Instituto Politécnico de Leiria (IPL), considerando que as
suas alterações orgânicas corresponderam a uma maior adaptação ao
mercado de trabalho e às expectativas dos próprios alunos.
O equilíbrio que o IPL está a desenvolver com a centralização de
determinadas funções enquanto mantém a natureza descentralizada dos
pólos e instalações parece ser, de momento, a estratégia mais adequada"
para o futuro da instituição, pode ler-se no relatório final.
Os avaliadores europeus destacam ainda que os estudantes
"invariavelmente afirmaram ter muito orgulho no seu instituto" e "têm
uma relação estreita com os respectivos directores de curso e com o
corpo docente", considerando a instituição um espaço onde "podem crescer
enquanto indivíduos e profissionais".
Para Luciano Almeida, presidente do IPL, este relatório "confirma o
trabalho feito" pela instituição que se reorganizou internamente,
adaptou a formação às necessidades da região e investiu em doutoramentos
para os professores.
Este relatório "vem confirmar o acerto das decisões que tínhamos tomado
quer em termos de reestruturação, quer em todo o processo de
qualificação do corpo docente", afirmou Luciano Almeida, que é também o
presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores
Politécnicos Portugueses (CCISPP).
Na sua opinião, "este é um pouco o caminho que as instituições (de
ensino superior nacionais) devem seguir" para adaptar-se às exigências
da União Europeia nesta matéria.
"No relatório de avaliação, o IPL viu sancionado internacionalmente um
conjunto de estratégias que tem vindo a adoptar", entre as quais a
"criação do Conselho para a Avaliação e Qualidade, bem como a estrutura
de ligação ao mundo empresarial", acrescenta a instituição em comunicado.
CONTABILIDADE
ISLA e APOTEC cooperam

Estimular e regular a cooperação entre o
ISLA e a APOTEC, nos domínios da formação de técnicos para o exercício
da actividade de Técnicos Oficiais de Contas e áreas afins, troca de
informação científica e técnica, são alguns dos objectivos do protocolo
que acaba de ser celebrado entre a UNISLA e a Associação Portuguesa dos
Técnicos Oficias de Contabilidade (APOTEC).
A Unisla, entidade que detém os Isla de Leiria, Bragança, Gaia e
Santarém, e a Apotec, vão colaborar, entre outros aspectos, no "apoio e
desenvolvimento a projectos de formação, "realização de actividades
conjuntas, nomeadamente colóquios, congressos e publicações",
apoiando-se mutuamente na "realização de estudos e trabalhos de
professores ou funcionários do ISLA ou da APOTEC", "realização de
actividades curriculares e não-curriculares de alunos do ISLA",
designadamente estágios. A elaboração de publicações, clássicas e
digitais, é outra das possibilidades previstas no protocolo.
Paralelamente a esta cooperação institucional, ficou estabelecido no
protocolo que os membros da Apotec, bem como os seus cônjuges e filhos,
passarão a dispor de uma redução de 10 por cento nas propinas mensais
esta-belecidas pela UNISLA em qualquer dos cursos de licenciatura
ministrados, bem como uma redução de 5 por cento nas propinas mensais
estabelecidas pela UNISLA em qualquer dos cursos de Pós-Graduação e
Doutoramento ministrados.
Entre outros cursos, os ISLA de Leiria, Bragança, Santarém e Gaia
leccionam as licenciaturas em Gestão de Empresas, Gestão de Recursos
Humanos e Informática de Gestão. No âmbito deste protocolo, o Isla de
Leiria e a Apotec estão a preparar 2 cursos de formação avançada,
nomeadamente, a especialização em Fiscalidade e a pós-graduação em
Normas Internacionais de Contabilidade.
ESCOLA SUPERIOR DE ELVAS
Mais quartel para a
Agrária

Setúbal. Entre os dias 27 de
Setembro e 26 de Outubro os Claustros do IPS servirão de cenário para as
obras dos maiores nomes da pintura portuguesa da contemporaneidade
Vieira da Silva, Júlio Pomar, Artur Bual, Cargaleiro, José Guimarães,
Mário Cesariny, Nadir Afonso, Noronha da Costa, Júlio Resende, Ângelo de
Sousa, Armando Alves, Arpad Szenes, Costa Pinheiro, Fernando Lanhas,
Luís Demée, Jaime Isidoro, Rogério Ribeiro, Sá Nogueira, Vespeira, e
Jorge Pinheiro irão marcar presença numa grande exposição comissariada
pela Câmara Municipal de Setúbal.
Ao receber estes ícones da pintura portuguesa nos Claustros do seu
palácio, o IPS orgulha-se de estabelecer uma ponte entre o passado e a
contemporaneidade e contribuir para o enriquecimento da oferta cultural
da cidade. A exposição estará patente ao público durante um mês e poderá
ser visitada de segunda a sexta-feira, das 14h00 às 17h30.
Portalegre. A partir de 16 de
Outubro está de regresso a iniciativa "Cinema às Terças", no auditório
dos Serviços Centrais do Instituto Politécnico de Portalegre (Praça do
Município). Em períodos de actividades lectivas, as projecções
realizam-se às 21 horas e a entrada é gratuita. O ciclo tem início com o
filme "Scoop" (dia 16). A 23 de Outubro, exibe-se "Marie Antoinette". Na
última terça-feira do mês é projectado o filme "Diamante de Sangue".
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