NA COVILHÃ
Matemática preenche
vagas

A aposta numa licenciatura em Matemática,
na UBI, parece estar ganha. Das 15 vagas que este ano o Departamento
voltou a abrir, 14 estão preenchidas. Resultado “muito positivo”,
comparativamente com o do ano passado, onde apenas três das 20 vagas
disponibilizadas, foram preenchidas.
Para além das contas positivas, no Departamento, o que está a deixar de
sorriso rasgado, os responsáveis “são os novos alunos que estão a voltar
a escolher a Matemática, abdicando inclusive de cursos como Medicina”,
explica Manuel Saraiva, presidente do Departamento de Matemática.
A provar isso mesmo está Flávio Escada. Este jovem, natural de Elvas,
sempre gostou de Matemática. A ciência dos números desde cedo lhe
despertou a atenção e os resultados máximos foram crescendo. De tal
forma que com uma média próxima dos 19 valores, começou a pensar entrar
em Medicina. A escolha foi ficando muito condicionada “pelos colegas e
por grande parte dos familiares, professores e amigos”, e a Medicina
acaba por tomar a dianteira, nas preferências.
O boletim de candidatura foi preenchido com cursos de Medicina, “mas
ainda coloquei um de Matemática”, refere Flávio. Passados os exames
nacionais “com um 19,1 na prova de Matemática”, o jovem alentejano
ingressa no curso de Medicina na Universidade de Coimbra. Flávio
confessa que “quando se tem boas notas, desde cedo que os colegas
começam a dizer para seguir Medicina. Claro que aqui foi também uma
aposta minha, não fui para um curso como o de Medicina apenas porque
tinha boas notas, queria experimentar e ver se podia ser médico”.
Mas bastou apenas uma semana “para ver que não era aquilo que queria”.
Flávio Escada acabou por desistir deste curso, cerca de duas semanas
depois da sua matrícula. Uma análise mais profunda aos seus gostos foi o
suficiente para o jovem de apenas 17 anos se decidir pela Matemática.
Uma escolha “acertada” e que “se tornou realmente naquilo que quero ser
e fazer”, começa por explicar um dos mais recentes alunos de Matemática.
O facto de ter trocado uma vaga no curso mais procurado a nível nacional
por um lugar numa licenciatura cuja procura tem vindo a diminuir
significativamente não o parece incomodar em nada. “É isto que eu quero
e por isso a decisão foi a certa”. A mudança fica a dever-se “ao curso
em geral”, diz Flávio, “assim que comecei a ter aulas, vi logo que não
gostava nada daquelas disciplinas”, continua.
Depois de desistências e novos concursos, Flávio acabou por ingressar,
já na terceira fase, na UBI. Uma escolha que “teve duas fortes razões”.
A primeira “porque a minha professora de Matemática, no Secundário,
estudou aqui na UBI e dava referências muito boas da instituição e a
segunda porque, uma colega da minha escola também entrou neste curso,
este ano, e comprovava essas mesmas qualidades”. Com uma semana de aulas
no curso que gosta, o jovem pensa já “em ser professor de Matemática”. 
Eduardo Alves (Urbi@Orbi)
PRIMEIRA EDIÇÃO DIGITAL
DE RETÓRICA NO PAÍS
Labcom lança revista

Concebida em Setembro por dois
investigadores do Labcom, Ivone Ferreira e Marco Oliveira, a primeira
revista digital de Retórica do País foi apresentada a 9 de Novembro, e
assume-se como uma ferramenta eficaz para estudantes e curiosos da
disciplina. “Aproveitámos esta ocasião para fazermos o lançamento da
revista e da Quick Rêthorikê, uma vez que tínhamos reunidos na UBI
alguns investigadores de Retórica que irão futuramente colaborar
connosco, seja com artigos ou como editores da wiki”, sublinha Ivone
Ferreira, responsável pelo projecto.
A revista foi apresentada no âmbito das jornadas “Questões de Retórica
Contemporânea”, realizadas no âmbito do projecto “Informação e Persuasão
na Web”, que marcaram o início de uma série de conferências sobre
Retórica que o Labcom tem agendado para este ano lectivo.
Refira-se, ainda, que no âmbito do projecto “Informação e Persuasão na
Web” a UBI recebe no dia 6 de Dezembro o professor Michael Kochin para
falar de credibilidade nos blogues e, em 2008, deslocam-se à Covilhã os
professores António Azaustre Galiana, Ian Bogost e Carlos Scolari. O
objectivo das jornadas deste ano lectivo é trazer à UBI especialistas de
reconhecido mérito internacional e fomentar a colaboração entre o Labcom
e outros centros de investigação internacionais. Em Dezembro, os
professores António Fidalgo e Paulo Serra rumam à Universidade de Austin
nesse sentido. 
Hélder Filipe Heitor (Urbi@Orbi)
PROTOCOLOS ASSINADOS
UTL faz acordos

O Ministério da Educação e a Faculdade de
Motricidade Humana (FMH) assinaram um Protocolo que permitirá
desenvolver nas escolas dois programas destinados a avaliar a aptidão
física dos alunos e prevenir doenças como a obesidade e anorexia.
Fitnessgram é o nome do programa desenvolvido pela FMH para auxiliar os
professores de Educação Física na avaliação e educação da aptidão e
actividade física de crianças e adolescentes com idades entre os 6 e os
18 anos, que a tutela quer generalizar a todos os agrupamentos de
escolas.
Este instrumento contém testes de aptidão física adaptados àquelas
idades e avalia o desempenho em três zonas distintas: «necessita
melhorar», «zona saudável» ou «acima da zona saudável».
Tendo em conta estes resultados, são gerados relatórios individuais com
a respectiva classificação em cada uma das zonas, estando associado a
cada desempenho um aconselhamento personalizado.
O programa permite a comparação de resultados em diferentes momentos de
avaliação e a realização de fichas de planeamento, além de
disponibilizar uma base de dados para o estabelecimento de ensino, com
relatórios por turma, ano e de toda a população de uma escola.
Internacional. Entretanto, no
dia 6 de Novembro foi assinado um Acordo de Cooperação entre a
Universidade Técnica de Lisboa e a Universidade Federal de Uberlândia -
Minas Gerais (Brasil).
O Acordo de Cooperação é válido por um período de 5 anos, prevê a
cooperação entre ambas as instituições em áreas como o intercâmbio de
estudantes, docentes e investigadores; o desenvolvimento de projectos de
investigação; a promoção de eventos (congressos, seminários, palestras),
entre outras. 
ECONOMIA EMPRESARIAL
UBI organiza Seminário
A Universidade da Beira Interior, através
do Departamento de Gestão e Economia, realizou, nos dias 15 e 16 de
Novembro, no anfiteatro Pe. Videira Pires da Unidade de Ciências Sociais
e Humanas, o IX Seminário Luso-Espanhol de Economia Empresarial, o qual
contou com cerca de 140 participantes.
Desde a sua origem, em 1999, que o Seminário Luso-Espanhol de Economia
Empresarial, se assume como um importante projecto de aproximação das
Universidades Ibéricas, da região Transfronteiriça de Portugal e
Espanha. Nesta ocasião, em que a organização do Seminário pertence ao
Departamento de Gestão e Economia da Universidade da Beira Interior,
pretende-se contribuir para o aprofundamento da investigação científica,
na área da Economia da Empresa, em ambos os países, possibilitando aos
investigadores a oportunidade de colocar em discussão os mais recentes
desenvolvimentos das suas investigações. As comunicações apresentadas
dividem-se em seis grandes áreas científicas, nomeadamente,
Empreendedorismo e Inovação, Economia Empresarial, Estratégia, Finanças
e Contabilidade, Marketing e Organização e Gestão de Empresas.
Numa época de grandes transformações na economia dos países, onde a
inovação e o empreendedorismo se assumem como áreas fundamentais, para a
transformação do perfil competitivo da economia, faz todo o sentido que
o tema orientador do Seminário se centre na temática da Inovação e do
Ensino do Empreendedorismo, como meio de fomentar e disseminar a cultura
empreendedora entre a população.
RECONSTRUÇÃO DO JOELHO
Nova técnica em
Coimbra

Uma equipa de seis investigadores do
Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores (DEEC) da
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC)
está a desenvolver uma nova tecnologia, crucial para aumentar o sucesso
da cirurgia do joelho, designadamente a cirurgia de reconstrução do
ligamento cruzado anterior entre o fémur e a tíbia.
A cirurgia de reconstrução do ligamento é um procedimento muito
frequente, mas extremamente difícil, que requer cirurgiões altamente
treinados. O joelho é a maior articulação do corpo, estando bastante
susceptível a lesões, especialmente no meio desportivo (o caso do
futebolista Derlei este ano é paradigmático). A intervenção cirúrgica é
feita por via minimamente invasiva (artroscopia) e exige uma precisão
milimétrica porque um ínfimo erro pode conduzir a tensões anormais sobre
o ligamento, provocando dores durante o movimento, diminuição da
mobilidade articular e, em casos extremos, forçando a uma cirurgia
correctiva.
Denominada “ArthroNav - Navegação Assistida por Computador em Cirurgia
Ortopédica “ a investigação é coordenada pelos investigadores João
Barreto e Paulo Menezes e tem a colaboração de Fernando Fonseca, do
Serviço de Ortopedia dos Hospitais da Universidade de Coimbra.
Genericamente, a investigação centra-se no desenvolvimento de
Navegadores Cirúrgicos que vão funcionar como um GPS virtual nas salas
de cirurgia. É um sistema de visualização que fornece, em tempo real, a
posição e a orientação das ferramentas cirúrgicas e órgãos alvo (neste
caso ossos).
No caso particular deste projecto é dado um grande ênfase ao
processamento do vídeo endoscópico dado tratar-se de um procedimento
minimamente invasivo. Pretende-se com isto melhorar a percepção dos
cirurgiões e a habilidade da navegação dentro da articulação do joelho,
através da fusão de sensores ópticos, reconstrução 3D parcial e registo
de modelos pré-operativos.
Financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, este “GPS virtual”
será uma óptima ferramenta de trabalho para os Ortopedistas porque,
explica o coordenador da investigação, “ a cirurgia de reconstrução dos
ligamentos do joelho é muito delicada e exige muitos anos de preparação
especializada do cirurgião. Por exemplo, dos 39 Cirurgiões Ortopédicos
dos HUC, só 4 fazem cirurgia artroscópica. Esta solução tecnológica não
só melhora o desempenho e a confiança de cirurgiões experientes, como
também diminui as exigências de treino clínico, permitindo que mais
médicos operem. Optimiza os resultados clínicos e, consequentemente,
diminui as Listas de Espera nesta especialidade”. 
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