EDUCAÇÃO E PREVENÇÃO
RODOVIÁRIAS
Coimbra vence concurso

André Fernando Simões e Miguel Ângelo
Salvador, ambos alunos do Departamento de Engenharia Civil da
Universidade de Coimbra, venceram o 1.º prémio no concurso a nível
nacional “Educação e Prevenção Rodoviárias – Jovens em Acção” (www.fjuventude.pt/edu-rodoviaria)
no valor de 3000 euros, que foi promovido pela Fundação da Juventude.
O concurso teve por objectivo principal sensibilizar os estudantes
universitários para a problemática da Educação, Segurança e Prevenção
Rodoviária, através da elaboração de trabalhos temáticos que
perspectivassem novas abordagens sobre esta matéria e que
possibilitassem a sua participação activa na identificação de saídas
possíveis, tendentes a diminuir o número de acidentes rodoviários em
Portugal, e, consequentemente, as mortes nas estradas portuguesas.
O trabalho apresentado a concurso, intitulado “Gestão da Segurança
Rodoviária” foi elaborado no âmbito da disciplina de Sistemas de
Informação Geográfica, na Área de Especialização em Urbanismo
Transportes e Vias de Comunicação, e teve como orientador o docente
Adelino Ferreira.
O trabalho consistiu em desenvolver um Sistema de Gestão da Segurança
Rodoviária (SGSR) em meio urbano através da utilização de Sistemas de
Informação Geográfica (SIG). Como caso de estudo foi considerada a rede
urbana da cidade de Viseu.
Da análise dos resultados constatou-se que os pontos críticos da rede de
Viseu, em termos de segurança rodoviária relativa a atropelamento de
peões e jovens, são os seguintes: Estrada da Circunvalação; Avenida 25
de Abril; Avenida Dr. António José de Almeida; e Praça da República. Na
parte final do trabalho foi ainda efectuada uma síntese das possíveis
acções de prevenção e promoção da segurança rodoviária nos jovens.
O estudo permitiu ainda concluir que é fundamental a implementação de um
Sistema Nacional de Gestão da Segurança Rodoviária com capacidades
gráficas, através da utilização de todas as capacidades dos SIG, que
contemple toda a rede rodoviária nacional, incluindo as redes
rodoviárias municipais. Isto permitiria a manutenção de uma base de
dados de acidentes rodoviários com o preenchimento automático das
coordenadas exactas do local dos acidentes rodoviários através da
utilização de sistemas receptores de GPS por parte dos agentes da
autoridade. Desse modo, todos os interessados nestes assuntos teriam
maior facilidade em consultar os dados dos acidentes rodoviários e
utilizá-los no desenvolvimento de estudos de segurança rodoviária.
UNIVERSIDADE DOS AÇORES
Projecto Globvolcano
avança
O Centro de Vulcanolgia e Avaliação de
Riscos Geológicos da Universidade dos Açores esteve representado pelo
investigador Rui Marques no Workshop de utilizadores do Projecto
Globvolcano, integrado na Semana Internacional de Perigos Geológicos
2007 que decorreu nas instalações da Agência Espacial Europeia (ESA), em
Frascati (Roma), Itália.
O projecto Globvolcano é um projecto da ESA dedicado ao estudo de
perigos geológicos que tem como objectivo demonstrar a aplicabilidade da
tecnologia e dos serviços integrados de Observação da Terra no domínio
dos sistemas de alerta precoce de riscos vulcânicos, num conjunto de 16
vulcões seleccionados a nível mundial. Para além de um número alargado
de empresas este projecto conta com a participação activa de
organizações especificamente mandatadas para o efeito, tais como os
observatórios vulcanológicos e a protecção civil. O CVARG, através do
seu Observatório Vulcanológico e Sismológico integra este projecto como
utilizador, recebendo informação obtida a partir de diversos satélites e
contribuindo para a validação da mesma, através do conjunto de dados
registados pelos mais variados sensores instalados no terreno que
englobam o sistema monitorização vulcânica.
Segundo Teresa Ferreira coordenadora deste projecto, a implementação de
técnicas de observação espacial nas rotinas de monitorização de
diferentes observatórios vulcanológicos, possibilitará obter um conjunto
de informação ao nível da deformação crustal, anomalias térmicas
superficiais, emissão de gases (SO2) e plumas eruptivas, a qual é
crucial durante o acompanhamento da reactivação de qualquer sistema
vulcânico, permitindo uma melhor definição de níveis de alerta e uma
resposta mais eficaz às entidades de protecção civil.
Durante as sessões da Semana Internacional de Perigos Geológicos foram
discutidos assuntos relacionados com o uso e aquisição de imagens de
satélite, o seu uso para o estudo dos riscos geológicos e as novas
demandas da comunidade científica para os produtos derivados da
conquista espacial. Para Rui Marques, o uso de imagens provenientes dos
satélites que orbitam em torno do planeta Terra e o lançamento dos novos
satélites apresentados nesta reunião, cada vez mais sensíveis e de maior
resolução, abrem novas perspectivas no que respeita à identificação,
monitorização e predição de alguns dos riscos geológicos que têm vindo a
assolar o planeta, com interesse particular para aqueles que têm
afectado o arquipélago dos Açores. 
ABERTURA DO ANO LECTIVO
EM LISBOA
Ir além da letra da
lei

“Ao não favorecer a iniciativa, ao
valer-se de argumentos de autoridade, ao debilitar as instituições –
este Governo cria o desânimo entre todos aqueles que, genuinamente, se
batem pelo progresso e pela inovação”. A afirmação é do Reitor da
Universidade de Lisboa, António Nóvoa, e foi proferida durante a
cerimónia de abertura do ano lectivo, realizada na Aula Magna da
instituição, a 8 de Novembro.
Aquele responsável foi mais longe e referiu que “o espectáculo em que se
transformou a política serve para esconder a inércia da política. Nada é
pior do que a ilusão da mudança que deixa tudo na mesma. A sociedade
portuguesa vai pagar um preço muito alto pelo preconceito deste Governo
em relação às universidades”. Mas nem por isso considera que é tempo de
baixar os braços, pois a Universidade de Lisboa, em seu entender, tem um
caminho importante a percorrer, para continuar a afirmar-se em termos
nacionais e internacionais.
“A Universidade de Lisboa tem como objectivo consolidar a sua posição no
espaço europeu do ensino superior. Para isso, precisamos de uma
organização que se inspire nos melhores exemplos internacionais.
Precisamos de valorizar os novos ambientes intelectuais, atraindo os
melhores investigadores. Precisamos de promover a iniciativa e o risco,
trabalhando nas fronteiras do conhecimento”, afirmou.
Para que tal seja possível, para atingir a desejada renovação, António
Nóvoa considera que é preciso “eliminar permanentes entraves
burocráticos, a voragem regulamentadora que nos asfixia”, permitindo que
as universidades tenham capacidade para identificar e contratar os
melhores professores, “pondo fim à mediania e à endogamia”. É preciso
clarificar os modelos de financiamento, tornando-os mais exigentes,
competitivos e baseados nos resultados. É ainda preciso criar uma
verdadeira rede de Ensino Superior, “pondo fim à proliferação de escolas
que se criaram por todo o país, com a cumplicidade de poderes nacionais,
regionais e locais”. O Reitor defendeu “a adopção de normas exigentes de
avaliação e de acreditação”, além da implementação “de um novo modelo de
governação das universidades.
Apesar das dificuldades, António Nóvoa considera que a Universidade de
Lisboa pode definir um caminho que lhe permitirá “ir além da letra da
lei” actual, sem ultrapassar os limites dessa mesma lei. Como exemplo
aponta a criação de condições para contratar a massa crítica necessária,
o “reforçar a abertura à sociedade”, a associação com outras escolas da
região, “construindo um espaço institucional coerente, universitário e
politécnico”. Quer ainda “dar muito maior peso às estruturas de
investigação dentro da Universidade, ligando-as aos programas de
pós-graduação e promovendo dinâmicas de inovação e de excelência, no
plano nacional e internacional”, algo que considera a “prioridade das
prioridades”. 
A 20 DE NOVEMBRO
Aveiro debate
cooperação
Governação, fragilidade dos Estados e o
papel da cooperação para o desenvolvimento é o tema do debate agendado
para 20 de Novembro no Auditório 23.1.5 do Complexo Pedagógico,
Científico e Tecnológico da Universidade de Aveiro. A iniciativa
enquadra-se no âmbito do Projecto A Sociedade Civil no diálogo Europa
África: Novas Dinâmicas de Solidariedade, é organizado pela ACEP e conta
com a parceria da Secção Autónoma de Ciências Sociais, Jurídicas e
Políticas da Universidade de Aveiro e o Núcleo de Estudos para a PAZ (NEP)
da Universidade de Coimbra.
Dirigido a estudantes, professores e investigadores, técnicos e membros
de ONG locais e a técnicos dos Municípios ligados à cooperação
descentralizada, o evento contará com a presença de Carlos Jalali, do
Conselho Cientifico da Secção de Ciências Sociais, Jurídicas e Políticas
da Universidade de Aveiro (Moderador), José Manuel Pureza, Coordenador
do NEP do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, David
Sogge, Investigador no Transnational Institute, Fátima Proença, da ACEP,
Luís Vaz Martins, da Liga Guineense de Direitos Humanos, e Carlos
Figueiredo (Figas) da ADRA Angol.
Para além da apresentação dos resultados do estudo do NEP sobre Estados
Frágeis (Angola, Guiné Bissau e Moçambique), o debate inclui um
comentário dos participantes às principais conclusões do estudo, focando
a discussão, de uma forma mais específica, nas implicações da abordagem
dos Estados Frágeis para a cooperação para o desenvolvimento,
nomeadamente a europeia; nas perspectivas sobre o papel e a intervenção
das ONG em contexto de fragilidade do Estado; e nas perspectivas sobre a
questão da fragilidade do Estado a partir da experiência concreta de
terreno das duas ONG. 
INVESTIGAÇÃO
UTL ganha prémios
Rita Coelho do Vale, investigadora do
Instituto Superior de Ecomomia e Gestão (ISEG), acaba de ser premiada
pela North American Association for Consumer Research com o melhor paper
de 2007 – Franco Nicosia ACR Prize, apresentado na conferência anual da
referida associação, que teve lugar em Memphis nos EUA.
O paper galardoado intitula-se Sneaky Small Sins Flying Under the Radar:
Package Sizes and Consumption Self-Regulation e analisa as tendências
recentes de marketing em que tempting products como batatas fritas,
chocolates, e doces que são tendencialmente disponibilizados aos
consumidores em embalagens de pequena dimensão, aparentemente com o
intuito de ajudar consumidores a melhor controlar a quantidade consumida
deste tipo de produtos.
Os resultados do estudo indicam que quando esses produtos são fornecidos
em formatos de pequena dimensão produzem um efeito contrário ao
esperado, ou seja, aumentam a probabilidade de consumo e da quantidade
total consumida. Concluiu-se, ainda, que os resultados apresentados têm
grande impacto ao nível de políticas governamentais de combate à
obesidade e de comportamentos de risco, ilustrando os potenciais
benefícios da activação de conflitos de auto-controlo, sublinhando o
efeito negativo de oferecer aos consumidores tempting products em
formatos de pequena dimensão.
Ciência. Luís Gargaté,
investigador do Instituto Superior Técnico (IST) ganhou o Prémio Oscar
Buneman para Melhor Visualização Científica – Categoria de Animação,
atribuído na 20ª Conferência Internacional de Simulação Numérica de
Plasmas, realizada em Austin, no Texas, entre 10 e 12 de Outubro.
O trabalho premiado consiste na visualização científica dos resultados
de simulações numéricas de larga escala do cometa artificial AMPTE, o
qual permite capturar – primeira vez e em simulações numéricas – a
dinâmica observada nas experiências realizadas naquele cometa.
O cometa artificial AMPTE resultou de uma série de ensaios realizados em
1984, para assim se formar um cometa artificial.
As simulações de Luis Gargaté trazem uma nova perspectiva sobre os
fenómenos da formação de cometas e da sua interacção com o vento solar,
e apontam novas direcções para a utilização de magnetosferas artificiais
para a protecção de naves espaciais.
O trabalho premiado foi realizado utilizando os recursos computacionais
do Cluster do IST, um dos nós da Rede Nacional de Computação Avançada e
o computador mais potente para cálculo científico instalado em Portugal. 
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