Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano X    Nº109    Março 2007

Universidade

BUSINESS ANGELS

Ideias que merecem dinheiro

A jovem Associação de Investidores de Capital de Risco da Covilhã é vista como uma das mais promissoras pelos seus parceiros nacionais, como é o caso de Francisco Banha, presidente da Federação Nacional de Associações de Business Angels (FNABA), que abriu os trabalhos da Semana Nacional de Associações de Bussiness Angels, realizada na Covilhã.

Esta iniciativa serviu sobretudo, nas palavras de Francisco Banha, “para dar um pouco mais de informação e projectar a importância dos business angels”, empresários informais que investem e apoiam jovens empresários e ideias de negócios que ainda estão em fase embrionária.

Neste momento, existem cinco associações cujo intuito é prestar ajuda à criação de empresas. Para além do suporte financeiro para o arranque da empresa, “um business angels é também muito importante pelos conhecimentos que tem do mercado e do mundo dos negócios”, explica o responsável máximo pela FNABA.

Também José Robalo, presidente da Associação Nacional de Industriais de Lanifícios (ANIL) e um dos membros da Associação de Investidores de Capital de Risco da Covilhã partilha da mesma opinião. Segundo Robalo, um dos papéis mais importantes dos business angels passa pelo conhecimento e pelos contactos que já trazem do mundo empresarial. Esta associação recém-criada na Covilhã e que trabalha numa estreita parceira com o Parkurbis está disposta a apoiar financeiramente projectos que se revelem originais e “com possibilidade de vingar no mercado”.

Neste momento a associação “está já a dar seguimento às primeiras propostas que recebeu”. Cerca de 20 empresários estão nesta entidade e “estão abertos para disponibilizar fundos que suportem novas empresas e projectos arrojados que muitas das vezes, a banca e outros investidores não apoiam”. Nesse sentido, “a Covilhã é um exemplo”, sublinha Francisco Banha.

Eduardo Alves

 

 

 

BEIRA INTERIOR

Dias da UBI apresentam universidade

A Universidade da Beira Interior acolheu, de 6 a 8 de Março, a sétima edição dos “Dias da UBI”, onde expôs as suas potencialidades a estudantes de diversos graus de ensino e vários pontos do País.

A iniciativa teve como principal objectivo dar a conhecer as potencialidades da instituição a nível técnico, cultural e científico, bem como proporcionar aos visitantes a oportunidade de conhecer o ambiente académico. Visou ainda reforçar a articulação entre a universidade e o sector empresarial, no sentido de demonstrar o potencial não só técnico, mas também humano, da instituição.

Na sétima edição dos dias da UBI, alunos de vários pontos do país e de diferentes graus de ensino aderiram ao projecto e puderam desfrutar de visitas guiadas aos vários departamentos da instituição, à biblioteca, ao Cybercentro e ao Museu dos Lanifícios, bem como realizar diversas actividades lúdicas e interactivas, relacionadas com os diversos cursos existentes na UBI.

Na hora de comentar a iniciativa, docentes e alunos são unânimes: «É uma magnífica oportunidade de conhecer as diferentes áreas e potencialidades que a instituição oferece, que além de poder facilitar a decisão no momento da escolha de um curso superior, proporciona igualmente um dia diferente e divertido».

Uma vez mais, os “Dias da UBI”, trouxeram à universidade covilhanense um largo número de visitantes
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Carla Nicolau

 

 

 

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR

UBI debate genética

Investigadores, professores a alunos da área da Medicina e das Ciências Biomédicas reuniram-se no Anfiteatro Amarelo da Faculdade de Ciências da Saúde da UBI, para reflectir acerca do RNA, uma molécula com contornos semelhantes aos do ADN e que se manifesta de forma decisiva no que diz respeito à informação genética.

Segundo José Eduardo Cavaco, docente da UBI, “estes colóquios têm como missão dinamizar o Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS) através da vinda de investigadores de renome nacional, uma vez que mostrar a ciência deve ultrapassar as paredes dos laboratórios. “José Eduardo Cavaco sublinhou a excelente participação dos alunos e reiterou que este ciclo de conferências já é o terceiro e destina-se a toda a comunidade científica da região”.

Cecília Maria Arraiano, da Universidade Nova de Lisboa, veio até à Covilhã para “aumentar o gosto sobre medicina e, principalmente, despertar a curiosidade acerca do trabalho de laboratório que se vem fazendo no domínio do RNA”, referiu. Para a investigadora, “se o ADN funciona como um arquitecto na construção de uma casa, o RNA é o mundo de construtores que participam activamente na materialização do processo”. Cecília Maria Arraiano é a actual Directora do Laboratório de Controlo de Expressão Génica da Universidade Nova de Lisboa e dedica grande parte do tempo à investigação no âmbito da Biologia.

O RNA é uma disciplina em rápido desenvolvimento na comunidade científica, e é cada vez mais reconhecida como crucial no controlo da expressão génica, como demonstra a atribuição, em 2006, de dois prémios Nobel na área do RNA. Apesar de ainda não se saber, ao certo, o alcance deste tipo de investigação, Cecília Arraiano considera que “estas moléculas têm uma importância extrema para que qualquer actividade celular funcione da melhor maneira possível”
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Helder Filipe Prior

 

 

 

DEPUTADOS NA UBI

Superior sempre autónomo

Contribuir para definir o Ensino Superior no futuro e dar orientações aos responsáveis políticos sobre esta área foram dois dos objectivos do debate sobre o estado do Ensino Superior em Portugal que juntou na Universidade da Beira Interior deputados das quatro maiores forças políticas nacionais: Bravo Nico, do PS, Pedro Duarte, do PSD, João Oliveira, do PCP e Hélder Amaral, do CDS-PP. O debate foi aberto por Manuel Santos Silva, reitor da UBI e a iniciativa partiu do Núcleo de Estudantes de Economia da UBI (UBINEC).

Manuel Santos Silva fez a “radiografia” das universidades portuguesas. Este responsável começou por lembrar aos deputados da Assembleia da República e lembrou que “os tempos não têm sido fáceis pela falta de legislação e ligação às universidades”. Afirmou que este não é apenas um problema do actual governo, mas sim de todos os actores políticos. Num tempo que as águas parecem andar agitadas nesta área, com a introdução das novas regras à luz de Bolonha, “esperemos que o Superior entre numa fase de acalmia porque os últimos tempos não têm sido fáceis”, disse, para rematar: “não tem havido uma contratualização séria entre o governo e as universidades”.

Helder Amaral (CDS) destacou que os consensos conseguidos até agora representam “uma evolução no ensino”, pois “o País só pode ter como grandes actores, as pessoas e o ensino tem de ser um tema central, caso contrário, temos de rever todo o sistema”. Uma ideia partilhada pelo ex-secretário de Estado da Juventude; Pedro Duarte, o qual reforça a ideia de “estarmos num momento de grandes mudanças ao nível do ensino superior”. Os dois membros da Direita referiram também a importância de se reforçar a autonomia das instituições do Superior.

Bravo Nico, do PS, pegou exactamente nesta ideia para garantir que o governo pretende apostar “num sistema binário, distinguindo bem os politécnicos das universidades, para que a autonomia do Ensino Superior continue”.

Quem não parece ter a mesma certeza “desta aposta tão concertada” é João Oliveira deputado do PCP. O comunista sublinha que em Portugal “algo está mal no sector. Isto porque “temos uma das maiores taxas de desempregados licenciados mas também somos um dos países onde existem menos pessoas com formação superior”. Oliveira lembra ainda que em Portugal “existe também um problema estrutural em todo o sistema de educação para os alunos que queiram chegar ao Superior”.

 

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