CASTELO BRANCO ASSINALA 236 ANOS

Cidade marca pontos na educação

Castelo Branco está a assinalar os seus 236 anos enquanto cidade. A história diz-nos que grandes pensadores e investigadores nasceram ou fizeram parte dos seus estudos naquela localidade. Um território que continua a apostar na educação de forma firme e decisiva. Nos ensinos básicos e secundários respondeu, de imediato, aos desafios lançados pelo Ministério da Educação.

No ensino superior, a cidade tem-se destacado pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco. Joaquim Morão, presidente da autarquia, não esconde o excelente entendimento entre os dois organismos e apresenta neste suplemento algumas das mais valias que a cidade oferece aos seus estudantes. O autarca considera que Castelo Branco apresenta um campus académico de primeira linha e anuncia a abertura de mais um espaço que pode ser utilizado por quem estuda na cidade. Trata-se da nova biblioteca municipal, a qual já está a receber equipamento e que ficará dotada de nove secções literárias diferentes, um espaço de acesso à Internet, uma secção de multimédia, e ainda espaços informáticos que permitam a auto-formação e a utilização por deficientes visuais.

Neste suplemento, Joaquim Morão justifica as razões porque considera Castelo Branco uma cidade que respira educação.

Castelo Branco é uma das principais cidades do interior onde o ensino superior se afirmou. Que mais valias é que isso traz para a região?

Uma das vertentes que mais contribuiu para o desenvolvimento da cidade de Castelo Branco foi o ensino superior. O aparecimento do ensino superior politécnico, no início dos anos 80, em Castelo Branco proporcionou que aqui se instalassem muitos quadros e muitos jovens que vieram para aqui estudar. Esse facto foi decisivo para o desenvolvimento da cidade e da região. O facto de aqui se terem fixado quadros superiores permitiu que surgissem outras actividades de ponta e de âmbito cultural e educativo.

Castelo Branco tem sabido responder aos desafios do ensino superior?

Tem correspondido, pois tem-se adequado aos novos tempos e desafios. Quer os responsáveis pela cidade e instituições da região têm acolhido da melhor forma o ensino superior do Instituto Politécnico. A Câmara tem criado todas as condições para que os jovens, que escolhem o IPCB, e os professores se sintam bem. E isso faz com que o clima seja excelente. O Instituto Politécnico de Castelo Branco é um parceiro indispensável para o desenvolvimento da cidade.

O entendimento entre as duas instituições tem sido fundamental para o sucesso do ensino superior na cidade?

Nós temos tido uma excelente ligação com o IPCB, e não poderia ser de outra forma pois todos temos que contribuir para o desenvolvimento da cidade. A Câmara tem dado todo o apoio aos responsáveis do instituto, de forma a que em parceria, possamos reivindicar aquilo a que temos direito e para resolveremos os problemas que aparecem. Com a nossa influência e capacidade de intervenção também contribuirmos para que quando surgem problemas eles possam ser logo sanados.

Um dos objectivos do IPCB é a construção do Campus da Talagueira. A Câmara disponibilizou os terrenos, o bloco da escola superior de saúde está em construção, mas ainda não há certezas quanto às restantes estruturas. Acredita na construção do campus?

Acredito. A autarquia deu o seu contributo, cedendo os terrenos. O Campus vai ser concretizado. A obra iniciou-se e vai ter que ser acabada. Daí que estejamos a fazer as diligências necessárias para que o Campus seja uma realidade, pois trata-se de uma mais valia para o Concelho e para a região. Estamos a falar da construção de duas escolas, a Superior de Saúde, cujas obras já se iniciaram, e a Escola Superior de Artes Aplicadas, dois estabelecimentos de ensino de futuro e importantes para o desenvolvimento da região e do país.

Neste momento são várias as estruturas que a Câmara coloca ao dispôr da comunidade na área da educação e cultura. Isso é uma mais valia para quem vem estudar para a cidade?

Nós temos uma série de equipamentos de elevada qualidade que a comunidade e os estudantes podem utilizar, como o cybercentro, as piscinas municipais, o cine teatro avenida, os espaços desportivos. A curto prazo vamos colocar mais um a funcionar, que é a biblioteca municipal, situada no centro da cidade. O próprio centro cívico foi totalmente requalificado e é um espaço também académico, onde os estudantes fazem as suas festas e convivem.

Já existe data marcada para a inauguração da Biblioteca?

Queremos abrir a biblioteca a curto prazo, já que no final de Março ela estará concluída. Aquele espaço vai entrar em funcionamento de seguida, e só mais tarde será inaugurado.

A aposta da Câmara de Castelo Branco em matéria educativa também se tem sentido ao nível do ensino básico com a recuperação e construção de espaços e um investimento nos currículos complementares...

Nós assumimos a resolução dos problemas existentes no 1º ciclo do ensino básico como uma prioridade, ou se quiser como uma paixão. Nós queremos dar o nosso contributo para que não haja problemas nesse nível de escolaridade. Por isso, temos investido em melhorar e construir espaços escolares, nos equipamentos, no transporte dos alunos ou nas refeições. E aceitámos o desafio do Governo para o enriquecimento curricular. Desde a primeira hora que todos os alunos puderam usufruir do ensino do inglês, chegando agora as outras disciplinas. Portanto, esta é uma aposta forte.

“Queremos abrir a biblioteca a curto prazo, já que no final de Março ela estará concluída. Aquele espaço vai entrar em funcionamento de seguida, e só mais tarde será inaugurado”.

Recentemente a Ministra da Educação esteve em Castelo Branco para uma reunião de trabalho. Qual o balanço que faz dessa iniciativa?

A senhora ministra veio a Castelo Branco onde lhe apresentámos todo o trabalho que temos vindo a desenvolver na área da educação. Veio dar-nos o alento e a força para continuarmos nesta estratégia, garantindo-nos apoio para a resolução de alguns problemas que ainda existem. A Câmara e o Ministério vão dar as mãos para que todas as situações sejam ultrapassadas.

A Ministra anunciou que é sua intenção dar mais competências às autarquias. A Câmara de Castelo Branco está disponível para as aceitar?

Claro que sim. A nossa intervenção na área do ensino é cada vez maior. Nós, que estamos nos locais, próximos dos alunos e da comunidade, temos melhores condições para resolver os problemas. E é isso que já tem acontecido. A disponibilidade da nossa autarquia é total. A senhora ministra percebeu que nós temos uma estratégia e que queremos executá-la. O nosso objectivo é que tenhamos um ensino de qualidade e que todos se sintam bem nas escolas.

O Cybercentro de Castelo Branco é uma referência para os amantes
das novas tecnologias. Só este ano quadruplicou o número de utentes.

A nova biblioteca municipal ficará dotada de nove secções literárias diferentes,
um espaço de acesso à Internet, uma secção de multimédia, e ainda espaços
informáticos que permitem a auto-formação e a utilização por deficientes visuais.

O Cine Teatro Avenida tem recebido os principais eventos culturais
e educativos do Concelho. É também um dos espaços privilegiados
para as Associações de Estudantes realizarem os festivais de tunas académicas.

O centro cívico também foi requalificado. É a chamada zona
das «Dokas» muito frequentada pela comunidade académica.

seguinte >>>