UNIVERSIDADE DA BEIRA
INTERIOR
Satisfação dos
enfermeiros
“A empresarialização dos hospitais, ao
nível da gestão dos recursos humanos, instituiu alterações sob o ponto
de vista funcional, económico e de recursos humanos”, as quais ocorreram
também ao nível dos serviços de saúde prestados à população. A garantia
é de Vera Batista, autora da tese de mestrado intitulada Satisfação
Profissional dos Enfermeiros em dois modelos de Gestão Hospitalar,
apresentada em Junho na Universidade da Beira Interior.
Para a nova mestre, “a eficiência dos serviços de saúde depende
largamente da qualidade da sua estrutura organizativa. Porém esta está à
mercê dos seus agentes. São estes que a potenciam, a redefinem, a
reajustam às necessidades internas e externas. Os recursos humanos são
porventura o capital, cuja, boa gestão mais benefício trará às
organizações daí a importância de avaliar o seu grau de satisfação”.
Este estudo foi aplicado a enfermeiros de dois hospitais com realidades
de gestão diferentes: o Centro Hospitalar Cova da Beira (EPE) designado
de Entidade Pública Empresarial e no Hospital Sousa Martins (HSM) com
modelo de gestão enquadrado na Função Pública. O estudo “incidiu sobre
uma amostra não probabilística intencional, com representação de todos
os enfermeiros dos dois hospitais, constituída no final por 218
enfermeiros”.
Da avaliação feita, a autora do estudo verifica que “os enfermeiros de
ambos os hospitais estão satisfeitos com o superior hierárquico e pouco
satisfeitos em relação ao vencimento. Verifica-se também, que estes não
se identificam com as políticas de gestão levadas a cabo pelos órgãos de
gestão em ambos os hospitais, apresentando-se mesmo assim os enfermeiros
do HSM mais insatisfeitos”.
Quando comparados os resultados das duas unidades hospitalares,
“verifica-se que de uma maneira geral os enfermeiros do Centro
Hospitalar Cova da Beira, EPE apresentam-se mais satisfeitos
profissionalmente que os enfermeiros do Hospital Sousa Martins”.
Eduardo Alves
PARKURBIS
A chave do
empreendedorismo
As novas tecnologias dominam as ideias
empreendedoras dos projectos que agora vão surgindo à luz do
empreendedorismo. A ideia é defendida há anos por Mário Raposo,
vice-reitor da UBI e docente no Departamento de Gestão e Economia da
instituição, para quem “o empreendedorismo surge da tradução de um termo
inglês, que na altura e em alguns casos gera confusões, porque o
empreendedorismo serve para tudo e mais alguma coisa em Portugal.
Não só para a criação de empresas, que é mesmo isso, mas também para a
formação de mentalidades e de formação das pessoas”. O docente começa
por explicar que “o empreendedorismo é para criar empresas. Tudo aquilo
que se faz na formação de pessoas, de atitudes, de comportamentos, tem
como objectivo a criação de empresas, é essa a finalidade do
empreendedorismo”.
Foi à luz desta ideia que surgiu a Consispro, a segunda empresa a
instalar-se no Parkurbis, recentemente visitada pelo presidente da
República, Cavaco Silva. José Carlos Correia, sócio-gerente, lembra os
tempos em que ainda frequentava as salas da UBI para se licenciar em
Engenharia da Produção e Gestão Industrial (EPGI). Com mais dois
colegas, de Matemática/Informática, que consigo partilham a liderança da
empresa de base tecnológica, faziam site para empresas e mais algumas
ferramentas na área da Informática. “A ideia de agarrar a oportunidade
de integrar um primeiro conjunto de empresas no Parkurbis veio por
arrasto”, conta.
A Consispro, que agora inclui já a Omnisys, é apenas um exemplo de um
projecto que materializa o conceito de empreendedorismo. Os responsáveis
por esta entidade estão confiantes quer no futuro da empresa, quer no
futuro do Parkurbis e esperam continuar com as parceiras já feitas com
empresas semelhantes localizadas na área da Marinha Grande e Leira e que
levou já à constituição “de uma carteira de 60 a 70 clientes distribuída
por todo o País”.
Desde o desenho e concepção de software por medida, passando pela
resolução de problemas pontuais das empresas, “fazemos de tudo e a todas
as horas”. José Carlos Correia faz questão de sublinhar que “nesta área
não temos limites. Se um cliente me pede um determinado programa com
características específicas temos de fazê-lo, ou se um outro me telefona
às 4 da madrugada porque o computador que gere a empresa não está em
condições temos de ajudá-lo e resolver-lhe, nesse instante o seu
problema”. Mas é com estes desafios que os funcionários desta empresa
gostam de lidar.
Eduardo Alves
UBI E REGIÃO DE TURISMO
ORGANIZAM
Rota da Lã com
história
O Departamento de Ciência e Tecnologia
Têxteis da Universidade da Beira Interior e a Região de Turismo da Serra
da Estrela querem estimular o debate em torno dos lanifícios, da moda e
da inovação têxtil. Para isso vão organizar a Rota da Lã, um percurso
para recriar a história dos lanifícios na região, desde a aldeia de
Fernão Joanes, passando por Trinta, Meios, Manteigas e Covilhã.
Será ainda organizado o evento de final de ano do curso de Design e
Moda, o Move, que vai decorrer no Museu de Lanifícios, no Núcleo Real
Fábrica Veiga, com início marcado para dia 14 de Julho, onde arranca uma
exposição de trabalhos de alunos de todos os anos dos cursos de Design e
Moda, com a participação das empresas, “A Penteadora, S.A.”, “Beiralã –
Lanifícios, S.A.”, “Dielmar”, “Fitecom Com. Ind. Têxtil, S.A.”, “Hermar”,
“Paulo de Oliveira, S.A.” e “Tessimax – Lanifícios, S.A.”. A mostra vai
estar patente até 20 de Julho.
Também a 14 de Julho decorre a apresentação de tendências pelos
finalistas da licenciatura em Design Têxtil e Vestuário/ Ramo Têxtil, do
Ramo Vestuário, bem como das colecções de designers colaboradores e
docentes da UBI.
UBI E CÂMARA DE
PROENÇA-A-NOVA APADRINHAM LIVRO
Ensinar Inglês com
histórias
A Universidade da Beira Interior e a
Câmara de Proença-a-Nova apadrinharam a primeira edição do livro My
Backyard Memories destinado a apoiar o ensino do inglês a crianças do 5º
e 6º ano de escolaridade. Da autoria das docentes e irmãs Emília Belo
(escrita) e Natércia Belo (ilustrações), o pequeno livro é totalmente
escrito em inglês e conta histórias passadas numa quinta, em que o
narrador é um burro, o qual conta histórias de outros animais. No final
do livro há um glossário e um pequeno espaço de sinónimos, além de
fichas didácticas.
O livro foi apresentado na Universidade da Beira Interior e em
Proença-a-Nova, e o objectivo das suas autoras é que ele possa ser
inserido no Plano Nacional de Leitura, o que permitiria reeditá-lo e
distribuí-lo por todas as escolas do país, como instrumento didáctico.
As duas docentes consideram que “não existia um apoio para o ensino da
língua inglesa cujos conteúdos estivessem relacionados com histórias
passadas no nosso país. Este livro foi todo escrito em inglês mas com
uma cultura muito portuguesa. Muitas dessas histórias constituíram
vivências tidas por nós “, refere Natércia Belo.
Esta primeira edição já foi testada junto dos alunos. “A reacção foi
excelente, quando acabam de o ler, querem, de imediato resolver as
fichas de trabalho. Além disso, foi feita uma peça de teatro com base no
livro, a qual foi bem acolhida pelas crianças e pelo público, quer na
Covilhã, em Proença-a-Nova ou em Vila Velha de Ródão”, acrescenta.
A aposta é prosseguir com a edição das outras histórias já escritas e
desenhadas. “O projecto foi feito para o Plano Nacional de Leitura, do
qual aguardamos uma resposta. O mesmo sucede com algumas editoras”.
Natércia Belo recorda que foi também já feita uma adaptação da história,
pela docente Manuela Nunes, para os 3º e 4º anos de escolaridade.
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