Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano X    Nº113    Julho 2007

Universidade

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR

Satisfação dos enfermeiros

“A empresarialização dos hospitais, ao nível da gestão dos recursos humanos, instituiu alterações sob o ponto de vista funcional, económico e de recursos humanos”, as quais ocorreram também ao nível dos serviços de saúde prestados à população. A garantia é de Vera Batista, autora da tese de mestrado intitulada Satisfação Profissional dos Enfermeiros em dois modelos de Gestão Hospitalar, apresentada em Junho na Universidade da Beira Interior.

Para a nova mestre, “a eficiência dos serviços de saúde depende largamente da qualidade da sua estrutura organizativa. Porém esta está à mercê dos seus agentes. São estes que a potenciam, a redefinem, a reajustam às necessidades internas e externas. Os recursos humanos são porventura o capital, cuja, boa gestão mais benefício trará às organizações daí a importância de avaliar o seu grau de satisfação”.

Este estudo foi aplicado a enfermeiros de dois hospitais com realidades de gestão diferentes: o Centro Hospitalar Cova da Beira (EPE) designado de Entidade Pública Empresarial e no Hospital Sousa Martins (HSM) com modelo de gestão enquadrado na Função Pública. O estudo “incidiu sobre uma amostra não probabilística intencional, com representação de todos os enfermeiros dos dois hospitais, constituída no final por 218 enfermeiros”.

Da avaliação feita, a autora do estudo verifica que “os enfermeiros de ambos os hospitais estão satisfeitos com o superior hierárquico e pouco satisfeitos em relação ao vencimento. Verifica-se também, que estes não se identificam com as políticas de gestão levadas a cabo pelos órgãos de gestão em ambos os hospitais, apresentando-se mesmo assim os enfermeiros do HSM mais insatisfeitos”.

Quando comparados os resultados das duas unidades hospitalares, “verifica-se que de uma maneira geral os enfermeiros do Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE apresentam-se mais satisfeitos profissionalmente que os enfermeiros do Hospital Sousa Martins”.

Eduardo Alves

 

 

 

PARKURBIS

A chave do empreendedorismo

As novas tecnologias dominam as ideias empreendedoras dos projectos que agora vão surgindo à luz do empreendedorismo. A ideia é defendida há anos por Mário Raposo, vice-reitor da UBI e docente no Departamento de Gestão e Economia da instituição, para quem “o empreendedorismo surge da tradução de um termo inglês, que na altura e em alguns casos gera confusões, porque o empreendedorismo serve para tudo e mais alguma coisa em Portugal.

Não só para a criação de empresas, que é mesmo isso, mas também para a formação de mentalidades e de formação das pessoas”. O docente começa por explicar que “o empreendedorismo é para criar empresas. Tudo aquilo que se faz na formação de pessoas, de atitudes, de comportamentos, tem como objectivo a criação de empresas, é essa a finalidade do empreendedorismo”.

Foi à luz desta ideia que surgiu a Consispro, a segunda empresa a instalar-se no Parkurbis, recentemente visitada pelo presidente da República, Cavaco Silva. José Carlos Correia, sócio-gerente, lembra os tempos em que ainda frequentava as salas da UBI para se licenciar em Engenharia da Produção e Gestão Industrial (EPGI). Com mais dois colegas, de Matemática/Informática, que consigo partilham a liderança da empresa de base tecnológica, faziam site para empresas e mais algumas ferramentas na área da Informática. “A ideia de agarrar a oportunidade de integrar um primeiro conjunto de empresas no Parkurbis veio por arrasto”, conta.

A Consispro, que agora inclui já a Omnisys, é apenas um exemplo de um projecto que materializa o conceito de empreendedorismo. Os responsáveis por esta entidade estão confiantes quer no futuro da empresa, quer no futuro do Parkurbis e esperam continuar com as parceiras já feitas com empresas semelhantes localizadas na área da Marinha Grande e Leira e que levou já à constituição “de uma carteira de 60 a 70 clientes distribuída por todo o País”.

Desde o desenho e concepção de software por medida, passando pela resolução de problemas pontuais das empresas, “fazemos de tudo e a todas as horas”. José Carlos Correia faz questão de sublinhar que “nesta área não temos limites. Se um cliente me pede um determinado programa com características específicas temos de fazê-lo, ou se um outro me telefona às 4 da madrugada porque o computador que gere a empresa não está em condições temos de ajudá-lo e resolver-lhe, nesse instante o seu problema”. Mas é com estes desafios que os funcionários desta empresa gostam de lidar.


Eduardo Alves

 

 

 

UBI E REGIÃO DE TURISMO ORGANIZAM

Rota da Lã com história

O Departamento de Ciência e Tecnologia Têxteis da Universidade da Beira Interior e a Região de Turismo da Serra da Estrela querem estimular o debate em torno dos lanifícios, da moda e da inovação têxtil. Para isso vão organizar a Rota da Lã, um percurso para recriar a história dos lanifícios na região, desde a aldeia de Fernão Joanes, passando por Trinta, Meios, Manteigas e Covilhã.

Será ainda organizado o evento de final de ano do curso de Design e Moda, o Move, que vai decorrer no Museu de Lanifícios, no Núcleo Real Fábrica Veiga, com início marcado para dia 14 de Julho, onde arranca uma exposição de trabalhos de alunos de todos os anos dos cursos de Design e Moda, com a participação das empresas, “A Penteadora, S.A.”, “Beiralã – Lanifícios, S.A.”, “Dielmar”, “Fitecom Com. Ind. Têxtil, S.A.”, “Hermar”, “Paulo de Oliveira, S.A.” e “Tessimax – Lanifícios, S.A.”. A mostra vai estar patente até 20 de Julho.

Também a 14 de Julho decorre a apresentação de tendências pelos finalistas da licenciatura em Design Têxtil e Vestuário/ Ramo Têxtil, do Ramo Vestuário, bem como das colecções de designers colaboradores e docentes da UBI.

 

 

 

UBI E CÂMARA DE PROENÇA-A-NOVA APADRINHAM LIVRO

Ensinar Inglês com histórias

A Universidade da Beira Interior e a Câmara de Proença-a-Nova apadrinharam a primeira edição do livro My Backyard Memories destinado a apoiar o ensino do inglês a crianças do 5º e 6º ano de escolaridade. Da autoria das docentes e irmãs Emília Belo (escrita) e Natércia Belo (ilustrações), o pequeno livro é totalmente escrito em inglês e conta histórias passadas numa quinta, em que o narrador é um burro, o qual conta histórias de outros animais. No final do livro há um glossário e um pequeno espaço de sinónimos, além de fichas didácticas.

O livro foi apresentado na Universidade da Beira Interior e em Proença-a-Nova, e o objectivo das suas autoras é que ele possa ser inserido no Plano Nacional de Leitura, o que permitiria reeditá-lo e distribuí-lo por todas as escolas do país, como instrumento didáctico. As duas docentes consideram que “não existia um apoio para o ensino da língua inglesa cujos conteúdos estivessem relacionados com histórias passadas no nosso país. Este livro foi todo escrito em inglês mas com uma cultura muito portuguesa. Muitas dessas histórias constituíram vivências tidas por nós “, refere Natércia Belo.

Esta primeira edição já foi testada junto dos alunos. “A reacção foi excelente, quando acabam de o ler, querem, de imediato resolver as fichas de trabalho. Além disso, foi feita uma peça de teatro com base no livro, a qual foi bem acolhida pelas crianças e pelo público, quer na Covilhã, em Proença-a-Nova ou em Vila Velha de Ródão”, acrescenta.

A aposta é prosseguir com a edição das outras histórias já escritas e desenhadas. “O projecto foi feito para o Plano Nacional de Leitura, do qual aguardamos uma resposta. O mesmo sucede com algumas editoras”. Natércia Belo recorda que foi também já feita uma adaptação da história, pela docente Manuela Nunes, para os 3º e 4º anos de escolaridade.

 

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