Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano X    Nº113    Julho 2007

Politécnico

ANA MARIA VAZ, PRESIDENTE DO POLITÉCNICO DE CASTELO BRANCO

Politécnico com mais opções

A presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Ana Maria Vaz, acaba de ver aprovadas novas licenciaturas para as escolas do IPCB (ver peça ao lado). Uma notícia que já era aguardada pela instituição e que proporciona aos alunos candidatos ao ensino superior mais opções de escolha. Em entrevista ao Ensino Magazine, aquela responsável considera-se optimista quanto à entrada de novos alunos na instituição.
 

O Instituto Politécnico foi, nos últimos anos, das instituições de ensino superior politécnico mais procuradas. Quais as expectativas para este ano?

As expectativas são boas, estes novos cursos vêm dar outras possibilidades aos candidatos. São áreas que já no ano passado mereceram uma forte procura dos alunos.

No próximo ano lectivo não deveremos ter problemas com a entrada de novos estudantes para o IPCB. Na área das tecnologias poderemos ter alguns constrangimentos, mas acredito que iremos ter sucesso, pela qualidade dos nossos cursos.
 

As licenciaturas do IPCB já estão adaptadas a Bolonha?

Todas as licenciaturas, excepção feita na área da saúde, estão adaptadas ao modelo de Bolonha.
 

Isso obrigará uma mudança de paradigma?

Claro. Obriga a uma mudança na classe docente, nos alunos e na instituição. A aprendizagem vai ser completamente diferente. O Politécnico está ciente disso e, por exemplo, o nosso corpo docente está a receber formação na área das tutorias. Houve um cuidado, da nossa parte, de dar essa formação aos professores, num plano que estará terminado brevemente.
 

E os alunos já perceberam o que é que mudou com a implementação do Processo de Bolonha?

Penso que muitos ainda têm alguma dificuldade em perceber isso. Para uma maioria, Bolonha significa apenas uma redução de tempo no curso de licenciatura, e não como um momento de aprendizagem diferente, onde o processo de aprendizagem valoriza o seu trabalho e em que há uma grande responsabilidade pela sua própria aquisição de conhecimentos. O aluno ainda está muito habituado a que o professor forneça o material de apoio, e é apenas esse material que serve de suporte ao seu estudo. Ou seja não há pesquisa. Aquilo que se pretende é que os alunos saiam com competências para o mercado de trabalho.
 

No que respeita a infra-estruturas, o Politécnico de Castelo Branco tem como meta a construção do Campus da Talagueira. O Bloco pedagógico da Escola de Saúde já se iniciou, para quando a sua abertura?

É uma obra que deveria estar pronta nesta altura, mas devido ao atraso na sua construção, deverá entrar em funcionamento no segundo semestre do próximo ano lectivo.
 

Isso está a causar problemas de funcionamento à escola?

Está. A própria escola chegou a propor zero vagas para o próximo lectivo, devido à falta de espaço. Algo que não é racional, pois não podemos atribuir zero vagas em quatro cursos na área da saúde, e depois no ano seguinte abrir vagas. Essa questão foi ultrapassada e a Escola de Saúde vai apresentar vagas para o primeiro ano dos cursos. Neste momento, o problema das instalações resulta de um atraso do empreiteiro na conclusão da obra e está a causar grandes constrangimentos a uma escola de referência a nível nacional.
 

E o bloco pedagógico da Escola de Artes também vai avançar?

O projecto está praticamente pronto para apresentarmos ao Ministério, pelo que são instalações que vão ser construídas. Neste momento, a Esart funciona em instalações da Escola Superior Agrária, as quais têm sido ajustadas à medida das necessidades. Mas não estão estruturadas para suportar o desenvolvimento que queremos para a escola.
 

Como é que avalia a evolução das escolas do IPCB?

Começando pela mais nova, a Esart, estando no interior do país, é uma escola que consegue ter uma projecção nacional e internacional. Tem um corpo docente muito dedicado à aprendizagem dos seus alunos e os estudantes tem ganho vários prémios nacionais e internacionais, nas diferentes áreas de formação. Recentemente, na moda, uma aluna desenhou todo o vestuário do Comité Olímpico Português para os Jogos Olímpicos de Pequim, há outros estudantes que irão a Miami e China apresentar colecções, criaram-se os fardamentos do Minipreço, etc. Sucessos que também surgem noutras áreas como na música, onde o Trio Desconcertante venceu uma competição de âmbito mundial, ou nas ofertas relacionadas com design e multimédia. Tudo isto só se consegue com o empenho do director e todos os docentes.

A Escola Superior de Saúde, é nova para o Politécnico, mas tem uma tradição de meio século. Trata-se de uma escola que conseguiu evoluir para outras ofertas na área da saúde, os seus alunos diplomados têm empregabilidade bastante elevada. É uma escola de referência a nível nacional.

A Superior de Tecnologia tem apostado a sua oferta na área das tecnologias, tendo investido também na área da saúde, com os cursos de informática para a saúde e tecnologias dos equipamentos de saúde. É uma escola que proporciona cursos de «ponta» e que tem feito grandes investimentos, como aconteceu com a Academia Cisco ou com a Microsoft.

A ESE voltou a ter vertente de formação de professores, e conseguiu também arranjar alternativas a essa oferta, fugindo à crise desse sector nos últimos anos. Trata-se de uma escola que está bem inserida na comunidade e que tem como parceiros os agrupamentos de escolas, que permitem o estágio dos alunos.

A Escola Superior de Gestão garante quase uma empregabilidade de 100 por cento aos seus alunos. É uma escola dinâmica em que os seus estudantes tem participado em vários concursos de jogos de âmbito nacional, como o Trust Danone. Abriu, nos últimos anos, a área do turismo, possibilitando aos alunos candidatos ao ensino superior outro tipo de escolha.

Já a Superior Agrária entendeu que o momento actual não é o propício para as ciências agrárias, manteve a sua base de formação com o curso de engenharia agronómica (o qual não é financiado pela tutela devido à fraca procura dos estudantes), e investiu noutras áreas. Tanto a ESA como a ESE tem um corpo docente bastante qualificado, o qual deve ser valorizado.
 

No caso da ESA, como é que se compreende, que possuindo umas das melhores instalações a nível nacional, não tenha conseguido a aprovação de um curso de medicina veterinária?

Esse curso esteve quase a ser ministrado na ESA, através de um protocolo com o Instituto Superior de Agronomia, onde a primeira fase do curso seria feita em Castelo Branco. Isto porque, apesar das propostas apresentadas pelo Politécnico ao Ministério cumprirem todos os requisitos de funcionamento, a resposta da tutela foi que o curso era de cariz universitário, pelo que não podia ser criado na ESA. O protocolo acabou por não avançar. Criou-se, no entanto, o curso de enfermagem veterinária, o qual se revelou uma boa aposta.
 

Uma das apostas do IPCB foi fomentar o empreendedorismo. O concurso Poliempreende vai mesmo ser alargado a todo o país?

Iremos ter uma reunião entre todos os politécnicos para podermos apresentar uma candidatura concreta. Cada vez mais temos que ganhar dimensão nacional neste tipo de iniciativas, pois de forma isolada é muito difícil ter-se sucesso.
 

Macau também vai participar?

Essa possibilidade resulta do facto do Politécnico de Macau pertencer ao Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos. O convite foi feito, pelo que aguardamos uma resposta.
 

Um dos projectos em que o IPCB está envolvido é o Skoool Pt, uma novidade de ensino em termos nacionais...

Temos muito orgulho em sermos parceiros da Câmara de Castelo Branco nesse projecto, que permitirá aos alunos do 7º ano escolaridade aprenderem matemática, ciências e físico-química com o recurso às novas tecnologias. É uma formação diferente de jovens que serão, também eles, candidatos ao ensino superior, e que ganham assim novas competências em áreas cujas taxas de insucesso são elevadas.
 

Relativamente ao novo regime das instituições de ensino superior divulgado pelo Ministério, qual a posição do Politécnico?

Era urgente uma mudança na Lei da Autonomia das instituições, pois estava totalmente desadequada. No entanto, há aspectos específicos que foram alterados e que nos preocupam, nomeadamente o facto de serem apenas as universidades a terem a possibilidade de se criarem em fundações, ou o facto da Assembleia Estatutária do Conselho Geral ser presidido por um elemento externo ao instituto, ou seja por alguém da comunidade. Isso causa alguns problemas de funcionamento aos institutos, pois a prática diz-nos que a comunidade está envolvida em projectos com o Instituto, mas quando chega o momento de tomar decisões são as pessoas que cá estão que as têm que tomar. Além disso, a quem vão ser pedidas responsabilidades é ao presidente do Instituto, e este não pode estar todos os dias a chamar os elementos da comunidade para tomar decisões. Outro problema que pode surgir é que só poderão chegar a directores ou a presidente dos politécnicos quem está no topo da carreira (professor coordenador), e não pela sua competência profissional ou avaliação curricular. Ora houve instituições que bloquearam a chegada das pessoas ao topo das carreiras.

 

 

 

INSTITUTO POLITÉCNICO DE CASTELO BRANCO

Licenciaturas aprovadas, novos cursos a caminho

O Ministério da Ciência e do Ensino Superior (MCES) acaba de aprovar quatro novos cursos de licenciatura ao Instituto Politécnico de Castelo Branco, para funcionarem no ano lectivo 2007/2008, a saber: Nutrição Humana e Qualidade Alimentar (ESA), Música-variante de Canto (ESART) e Educação Básica, e Desporto e Actividade Física (ESE).
Já no que respeita a segundos ciclos de formação, o IPCB depois de ter visto aprovado um mestrado na área do desporto para a Escola Superior de Educação, o Instituto Politécnico de Castelo Branco aguarda a aprovação de mestrados em diversas áreas. Esses segundos ciclos de formação permitirão aos alunos que concluírem a licenciatura prosseguirem os seus estudos.

De acordo com Ana Maria Vaz foram propostos os seguintes mestrados. A Escola Superior de Educação apresentou ofertas em: Educação Especial, Intervenção Social e Comunitária, Educação Pré-escolar, Ensino do 1º ciclo do Ensino Básico, Educação Pré-Escolar e em Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico, Ensino dos 1º e 2º ciclos do ensino básicos e ensino de inglês e Francês do Ensino Básico (este último em parceria com os politécnicos e Leiria, Portalegre, Santarém, Setúbal, Viseu e Universidade do Algarve).
Para a Superior Agrária surgem os mestrados em Fruticultura Integrada, Gestão Agro-Ambiental de Solos e Resíduos, e Tecnologias e Sustentabilidade dos Sistemas Florestais. A Esart deverá avançar com esses cursos nas áreas de Design da Comunicação e Produção Audiovisual e em música (variante instrumento). Já a EST terá engenharia electrónica e das telecomunicações, engenharia informática e enganharia civil (esta última com especializações diferentes).
 

 

Doutoramento. Outra das novidades adiantas por Ana Maria Vaz diz respeito à possibilidade de já, em Novembro se avançar com um doutoramento em parceria com a Universidade de Salamanca. Uma oferta ligada às novas tecnologias educativas. Mas no futuro o IPCB poderá estabelecer acordos com outras instituições universitárias. “Em muitas áreas nós temos corpo docente qualificado para realizarmos doutoramentos. por Lei não o podemos fazer, pelo que iremos estabelecer parcerias para avançar com mais ofertas desse nível, como por exemplo com a UBI”.
 

 

CET’s. O Instituto Politécnico de Castelo Branco vai avançar com uma série de cursos de especialização, nas suas diferentes escolas. Assim, para a EST estão previstas formações em Multimédia e Web Design, Programação e Desenvolvimento de Software, Instalação e Manutenção de Redes e Sistemas Informáticos, Informática Industrial, Condução de Obra, Electrónica e Telecomunicações e Automação e manutenção Industrial.
Para a Esart deverão avançar as especializações em Design de Comunicação, Concepção e Produção Audiovisual/Multimédia, Técnico de Artes da Imagem e Repórteres de Imagem.
A Escola Superior de Educação, no âmbito do mestrado em intervenção social e comunitária, avançará com especializações em Crianças e Jovens em Risco, e em Gerontologia Social.
 

 

Apoio. O Instituto Politécnico de Castelo Branco tem já preparada uma sala de informática para apoiar os estudantes candidatos ao Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, que começa já no próximo dia 9 de Julho.
Este ano, a candidatura pode ser efectuada via Internet, pelo que, de 9 a 13 de Julho, o Instituto Politécnico de Castelo Branco disponibiliza, nos Serviços Centrais, perto do CAE-Centro de Área Educativa de Castelo Branco, uma sala com diversos computadores e técnicos especializados, para auxiliar os candidatos não só a preencher o boletim de candidatura ao ensino superior, como também calcular as médias de entrada, provas de ingresso, pré-requisitos, preferências regionais e os concursos locais de acesso.

 

 

 

NOVAS INSTALAÇÕES A CAMINHO

Esald em aniversário

A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, do Instituto Politécnico de Castelo Branco, é uma referência na formação de técnicos superiores de saúde, tendo os seus diplomados uma taxa de empregabilidade que chega aos 100 por cento na maioria das áreas formativas. Apenas numa delas essa taxa não alcança o pleno, situando-se em mais de 90 por cento. Além disso, a Esald é uma das escolas mais procuradas pelos candidatos ao ensino superior, com uma taxa de 900 por cento de candidatos, na primeira fase. Estes foram alguns indicadores sublinhados por Carlos Maia, director da escola, que na passada segunda-feira assinalou os seus 59 anos de existência.

As novas instalações voltaram a ser um tema dominante nos discursos. João Ruivo, vice-presidente do Instituto Politécnico, refere “que o IPCB está a trabalhar para que no decorrer do próximo ano lectivo já seja possível a escola funcionar nas novas instalações”. É que as actuais são manifestamente insuficientes. “No próximo ano lectivo vamos continuar a trabalhar nas instalações em que estamos há seis anos, com a agravante de termos já os quartos anos dos cursos de cardio pneumonologia e radiologia, o que significa mais alunos. Por outro lado, isso cria limitações ao próprio crescimento da escola”, diz Carlos Maia.

daí que no próximo ano as ofertas formativas se mantenham, surgindo apenas uma pós-licenciatura em enfermagem de reabilitação.

Recorde-se que as futuras instalações se encontram em construção, embora registem um atraso na obra que impedira o próximo ano lectivo de aí se iniciar. O novo espaço terá uma capacidade para 700 alunos e está dotado de salas de aulas, auditórios, tanques de fisioterapia, ginásio, laboratórios e diversos gabinetes.

O vice-presidente do IPCB, frisou ainda o esforço que a Esald fez nos últimos anos, como resposta às pressões a que foi sujeita. “Foi uma escola que integrou o Instituto Politécnico, que foi transformada em Superior de Saúde, que sofreu pressões da comunidade para aumentar as suas vagas, mas que sem atropelos, nem convulsões, soube crescer e dar um resposta positiva. Um esforço que é compensado pela opinião pública e pelo mercado nacional, o qual reconhece a qualidade dos diplomados aqui formados”. No entender de João Ruivo, “os tempos mais difíceis já terão passado. Estamos a trabalhar para que durante o próximo ano lectivo já seja possível utilizar os novos espaços. As futuras instalações constituem um novo desafio para a escola e para o Politécnico”.

Para o presidente da Câmara de Castelo Branco, Joaquim Morão, “hoje as responsabilidades da Escola Superior de Saúde são maiores, pois forma diplomados em muitas áreas da saúde. Castelo Branco precisa de uma escola como esta forte, e de um Instituto Politécnico ainda mais forte. Por isso temos que criar condições de excelência. As actuais instalações são um entrave ao desenvolvimento da escola. Um problema que está a ser resolvido”.

 

 

 

ENTRE OS OITO MELHORES DO MUNDO

Amorim desfila na China

André Amorim, aluno do 2º ano do curso de Design Moda e Têxtil da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco, vai participar no Dacifashion, que se realizará no próximo mês de Agosto na China. O jovem, de 20 anos, ficou qualificado nos 8 primeiros lugares no Concurso Internacional onde participaram apenas 2 portugueses de entre mais de mil concorrentes.

O concurso a que concorreu é organizado pelas principais empresas têxteis da China, Coreia do Sul e Estados Unidos. “De todo o mundo só foram seleccionados 30 participantes”, sublinha André Amorim, para depois acrescentar: “deverei ser o único europeu presente na iniciativa”. Natural de Santa Maria de Lamas, o jovem aluno da Esart lembra que “a participação no concurso se deveu a uma pesquisa na Internet com vista a descobrir iniciativas do género a que pudesse concorrer. A minha colega Celma Pereira descobriu o Dacifashion e acabámos por participar os dois. Ela merecia estar na final, tanto como eu”, diz.

Depois de ter sido escolhido para apresentar a sua colecção na China, André Amorim, mostra-se orgulhoso, mas ciente das dificuldades que o mundo da moda esconde. “Para mim o futuro é hoje. Por isso, vou empenhar-me, com todas as minhas forças, para participar em todos os concursos que for possível”, refere. O jovem adianta “que o mundo moda é um mundo cão. É preciso muito trabalho, agarrar as oportunidades e saber aquilo que se faz. Algo que nos tem sido incutido pelos professores do curso”.

André Amorim destaca também o excelente relacionamento que existe entre os colegas do curso. “Há uma competição saudável dentro da turma, mas todos nos procuramos ajudar uns aos outros”.

 

 

 

RESPONDENDO AOS ANSEIOS DA AUTARQUIA

ESE da Guarda e Lusíada de mãos dadas

O optimismo predominou, na Escola Superior de Educação da Guarda (ESEG), durante a assinatura de um convénio, no dia 27 de Junho, “altamente inédito, aberto e virado para o futuro”, caracterizou o Vice-Presidente do Conselho de Administração da Fundação Minerva, Duarte Redondo, entidade que também está envolvida naquela que, para a direcção da ESEG, “mais uma ambiciosa aposta da Escola em prol do desenvolvimento da região a curto prazo”.

Tudo porque, a partir de agora, a ESEG, numa clara “adequação e antecipação à filosofia do novo regime jurídico para o ensino superior” avança para novas parcerias públicas e privadas que vão “garantir à Guarda mais pós-graduações e uma licenciatura, em Serviço Social, de raiz a propor ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior”, garante Joaquim Brigas, o director da ESEG. Implica “mais e muito trabalho” mas a ESEG está apostada em “diversificar a oferta formativa para a captação de mais alunos e em contribuir determinantemente para o desenvolvimento da Guarda”, atesta o mesmo responsável, que dirige a ESEG há oito anos.

Alicerçado numa série de “factores inovadores” o estreitar de relações com a Universidade Lusíada – ISSSL “trará resultados muito positivos a curto prazo”, garante o reitor da UL, Diamantino Durão, destacando a importância de “romper com as barreiras existentes entre o ensino público e o privado”. A partir daqui a região da Guarda “vai ter grandes mais valias resultantes da boa ligação estabelecida entre a ESEG e a UL-ISSSL”, afirma.

“A ESEG surpreendeu tudo e todos colocando-se na linha da frente no que diz respeito à nova filosofia do regime jurídico do ensino superior”, salientou Rodrigo Gonçalves, o presidente da Associação Académica da Guarda.

A assinatura do Convénio Científico entre a ESEG, a UL e em particular com a Faculdade ISSSL, vem dar continuidade ao trabalho iniciado com este Instituto, tendo por base a cooperação mútua nos domínios da formação, investigação e desenvolvimento científico, fortalecendo uma relação de parceria entre instituições do Ensino Superior e da Sociedade Civil, reforçada na nova filosofia da Lei do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior.

Este novo passo dado pela Superior de Educação vem ao encontro dos anseios do presidente da Câmara Municipal da Guarda, Joaquim Valente, que há muito anseia por esta “mais valia”. O autarca aplaude “esta convergência de esforços para a qualificação e formação das pessoas” e realça, sobretudo, que “quando as entidades querem conseguem mobilizar-se no sentido de potenciar as suas capacidades”. Mostrando-se “muito confiante” face a esta aliança, Joaquim Valente diz que “quanto mais qualificação e formação tiverem as pessoas, mais empreendorismo haverá e maiores serão as probabilidades de gerarmos uma economia sustentável”. A ESEG responde à vocação das escolas que, para o autarca, “devem colocar as suas potencialidades ao serviço das populações, de todo o sector produtivo”.

 

 

 

PARQUE URBANO DA GUARDA

ESE forma quadros

Os recém licenciados que acabaram os seus cursos na Escola Superior de Educação da Guarda (ESEG) vão ter prioridade na selecção de candidatos à exploração dos espaços de animação e de actividade económica do Parque Urbano do Rio Diz, na Guarda.

A direcção da ESEG, o director executivo do Programa Polis e o director geral do Centro de Inovação Empresarial da Beira Interior (CIEBI), respectivamente, Joaquim Brigas, António Saraiva e João Carvalho, deram a conhecer, recentemente, uma parceria que envolve as três entidades no sentido de canalizar, para aquele espaço e seu potencial em termos de mercado de trabalho, os alunos que já finalizaram as suas licenciaturas nas áreas da Educação de Infância, Animação Sóciocultural, Desporto e Comunicação. A apresentação dos espaços que podem vir a ser explorados pelos recém licenciados decorreu esta manhã, nas instalações da ESEG, perante uma plateia repleta de candidatos a este mercado de trabalho.

“Pretendemos dar aos jovens que a ESEG está a lançar para o mercado de trabalho a oportunidade de iniciarem ali um desafio de futuro, no sentido de que há da parte da autarquia da Guarda vontade em lhes entregar um espaço que está devidamente equipado e preparado para receber actividades nas áreas em que acabaram de se formar”, sublinha António Saraiva, responsável pelo Polis-Guarda. O mesmo responsável destacou as vantagens que esta parceria oferece aos candidatos: “Isenção de qualquer ónus no primeiro ano”, por um lado e, por outro, a participação do CIEBI que “apoiará os jovens na elaboração da candidatura, na procura de apoios financeiros e na criação do próprio emprego, ou da estrutura das empresas que queiram constituir”.

António Saraiva defende que “uma das grandes apostas que temos que fazer é viver de mãos dadas com o ensino superior”. E, para o arquitecto, não obstante a ESEG ser “uma Escola de referência que já está para além do país, mesmo assim todos os contributos são poucos para dar a conhecer os profissionais que dela saem”.

Joaquim Brigas, director da ESEG, coloca na frente das preocupações da direcção da Escola a inserção dos licenciados no mercado de trabalho. Determinado quanto ao contributo da ESEG em prol do desenvolvimento regional, aposta na “cooperação com os actores envolvidos nesse processo”, considerando que “ainda existe mercado para profissionais de qualidade” e defende, por outro lado, que “as instituições formadoras têm por obrigação ajudar à sua inserção no mercado de trabalho”. “Para isso tem que haver uma boa relação com a cidade, com a região e com os diversos intervenientes neste processo de desenvolvimento”. Nesse contexto, a ESEG tem procurado os parceiros ideais no sentido de implementar uma política de empreendorismo junto dos seus licenciados, apostando em “decisões e apoios que têm contribuído para a criação do seu próprio emprego/negócio”, conclui o director da Escola.

Quem não poupou elogios a esta parceria foi o presidente da Associação Académica da Guarda. Rodrigo Gonçalves classifica de “vanguardista” a postura da ESEG em matéria de “preocupações com os seus licenciados” e diz que esta atitude “é ouro sobre azul”, mormente pelo facto de “ser muito importante que o Parque Urbano da cidade seja dinamizado pelos alunos da ESEG e do IPG”. “Daqui saem embaixadores da Escola e é bom tê-los cá a elevarem o nome da cidade e a dinamizarem-na ao máximo”, exalta o dirigente da academia.

 

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