ANA MARIA VAZ, PRESIDENTE
DO POLITÉCNICO DE CASTELO BRANCO
Politécnico com mais
opções

A presidente do Instituto Politécnico de
Castelo Branco, Ana Maria Vaz, acaba de ver aprovadas novas
licenciaturas para as escolas do IPCB (ver peça ao lado). Uma notícia
que já era aguardada pela instituição e que proporciona aos alunos
candidatos ao ensino superior mais opções de escolha. Em entrevista ao
Ensino Magazine, aquela responsável considera-se optimista quanto à
entrada de novos alunos na instituição.
O Instituto Politécnico foi, nos
últimos anos, das instituições de ensino superior politécnico mais
procuradas. Quais as expectativas para este ano?
As expectativas são boas, estes novos cursos vêm dar outras
possibilidades aos candidatos. São áreas que já no ano passado mereceram
uma forte procura dos alunos.
No próximo ano lectivo não deveremos ter problemas com a entrada de
novos estudantes para o IPCB. Na área das tecnologias poderemos ter
alguns constrangimentos, mas acredito que iremos ter sucesso, pela
qualidade dos nossos cursos.
As licenciaturas do IPCB já estão
adaptadas a Bolonha?
Todas as licenciaturas, excepção feita na área da saúde, estão adaptadas
ao modelo de Bolonha.
Isso obrigará uma mudança de
paradigma?
Claro. Obriga a uma mudança na classe docente, nos alunos e na
instituição. A aprendizagem vai ser completamente diferente. O
Politécnico está ciente disso e, por exemplo, o nosso corpo docente está
a receber formação na área das tutorias. Houve um cuidado, da nossa
parte, de dar essa formação aos professores, num plano que estará
terminado brevemente.
E os alunos já perceberam o que é
que mudou com a implementação do Processo de Bolonha?
Penso que muitos ainda têm alguma dificuldade em perceber isso. Para uma
maioria, Bolonha significa apenas uma redução de tempo no curso de
licenciatura, e não como um momento de aprendizagem diferente, onde o
processo de aprendizagem valoriza o seu trabalho e em que há uma grande
responsabilidade pela sua própria aquisição de conhecimentos. O aluno
ainda está muito habituado a que o professor forneça o material de
apoio, e é apenas esse material que serve de suporte ao seu estudo. Ou
seja não há pesquisa. Aquilo que se pretende é que os alunos saiam com
competências para o mercado de trabalho.
No que respeita a infra-estruturas,
o Politécnico de Castelo Branco tem como meta a construção do Campus da
Talagueira. O Bloco pedagógico da Escola de Saúde já se iniciou, para
quando a sua abertura?
É uma obra que deveria estar pronta nesta altura, mas devido ao atraso
na sua construção, deverá entrar em funcionamento no segundo semestre do
próximo ano lectivo.
Isso está a causar problemas de
funcionamento à escola?
Está. A própria escola chegou a propor zero vagas para o próximo
lectivo, devido à falta de espaço. Algo que não é racional, pois não
podemos atribuir zero vagas em quatro cursos na área da saúde, e depois
no ano seguinte abrir vagas. Essa questão foi ultrapassada e a Escola de
Saúde vai apresentar vagas para o primeiro ano dos cursos. Neste
momento, o problema das instalações resulta de um atraso do empreiteiro
na conclusão da obra e está a causar grandes constrangimentos a uma
escola de referência a nível nacional.
E o bloco pedagógico da Escola de
Artes também vai avançar?
O projecto está praticamente pronto para apresentarmos ao Ministério,
pelo que são instalações que vão ser construídas. Neste momento, a Esart
funciona em instalações da Escola Superior Agrária, as quais têm sido
ajustadas à medida das necessidades. Mas não estão estruturadas para
suportar o desenvolvimento que queremos para a escola.
Como é que avalia a evolução das
escolas do IPCB?
Começando pela mais nova, a Esart, estando no interior do país, é uma
escola que consegue ter uma projecção nacional e internacional. Tem um
corpo docente muito dedicado à aprendizagem dos seus alunos e os
estudantes tem ganho vários prémios nacionais e internacionais, nas
diferentes áreas de formação. Recentemente, na moda, uma aluna desenhou
todo o vestuário do Comité Olímpico Português para os Jogos Olímpicos de
Pequim, há outros estudantes que irão a Miami e China apresentar
colecções, criaram-se os fardamentos do Minipreço, etc. Sucessos que
também surgem noutras áreas como na música, onde o Trio Desconcertante
venceu uma competição de âmbito mundial, ou nas ofertas relacionadas com
design e multimédia. Tudo isto só se consegue com o empenho do director
e todos os docentes.
A Escola Superior de Saúde, é nova para o Politécnico, mas tem uma
tradição de meio século. Trata-se de uma escola que conseguiu evoluir
para outras ofertas na área da saúde, os seus alunos diplomados têm
empregabilidade bastante elevada. É uma escola de referência a nível
nacional.
A Superior de Tecnologia tem apostado a sua oferta na área das
tecnologias, tendo investido também na área da saúde, com os cursos de
informática para a saúde e tecnologias dos equipamentos de saúde. É uma
escola que proporciona cursos de «ponta» e que tem feito grandes
investimentos, como aconteceu com a Academia Cisco ou com a Microsoft.
A ESE voltou a ter vertente de formação de professores, e conseguiu
também arranjar alternativas a essa oferta, fugindo à crise desse sector
nos últimos anos. Trata-se de uma escola que está bem inserida na
comunidade e que tem como parceiros os agrupamentos de escolas, que
permitem o estágio dos alunos.
A Escola Superior de Gestão garante quase uma empregabilidade de 100 por
cento aos seus alunos. É uma escola dinâmica em que os seus estudantes
tem participado em vários concursos de jogos de âmbito nacional, como o
Trust Danone. Abriu, nos últimos anos, a área do turismo, possibilitando
aos alunos candidatos ao ensino superior outro tipo de escolha.
Já a Superior Agrária entendeu que o momento actual não é o propício
para as ciências agrárias, manteve a sua base de formação com o curso de
engenharia agronómica (o qual não é financiado pela tutela devido à
fraca procura dos estudantes), e investiu noutras áreas. Tanto a ESA
como a ESE tem um corpo docente bastante qualificado, o qual deve ser
valorizado.
No caso da ESA, como é que se
compreende, que possuindo umas das melhores instalações a nível
nacional, não tenha conseguido a aprovação de um curso de medicina
veterinária?
Esse curso esteve quase a ser ministrado na ESA, através de um protocolo
com o Instituto Superior de Agronomia, onde a primeira fase do curso
seria feita em Castelo Branco. Isto porque, apesar das propostas
apresentadas pelo Politécnico ao Ministério cumprirem todos os
requisitos de funcionamento, a resposta da tutela foi que o curso era de
cariz universitário, pelo que não podia ser criado na ESA. O protocolo
acabou por não avançar. Criou-se, no entanto, o curso de enfermagem
veterinária, o qual se revelou uma boa aposta.
Uma das apostas do IPCB foi fomentar
o empreendedorismo. O concurso Poliempreende vai mesmo ser alargado a
todo o país?
Iremos ter uma reunião entre todos os politécnicos para podermos
apresentar uma candidatura concreta. Cada vez mais temos que ganhar
dimensão nacional neste tipo de iniciativas, pois de forma isolada é
muito difícil ter-se sucesso.
Macau também vai participar?
Essa possibilidade resulta do facto do Politécnico de Macau pertencer ao
Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos. O convite
foi feito, pelo que aguardamos uma resposta.
Um dos projectos em que o IPCB está
envolvido é o Skoool Pt, uma novidade de ensino em termos nacionais...
Temos muito orgulho em sermos parceiros da Câmara de Castelo Branco
nesse projecto, que permitirá aos alunos do 7º ano escolaridade
aprenderem matemática, ciências e físico-química com o recurso às novas
tecnologias. É uma formação diferente de jovens que serão, também eles,
candidatos ao ensino superior, e que ganham assim novas competências em
áreas cujas taxas de insucesso são elevadas.
Relativamente ao novo regime das
instituições de ensino superior divulgado pelo Ministério, qual a
posição do Politécnico?
Era urgente uma mudança na Lei da Autonomia das instituições, pois
estava totalmente desadequada. No entanto, há aspectos específicos que
foram alterados e que nos preocupam, nomeadamente o facto de serem
apenas as universidades a terem a possibilidade de se criarem em
fundações, ou o facto da Assembleia Estatutária do Conselho Geral ser
presidido por um elemento externo ao instituto, ou seja por alguém da
comunidade. Isso causa alguns problemas de funcionamento aos institutos,
pois a prática diz-nos que a comunidade está envolvida em projectos com
o Instituto, mas quando chega o momento de tomar decisões são as pessoas
que cá estão que as têm que tomar. Além disso, a quem vão ser pedidas
responsabilidades é ao presidente do Instituto, e este não pode estar
todos os dias a chamar os elementos da comunidade para tomar decisões.
Outro problema que pode surgir é que só poderão chegar a directores ou a
presidente dos politécnicos quem está no topo da carreira (professor
coordenador), e não pela sua competência profissional ou avaliação
curricular. Ora houve instituições que bloquearam a chegada das pessoas
ao topo das carreiras.
INSTITUTO POLITÉCNICO DE
CASTELO BRANCO
Licenciaturas
aprovadas, novos cursos a caminho
O Ministério da Ciência e do Ensino
Superior (MCES) acaba de aprovar quatro novos cursos de licenciatura ao
Instituto Politécnico de Castelo Branco, para funcionarem no ano lectivo
2007/2008, a saber: Nutrição Humana e Qualidade Alimentar (ESA),
Música-variante de Canto (ESART) e Educação Básica, e Desporto e
Actividade Física (ESE).
Já no que respeita a segundos ciclos de formação, o IPCB depois de ter
visto aprovado um mestrado na área do desporto para a Escola Superior de
Educação, o Instituto Politécnico de Castelo Branco aguarda a aprovação
de mestrados em diversas áreas. Esses segundos ciclos de formação
permitirão aos alunos que concluírem a licenciatura prosseguirem os seus
estudos.
De acordo com Ana Maria Vaz foram propostos os seguintes mestrados. A
Escola Superior de Educação apresentou ofertas em: Educação Especial,
Intervenção Social e Comunitária, Educação Pré-escolar, Ensino do 1º
ciclo do Ensino Básico, Educação Pré-Escolar e em Ensino do 1º Ciclo do
Ensino Básico, Ensino dos 1º e 2º ciclos do ensino básicos e ensino de
inglês e Francês do Ensino Básico (este último em parceria com os
politécnicos e Leiria, Portalegre, Santarém, Setúbal, Viseu e
Universidade do Algarve).
Para a Superior Agrária surgem os mestrados em Fruticultura Integrada,
Gestão Agro-Ambiental de Solos e Resíduos, e Tecnologias e
Sustentabilidade dos Sistemas Florestais. A Esart deverá avançar com
esses cursos nas áreas de Design da Comunicação e Produção Audiovisual e
em música (variante instrumento). Já a EST terá engenharia electrónica e
das telecomunicações, engenharia informática e enganharia civil (esta
última com especializações diferentes).
Doutoramento. Outra das
novidades adiantas por Ana Maria Vaz diz respeito à possibilidade de já,
em Novembro se avançar com um doutoramento em parceria com a
Universidade de Salamanca. Uma oferta ligada às novas tecnologias
educativas. Mas no futuro o IPCB poderá estabelecer acordos com outras
instituições universitárias. “Em muitas áreas nós temos corpo docente
qualificado para realizarmos doutoramentos. por Lei não o podemos fazer,
pelo que iremos estabelecer parcerias para avançar com mais ofertas
desse nível, como por exemplo com a UBI”.
CET’s. O Instituto Politécnico
de Castelo Branco vai avançar com uma série de cursos de especialização,
nas suas diferentes escolas. Assim, para a EST estão previstas formações
em Multimédia e Web Design, Programação e Desenvolvimento de Software,
Instalação e Manutenção de Redes e Sistemas Informáticos, Informática
Industrial, Condução de Obra, Electrónica e Telecomunicações e Automação
e manutenção Industrial.
Para a Esart deverão avançar as especializações em Design de
Comunicação, Concepção e Produção Audiovisual/Multimédia, Técnico de
Artes da Imagem e Repórteres de Imagem.
A Escola Superior de Educação, no âmbito do mestrado em intervenção
social e comunitária, avançará com especializações em Crianças e Jovens
em Risco, e em Gerontologia Social.
Apoio. O Instituto Politécnico
de Castelo Branco tem já preparada uma sala de informática para apoiar
os estudantes candidatos ao Concurso Nacional de Acesso ao Ensino
Superior, que começa já no próximo dia 9 de Julho.
Este ano, a candidatura pode ser efectuada via Internet, pelo que, de 9
a 13 de Julho, o Instituto Politécnico de Castelo Branco disponibiliza,
nos Serviços Centrais, perto do CAE-Centro de Área Educativa de Castelo
Branco, uma sala com diversos computadores e técnicos especializados,
para auxiliar os candidatos não só a preencher o boletim de candidatura
ao ensino superior, como também calcular as médias de entrada, provas de
ingresso, pré-requisitos, preferências regionais e os concursos locais
de acesso.
NOVAS INSTALAÇÕES A
CAMINHO
Esald em aniversário

A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes
Dias, do Instituto Politécnico de Castelo Branco, é uma referência na
formação de técnicos superiores de saúde, tendo os seus diplomados uma
taxa de empregabilidade que chega aos 100 por cento na maioria das áreas
formativas. Apenas numa delas essa taxa não alcança o pleno, situando-se
em mais de 90 por cento. Além disso, a Esald é uma das escolas mais
procuradas pelos candidatos ao ensino superior, com uma taxa de 900 por
cento de candidatos, na primeira fase. Estes foram alguns indicadores
sublinhados por Carlos Maia, director da escola, que na passada
segunda-feira assinalou os seus 59 anos de existência.
As novas instalações voltaram a ser um tema dominante nos discursos.
João Ruivo, vice-presidente do Instituto Politécnico, refere “que o IPCB
está a trabalhar para que no decorrer do próximo ano lectivo já seja
possível a escola funcionar nas novas instalações”. É que as actuais são
manifestamente insuficientes. “No próximo ano lectivo vamos continuar a
trabalhar nas instalações em que estamos há seis anos, com a agravante
de termos já os quartos anos dos cursos de cardio pneumonologia e
radiologia, o que significa mais alunos. Por outro lado, isso cria
limitações ao próprio crescimento da escola”, diz Carlos Maia.
daí que no próximo ano as ofertas formativas se mantenham, surgindo
apenas uma pós-licenciatura em enfermagem de reabilitação.
Recorde-se que as futuras instalações se encontram em construção, embora
registem um atraso na obra que impedira o próximo ano lectivo de aí se
iniciar. O novo espaço terá uma capacidade para 700 alunos e está dotado
de salas de aulas, auditórios, tanques de fisioterapia, ginásio,
laboratórios e diversos gabinetes.
O vice-presidente do IPCB, frisou ainda o esforço que a Esald fez nos
últimos anos, como resposta às pressões a que foi sujeita. “Foi uma
escola que integrou o Instituto Politécnico, que foi transformada em
Superior de Saúde, que sofreu pressões da comunidade para aumentar as
suas vagas, mas que sem atropelos, nem convulsões, soube crescer e dar
um resposta positiva. Um esforço que é compensado pela opinião pública e
pelo mercado nacional, o qual reconhece a qualidade dos diplomados aqui
formados”. No entender de João Ruivo, “os tempos mais difíceis já terão
passado. Estamos a trabalhar para que durante o próximo ano lectivo já
seja possível utilizar os novos espaços. As futuras instalações
constituem um novo desafio para a escola e para o Politécnico”.
Para o presidente da Câmara de Castelo Branco, Joaquim Morão, “hoje as
responsabilidades da Escola Superior de Saúde são maiores, pois forma
diplomados em muitas áreas da saúde. Castelo Branco precisa de uma
escola como esta forte, e de um Instituto Politécnico ainda mais forte.
Por isso temos que criar condições de excelência. As actuais instalações
são um entrave ao desenvolvimento da escola. Um problema que está a ser
resolvido”.
ENTRE OS OITO MELHORES DO
MUNDO
Amorim desfila na
China

André Amorim, aluno do 2º ano do curso de
Design Moda e Têxtil da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo
Branco, vai participar no Dacifashion, que se realizará no próximo mês
de Agosto na China. O jovem, de 20 anos, ficou qualificado nos 8
primeiros lugares no Concurso Internacional onde participaram apenas 2
portugueses de entre mais de mil concorrentes.
O concurso a que concorreu é organizado pelas principais empresas
têxteis da China, Coreia do Sul e Estados Unidos. “De todo o mundo só
foram seleccionados 30 participantes”, sublinha André Amorim, para
depois acrescentar: “deverei ser o único europeu presente na
iniciativa”. Natural de Santa Maria de Lamas, o jovem aluno da Esart
lembra que “a participação no concurso se deveu a uma pesquisa na
Internet com vista a descobrir iniciativas do género a que pudesse
concorrer. A minha colega Celma Pereira descobriu o Dacifashion e
acabámos por participar os dois. Ela merecia estar na final, tanto como
eu”, diz.
Depois de ter sido escolhido para apresentar a sua colecção na China,
André Amorim, mostra-se orgulhoso, mas ciente das dificuldades que o
mundo da moda esconde. “Para mim o futuro é hoje. Por isso, vou
empenhar-me, com todas as minhas forças, para participar em todos os
concursos que for possível”, refere. O jovem adianta “que o mundo moda é
um mundo cão. É preciso muito trabalho, agarrar as oportunidades e saber
aquilo que se faz. Algo que nos tem sido incutido pelos professores do
curso”.
André Amorim destaca também o excelente relacionamento que existe entre
os colegas do curso. “Há uma competição saudável dentro da turma, mas
todos nos procuramos ajudar uns aos outros”.
RESPONDENDO AOS ANSEIOS
DA AUTARQUIA
ESE da Guarda e
Lusíada de mãos dadas

O optimismo predominou, na Escola
Superior de Educação da Guarda (ESEG), durante a assinatura de um
convénio, no dia 27 de Junho, “altamente inédito, aberto e virado para o
futuro”, caracterizou o Vice-Presidente do Conselho de Administração da
Fundação Minerva, Duarte Redondo, entidade que também está envolvida
naquela que, para a direcção da ESEG, “mais uma ambiciosa aposta da
Escola em prol do desenvolvimento da região a curto prazo”.
Tudo porque, a partir de agora, a ESEG, numa clara “adequação e
antecipação à filosofia do novo regime jurídico para o ensino superior”
avança para novas parcerias públicas e privadas que vão “garantir à
Guarda mais pós-graduações e uma licenciatura, em Serviço Social, de
raiz a propor ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior”,
garante Joaquim Brigas, o director da ESEG. Implica “mais e muito
trabalho” mas a ESEG está apostada em “diversificar a oferta formativa
para a captação de mais alunos e em contribuir determinantemente para o
desenvolvimento da Guarda”, atesta o mesmo responsável, que dirige a
ESEG há oito anos.
Alicerçado numa série de “factores inovadores” o estreitar de relações
com a Universidade Lusíada – ISSSL “trará resultados muito positivos a
curto prazo”, garante o reitor da UL, Diamantino Durão, destacando a
importância de “romper com as barreiras existentes entre o ensino
público e o privado”. A partir daqui a região da Guarda “vai ter grandes
mais valias resultantes da boa ligação estabelecida entre a ESEG e a
UL-ISSSL”, afirma.
“A ESEG surpreendeu tudo e todos colocando-se na linha da frente no que
diz respeito à nova filosofia do regime jurídico do ensino superior”,
salientou Rodrigo Gonçalves, o presidente da Associação Académica da
Guarda.
A assinatura do Convénio Científico entre a ESEG, a UL e em particular
com a Faculdade ISSSL, vem dar continuidade ao trabalho iniciado com
este Instituto, tendo por base a cooperação mútua nos domínios da
formação, investigação e desenvolvimento científico, fortalecendo uma
relação de parceria entre instituições do Ensino Superior e da Sociedade
Civil, reforçada na nova filosofia da Lei do Regime Jurídico das
Instituições de Ensino Superior.
Este novo passo dado pela Superior de Educação vem ao encontro dos
anseios do presidente da Câmara Municipal da Guarda, Joaquim Valente,
que há muito anseia por esta “mais valia”. O autarca aplaude “esta
convergência de esforços para a qualificação e formação das pessoas” e
realça, sobretudo, que “quando as entidades querem conseguem
mobilizar-se no sentido de potenciar as suas capacidades”. Mostrando-se
“muito confiante” face a esta aliança, Joaquim Valente diz que “quanto
mais qualificação e formação tiverem as pessoas, mais empreendorismo
haverá e maiores serão as probabilidades de gerarmos uma economia
sustentável”. A ESEG responde à vocação das escolas que, para o autarca,
“devem colocar as suas potencialidades ao serviço das populações, de
todo o sector produtivo”.
PARQUE URBANO DA GUARDA
ESE forma quadros

Os recém licenciados que acabaram os seus
cursos na Escola Superior de Educação da Guarda (ESEG) vão ter
prioridade na selecção de candidatos à exploração dos espaços de
animação e de actividade económica do Parque Urbano do Rio Diz, na
Guarda.
A direcção da ESEG, o director executivo do Programa Polis e o director
geral do Centro de Inovação Empresarial da Beira Interior (CIEBI),
respectivamente, Joaquim Brigas, António Saraiva e João Carvalho, deram
a conhecer, recentemente, uma parceria que envolve as três entidades no
sentido de canalizar, para aquele espaço e seu potencial em termos de
mercado de trabalho, os alunos que já finalizaram as suas licenciaturas
nas áreas da Educação de Infância, Animação Sóciocultural, Desporto e
Comunicação. A apresentação dos espaços que podem vir a ser explorados
pelos recém licenciados decorreu esta manhã, nas instalações da ESEG,
perante uma plateia repleta de candidatos a este mercado de trabalho.
“Pretendemos dar aos jovens que a ESEG está a lançar para o mercado de
trabalho a oportunidade de iniciarem ali um desafio de futuro, no
sentido de que há da parte da autarquia da Guarda vontade em lhes
entregar um espaço que está devidamente equipado e preparado para
receber actividades nas áreas em que acabaram de se formar”, sublinha
António Saraiva, responsável pelo Polis-Guarda. O mesmo responsável
destacou as vantagens que esta parceria oferece aos candidatos: “Isenção
de qualquer ónus no primeiro ano”, por um lado e, por outro, a
participação do CIEBI que “apoiará os jovens na elaboração da
candidatura, na procura de apoios financeiros e na criação do próprio
emprego, ou da estrutura das empresas que queiram constituir”.
António Saraiva defende que “uma das grandes apostas que temos que fazer
é viver de mãos dadas com o ensino superior”. E, para o arquitecto, não
obstante a ESEG ser “uma Escola de referência que já está para além do
país, mesmo assim todos os contributos são poucos para dar a conhecer os
profissionais que dela saem”.
Joaquim Brigas, director da ESEG, coloca na frente das preocupações da
direcção da Escola a inserção dos licenciados no mercado de trabalho.
Determinado quanto ao contributo da ESEG em prol do desenvolvimento
regional, aposta na “cooperação com os actores envolvidos nesse
processo”, considerando que “ainda existe mercado para profissionais de
qualidade” e defende, por outro lado, que “as instituições formadoras
têm por obrigação ajudar à sua inserção no mercado de trabalho”. “Para
isso tem que haver uma boa relação com a cidade, com a região e com os
diversos intervenientes neste processo de desenvolvimento”. Nesse
contexto, a ESEG tem procurado os parceiros ideais no sentido de
implementar uma política de empreendorismo junto dos seus licenciados,
apostando em “decisões e apoios que têm contribuído para a criação do
seu próprio emprego/negócio”, conclui o director da Escola.
Quem não poupou elogios a esta parceria foi o presidente da Associação
Académica da Guarda. Rodrigo Gonçalves classifica de “vanguardista” a
postura da ESEG em matéria de “preocupações com os seus licenciados” e
diz que esta atitude “é ouro sobre azul”, mormente pelo facto de “ser
muito importante que o Parque Urbano da cidade seja dinamizado pelos
alunos da ESEG e do IPG”. “Daqui saem embaixadores da Escola e é bom
tê-los cá a elevarem o nome da cidade e a dinamizarem-na ao máximo”,
exalta o dirigente da academia.
seguinte >>>
|