FÓRUM ESART APRESENTA
CURTAS METRAGENS
As Curtas do Cabeço
do Pião

Quatro curtas metragens elaboradas por alunos e professores da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco, sobre o Cabeço do Pião, vão ser apresentadas durante o Fórum Esart, no dia 28 de Fevereiro. O resultado das filmagens efectuadas naquele local resulta de um projecto multidisciplinar, das cadeiras de Edição e Pós Produção, Atelier e Música. A apresentação das curtas metragens está integrada no espectáculo multimédia e musical, denominado «O Pião pela imagem e pelo som», o qual engloba uma exposição fotográfica sobre as filmagens
Carlos Reis, que com José Silva, Isabel Marcos e Jorge Alves constituiu o grupo de docentes que orientou o trabalho dos alunos, lembra que o espectáculo multimédia aborda diversos aspectos.
Aquele responsável lembra que depois de definir o local para criar uma residência artística, lançámos o desafio aos alunos para desenvolverem uma série de produtos audiovisuais, casos de curtas metragens e de vídeos para suporte ao concerto que os alunos de música vão fazer nesse espectáculo.
As filmagens duraram cerca de duas semanas. “Os alunos gostaram da iniciativa, a qual foi inovadora, onde eles tiveram oportunidade de estarem no mesmo local, de conviverem uns com os outros e com os professores. Foi uma forma de desenvolverem autonomias e de se auto-organizarem”. O quartel general da equipa da Esart foi a Pousada da Juventude aí existente. “Um espaço que estava por nossa conta, o que permitiu aos alunos organizarem-se em grupos para fazerem as filmagens e ir aos locais, bem como para tratarem de toda a outra componente logística como a alimentação”.
E se para os alunos a iniciativa foi bem acolhida, para a população da aldeia a presença dos jovens estudantes foi vista com expectativa e ao mesmo tempo com carinho. “Fomos muito bem recebidos e alguns dos populares fizeram mesmo de actores e actrizes nas curtas metragens. O café da aldeia, por exemplo, foi um dos cenários utilizados para os filmes, pelo que o relacionamento entre todos foi muito bom”.
A escolha do Cabeço do Pião para as filmagens deve-se a vários factores. “Primeiro porque é um espaço agradável, depois porque tinha condições de alojamento”.
O resultado, assegura Carlos Reis, “é muito positivo. Penso que estão reunidas as condições para o espectáculo ser um sucesso”. O docente da Esart mostra-se satisfeito com a actividade desenvolvida e lembra que “este tipo de iniciativas deve continuar”.
PIÃO PELA IMAGEM E PELO
SOM
Objectivos do projecto

O objectivo desta iniciativa foi a abordagem ao espaço e à comunidade local do Cabeço do Pião e apresentar um projecto que foca a área da produção de eventos multimédia, apresentação ao público, registo e produção de registo. O projecto teve como objectivo juntar áreas que focam problemáticas específicas no contexto da área do espectáculo. Por um lado, a música como área de performance, por outro a multimédia e o audiovisual como área de partilha, distribuição e difusão de conteúdos.
O projecto pretendeu, criar ao nível pedagógico um produto em que a experiência colectiva é tão importante como a individual.
“Pretendeu-se uma fusão das mais valias dessas áreas neste projecto de divulgação que permitirá projectar as mais valências da ESART, levando ao público um espectáculo multimédia e um documento videográfico com possibilidades interactivas. O projecto implementado teve um cariz interdisciplinar entre as disciplinas de Atelier de Produção Multimédia e Audiovisual e Música de Câmara”, referem os seus responsáveis.
O projecto pretendeu, criar ao nível pedagógico um produto em que a experiência colectiva é tão importante como a individual.
Nesse sentido foram realizados sessões conjuntas entre os alunos das disciplinas de Atelier de Produção Multimédia e Audiovisual, edição e pós-Produção Audiovisual e os alunos da disciplina de Música de Câmara de forma a fomentar a comunicação, troca de saberes e experiências de relevo que possam ser associados ao projecto e temática em estudo.
SATISFAÇÃO PELO
TRABALHO DESENVOLVIDO
Palavra dos alunos

Pedro Vicente foi um dos alunos que participou nas filmagens. Uma experiência que classifica “como muito enriquecedora do ponto de vista técnico e pessoal”. No seu entender, o facto de existir um cenário concreto fez com que o processo de trabalho fosse diferente.
O relacionamento com a população também é sublinhado por Pedro Vicente. “No início houve alguma preocupação da nossa parte em não incomodar as pessoas. Mas com o decorrer do tempo as conversas foram-se tornando normais e no final até nos ofereceram um licor”, conta.
Uma opinião muito semelhante tem Anne Kochan, uma estudante alemã, que ao brigo do Programa Erasmus, estuda na Esart. “Na Alemanha já tinha participado em projectos semelhantes”. De qualquer modo, diz, “foi uma nova experiência. O trabalho realizado foi muito exigente, mas foi gratificante, até porque trabalhámos em grupo”.
FERNANDO RAPOSO, DIRECTOR
DA ESART
Fórum tem novo
figurino

A edição deste ano do Fórum da Escola Superior de Artes Aplicadas, que decorrerá de 26 de Fevereiro a 1 de Março, em Castelo Branco, apresenta algumas novidades, como a apresentação pública de curtas metragens sobre o Cabeço do Pião, num trabalho desenvolvido pelos alunos finalistas da escola (ver outra peça). Mas o Fórum surge também com um figurino diferente, que nesta primeira fase é dedicado a uma vertente mais académica, ficando o tradicional desfile de moda para o mês de Junho.
Fernando Raposo, director da Esart, mostra-se satisfeito com a nova forma do Fórum. “Queremos que este Fórum seja, pelo menos, idêntico ao do ano passado. Esta iniciativa constitui uma oportunidade de excelência, de contacto e aproximação dos alunos para aquilo que se passa no mercado de trabalho, através da presença de empresários, designers e outros especialistas no Fórum”, começa por explicar.
O director da Esart, salienta precisamente a oportunidade que os jovens estudantes têm em contactar com os melhores especialistas das várias áreas. “Através de palestras e workshops os alunos terão uma relação mais estreita com o que se passa no exterior da escola, no tecido produtivo. Mas é também uma oportunidade de confronto das aprendizagens adquiridas com aquilo que se passa nas empresas”.
Fernando Raposo esclarece, no entanto, que “este ano o figurino do Fórum é diferente. As iniciativas viradas para o público serão feitas em Junho. Contudo, teremos os seminários, e a apresentação de curtas metragens sobre o Cabeço do Pião, bem como uma mostra multimédia e audiovisual, num projecto que envolve alunos dos cursos de música e de artes da imagem”.
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