ALUNOS VDA ESART COM
PROJECTOS NACIONAIS
Esart veste Coimbra

Os alunos da Escola Superior de Artes
Aplicadas de Castelo Branco dos cursos de Moda e Têxtil e Design
Gráfico, estão a criar os novos uniformes para a Escola Superior de
Enfermagem de Coimbra, uma nova colecção para as Confecções Baloja, de
Cebolais de Cima, e propostas de vestuário inovadoras para o Orfeão de
Castelo Branco.
Segundo o Gabinete de Comunicação do Instituto Politécnico de Castelo
Branco, para Coimbra estão a ser desenvolvidos “novos fardamentos dos
recepcionistas e estagiários dos dois pólos da Escola Superior de
Enfermagem de Coimbra, num desafio lançado por aquela instituição aos
alunos da Esart”.
“Nós temos uma longa tradição de projectos com outras escolas da ensino
superior, e o director da escola de artes disponibilizou-se de imediato
para que dois professores viessem conversar connosco”, afirma Conceição
Bento, directora da ESEC, estabelecimento oficializado em 2004 e
resultante da fusão entre as escolas superiores de enfermagem Dr. Ângelo
da Fonseca e Bissaya-Barreto.
Na nota informativa enviada à Imprensa pelo IPCB, Conceição Bento
recorda que foi “por esta razão administrativa que houve a necessidade
de pensar toda a organização, incluindo os uniformes que os estudantes
usam durante os ensinos clínicos”.
Para desenvolverem os projectos, os alunos da Esart visitaram a
instituição durante dois dias. “Fomos à escola e falámos com alunos,
professores e funcionários, que nos deram algumas informações sobre os
requisitos que os uniformes deveriam preencher. A partir desse briefing,
os alunos desenvolveram então os projectos em três a quatro semanas”,
refere Brígida Ribeiros, docente do curso de Design de Moda e Têxtil da
ESART.
A professora da Esart frisa que “enquanto no fardamento dos
recepcionistas teria de haver distinção entre homens e senhoras
(acrescentando-se peças para que no Inverno este se torne mais quente),
nos uniformes dos estagiários (porque nos hospitais o ambiente é
climatizado), o vestuário é o mesmo para Inverno e Verão, mas tem de ser
resistente, cobrir bastante o corpo e de ter demasiados aspectos
funcionais”.
As propostas parecem ter agradado a Conceição Bento. “Gostámos muito do
trabalho desenvolvido porque ultrapassou as nossas expectativas em
número e variedade de propostas”, confessa a directora da ESEC. “Agora,
a dificuldade é saber quais vamos escolher”.
CRONOMETRAGEM
EST com sistema
inovador
O Departamento de Engenharia Informática
da EST /IPCB está a desenvolver um sistema informático inovador para a
Classic Clube de Portugal, empresa que fornece serviços de cronometragem
e tratamento de resultados na maior parte das provas de regularidade
histórica (automóveis clássicos) realizadas em Portugal.
O sistema é uma solução integrada que permite fazer a cronometragem de
diversos tipos de eventos, incluindo provas de automóveis clássicos. Os
automóveis são munidos de pequenos aparelhos, chamados transponders, que
emitem um sinal rádio que os identifica. Ao longo do percurso da prova
são instalados sistemas de cronometragem portáteis, que captam este
sinal e registam o tempo de passagem de cada concorrente. Estes tempos
são imediatamente enviados de forma automática para um computador
portátil central, onde a prova é seguida em tempo real.
Os tempos de cada concorrente podem também ser automaticamente enviados
aos concorrentes através de SMS. Assim, os concorrentes podem saber a
sua pontuação escassos segundos após passarem num posto de
cronometragem. O sistema inclui também um relógio de partida que indica
aos concorrentes quando devem arrancar, semelhante ao usado nas provas
de WRC (World Rally Championship).
Na maior parte dos sistemas tradicionais de cronometragem, a
sincronização dos diversos relógios é feita de forma mais ou menos
manual, o que, além de ser trabalhoso, origina imprecisões. Neste
sistema, todos os relógios são automaticamente sincronizados através do
sistema de posicionamento global GPS, com uma precisão de um micro
segundo, o que garante elevada precisão no registo dos tempos.
Segundo Osvaldo Santos, que está a coordenar o desenvolvimento técnico
do projecto, este trabalho representou um desafio muito aliciante,
porque além do desenvolvimento do software, foi também necessário
desenvolver de raiz toda a electrónica dos diversos componentes,
integrando avançadas tecnologias de informação e comunicação.
Como o sistema é inovador e apresenta um grande potencial de
comercialização, existem já negociações com uma empresa industrial
interessada em fazer a comercialização Internacional do produto.
CONCURSO POLIEMPREENDE
Vencedores conhecidos
O concurso Poliempreende, que teve a sua
origem no Instituto Politécnico de Castelo Branco, e que nesta edição já
contou com a participação dos institutos de Beja, Bragança, Guarda,
Tomar e Portalegre, e o apoio da Global Seguros, Caixa Geral de
Depósitos e BCP, deverá tornar-se na maior iniciativa de promoção ao
empreendedorismo do País e ganhar um cariz internacional, com a entrada
de instituições de ensino superior de Macau. Isso mesmo garantiu Ana
Maria Vaz, presidente do IPCB, e Luís Pinto de Andrade, director do
Centro de Estudos de Desenvolvimento Regional (Ceder), durante a entrega
de prémios daquele concurso, na passada quinta-feira, em Castelo Branco.
A equipa vencedora da IV edição do Poliempreende pertence ao Instituto
Politécnico de Tomar e é composta pelos alunos Luis Costa, Nuno Marques,
José Nicolau e João Fernandes. O projecto assenta na ideia para a
criação de uma empresa tendo como objectivo o desenvolvimento e
comercialização de software. O desenvolvimento do software tem por
objectivo tornar mais fácil a comunicação audiovisual entre pessoas com
deficiência(s). Serão utilizadas mãos mecânicas, designadas por “mãos
robot”, na simulação da linguagem gestual, realidade da comunicação
entre pessoas surdo-mudas, possibilitando a leitura e posterior
conversão em texto e voz.
O Instituto Politécnico de Castelo Branco classificou-se na segunda
posição. A equipa composta por João Anacleto, Daniel Martins e Pedro
Silva apresentou o projecto IMS - Innovation Mobile Solutions. O
objectivo passa pela construção de soluções móveis de recolha e
tratamento da informação usando tecnologia bluetooth (presente na
maioria dos dispositivos móveis, em particular telemóveis e pda’s, sendo
o envio de mensagens totalmente gratuita), adaptáveis à medida de cada
empresa, tendo em vista os mais variados sectores de actividade.
O terceiro lugar foi ocupado por uma equipa do Politécnico da Guarda,
composta por Pedro Figueiredo, Bruno Pires e Rui Abreu, os quais
apresentaram uma plataforma informática de comunicação. Um instrumento
que permite a interactividade entre dentistas, clientes, fornecedores e
a ordem dos médicos dentistas, como a gestão diária da carteira de
clientes, marcação instantânea de consultas on-line, comparação de
preços e serviços para clientes/dentistas, redução de custos na
divulgação/deslocação dos fornecedores e inscrição e divulgação de
eventos nacionais.
BOLSAS DE MÉRITO
Os melhores do IPCB
Como vem sendo hábito, anualmente o
Instituto Politécnico de Castelo Branco atribui bolsas de mérito aos
melhores alunos da instituição. Cada um dos alunos recebeu 1929 euros e
50 cêntimos, valor que premeia o esforço desenvolvido no último ano
lectivo.
Assim, foram receberam as bolsas os seguintes alunos: Joana Correia, da
Esald, com 17,4 valores de média; Sofia Ferreira, também da Esald, com
17,3 valores; Rui Rochete, da ESA, com 17,1; André Pereira, da Esart,
com 17,1; Raquel Andrade, também da Esart, com 17,1; Carina Costa, da
ESG, com 16,8; Luis Oliveira, da EST, com 16,5; Sandra Fernandes, da ESE,
com 16,4; e Sandra Monteiro, da ESG, com 16,4.
CASTELO BRANCO
EST cria "Área dos
ex-alunos"

A Escola Superior de Tecnologia de
Castelo Branco tem, desde meados de Junho, na sua página de Internet,
uma “Área dos ex-alunos”, cujo objectivo consiste em analisar a evolução
da empregabilidade dos alunos que concluíram os seus estudos na escola.
Como contrapartida, os ex-alunos terão acesso à pesquisa de contactos
(correio electrónico) dos seus colegas que poderá ser efectuada pelo
curso, pelo nome ou alcunha. Nesta área existe ainda uma secção de
destaques onde a EST irá colocar notícias de interesse para os ex-alunos,
como pós graduações, mestrados, cursos de formação CISCO, etc.
A responsável pelo desenvolvimento deste projecto é Libânia Marques,
licenciada em Engenharia Electrotécnica pela EST e coordenadora do
projecto e-learning na Escola. Segundo aquela técnica, “o primeiro
contacto com o ex-aluno é feito via correio electrónico em que lhe é
pedido para preencher um inquérito composto pelos dados pessoais, dados
académicos, anos de entrada e de conclusão do curso, dados
profissionais. Depois é-lhes concedido um login e uma password, e a
partir daí acedem à área que lhes é dedicada, podendo alterar ou
actualizar os seus dados pessoais e/ou profissionais (mudança de
emprego, por exemplo) ou efectuar uma pesquisa de um ex-colega”.
Dos dados de que já dispõe referente a cerca de uma centena de
aderentes, 44 por cento são efectivos nos seus empregos, 55 por cento
estão com contrato e apenas 2 por cento estão desempregados.
Secundário. A Escola Superior de
Tecnologia de Castelo Branco esteve representada em várias escolas
secundárias e profissionais no sentido de dinamizar o projecto
“Motivação para a Aprendizagem da Ciência e Tecnologia”, financiado no
âmbito do programa Ciência Viva. O projecto tem por objectivo colocar à
disposição dos alunos um mini laboratório itinerante, onde podem ser
programadas tarefas em kits robóticos. Desta forma, desenvolvem-se
actividades de experimentação, aliando os conceitos da Informática,
Matemática e Física, com aplicação prática imediata, de uma forma
simples e didáctica.
Simultaneamente, os alunos tiveram oportunidade de contactar com a
Mascote da EST, o robot Aibo, bem como ser esclarecidos sobre a oferta
formativa das escolas do IPCB e o funcionamento do Concurso Nacional de
Acesso ao Ensino Superior.
ANDRÉ BOTO, ALUNO DO
POLITÉCNICO DE BEJA
Politécnico com mais
opções

André Boto, 22 anos, natural de Silves,
finalista do curso de Artes Decorativas da Escola Superior de Educação
do IPB. Principal hobby? Fotografia! “As Cores da Cidade” e “Para lá da
Luz” deram nome às suas primeiras exposições individuais, patentes em
Beja durante o mês de Junho, mas a paixão nasceu bem antes…
Em conversa com André Boto ficámos a conhecer alguns dos “segredos” da
abordagem muito própria que este nosso aluno apresenta nos seus
trabalhos fotográficos, e que já lhe valeram vários prémios em concursos
nacionais e internacionais. No ano passado foi segundo classificado do
Concurso Nacional de Fotografia, promovido pelo Ensino Magazine.
“As Cores da Cidade” e “Para lá da
Luz” são as tuas primeiras exposições, as primeiras mostras individuais
de alguém que é apaixonado pela fotografia há muito tempo. Como e quando
é que tudo começou?
Não sei se foi algo que teria de acontecer, mas tudo começou com uma
pequena máquina digital que recebi como prenda de anos (no meu 17º
aniversário), sem nunca ter mexido numa máquina fotográfica e sem nunca
ter tido qualquer interesse pela fotografia. Comecei desde então a criar
o gosto pela fotografia e pela imagem até que senti a necessidade de
evoluir para uma máquina mais avançada que me permitisse “fugir” aos
automatismos e ter uma maior liberdade técnica e criativa.
O teu percurso está já repleto de
prémios. O primeiro ou o mais importante, foi certamente relevante para
a tua motivação crescente numa área muito concorrida, em que o
reconhecimento do trabalho pode ser um impulso decisivo para uma aposta
mais forte no envolvimento temporal e até financeiro…
Desde 2005 que comecei a participar em concursos de fotografia, mais por
curiosidade, primeiro em Portugal e de seguida também no estrangeiro.
Todos os prémios são importantes pois é sempre um orgulho e uma mostra
de reconhecimento do nosso trabalho receber um prémio. Talvez o primeiro
que ganhei e os prémios no estrangeiro sejam aqueles que mais
importância têm, pois foram os que mais força me deram para continuar na
fotografia, e acreditar que consigo chegar mais além. É altamente
compensador ver o fruto do nosso trabalho ser reconhecido por alguém
(júris de concursos) idóneo que nem sequer nos conhece e tem perante si
centenas ou milhares de trabalhos de outros autores de países
diferentes, como acontece nos concursos internacionais.
Voltando às exposições que
apresentaste em Beja, que balanço fazes, quer em termos organizativos,
quer em relação ao feed-back do público relativamente ao teu trabalho?
Pela primeira vez expus o meu trabalho numa exposição individual pública
e em suporte físico, neste caso estou a fazê-lo em duas exposições
distintas e em simultâneo, até agora o feedback das pessoas tem sido
bastante positivo, é uma outra forma de reconhecimento. Quanto à
organização das exposições, tenho agora a noção do volume de trabalho
necessário. Por exemplo, fiz toda a concepção dos materiais de imagem e
divulgação (cartazes, convites, flyers, cartazes, blogs). Aprendi muito
nesse campo e espero poder melhorar em eventos próximos.”
Pelo que observamos a tua abordagem
assenta muito na conjugação da técnica com a perspectiva artística
através da exploração das enormes potencialidades do “digital”. De
qualquer modo, em termos temáticos onde recaem as tuas preferências?
A minha principal preocupação é sem dúvida a nível estético (para isso
em muito contribuiu a formação do curso de Artes Decorativas), o
resultado final, pois a fotografia é para mim primeiro não apenas o
“click” espontâneo do momento, que por vezes pode acontecer, mas muito
mais um acto reflectido e previamente pensado, com um objectivo definido
à partida. E, sendo a fotografia um elemento visual com base na imagem,
tenho especial atenção com elementos compositivos e também com a
técnica.
A nível temático, gostando e praticando quase todas as vertentes
fotográficas dedico especial atenção à macrofotografia, à fotografia de
natureza e à exploração do elemento humano como força expressiva que
atribui à imagem. Outra das minhas “paixões” é a edição de imagem, quer
sejam apenas ajustes ou mesmo montagem pura. O”Photoshop” é uma
ferramenta à qual dedico muito tempo e com a qual é possível fazer tudo;
o único limite é mesmo a imaginação.”
A nível de equipamento, tens
conseguido fazer os “up-grades” necessários de acordo com a tua própria
evolução técnica e criativa?
O equipamento é o “grande problema” na fotografia, pois todo é
abusivamente caro, e quando precisamos de material para um tipo
específico de trabalho crescem as dificuldades. Desde sempre que tentei
encontrar as melhores soluções para conseguir os meus objectivos e por
vezes com o recurso a “invenções” consegui resolver, por exemplo, os
problemas de usar o flash integrado da máquina (nada prático na
macrofotografia) ou atingir uma maior magnificação (ampliação) com o
recurso a lentes de binóculos (também esta para a macrofotografia).”
E o Futuro? Teremos o André Boto
como Fotógrafo Profissional?
Não sei ao certo qual será o meu futuro, nem se passará de imediato pela
fotografia a nível profissional pois é difícil “sobreviver” da
fotografia, mas algo que ambiciono, e espero vir a conseguir será um dia
dedicar-me a tempo inteiro a esta actividade, pois a ligação à
fotografia, essa, sempre a terei.” .
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