VISEU
Mais de mil alunos no
IPV
O Instituto Superior Politécnico de Viseu
(ISPV) ficou com 1.022 das 1.385 vagas preenchidas depois das colocações da segunda fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, estando próximo de alcançar o “melhor resultado de sempre”.
A somar aos 1.022 novos alunos, “há ainda a relevar o elevado número de entradas através das vagas dos Concursos Especiais”, destinados a maiores de 23 anos, aos Cursos de Especialização Tecnológica e aos titulares de Cursos Médios e Superiores, refere uma nota da instituição.
Uma vez que falta ainda realizar a terceira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, o ISPV prevê que “o número de novos alunos poderá vir a ser memorável”.
“Espera-se mesmo que o número de novos alunos inicialmente previsto (1.385) venha a ser preenchido na totalidade ou mesmo suplantado”, acrescenta.
O ISPV integra as escolas superiores de Educação, de Tecnologia, de Saúde e Agrária, situadas em Viseu, e ainda a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego.
Este resultado é considerado ainda mais relevante dado “os diversos factores aparentemente adversos no que concerne ao recrutamento de novos alunos”, nomeadamente a “acentuada quebra demográfica registada a nível nacional e inerente diminuição do número de alunos candidatos ao ingresso no ensino superior”.
A obrigatoriedade introduzida no ano lectivo de 2005/2006 de a nota mínima de candidatura ao ensino superior se fixar nos 9,5 valores, “a valorização social/cultural que a sociedade ainda tem, relevando a figura universidade em detrimento da do politécnico” e o fim dos cursos bi-etápicos (bacharelato mais licenciatura) no âmbito do Processo de Bolonha são factores que poderiam ter influenciado negativamente.
Para o presidente do ISPV, João Pedro Antas de Barros, este crescimento deve-se à mensagem que a instituição “tem feito passar junto dos alunos e da comunidade educativa da região e de todo o país”.
“Uma mensagem de qualidade e exigência, facto que tem levado muitos alunos a preferirem-nos, relativamente a muitas universidades e politécnicos”, considerou.
LAN PARTY EM VISEU
Jogos juntam 500
alunos
Tiago procurava o lugar dos planetas no “universo” do seu computador, enquanto Inês e Daniela faziam uma “tabuada electrónica”. Estes foram alguns dos 500 alunos de escolas primárias de Viseu que participaram na sua primeira “Lan
Party”.
“Aprender assim a tabuada é fixe”, diziam em coro Inês e Daniela, de oito anos, alunas de uma escola do Viso, sentadas em frente a um dos computadores da Lan Party de Viseu, em evento que junta centenas de computadores em rede.
“Este jogo é fácil, mas há outros”, afirmava, entusiasmado, Tiago, aluno de Ranhados, enquanto usava com perícia o rato do computador, arrastando os planetas para os seus devidos lugares no sistema solar.
A organização da Lan Party de Viseu quis mostrar às crianças como os computadores e a Internet podem ser uma ferramenta essencial no ensino/aprendizagem, quando usada convenientemente, e reservou-lhes a manhã de hoje.
“Desde pequenos que se deve incentivar a utilização das tecnologias de forma correcta”, justificou Paulo Tomé, da Escola Superior de Tecnologia, que organiza a Lan Party de Viseu juntamente com a Câmara Municipal e a Portugal Telecom e o apoio de várias instituições da região.
O repto lançado às escolas foi bem aceite, tendo passado pelo pavilhão multiusos de Viseu meio milhar de alunos de 15 escolas do concelho, a maioria da periferia da cidade, que contaram com o apoio de alunos e professores da Escola Superior de Tecnologia e do Instituto Piaget.
“As escolas que aderiram mais foram as de fora da cidade, o que achei bastante interessante, porque os seus alunos terão menos contacto com esta realidade”, disse Paulo Tomé.
A grande maioria das crianças contactadas pela Lusa disse ter computador em casa, ainda que a muitas lhes falte a Internet.
Samuel, por exemplo, não tem computador próprio, mas já o pediu ao pai, com o argumento de que precisa dele “para fazer os trabalhos de casa”.
A sua professora, Helga Monteiro, da escola nº 9 do Viso, contou que habitualmente pede aos alunos que, sempre que possam, entreguem os trabalhos escritos no computador.
Nas aulas, já usou o computador para Estudo do Meio, “porque tem um CD que acompanha o livro, muito útil, que permite que aprendam a matéria através de um jogo que os alunos acharam muito interessante”.
“Ficaram muito atentos ao jogo, porque é-lhes dada logo a resposta. Torna-se mais interessante do que estar com o livro e o lápis”, admitiu.
Helga Monteiro disse já ter gasto muito dinheiro em material informático, mas considera que agora “nem se justifica, porque através do site do centro de recursos dos professores do primeiro ciclo consegue-se ligação directa a sites de escolas que disponibilizam programas” com jogos didácticos e matéria.
Também Maria Teresa, professora de Nesperide (Povolide) que se vai reformar no final do ano lectivo, garante andar empenhada em se actualizar, apesar dos seus 52 anos.
“Vou mexendo nos computadores, embora não consiga fazer o mesmo que os jovens. Disto (de computadores) percebem mais eles do que os professores”, admitiu.
Durante as aulas, leva-os a escreverem textos directamente no computador, ao invés de o fazerem com papel e caneta, e faz pesquisas na Internet, sobretudo sobre Estudo do Meio, mas admite não dominar “muito bem esses jogos”.
O entusiasmo dos alunos com os jogos disponibilizados pela Porto Editora no site
www.escolavirtual.pt, pelo Playmath, criado pelo Instituto Piaget e que tem 17 diferentes jogos de Matemática, ou pelo Jogo das Coisas, desenvolvido pelas universidades de Coimbra e do Porto e que está disponível gratuitamente em
www.jogosdascoisas.net levou as professoras a prometerem usar mais o computador nas
aulas.
Ana Maria Ferreira
DEBATE NA ESCOLA SUPERIOR
DE EDUCAÇÃO DA GUARDA
O papel das empresas
na Região
A “sensibilidade do director da Escola Superior de Educação da Guarda em fazer com que a Escola esteja cada vez mais colocada ao serviço do desenvolvimento da cidade, do concelho e da região da Guarda”, sobressaiu no dia 19 de Outubro das palavras do vice-presidente da Câmara Municipal da Guarda, Virgílio Bento, no decorrer da sessão de abertura do seminário “Responsabilidade Social das Empresas e Redes de Desenvolvimento Local” ,que surgiu na sequência do convénio assinado, recentemente, entre a ESEG e o ISSSL, com vista ao alargamento da oferta de formação avançada para a região, no domínio das ciências sociais.
Virgílio Bento não poupou elogios ao director da ESEG, Joaquim Brigas, exaltando o seu “esforço em trazer para esta Escola o maior número de cursos, de alunos e, fundamentalmente, de estabelecer parcerias com outras instituições de forma a enriquecer o seu património e a sua capacidade de oferta”.
Oferta essa substancialmente mais potenciada a partir de agora. É que a ESEG já assumiu, com o ISSSL - Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa – o compromisso de trazer para a Guarda, já no presente ano lectivo, mais cinco pós-graduações e mestrados na área das ciências sociais. Em concreto: Empreendorismo Social, Administração Social,
Gerontologia Social, Educação Sexual na Escola e na Comunidade e Intervenção Social nas Crianças e Jovens em Risco.
Para Joaquim Brigas a ESEG consegue, desta forma, “disponi-bilizar formação avançada na área social no interior do país”. Um “pioneirismo”, considera aquele responsável, que permite a esta instituição “descentralizar o acesso a este tipo de formações a todos os candidatos que desejem desenvolver competências nesta área”. Quanto aos parceiros de mercado, as restantes empresas, Joaquim Brigas recomenda que as mesmas “devem assumir cada vez mais o seu papel de agentes de desenvolvimento sustentável intervindo nas dimensões sociais, ambientais e económicas”. Referindo-se concretamente ao funcionamento efectivo das Redes de Desenvolvimento Local, o director da ESEG sustenta que “os empresários devem vencer o isolamento comercial, reconstituindo a empresa como célula da sociedade moderna”.
Esperançado nos “bons resultados” que o convénio com a ESEG deverá trazer, Joaquim Caeiro, director do ISSSL, acredita que foi dado o primeiro passo para “muitas realizações conjuntas na área da intervenção social ao nível do desenvolvimento local” e deixou garantias de que, as duas partes, irão “contribuir decisivamente para que, nesta região, seja possível a existência de programas de investigação e formação ao serviço das instituições locais e das pessoas que a elas pretendem recorrer”.
Organizada, conjuntamente, pela ESEG e pelo ISSSL a iniciativa concentrou diversos conferencistas com responsabilidades no domínio das ciências sociais, nomeadamente, os directores, para o distrito da Guarda, do IAPMEI, do IEFP, do NERGA, dos Presidentes da Associação Comercial, da ARS, do CRSS, e responsáveis da autarquia local.
PROJECTO BI INOVA
IPG em Estugarda
O Vice-Presidente do Instituto Politécnico da Guarda e a Coordenadora do projecto BI Inova do Instituto Politécnico da Guarda participaram, nos dias 28 e 29 de Setembro, em Tübingen-Estugarda, (Alemanha) num encontro
transnacional programado no âmbito do BIINOVA.
A sessão de abertura dos trabalhos contou com a presença do Presidente da Câmara daquela cidade alemã, tendo os participantes analisado os resultados sobre a parceria transnacional e o “site” do programa; neste último âmbito foram aprovadas algumas sugestões para melhorar os conteúdos e definiram-se algumas estratégias, nomeadamente, como estabelecer ligações com diferentes motores de busca da Internet.
A agenda deste encontro contemplou, ainda, a correcção e melhorias do Glossário, a metodologia para concretizar os meios de diagnóstico – cuja primeira versão será disponibilizada a todos os membros em Janeiro de 2007 –, a análise da proposta para o Guia de Promoção de Emprego e a reformulação da metodologia a utilizar no seminário internacional previsto para o próximo ano.
Neste encontro estiveram presentes os diferentes parceiros internacionais, que integram entidades da França, Espanha, Alemanha e Portugal e os quais têm como objectivo desenvolver
metodologias adaptadas a cada nacionalidade, que promovam o emprego e o empreendedorismo. Tübingen é, desde 1547, um cidade universitária (das mais conhecidas e conceituadas universidades alemãs), onde o actual Papa leccionou durante quatro anos.
A próxima reunião decorrerá em Irun, coincidindo com a realização de uma Feira de Promoção de Emprego.
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