Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano IX    Nº99    Maio 2006

Politécnico

FÓRUM ESART

Do desfile à música

O Fórum da Escola Superior de Artes Aplicadas realizou, durante este mês, ultrapassou as expectativas e terminou com uma palestra do jornalista e ex-director da SIC e da RTP, Emídio Rangel. Foi mais um ponto alto, numa iniciativa que envolveu os alunos dos diferentes cursos ministrados na escola.

De acordo com a docente Ana Sofia Marcelo, que participou na organização do evento ao lado de Alexandra Cruchinho e do director da Escola, Fernando Raposo, “o balanço da iniciativa é bastante positivo. As duas sessões do desfile de moda decorreram muito bem, havendo a apresentação dos coordenados dos alunos – um dos momentos mais emotivos -, e de colecções de três entidades, a saber: Dielmar, Concreto e Adraces. No caso da Adraces, a colecção inspirou-se nos bordados de Castelo Branco, tendo os coordenados sido desenhados pelas estilistas Teresa Silva e Sara Valério (esta última diplomada pela Esart)”. No desfile destaque ainda para as colecções de Alexandra Moura e da dupla de estilistas Story Taillors.

O Fórum integrou ainda exposições e palestras, de onde se destacam as participações dos docentes da escola Bauhaus, das universidades de Barcelona e do País Basco, arquitecto Oliveira Dias e Emídio Rangel. “Como resultado das diversas sessões de trabalho, ficou definido que a nossa escola vai desenvolver um projecto em comum com a Bauhaus, que é uma das melhores escolas do mundo na sua área”, refere.

Durante o Fórum foram também entregues os troféus aos melhores alunos, durante um jantar, seguindo-se uma noite de hip hop
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VEREDAS DA RAIA

ADRACES faz revista

A Associação de Desenvolvimento da Raia Centro Sul (Adraces) vai organizar um Seminário Internacional “O Envelhecimento das Populações Rurais e o Desenvolvimento dos seus Territórios”, que se realizará nos dias 26 e 27 de Maio, na Casa das Artes, em Vila Velha de Ródão.

O Seminário pretende ser uma oportunidade para trocar experiências vividas em diferentes países e regiões da Europa, bem como um estímulo para a necessária reflexão e busca de soluções inovadoras, que permitam transformar o envelhecimento das populações rurais numa mais valia efectiva para o desenvolvimento dos seus territórios.

Durante o seminário será ainda apresentada ao público a Revista VIVER - Vidas e Veredas da Raia, cujo tema central são “Os Velhos da Raia” e, que conta com importantes intervenções de especialistas na temática e, experiências vividas em diferentes regiões da Europa.

 

 

 

NA BEIRA INTERIOR

Maternidades devem manter-se

Rui Alves, investigador e docente da Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Castelo Branco, acaba de realizar um estudo sobre o tempo de chegada aos hospitais e as distâncias percorridas, onde conclui que a melhor opção é a continuidade das três maternidades (Castelo Branco, Covilhã e Guarda) em funcionamento. Caso essa opção não seja tomada, aquele investigador revela que a distância média que uma grávida terá que percorrer até chegar à maternidade mais próxima ultrapassa os 70 minutos.

O estudo, que será apresentado no Verão, num Congresso em Viseu, revela que a manutenção das três maternidades em funcionamento faz com que a distância média de chegada das parturientes às maternidades da sua área seja de 59 minutos. “O Governo deve ter muito cuidado nesta matéria. A situação actual revela que estamos perante a melhor opção, já que a distância média a um hospital distrital é uma hora, que é a aceitável. Caso contrário esse tempo subirá bastante”, explica.

Rui Alves adianta ainda que “o ministro deve olhar para os valores deste estudo e optar por manter as três maternidades em funcionamento, o que permitirá num futuro de 10 ou 15 anos manter em aberto outras soluções”. Para este estudo, o professor da EST de Castelo Branco utilizou um modelo que teve em conta a evolução dos nascimentos, taxas de natalidade entre 96 e 2004, as distâncias de todas as freguesias às sedes de Concelho e destes ao hospital que lhes está afecto, o tipo de estradas utilizadas, o tipo de população (grupos etários) e o tempo percorrido.

Caso a opção seja mesmo a de encerrar uma das maternidades, o estudo revela que no imediato, esse encerramento deve ser feito na Covilhã, já que com as maternidades da Guarda e Castelo Branco a distância média ronda os 71 minutos, subindo para os 74 minutos nas outras duas opções. Rui Alves colocou também em cima da mesa a possibilidade de Abrantes e Viseu entrarem neste processo, concluindo que aquelas duas maternidades com Castelo Branco e Guarda passariam a ter uma distância média de 70 minutos. A hipótese, no imediato, mais complicada é a rede Covilhã, Viseu e Abrantes, onde o tempo médio percorrido é de 76 minutos. Contudo, dentro de 10 ou 15 anos, essa poderá ser uma solução mais viável, “tendo em conta a evolução da população nas freguesias mais afastadas das sedes de concelho, na sua maioria compostas por gente idosa”.

Os resultados do estudo levantam outros problemas, no entender de Rui Alves. “A própria distribuição das ambulâncias deve ser re-equacionada, de forma a diminuir a distância a percorrer. Isto porque se uma viatura desse tipo estiver localizada numa freguesia afastada, por exemplo do quartel de Bombeiros, a distância que ela percorrerá para ir socorrer uma parturiente é menor, logo o tempo de chegada ao hospital também o será”.

No entender de Rui Alves é importante que haja a distribuição das ambulâncias em pontos estratégicos. Outro aspecto importante e que envolve directamente as autarquias diz respeito às vias de comunicação. No entender daquele docente do Politécnico de Castelo Branco, não faz sentido o Governo tomar decisões deste tipo sem avaliar outros dados importantes. “É importante saber-se quais as estradas onde é preciso corrigir traçados, pois não basta pavimentá-las. Há situações extremas que nos obrigam a pensar nesta situação. Por outro lado, temos vias que tem um traçado de tal forma sinuoso, que é impossível percorrê-las no tempo desejado numa situação de emergência. Aquilo que se fez em Portugal foi uma lógica de IP’s e IC’s, esquecendo-se tudo o que está por baixo”, diz.

 

 

 

JORNADAS NA SUPERIOR DE SAÚDE

Esald debate saúde materna

A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias (ESALD) vai debater o futuro da saúde materno-infantil, nas Jornadas de Saúde Materna e Obstetrícia em Portugal. A iniciativa, a realizar no próximo dia 25, vai juntar em Castelo Branco diversos especialistas, vindos de centros hospitalares de norte a sul do país. Estas marcam ainda a conclusão do curso de Pós-Licenciatura e Especialização em Saúde Materna e Obstetrícia, que arrancou em Outubro de 2004.

Mas o Instituto Politécnico de Castelo Branco também quer provar que não é por falta de profissionais qualificados que as maternidades da região correm o risco de fechar. “Esta não poderá ser uma negação de existência da maternidade” diz a presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, que se confessa orgulhosa com o trabalho desenvolvido na ESALD, entre outras razões, “porque é a minha área de especialização”. Para Ana Maria Vaz “a maternidade é uma necessidade e qualquer serviço que saia da região significa um esvaziar”. Para a presidente do IPCB, a hipótese de encerrar a maternidade de Castelo Branco, ou manter a da Covilhã, não vai aumentar o número de partos nesta última, porque entende que as pessoas de algumas zonas da região vão começar a optar pelas maternidades de Porta-legre, Abrantes ou até de Coimbra. A mesma responsável acredita ainda que “as pessoas vão ter receio de engravidar”. 

A presidente do IPCB quis ainda deixar claro que não defende a maternidade de Castelo Branco contra a da Covilhã. Para Ana Maria Vaz “são as duas importantes, e eu acho que é de mau gosto encerrar qualquer uma delas”.

CURSO. Recorde-se que as aulas do curso de Pós-Licenciatura e Especialização em Saúde Materna e Obstetrícia da ESALD começaram a 26 de Outubro de 2004, contando actualmente com 25 alunos na turma. A maioria dos profissionais a receber formação vem do Hospital Amato Lusitano de Castelo Branco, com 10 enfermeiras, e do Centro Hospitalar da Cova da Beira, com sete profissionais. Da Covilhã vem ainda uma enfermeira do Centro de Saúde. Entre os alunos e alunas há ainda enfermeiros dos hospitais da Guarda (3), Figueira da Foz (1), Portalegre (2) e da Maternidade Bissaya Barreto de Coimbra (1).

Face a estes números, Rosa Carlos confessa que “ficamos apreensivos porque estivemos durante dois anos a fazer formação, e vemos agora a maternidade em risco”. Rosa Carlos é uma das enfermeiras envolvidas na organização das jornadas, que pretendem mostrar à região o que a Escola Superior de Saúde anda a fazer nesta área.

As jornadas marcadas para 25 de Maio começam com a discussão do tema das “Competências do Enfermeiro Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia na actualidade”, com a presença de responsáveis da Ordem dos Enfermeiros e da Associação de Enfermeiros Obstetras. Pelo auditório da Escola Superior de Tecnologia vão passar outros palestrantes de hospitais como o Maria Pia, do Porto, ou do Hospital Distrital da Figueira da Foz. Carlos Almeida, enfermeiro do Hospital Amato Lusitano de Castelo Branco, será o único orador principal da região a falar nas jornadas.

 

 

 

CASTELO BRANCO

Ana-Ester na Esart

No âmbito das actividades integradas na Cultura Politécnica, para o segundo trimestre de 2006, da responsabilidade do Instituto Politécnico de Castelo Branco, no próximo dia 25 de Maio decorre o concerto do Ensemble de Violoncelos da ESART e Ana Ester (canto). O espectáculo está marcado para as 21h30, no Auditório Comenius, nos Serviços Centrais do IPCB.

 

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