GESTORES DISCUTEM COM
INFORMÁTICOS
Gestores na ESG e na
EST

A Escola Superior de Tecnologia e a Escola Superior de Gestão do Instituto Politécnico de Castelo Branco, acabam de unir esforços para organizarem uma pós-graduação única na região que tem como objectivo juntar gestores e engenheiros informáticos, de modo a que possam desenvolver programas adaptados ao tipo de gestão praticado em empresas da região. A formação, organizada em três semestres, denomina-se Sistemas de Informação e terá início a 8 de Setembro, em Castelo Branco.
“Queremos fazer uma junção entre as ideias dos gestores e as ideias dos informáticos. Os gestores definem os objectivos estratégicos para as empresas e os informáticos têm ideia da tecnologia necessária. Mas por vezes não falam a mesma linguagem. A nossa ideia é que comecem a falar a mesma linguagem”, explica Filipe Fidalgo, professor do Departamento de Engenharia e das Tecnologias de Informação da EST e também um dos coordenadores científicos do curso.
De acordo com aquele responsável, esta é “uma formação actual” e resultou também dos contactos que a EST tem mantido com empresas da região. “Nesses contactos temos constatado que há falta de profissionais com esse perfil”, refere. Nesse sentido esperam captar empresários, gestores e outros técnicos que trabalhem com tecnologias de informação, bem como até ex-alunos e actuais alunos da EST.
A pós-graduação está organizada em três trimestres, com quatro disciplinas por trimestre. Já as aulas vão decorrer na Superior de Tecnologia, nas sextas e sábados, em sala de aula e em laboratórios. “A ideia é fazer a ligação entre os conteúdos teóricos e a aplicação prática desse tipo de conteúdos. Interessa-nos ter uma componente prática associada”, conclui. Os interessados podem consultar o sítio Internet da Escola Superior de Tecnologia. As inscrições decorrem de 12 a 14 de Julho.
MATEMÁTICA NO 1º CICLO
EM CASTELO BRANCO
Trabalho da ESE
aprovado

Os professores de 1º Ciclo que este ano aderiram ao Programa de Formação Contínua em Matemática, no Distrito de Castelo Branco, ficaram agradavelmente surpreendidos, pelo que muitos deles já fizeram a sua pré-inscrição para o próximo ano. A garantia é dos formadores responsáveis pela aplicação do referido programa no terreno, Paulo Afonso, Francisco Costa, José Manuel Filipe e Mafalda
Serrasqueiro.
O programa foi iniciado este ano e tinha como objectivo aumentar a formação dos docentes, de modo a que pudessem promover nos alunos mais e melhores aprendizagens em matemática. Inicialmente, dado que estavam previstas aulas assistidas, alguns docentes não se mostraram interessados. Porém, no final, tendo em conta um inquérito realizado entre os 99 professores aderentes, os docentes gostariam até de terem participado em mais sessões, uma vez que os alunos passaram a aderir com outro ânimo às actividades propostas em termos de matemática.
Na prática, os quatro formadores tinham um certo número de turmas de professores à sua responsabilidade. Quinzenalmente reuniam com cada turma, propunham actividades e a utilização de materiais pedagógicos, além de recordarem os conhecimentos científicos associados aos conteúdos específicos abordados. Nos dias seguintes, os professores envolvidos leccionavam esses conteúdos e algumas das aulas eram assistidas pelos formadores, que ajudavam também no desenvolvimento de algumas actividades.
Na sessão seguinte, os professores da turma e o respectivo formador reflectiam acerca das estratégias desenvolvidas e dos resultados obtidos, sendo certo que os resultados em termos de aprendizagem dos alunos não estavam então em causa, pois, como é óbvio, não são imediatos.
Além disso, os formadores desenvolveram um sítio Internet de apoio aos professores, a alunos e que envolveu até as famílias. Nesse site, além da apresentação do programa, existem agora materiais pedagógicos que podem ser utilizados, existe também bibliografia aconselhada, hyperlinks para sítios Internet associados à Matemática, uma galeria de matemáticos mais conhecidos, entre outros.
No final, cada um dos docentes organizou um portfolio, sendo que na sua maioria destacam como positivo o envolvimento dos alunos nas actividades propostas, a utilização de novos materiais pedagógicos, a presença dos formadores nas aulas e o aumento da motivação. Consideram por isso importante aumentar a partilha de experiências e de materiais, o aumento do número de sessões de acompanhamento, o apetrechamento das escolas com material pedagógico adequado e o alargamento do programa a todos os anos de escolaridade.
FRANCISCO MENDES, DOCENTE
DA ESE DE VISEU, DIVULGA ESTUDO
Notas das secundárias
decisivas
Os bons alunos do ensino secundário têm sucesso no ensino superior, enquanto que aqueles que apresentam resultados mais baixos reprovam, na sua maioria, no primeiro ano do ensino superior. Essa é uma das conclusões do estudo desenvolvido por Francisco Emiliano Mendes, docente da Escola Superior de Educação de Viseu, apresentado em Castelo Branco.
O livro Contributos para a Caracterização das Relações entre as Classificações do Ensino Secundário e o Desempenho no Superior Politécnico - O Caso de Guarda, Castelo Branco e Viseu -, reflecte um estudo desenvolvido com base numa bolsa atribuída pela Politécnica – Associação dos Politécnicos do Centro. O documento faz uma análise comparativa entre os resultados obtidos pelos alunos no ensino secundário e o seu posterior desempenho no ensino superior.
Com experiência em processos de avaliação, Francisco Mendes, revela que o objectivo do estudo “passou por perceber o desempenho do ensino secundário e no ensino superior politécnico”.
Numa primeira análise, aquele investigador revela que os alunos que frequentam o ensino superior, naqueles três distritos, “entraram para os cursos de primeira escolha. A questão está em saber se essa primeira prioridade o é de facto, ou se é uma escolha estratégica face às classificações obtidas no secundário”.
O estudo revela também que os bons “alunos do ensino secundário tendem a ser bons alunos no ensino superior. Dos alunos que estão abaixo do percentil 25, só passam, no primeiro ano do superior, 25 por cento. Dos que estão acima do percentil 95, passam 95 por cento”. Por isso, assegura, Francisco Mendes, “aquela ideia de acabar com as entradas abaixo do valor 10, significa, do ponto de vista do sistema é uma boa medida”. Contudo, aquele investigador frisa que para as instituições de ensino superior, numa primeira instância, traz dificuldades acrescidas. “Mas se pensarmos do ponto de vista económico para as famílias e para o Estado é vantajoso. A má preparação no ensino secundário reflecte-se no ensino superior, pelo que será mais vantajoso economicamente, para as famílias, os alunos reprovarem no secundário e ficarem em casa, e entrarem no superior mais tarde”.
De acordo com Francisco Mendes, os dados apurados comprovam que os maus alunos no ensino secundário reprovam com muita frequência no ensino superior, ao nível dos três institutos estudados. “Isto demonstra que há uma diferença muito grande entre os níveis de exigência nos ensinos secundário e superior. Nos três institutos 50 por cento dos alunos reprovam no primeiro ano”. Perante estes resultados, as instituições de ensino superior poderão vir a equacionar a hipótese de criarem “um ano zero, se as coisas não forem alteradas no secundário”.
O investigador revela que em toda esta problemática há dois vectores complicados a ter em conta. “Por um lado surge o facto de podermos ter o 12º ano como escolaridade mínima obrigatória. Se as formas de avaliação vierem a ser as mesmas que existem até ao 9º ano, ficamos com uma suavização das exigências. Por outro, temos a implementação da Declaração de Bolonha, que nos dá menos tempo de formação inicial. Eu não sei o que é que esta mistura vai implicar”.
Francisco Mendes defende também uma reordenação da rede de ensino superior. “O que não significa extinguir instituições, mas sim normalizar a oferta formativa, fazendo com que não haja repetição de cursos numa mesma região. Ou seja, as próprias instituições também se devem reorganizar”.
CASTELO BRANCO
ESE lança mestrado
O mestrado em Estudos da Criança, especialização em Educação Física e Lazer acaba de ser apresentado pela Escola Superior de Educação de Castelo Branco, devendo iniciar-se no próximo mês de Setembro. As candidaturas encontram-se abertas e como referem os responsáveis pelo Mestrado, Camilo Cunha (director) e João Serrano, “o curso está virado não só para os profissionais de educação física, mas para todos os outros que estejam interessados”.
De acordo com os responsáveis pelo Mestrado, apresentado na passada sexta-feira, na ESE de Castelo Branco, “a proposta de criação de um curso de Mestrado em Estudos da Criança - Educação Física e Lazer, no Instituto de Estudos da Criança, corresponde à necessidade de dar resposta a solicitações de docentes e outros intervenientes na educação da criança que, mediante os problemas colocados pela sociedade de lazer, procuram respostas científicas para esta problemática”.
Proporcionar uma formação sólida e actual que permita ao futuro mestre uma actuação eficaz em diferentes contextos, é um dos principais objectivos desta oferta formativa. Mas as metas do mestrado passam ainda por “fomentar a utilização de métodos, técnicas e instrumentos, que permitam aos mestrandos usar os seus conhecimentos de forma integrada na análise e resolução dos problemas relativos à educação física, ao lazer e à gestão de projectos”. Além disso, e de acordo com o programa do mestrado, o curso visa “desenvolver capacidades de decisão, de comunicação, bem como a capacidade para compreender, avaliar e procurar soluções para situações complexas; e contribuir para a formação avançada dos docentes do ensino básico, educação de infância, ensino superior e outros, de acordo com as disposições legais em vigor”.
No entender da direcção do curso, “urge aprofundar os conhecimentos em áreas transversais que visam a promoção de capacidades de gestão e tomada de decisão no âmbito do lazer e da Educação Física, com o objectivo de promover a auto-formação e o desenvolvimento da criança, de acordo com as suas potencialidades e centros de interesse, através das aprendizagens formais e informais”. O que se passa em Portugal é que “a investigação centrada na criança, no que concerne aos tempos livres, ainda se encontra numa fase algo incipiente. Existe um longo e árduo campo para desbravar. E um curso com estas características vai certamente contribuir para o aprofundamento dos estudos nesta área”, adiantam.
Segundo o regulamento do curso, podem candidatar-se à matrícula neste curso de mestrado, os titulares de uma Licenciatura ou grau académico equivalente em Ensino Básico, Educadores de Infância, Educação Física ou áreas afins e outras licenciaturas consideradas pela Comissão Directiva como adequadas à frequência do curso, com a classificação mínima de 14 valores.
PRÉMIO NUK 2006
Viseu vence

João Carvalho Duarte, Manuela Ferreira e Paula Nelas, docentes da Escola Superior de Saúde de Viseu, acabam de ser contemplados com o “Prémio Nuk Enfermeiro Obstetra 2005/2006”, destinado ao melhor trabalho de investigação realizado no âmbito da Educação para a Saúde. O prémio foi entregue no “Encontro Nacional de Enfermeiros Obstetras”, que se realizou na Póvoa de Varzim, em 4 e 5 de Maio de 2006.
Sob o tema Educação para a Saúde Reprodutiva – Um contributo para a melhoria da qualidade de cuidados, o estudo analisa a Saúde Reprodutiva em função de três dimensões: Conhecimentos sobre Saúde Reprodutiva, Vigilância para a Saúde Reprodutiva e Satisfação das utentes face à Educação para a Saúde que realizaram.
Trata-se de um estudo quantitativo, não experimental, de natureza descritiva-correlacional; o sentido da análise é transversal. A amostra foi constituída por 255 mulheres com idades compreendidas entre os 16 e os 55 anos e o instrumento de colheita de dados utilizado foi o questionário. O tratamento de dados foi feito através da estatística descritiva e inferencial.
Dos resultados obtidos pode concluir-se que 42,4 por cento das utentes possuem bons conhecimentos, 33,3 possuem conhecimentos razoáveis e 24,3 têm conhecimentos insuficientes sobre Saúde reprodutiva. Já 45,1 por cento das utentes referem boa vigilância, 35,3 referem uma vigilância de saúde insuficiente e 19,6 vigilância razoável. Finalmente, 44,7 por cento manifestam satisfação moderada face à educação para a Saúde Reprodutiva realizada, 39,6 referiram satisfação alta e 15,7 das utentes manifestam baixa satisfação.
Ainda segundo o estudo, os factores sócio-demográficos que têm influência sobre a Saúde Reprodutiva são a situação profissional das utentes, as habilitações literárias e a situação sócio-económica. Finalmente, as variáveis ginecológicas que influenciam a Saúde Reprodutiva nas dimensões em estudo são a indicação para a consulta do Planeamento Familiar e a idade com que teve o último filho.
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