NOVO PRESIDENTE DO
CIENTÍFICO DA UBI PODE SER CANDIDATO A REITOR
Candidato? Nim!
João Queiroz, vice-reitor e agora também presidente da Faculdade de Ciências da Saúde, acaba de ser eleito presidente do Conselho Científico e não descarta a hipótese de ser candidato às eleições para a reitoria, que decorrem no próximo ano e às quais já não se apresenta o actual Reitor, Santos Silva.
Em declarações ao jornal on-line da UBI, Urbi@Orbi, o novo presidente do Científico, cargo ocupado, pela primeira vez, por uma pessoa que não o reitor, abordou as eleições de 2007 numa perspectiva cautelosa, mas não descartando que o seu futuro possa passar por uma candidatura. “Neste momento há muitos “ses”. Porque acho que não é o tempo, nem para mim, nem para ninguém, de pensar nisso. Mas qualquer uma das pessoas com responsabilidades nesta instituição não pode dizer redondamente que não se vai candidatar. Temos algumas responsabilidades acrescidas, e nessa altura vamos todos ver o que dá. Por agora, não digo não, nem sim, digo “nim””, afirma.
De caminho, refere que, para já, é preciso “dar resposta a outros desafios”, sendo um deles o do Científico, para o qual foi eleito em disputa directa com os outros 13 professores catedráticos que poderiam ocupar o cargo. E se é verdade que muitos vêem este resultado como uma espécie de primárias para o lugar de reitor, continua cauteloso. “Fui abordado em vários momentos por várias pessoas, mas também não posso dizer que achava que ia ganhar. Sinceramente pensava que ia acontecer o mesmo do ano passado, isto é, haver uma segunda volta com o meu nome e o do senhor reitor e acabar, este último por ser o escolhido.
Já em relação às linhas mestras para este mandato, refere: “Há duas ou três coisas importantes, que têm a ver com a qualidade científica dos nossos docentes e a produção de conhecimento através da publicação em revistas de qualidade. Preocupações que um órgão como este vai ter de ter, e também vai ter de demonstrar que é muito importante essa publicação. Outra das preocupações tem a ver com Bolonha. Normalmente Bolonha associa-se a uma nova forma, não tanto de ensinar, mas de aprender. E relaciona-se muito com aspectos puramente pedagógicos. Concordo que tenha um grande impacto nessa área, mas temos de olhar também para os aspectos científicos. A qualidade e os conteúdos científicos e a interligação entre o que é a aquisição de conhecimentos pelas pessoas ao longo dos três ciclos de formação são extremamente importantes. Daí que este órgão vá ter de reflectir sobre, não só aquilo que se passa no primeiro ciclo, mas ao longo dos dois restantes. Objectivamente temos de discutir e debater tudo o que tem a ver com as competências desse órgão perante novos desafios. Os problemas científicos sempre existiram, tal como a qualidade do ensino e do corpo docente. Mas neste momento os desafios que se colocam são diferentes”, conclui.
PERFIL. João Queiroz está na UBI “praticamente desde que a instituição passou a ser Universidade”. Natural da cidade da Guarda, aí fez todo o seu percurso escolar, até ingressar na Universidade de Coimbra. Na “cidade dos estudantes” licencia-se em Bioquímica, corria o ano de 1986, e é também nessa data que vem “para ficar na UBI”. Ingressa na instituição como assistente estagiário. Foi então que, “depois de encontrar as condições necessárias para os planos de investigação e ensino” decide ficar na região que o viu nascer.
Desde o passado dia 29 que é presidente do Conselho Científico da UBI e é a primeira pessoa a ocupar este cargo, que não o reitor da instituição. Com 42 anos de idade, Queiroz tem já 20 dedicados à UBI. Duas décadas que para além do ensino também compreendem a investigação. Nesta matéria tem já várias dezenas de publicações e estudos referenciados na base de dados internacional ISI. O mestrado na área da Engenharia Química foi feito em 1991, no Instituto Superior Técnico. É também nesse ano que passa a professor assistente da UBI. Depois surge o doutoramento, “já feito na UBI”, e também o cargo de secretário do Conselho Científico. No que respeita a cargos dentro da instituição, João Queiroz também já foi presidente do Departamento de Química e director do curso de Bioquímica.
Em 2002 fica em primeiro lugar num concurso para professor associado e faz a sua agregação, na área da Bioquímica, nesse mesmo ano. Já em 2003 passa a professor catedrático. Pelo meio, é também pró-reitor para a área do Sucesso e Promoção do Sucesso escolar. Depois passa a ser pró-reitor para a Saúde, cargo que o conduz até presidente da Faculdade de Ciências da Saúde. Actualmente é vice-reitor da instituição, e assume a presidência, quer do Conselho Científico, quer da Faculdade de Ciências da Saúde. Assume-se como um homem “organizado” e que gosta de “planear o tempo e as matérias” de que vai tratar. Viajar e ler são dois dos hobbies que mais
aprecia.
Eduardo Alves
ESTUDANTES ERASMUS NA UBI
Grupo visita País
Os estudantes de Erasmus que este ano estão na UBI tiveram a oportunidade de conhecer, um pouco mais, o que é o país de acolhimento, Portugal. Durante os dois últimos fins-de-semana de Novembro, quase uma centena destes Erasmus realizaram uma viagem com destino aos principais pontos de interesse da zona Sul do País.
Esta foi a actividade de maior envergadura que, até ao momento, foi levada a cabo pela Internacional Erasmus Support (IES), o grupo de apoio formado por antigos alunos de Erasmus, que com a sua experiência, ajudam os estudantes que chegam de outros países à
UBI.
O objectivo desta saída era, segundo os organizadores, “poder dar a possibilidade a estes estudantes de conhecer algumas da partes do País que, por iniciativa individual, seria difícil que pudessem ver”. E, neste sentido, desenhou-se um programa de viagem ajustado aos pontos de maior interesse turístico que com um preço acessível, pudessem ser visitados em pouco tempo.
Durante estes dois fins-de-semana, os Erasmus da UBI, puderam descobrir alguns dos pontos mais interessantes da capital lusa, Lisboa. Por exemplo, o Oceanário, a Torre de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos e o Castelo de São Jorge. Também realizaram um passeio pela romântica cidade de Sintra, onde visitaram a mágica e surpreendente Quinta da Regaleira. Antes de voltar para a Covilhã, o programa incluía ainda uma visita ao Santuário de Fátima.
Caridad Pizarro, estudante espanhola de Gestão afirma que “le encanta” Portugal, logo depois de recordar o “subidón de adrenalina” que experimentou ao subir ao Cristo Rei. Não muito diferente é a opinião da Laura Yaqüez, também espanhola e estudante de Gestão, que recorda, de forma muito positiva, a visita ao Cristo Rei, ainda que também confesse que Sintra não lhe agradou tanto porque teve de “estar todo o dia a caminhar”.
Depois desta experiência e quando o Inverno terminar, a IES está já a planificar novas actividades desta índole. Luis Miguel Pedro destaca que a intenção destas iniciativas é “realizar uns acampamentos na Primavera e torneios desportivos entre os Erasmus”.
Xavier Sala
TURISMO EM ÉVORA
Alunos visitam Marvão
No âmbito da disciplina de Introdução ao Estudo do Turismo, os alunos do 1.º Ciclo de Turismo e da Licenciatura em Línguas e Literaturas em Turismo, da Universidade de Évora realizaram, no passado dia 15 de Novembro, uma visita de Estudo ao Concelho de Marvão e ao Concelho de Portalegre.
A visita de estudo teve como principais objectivos: Dar a conhecer aos alunos as realidades e potencialidades turísticas dos dois concelhos; visitar os postos de turismo para que os alunos pudessem verificar a forma como estão organizados, bem como os materiais promocionais que têm para oferecer aos visitantes.
Proporcionado pela Câmara Municipal de Marvão, os alunos tiveram a oportunidade de fazer uma visita de estudo ao museu etnográfico. Em Portalegre, os alunos foram recebidos pelos docentes e alunos dos cursos de turismo da Escola Superior de Educação de Portalegre (ESEP), onde puderam almoçar juntos e trocar algumas impressões sobre a área do turismo. Depois do almoço, a ESEP proporcionou uma visita guiada pelo centro histórico da cidade de Portalegre. Os alunos tiveram ainda a oportunidade de visitar gratuitamente o museu da tapeçaria.
UNIVERSIDADE DE ÉVORA
Honoris Causa
atribuídos
A Universidade de Évora atribuiu, no passado dia 22 de Novembro, o grau de Doutor Honoris Causa ao Comendador Manuel Rui Azinhais Nabeiro e ao Professor Miguel Mota.
A atribuição do grau de doutor ao Comendador Rui Nabeiro deve-se à sua personalidade e à sua obra onde se destaca “o seu sentido social e o seu espírito empreendedor que o levaram à construção do império industrial e comercial da marca Delta”.
Tal facto, permitiu ao empresário “demonstrar de forma inequívoca, que é possível conciliar competitividade empresarial e respeito pelos direitos humanos, desenvolvimento empresarial e solidariedade social”.
Saliente-se que Rui Nabeiro nasceu em Campo Maior no seio de famílias humildes, destacando-se o facto de ter começado a trabalhar aos 13 anos na torrefacção do café.
A distinção ao Professor Miguel Mota deve-se ao seu “reconhecimento como personalidade de referência científica na genética portuguesa da segunda metade do século XX”. Miguel Mota participou, ao longo da sua vida, na pesquisa científica e na promoção de um ensino de qualidade e de base científica. Caracteriza-se ainda por ser uma pessoa que sempre se “debateu pela evolução da situação da agricultura portuguesa, defendendo a aplicação da investigação científica nos esforços para essa melhoria”.
N.M.
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