Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano IX    Nº106    Dezembro 2006

Politécnico

A GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS

ESG debate recursos

A Escola Superior de Gestão do Instituto Politécnico de Castelo Branco realizou, no passado dia 29 de Novembro, um seminário subordinado ao tema «O gestor e a Gestão dos Recursos Humanos». A iniciativa, desenvolvida no Auditório Domingos Rijo, serviu ainda para a assinatura de um protocolo de cooperação entre a Escola e a empresa My Jobs. Um acordo que visa facilitar aos diplomados da ESG a sua inserção na vida activa, através da celebração de contratos de estágios curriculares e não curriculares.

O seminário contou, no primeiro painel de debate, com a presença de Rui Quinhones, administrador da empresa My Jobs, Marta Silva (Coordenadora da Delegação de Castelo Branco daquela empresa), Ana Maria Carvalho (ex-aluna da ESG e recém estagiaria), Paula Reis, directora do Centro de Emprego de Castelo Branco, e Teresa Raquel, do Centro Tecnológico das Industrias Têxtil e do Vestuário de Portugal – CITEVE, tendo António Gaiola, docente da ESG, desempenhado as funções de moderador.

Filipe Morais, docente Instituto Politécnico do Porto, começou a segunda parte do evento, o qual teve a apresentação da empresa VEDIOR, representada por Tânia Ribeiro (técnica de recrutamento) e Cristiana Santos Costa (ex-aluna da ESG e estagiária na empresa), cabendo a Ana Pinto, docente da ESG, o papel de moderadora.

Depois das varias apresentações dos oradores, seguiu se um espaço de tempo destinado a perguntas, assistindo-se a um entusiasmado debate com respostas muito valiosas do sentido prático da realidade do mundo do trabalho.

 

 

 

ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE PORTALEGRE

Centro de competências

No próximo ano o Centro de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (CRVCC) vai abrir, na Escola Superior de Educação de Portalegre, as suas portas a todas as pessoas que estão no mercado de trabalho para que possam reconhecer e certificar as suas habilitações académicas até ao nível do secundário.

As obras para a construção do Centro de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, que decorrem no espaço da Escola Superior de Educação (ESE), devem estar concluídas em Janeiro, altura em que se prevê a inauguração daquela estrutura.

”Nós, Escola Superior de Educação de Portalegre entendemos que, face à intervenção que temos vindo a ter ao longo dos anos na área da educação, na intervenção social e na educação de adultos, fazia todo o sentido integrarmos no nosso plano de intervenção institucional a criação de um centro desta natureza”, disse Fernando Oliveira, vice-presidente do Conselho Directivo da ESE.

A criação deste centro, que já tem vários candidatos inscritos, foi possível através de um contrato programa com o Estado permitindo o co-financiamento das obras que estão a ser realizadas. “Nós somos um país que tem uma massa de activos pouco qualificados do ponto de vista escolar, estamos a falar de pessoas com 18 anos ou mais, de pessoas integradas em actividades ou não, mas que estão no mercado de trabalho e que têm baixas qualificações escolares” referiu Fernando Oliveira acrescentando que “a ideia é que essa população possa ter a oportunidade de ver os seus saberes e as suas experiências reconhecidas e que para recuperar o atraso, não esteja sujeita a um processo de regularização escolar normal, como são os mais novos”.

CERTIFICAÇÃO. O processo de validação e certificação realizar-se-á através de uma candidatura a ter lugar num dos centros espalhados pelo país. O candidato terá de realizar uma prova através de um conjunto de evidências dos seus saberes que serão sujeitos a um processo de validação e certificação num determinado nível de escolaridade: primeiro ciclo, segundo ciclo, terceiro ciclo e secundário.

O candidato dará conta dos seus saberes, das suas competências num conjunto de quatro áreas: Cidadania Empregabilidade (CE), Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), Matemática para a vida (MV) e Linguagem e Comunicação (LC). É através de elementos dessas áreas que vão provar que os candidatos têm esses conhecimentos. No final do processo de reconhecimento de competências, a pessoa pode ter que eventualmente provar que está habilitada a obter um certificado num determinado nível. Pode faltar-lhe alguns saberes para alcançar, por exemplo, o ensino básico, e nesse caso o candidato sujeita-se a um processo de formação, que será sempre uma componente curta nas diferentes áreas.

”A ideia não é fazer cursos de formação, mas sim reconhecer e validar os conhecimentos das pessoas, complementando com alguma formação aquilo que falta para um determinado nível”, afirmou ainda o vice-presidente do Conselho Directivo.

O público alvo destes serviços são as empresas, as organizações e as pessoas que não têm o segundo e terceiro ciclos ou o secundário e que pretendem obtê-lo sem passarem pelo sistema de ensino normal.

Os trabalhos de construção do centro deviam ter decorrido no Verão, mas não foi possível por causa do atraso para o concurso de obras. As inscrições já estão abertas junto à secretaria da ESE, no gabinete 1.1..

Soraia Neves
(ESEP Jornal)

 

 

NATÉRCIA BELO AFIRMA EM LISBOA

Escola traíu ideias de Agostinho da Silva

A investigadora Natércia Belo acaba de participar no Congresso Internacional do Centenário do nascimento de Agostinho da Silva. A iniciativa que decorreu nos dias 15, 16 e 17 de Novembro, em três das mais prestigiadas universidades portuguesas (Lisboa, Porto e Católica), sob o tema “Agostinho, pensador do mundo a haver”, reuniu os melhores especialistas portugueses e brasileiros da obra agostiniana e investigadores vindos de Espanha, Itália e Alemanha. 

Natércia Belo apresentou, na Universidade Católica, a comunicação “Agostinho da Silva: a traição da História”, um texto em que contrapõe o pensamento do filósofo pedagogo à actual realidade do Ensino em Portugal.

No seu texto, Natércia Belo refere que, “ao falar da escola, Agostinho da Silva defendia que o seu objectivo primeiro será o de promover as aprendizagens especificamente escolares assim como o desejo dos alunos em as aprender: a língua, a matemática ou a música e outras artes, desenvolvendo, deste modo, a cultura escolar literária, científica e artística.

No entanto, durante o século XX, a escola passou a encarregar-se de todas as dimensões da vida dos seus alunos e foram-lhe atribuídas demasiadas funções – Ao aceitá-las, pôs em risco a sua principal função. A traição consiste pois, em que se estabeleceram metas com visão economicista e se esqueceu a criança como ser puro que deve ser defendido e protegido. Esqueceu-se a fórmula da verdadeira protecção que vem dos seres esclarecidos e preparados para educar esta Criança. Esqueceu-se que é necessário estabelecer prioridades e abrir a possibilidade de um novo pensamento… o inverso do que agora se pede… porque a função do professor é ensinar e, se o fizer bem, com a aprendizagem da língua e da cultura; da matemática; das ciências e das artes, surgirão, no processo de aquisição da cultura escolar, as diversas formações que, neste momento, são acumulações de disciplinas”.

 

 

 

ESART E CONSERVATÓRIO PROMOVEM

Acordeão em concurso

A Escola Superior de Artes Aplicadas e o Conservatório Regional realizam em Fevereiro o Concurso de Acordeão de Castelo Branco. A iniciativa vai reunir os melhores intérpretes do país, nas várias categorias, no dia 24 de Fevereiro, no Governo Civil. A iniciativa é organizada pela Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco e pelo Conservatório Regional. Carlos Semedo, que no ano passado foi um dos responsáveis pela Coupe Mondiale de Acordeão em Castelo Branco é o coordenador de um evento que tem como director artístico o docente, intérprete e compositor, Paulo Jorge Ferreira.

“Queremos responder, de forma concreta, ao crescimento que o ensino do acordeão teve no nosso país e em Castelo Branco, cidade onde é ministrada a única licenciatura de acordeão, na Esart”, começa por referir Carlos Semedo. “Nos últimos 10 anos registou-se um aumento significativo no ensino do acordeão. De duas ou três escolas oficiais que o faziam, passámos para 40”. acrescenta.

Carlos Semedo lembra que Castelo Branco tem algumas particularidades especiais. “Tem o único curso superior do país em acordeão. Além disso, o facto de ter realizado, no ano passado, a Coupe Mondiale fez com que a cidade ganhasse uma grande projecção nacional e internacional nesta área”.

No que respeita ao ensino do acordeão em Castelo Branco, Carlos Semedo refere que “houve uma grande evolução. Há 15 anos atrás o acordeão estava muito conotado com a música mais tradicional e popular. Desde que o Conservatório criou o seu curso, várias pessoas o concluíram, seguindo os estudos e a carreira docente”.

O coordenador do Concurso afasta a ideia de querer competir com a outra iniciativa (e única em Portugal até ao momento) que anualmente se realiza em Alcobaça. “Queremos fazer um concurso diferente, que será realizado numa data distinta para não criarmos duplicação de oferta. Uma das particularidades deste evento é que se destina apenas a interpretação de peças de acordeão para concerto”, diz.

Outro dos objectivos passa por, a partir desta iniciativa, criar-se uma rede “de acontecimentos que possam ajudar o ensino do acordeão a crescer de uma forma sustentada. É importante que haja um espaço de competição, de forma a que todos os intérpretes possam evoluir”, explica. No entender de Carlos Semedo, “esta rede permitirá uma maior aproximação e comunicação entre as pessoas”.

Acima de tudo o coordenador do evento realça o facto da “iniciativa ser mais que um simples concurso. Queremos que no futuro se torne um fórum em torno do acordeão”. Carlos Semedo espera contar com cerca de 30 concorrentes de vários pontos do país e de diferentes idades, já que os prémios estão divididos por faixa etária. As inscrições encontram-se abertas até ao dia 24 de Janeiro e a organização tem previstas diferentes iniciativas de promoção, as quais envolverão outro tipo de actividades e o envolvimento da própria população
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