EDITOR DO ENSINO MAGAZINE EM BARCELONA

Jornais escolares podem melhorar

O editor do Ensino Magazine, Vitor Tomé, foi um dos cinco portugueses que participaram, como palestrante, na Conferência Internacional de Inovação, Tecnologia e Investigação em Educação, realizada em Julho, em Barcelona. Aquele responsável apresentou duas comunicações no evento. A primeira relativa às características técnicas de uma aplicação multimédia destinada a ajudar professores e alunos a produzirem jornais escolares. E a segunda relativa aos conteúdos dessa mesma aplicação.

A conferência decorreu no Palácio de Congressos da Catalunha, entre 12 e 14 de Julho, e reuniu representantes de cerca de duas dezenas de nações desde os Estados Unidos, França, Bélgica, Índia, Irão e outros, estando neles maioritariamente representada a União Europeia.

Vitor Tomé está a realizar a sua dissertação de Doutoramento na Faculdade de Psicologia e de Ciências de Educação da Universidade de Lisboa, tendo sido neste âmbito que se candidatou a estar presente neste evento para o qual foram seleccionados cinquenta de entre cerca de duas centenas e meia de candidatos de todo o mundo. “Candidatei-me à conferência por sugestão da orientadora da tese, Guilhermina Miranda, e da co-orientadora, Helena Menezes”, refere, acrescentando ter sido, à partida, “uma surpresa para mim estar entre os eleitos para este fórum, na medida em que foi a primeira vez que me candidatei a uma conferência internacional”.

Em Barcelona, Vitor Tomé explicou a filosofia inerente à aplicação multimédia em causa, a qual integra o seu principal trabalho de doutoramento. Nas comunicações, deu conta de que “até aos anos oitenta, a literacia consistia em ler escrever e contar. Hoje, ela implica um conceito muito mais amplo”. Ou seja, “ser literado hoje implica ser um consumidor crítico das mensagens dos meios de comunicação e um produtor reflexivo das suas próprias mensagens”, refere. Neste sentido, constata-se que hoje em dia a informação chega através dos media em quantidades claramente superiores às que o cidadão comum consegue absorver e interpretar. Mas, é importante que o cidadão saiba interpretá-las criticamente. Por outro lado, importa que o cidadão seja capaz de utilizar os media para comunicar as suas próprias mensagens. “Se isto é válido para qualquer adulto, muito mais importante é para os jovens em idade escolar, e assim se compreende que um estudo europeu publicado este ano refira a necessidade de se introduzir a educação para os media nos currículos do básico e do secundário, mas também nos currículos de formação de professores”, sublinha este jornalista.

APOIO. Os estudos internacionais mais recentes mostram também que tudo pode ser considerado media (do mail ao telemóvel, das consolas aos jornais e aos livros) e, neste âmbito, o seu trabalho centra-se na utilização de aplicações multimédia para ajudar as escolas (professores e alunos) a melhorarem as suas competências ao nível da produção de jornais escolares, sejam eles em papel ou em formato digital. “O apoio à produção de jornais escolares em formato de papel já é uma realidade com vinte anos no semanário Reconquista, quer na paginação quer na impressão. A ideia é desenvolver todo um trabalho a montante para que os conteúdos desses jornais sejam moldados tecnicamente de acordo com as regras jornalísticas”, diz Vitor Tomé. Da mesma forma, pretende-se que os professores adquiram conhecimentos que lhes permitam formar alunos capazes de escrever para diferentes tipos de media, como por exemplo, o jornal de papel e o jornal on-line.

“O jornal é o media mais acessível às escolas quer pela portabilidade quer pelo preço. Presta-se ainda a um bom uso pedagógico nas aulas de diversas disciplinas, além de permitir a reflexão sobre assuntos actuais quer regionais quer ao nível global”, continua este jornalista. Esta foi uma das razões que o levou a investir nesta área, pois, de acordo com diversos investigadores, a educação para os media é uma parte fundamental da educação para a cidadania, a qual é hoje fundamental numa sociedade globalizada.

EXPOSIÇÃO EM SETÚBAL

A ESE convida

A Escola Superior de Educação de Setúbal está empenhada em abrir as suas portas à comunidade envolvente. Assim, e numa perspectiva cultural, o átrio principal da Escola tem sido palco de inúmeras exposições ao longo do ano, dinamizadas pelo Conselho Directivo, por professores ou alunos. “Lançamos agora o convite para outros autores, amadores ou não, da ESE ou fora dela, poderem usufruir da oportunidade de expor nas instalações desta Escola”, refere a direcção da ESE. 

Os interessados em expôr as suas obras de pintura, escultura, desenho, fotografia, ou outras, devem disponibilizar um portfolio dos seus trabalhos em mão própria, via email ou correio dirigidos ao cuidado do Conselho Directivo (CD) cdirectivo@ese.ips.pt ou Escola Superior de Educação, Campus do Instituto Politécnico de Setúbal, Rua do Vale de Chaves, Estefanilha, 2914-504 Setúbal.

Após análise e parecer por parte de professores nas áreas das Artes Plásticas e/ou Comunicação a proposta, sendo aprovada pelo CD, é incluída na calendarização das exposições dinamizadas nas instalações desta Escola.

EM BEJA

Mestrado avança na Agrária

A Escola Superior Agrária de Beja, em conjunto com a Universidade do Algarve e com a colaboração da Faculdade de Economia daquela instituição, vai organizar, a partir de Outubro, um curso de mestrado e um curso de Especialização em Gestão Sustentável dos Espaços Rurais. A iniciativa pretende formar especialistas em Gestão Sustentável dos Espaços Rurais, com perfil adequado para a intervenção em desenvolvimento e planeamento regional, desenvolvimento rural e, enfim, toda a área de gestão do espaço em meio rural.

De acordo com a organização, aquela oferta formativa destina-se a licenciados de uma ampla variedade de cursos nas áreas das Ciências Agrárias, Ciências do Ambiente, Ciências Económicas, Ciências Sociais e Arquitectura Paisagista. Serão também público-alvo preferencialmente os técnicos que desenvolvam o seu trabalho em Comissões de Coordenação e Desenvolvimento, Associações de Desenvolvimento Local, Grupos de Acção Local e que pretendam obter o grau de Mestre ou o Diploma de especialista, ou tão-somente frequentar algumas disciplinas, com o objectivo de aprofundar os seus conhecimentos. 

O curso terá a duração de 4 Semestres, divididos entre a parte escolar e a dissertação. O curso terá uma máximo de 20 alunos e deverá começar em Outubro deste ano.

FORMAÇÃO CONTÍNUA

ESE lidera processo

O Programa distrital de Formação Contínua de Matemática para professores do 1º ciclo volta a ser coordenado pela Escola Superior de Educação de Castelo Branco. Os excelentes resultados obtidos no último ano lectivo, reforçaram o papel daquela instituição de ensino e proporcionaram o alargamento do projecto a docentes do 2º ciclo. “Tendo em conta os resultados nacionais referentes às elevadas taxas de reprovação em Matemática, o Ministério da Educação vai lançar um Programa de Formação Contínua para Professores de Matemática do 2º Ciclo do Ensino Básico que terá início no próximo ano lectivo de 2006/07 mantendo a Escola Superior de Educação a seu cargo a coordenação”, referem os responsáveis da escola.

A coordenação da equipa que trabalhará no projecto fica a cargo de Paulo Afonso, docente da ESE albicastrense. Além da matemática, a ESE terá igualmente a coordenação, no âmbito do distrito de Castelo Branco, de dois novos programas de formação contínua de professores para o 1º Ciclo do Ensino Básico: Programa de Formação Contínua em Língua Portuguesa que será coordenado pela docente Maria de Lurdes Barata e o Programa de Formação Contínua em Ensino Experimental das Ciências que terá como coordenadora Margarida Afonso. Em ambos os Programas serão produzidos materiais e recursos didácticos que serão utilizados em contexto de sala de aula. 

O director da ESE, Henrique Gil, mostra-se bastante “satisfeito com o facto da ESE estar envolvida nestes programas nacionais porque tenho com fiança no corpo docente da Escola que garante, sem quaisquer tipo de dúvidas, um trabalho com elevados padrões de qualidade”. 

Aquele responsável destaca ainda “o facto da ESE intervir na formação contínua de professores porque essa é também uma das suas principais funções especialmente quando tem uma grande tradição nesta vertente e, principalmente, pelo facto de poder contar com docentes que possuem uma alta formação académica ao nível de doutoramento que garante, desde logo, níveis de excelência”. 

Estas iniciativas vêm ao encontro daquilo a que Henrique Gil pretende, ou seja, que cada vez mais se possam encontrar espaços de colaboração com a comunidade educativa envolvente para que se possa divulgar e dar a conhecer os recursos e as potencialidades da ESE. 

A equipa que, ao longo do último ano lectivo coordenou o programa da matemática, considerou-o como válido pelos excelentes resultados obtidos. Algo que resultou de vários aspectos como “o acompanhamento personalizado da equipa de formação junto de cada professor/formando, o que permitiu uma maior proximidade entre os interlocutores, facilitando a aplicação de novas e diferentes práticas em contexto de sala de aula”. 

O projecto vai assim manter-se e os moldes de funcionamento serão “idênticos esperando-se que por parte dos diferentes Agrupamentos haja uma forte adesão”. 

A ESE acredita no sucesso daqueles programas e apela “aos professores para que se disponibilizem e que manifestem a sua vontade para que em sede de Agrupamento possam ser criadas condições que permitam a formação em espaços não lectivos”.

PORTALEGRE

Instituto abre cantina

A nova cantina do Instituto Politécnico de Portalegre, situada nos serviços centrais, vai abrir no próximo ano lectivo. A empreitada de construção deste novo edifício com três pisos foi concluída no passado dia 16 de Junho. Brevemente, será feita a montagem de equipamentos, alguns dos quais a transferir da Cantina da Escola Superior de Educação, cuja actividade cessará com a abertura da nova cantina. A Cantina Central foi construída num espaço devoluto, anexo ao alçado poente do edifício dos Serviços Centrais. Dispõe de uma sala de refeições com 150 lugares sentados, que funcionará todos os dias da semana, incluindo fins-de-semana e feriados.

Esta cantina vem substituir os serviços prestados pelo actual refeitório da Escola Superior de Educação de Portalegre (ESEP), que vai encerrar. A maior parte do material da cantina da ESEP vai ser aproveitada para as novas instalações, pois “o projecto da cantina foi feito, tendo em conta que nós temos dinheiro para a obra, mas não tínhamos dinheiro para os equipamentos, e portanto o equipamento que aqui vai ser colocado é quase todo da ESE”, afirma João Cardoso, arquitecto da obra.

O único material que não vai ser aproveitado é a linha de self, visto que a da nova cantina vai ser maior oferecendo assim aos alunos mais um prato à escolha todos os dias. A nova cantina vai possuir cerca de 120 lugares.

Para além de oferecer um serviço de cantina, possui também um pequeno bar, e na altura do Verão existirá uma pequena esplanada que se situará no terraço que fica por cima da cantina.

ESPAÇO. Ao retirar a cantina da escola superior de educação, “vamos conseguir acabar com a extensão da ESEP na residência do secundário, conseguimos trazer essas salas para a ESEP, recolocando-as, talvez, na zona da cantina”, afirma João Cardoso. 

“Existem algumas ideias que passam por uma alteração que tem a ver com a biblioteca, com o conselho directivo e com a actual cantina. Uma reorganização toda da ESE”, esclarece o arquitecto. No entanto, para já, esta alteração vai permitir haver mais espaço na escola superior, conseguindo assim, a existência de mais salas e uma maior organização em termos de edifício. 

A obra da cantina está praticamente finalizada e a montagem do equipamento será executada durante o período de Verão que será quando a cantina da ESE encerrará definitivamente. 

Para além do serviço de cantina, o IPP está a ponderar a construção de mais infra-estruturas no edifício dos serviços centrais. Essas passariam pela criação de salas de estudo com computadores com acesso à Internet, e que estariam abertas 24 horas por dia. “A ESTG permite que os alunos lá trabalhem à noite. A ESE não permite.A escola de Enfermagem às vezes permite. Assim, concertávamos tudo, craindo um espaço muito inovador, que funcionaria nesta zona”, afirma João Cardoso.

Estes não seriam os únicos serviços que o IPP passaria a disponibilizar aos seus alunos. “Nós gostaríamos que esse espaço tivesse, para além de zonas de estudo, gabinetes de estudo, tivesse também gabinetes de apoio ao aluno.

Sandra Salgueiro
(Esep jornal)

PORTALEGRE

Fotografia em exposição

A exposição de fotografia Passos, grandes passos, acaba de ser inaugurada, nos Serviços Centrais do Instituto Politécnico de Portalegre.

Nuno Borda D‘Água com este trabalho mostra as mudanças ocorridas na cidade, em sequência das obras realizadas ao abrigo do programa Polis.

Dois bailarinos da Escola Silvina Candeias colaboram neste projecto, levando a elegância do bailado à beleza da cidade revelada.

Nuno Borda D‘Água, natural de Portalegre e fotógrafo profissional, expõe duas a três vezes por ano, em Portugal e Espanha, e afirma que não o faz pela necessidade de reconhecimento, mas sim pelo amor à fotografia.

Passos, grandes passos, pode ser visitada até ao dia 8 de Setembro.

GESTÃO DO AMBIENTE

Curso em Viseu

A Escola Superior de Tecnologia de Viseu vai organizar um curso de pós-graduação em Gestão do Ambiente, Qualidade e Segurança, o qual é destinado a bacharéis e licenciados que pretendam seguir um programa de formação especializada na área da Segurança Higiene e Saúde do Trabalho. 

As candidaturas estão abertas de 4 a 29 de Setembro, enquanto o curso, com um total de 644 horas, decorre de 13 de Outubro a 2 de Fevereiro. As aulas decorrem às sextas-feiras, das 19 às 23, e aos sábados, das 9 às 18, com intervalo, das 13 às 14. Os interessados devem contactar a Associação para o Desenvolvimento e Investigação de Viseu, no Campus Politécnico de Repeses.

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