Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano IX    Nº102    Agosto 2006

Politécnico

POLITÉCNICO É PARCEIRO

Microsoft quer centro em Castelo Branco

A criação de um Centro de Desenvolvimento de software com a chancela da Microsoft, em Castelo Branco, é uma forte hipótese. A nova estrutura envolverá o Instituto Politécnico de Castelo Branco, a autarquia e claro está os empresários da região. O IPCB está já a fazer uma análise de viabilidade, a qual estará concluída em Outubro.

A criação deste centro está integrado na estratégia que a Câmara de Castelo Branco está a seguir para promover o desenvolvimento económico para a região albicastrense. Nessa estratégia entram ainda o futuro Centro Tecnológico Agro-Alimentar (em pareceria com a Escola Superior Agrária de Castelo Branco), uma Incubadora e um Ninho de Empresas a instalar no pavilhão da antiga empresa Hormigo na Zona Industrial.

Para já o Instituto Politécnico de Castelo Branco, através do seu Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional (Ceder) está a realizar um estudo junto da comunidade académica e empresarial, sobre a viabilidade de ser criado na cidade um Centro de Desenvolvimento de Software com a chancela da Microsoft. Segundo apurámos, o IPCB considera uma mais valia a instalação dessa estrutura em Castelo Branco, ficando aquela instituição de ensino superior com um papel activo em todo o processo.

O objectivo do Centro de Desenvolvimento de Software passa por se tornar numa plataforma de criação de software, utilizando para isso docentes e alunos do IPCB, tendo os produtos aí concebidos a chancela da Microsoft. Para já os responsáveis pelo Politécnico, que estiveram presentes na última reunião entre a Microsoft, Câmara de Castelo Branco e empresários, mostram-se satisfeitos com essa possibilidade, mas vão lembrando que “o processo se encontra numa fase embrionária”.

Os contactos entre todos os interessados em levar por diante este empreendimento estão em marcha, tendo já sido realizadas algumas reuniões para que seja articulada a participação do Politécnico de Castelo Branco, enquanto instituição de ensino superior mobilizadora de jovens empreendedores, e empresários locais que podem participar e beneficiar directamente com a acção deste futuro centro. Embora nesta fase embrionária do projecto os envolvidos prefiram não abrir muito o jogo sobre o que se está a passar, o Ensino Magazine sabe que a Microsoft já demonstrou a sua disponibilidade para dar uma ajuda a este projecto, depois de para esse efeito ter sido contactada pela autarquia albicastrense.

O presidente da edilidade, e os restantes parceiros envolvidos, não escondem que isso será decisivo para o sucesso da iniciativa, tendo em conta quer a experiência mas sobretudo o calibre da reputação desta multinacional norte-americana liderada pelo famoso Bill Gates. “Ao trazer até nós o seu conhecimento e os seus técnicos, a Microsoft, juntamente com o Politécnico e os empresários regionais, podem dar um forte impulso no sentido de tornar o tecido empresarial regional mais competitivo”, sublinha Joaquim Morão, presidente da Câmara.

Paralelamente, a estratégia da autarquia passa por levar a que os alunos do ensino superior desta região do país, através do seu empreendedorismo, possam criar e instalar em Castelo Branco as suas empresas, sendo que aqui o papel da Incubadora e do Ninho de Empresas assuma um papel fundamental.

No futuro Centro de Produção de Software a Microsoft e a prata da casa criarão então soluções ao nível de programas para computadores que ajudem a solucionar aquilo que são as necessidades do tecido empresarial a este nível, colocando-o a par do que de melhor se faz nesta área à escala planetária. Uma solução consensual que está a entusiasmar, para já, todos os envolvidos. “O que todos queremos é que as empresas já aqui instaladas trabalhem mais e melhor, sejam cada mais competitivas face à forte concorrência de que são alvo nos diferentes mercados, e que, por arrasto, se consiga atrair para Castelo Branco novos investimentos”, refere Joaquim Morão.

Neste preciso momento, sabe-se que está a ser estudada a estrutura organizacional do futuro Centro de Produção de Software e que o Politécnico está, nessa matéria, a trabalhar no terreno com um conjunto de empresários que se mostraram entusiasmados com o projecto. Em Outubro a análise que o Ceder está a realizar estará concluída. “Vamos demonstrar que estão reunidas as condições para a implementação do Centro”. No entender do IPCB, “a criação do Centro é uma mais valia para o Politécnico, para a região e para as empresas. Todas as parecerias ligadas às grandes empresas, o estabelecimento de redes, a formação que daí resulta, bem como a certificação de produtos, é sempre vantajoso”.

De acordo com a nossa fonte, a Microsoft ficará responsável pela realização de acções de formação, pela certificação dos produtos e colocará à disposição dos softwares que venham a ser criados a sua rede de contactos. “Cabe-nos a nós disponibilizar o nosso know-how”. Da parte do IPCB o empenhamento é total para que o Centro venha a ser criado, o qual envolverá, sobretudo, a Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco
.

 

 

 

ISHST E IPCB FAZER

Balanço positivo

O Instituto Politécnico de Castelo Branco e o Instituto para a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (ISHST) fazem um balanço positivo do primeiro ano lectivo da aplicação de um protocolo assinado entre as duas instituições, para a promoção da formação na área da Segurança e Higiene no Trabalho. A Escola Superior de Educação foi o local escolhido para a aplicação do protocolo, já que este tem entre os seus destinatários os alunos dos 3º e 4º anos, dos Cursos de Professores do 1º ciclo e Educadores de Infância. 

Ao longo dos últimos meses o Programa Nacional para a Educação em Segurança e Saúde no Trabalho foi dado a conhecer na ESE, através de acções de prevenção de acidentes ou identificação de riscos na escola. Entre os estudantes dos cursos de Educadores de Infância, a face mais visível do que aprenderam foram os ateliers realizados em oito infantários e jardins-de-infância da cidade de Castelo Branco. Estes envolveram 40 alunos da ESE e abordaram não só o tema da segurança, mas também a saúde, promovendo hábitos saudáveis, por exemplo, a nível da alimentação. Ao todo entre alunos e professores da ESE, crianças, pais e educadores estiveram envolvidas mais de 1500 pessoas, num projecto que vai continuar.

Ana Maria Vaz, presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, pretende que no próximo ano lectivo o projecto seja alargado ao 1º ciclo mas também ao curso de Serviço Social, uma hipótese que existe neste momento. O objectivo é cumprir o terceiro e último passo do projecto, que passa pela inclusão de conteúdos destas áreas dos programas da ESE. Isto porque as metas da formação dos professores e alunos da escola superior já são uma realidade, na opinião dos responsáveis.

Jorge Gaspar, do ISHST, acredita que “esta aposta que fazemos vai produzir bons resultados”, que na opinião dos responsáveis vão ser sentidos dentro de 15 a 20 anos, quando as crianças e jovens de hoje aplicarem o que aprenderam sobre higiene e segurança no trabalho nos bancos das escolas.

Em Abril do próximo ano, Castelo Branco pode receber um seminário regional na ESE, com oradores especialistas na área e virado sobretudo para alunos e técnicos de higiene e segurança no trabalho.

 

 

 

ANO LECTIVO 2006/2007

Tomar com novos cursos

O Instituto Politécnico de Tomar (IPT) oferece duas novas licenciaturas, já no próximo ano lectivo. O curso de Técnicas de Arqueologia funcionará na Escola Superior de Tecnologia de Tomar (ESTT). A de Gestão e Administração de Serviços de Saúde avançará na Escola Superior de Gestão de Tomar (ESGT). ambas de acordo com o modelo de Bolonha.

A licenciatura em Técnicas de Arqueologia visa formar técnicos superiores de arqueologia com competências para responder de forma positiva aos requisitos impostos pelo Processo de Integração Europeia. Estes licenciados irão adquirir competências para o desempenho da profissão de arqueólogo, ficando aptos a desenvolver todas as tarefas inerentes que podem ir desde a preparação e implementação de planos de intervenção arqueológica; à colaboração em estudos de impacto ambientais e patrimoniais; à organização e dinamização de museus; ao apoio à orientação de prospecções, escavações e outros trabalhos arqueológicos de projecto, entre outras.

A licenciatura em Gestão e Administração de Serviços de Saúde foi criada para fomentar a capacidade dos alunos para compreender os factores intervenientes na gestão de recursos, processos e comportamentos nas organizações de saúde, desenvolvendo uma visão estratégica no contexto da evolução do sistema de saúde. Estão aptos a desempenhar diversas funções, desde a gestão de informação médica; à gestão de produtos e consumíveis de saúde; à assessoria de gestão de serviços de saúde hospitalares; à assessoria de gestão de centros de saúde; entre outras.

Para além, destas novas licenciaturas, o IPT vai, igualmente, disponibilizar seis cursos com um plano curricular adaptado ao modelo de Bolonha. São eles os de Engenharia Electrotécnica e de Computadores, Engenharia Informática, Engenharia Química e Bioquímica, Engenharia do Ambiente e Biológica da ESTT, Engenharia Mecânica e Tecnologias de Informação e Comunicação da ESTA
.

 

 

 

CASTELO BRANCO

Férias na tecnologia

Oito alunos do ensino secundário decidiram passar parte das férias escolares nos laboratórios da Escola Superior de Tecnologia (EST) de Castelo Branco. Programar e construir sistemas robóticos é o que têm feito ao longo de vários dias (entre 4 e 12 de Julho) através do programa Ocupação Científica de Jovens nas Férias, promovido pelo Ministério da Ciência e Ensino Superior. 

Aquela é a segunda vez que este estabelecimento de ensino superior abre as portas aos jovens estudantes, para lhes dar a conhecer o trabalho de investigação desenvolvido no Laboratório de Sistemas Industriais do Departamento de Engenharia Industrial. “Promover a ciência junto dos jovens e atrair mais alunos para esta área profissional” é o que se pretende com estes estágios de ocupação científica, explica o responsável pelo departamento, Paulo Gonçalves. “O ensino tem de seguir cada vez mais esta vertente profissional e tecnológica a bem do desenvolvimento do país”, considera o responsável. Entre computadores e máquinas que se movem por si próprias, as actividades desenrola-se em três diferentes áreas. 

A programação de um robô móvel que se movimento instalado num pequeno veículo. Outros dedicam-se à visão robótica, para aplicar em tudo quanto seja processos produtivos, incluindo nas áreas da indústria espacial e nuclear. O terceiro grupo de estudantes centra a sua atenção na simulação de um processo de soldadura a lazer. “Têm de ajustar todo o sistema para o robô fazer a soldadura perfeita”, explica o professor. “Hoje em dia há cada vez mais robots nas mais diversas áreas, incluindo na medicina”. Gonçalo Pinheiro, aluno do 12º ano de escolaridade da Escola Secundária Nuno Álvares, participou também na edição do ano passado. “É uma forma diferente de passar o tempo”. Aos 17 anos de idade já sabe que quer seguir um curso superior na área das engenharias. Quanto às férias escolares e ao lazer, o jovem estudante diz que há tempo para tudo, uma vez que as actividades no laboratório ocupam apenas entre duas a três horas diárias. Nesta décima edição do programa Ocupação Científica dos Jovens nas Férias, que decorre entre Julho e Setembro, participam mais de 700 estudantes do ensino secundário de todo o país, sendo os estágios assegurados por centenas de investigadores de 73 instituições científicas.

Os temas dos estágios incluem Agronomia, Biologia, Electrónica, Física, Físico-Química, Geologia, Informática, Matemática, Robótica, Tecnologia, Sociologia, entre outros. Em dez anos de existência, o programa já proporcionou a primeira experiência de contacto directo de cerca de 4.000 estudantes do secundário com equipas de cientistas em diversas universidades e centros de investigação. No distrito, a EST e a Universidade da Beira Interior (UBI) foram as únicas instituições a aderir ao programa
.

 

 

 

CASTELO BRANCO

Politécnico com mais de mil vagas

O Instituto Politécnico de Castelo Branco, por seu lado, apresenta uma distribuição mais equiparada entre as mais de 30 licenciaturas oferecidas, as quais estão distribuídas pelas escolas superiores Agrária, de Educação, Artes Aplicadas, Gestão, Saúde e Tecnologia. 

Para este ano, e de acordo com a presidente do Politécnico, Ana Maria Vaz, o IPCB apresenta um conjunto de novas ofertas, casos de Gestão Turística (ESG); Enfermagem Veterinária, Ecoturismo, e Engenharia Agronómica (ESA); Tecnologia dos Equipamentos da Saúde (EST); Secretariado e Animação Cultural (ESE), os quais irão entrar em funcionamento de acordo com o Processo de Bolonha”. Seguindo o exemplo nacional, o IPCB também aumentou o número de vagas para a área da saúde.

 

seguinte >>>


Visualização 800x600 - Internet Explorer 5.0 ou superior

©2002 RVJ Editores, Lda.  -  webmaster@rvj.pt