ESPECIAL TURISMO DE NORTE
A SUL DA REGIÃO ENSINO MAGAZINE
Pelos caminhos de
Portugal
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Nesta edição de Agosto, o Ensino Magazine apresenta-lhe um roteiro turístico para que possa
desfrutar daquilo que de bom existe no nosso país. Descubra aqui os melhores sítios conhecidos e menos conhecidos para poder passar uns dias a divertir-se ou simplesmente a retemperar forças para voltar ao
trabalho.
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CASTELO BRANCO. Para quem gosta de monumentos, a rota dos locais com história pode ser um passo importante para uns dias bem passados. No Concelho de Castelo Branco há vários locais a visitar. Começando pela própria cidade, surge o jardim do Paço, o único do género em Portugal e um dos poucos da Europa, onde, paredes meias com o Museu Tavares Proença Júnior, surge um importante circuito de estátuas de granito alusivas à história de Portugal, aos apóstolos, estações do ano ou signos. Um espaço que vale a pena visitar e de onde se avista o renovado parque da cidade, requalificado pelo Programa Pólis. Ao lado surgem dois museus, o Tavares Proença Júnior e o de Arte Sacra. Castelo Branco apresenta ainda o seu castelo, de onde se pode observar a cidade. Ainda no concelho de Castelo Branco dê um salto à freguesia de S. Vicente da Beira, antiga sede de concelho.
Mas a sua estadia na Beira Baixa pode ser enriquecida com outras visitas. A norte surge Castelo Novo, uma aldeia histórica recuperada. Pela A23 é um salto visitar aquela localidade. Mais à frente e se seguir pela estrada nacional surge Alpedrinha, a chamada Sintra da Beira, também com muitas casas senhoriais.
RAIA. A raia portuguesa é rica em história. No concelho de Idanha-a-Nova surgem várias aldeias com história. Monsanto é a mais portuguesa e uma das mais bonitas do país, com o seu castelo e as muralhas lá no alto (classificados como monumentos nacionais) e as casas em cima das rochas. Mais à frente surge Penha Garcia e os seus fósseis de bilobites, nas escarpas da serra. É uma aldeia que noutros tempos viveu do contrabando e que regularmente recorda esses tempos com passeios a cavalo e de todo-o-terreno.
Ainda em Idanha-a-Nova surge Idanha-a-Velha, uma outra aldeia histórica, totalmente
requalificada. A antiga egitânea apresenta-nos a antiga Sé Catedral, a torre dos templários, pelourinho, igreja matriz, capela de São Dâmaso e a ponte. Mas o concelho de Idanha-a-Nova é um dos mais ricos em património, e apresenta-nos ainda Proença-a-Velha, um povoado velho de anos, rico em história. A própria vila de Idanha-a-Nova tem vários locais onde se impõe uma visita, casos do Centro Cultural Raiano e de algumas casas senhoriais, como o palácio dos Manzarras, onde estão localizados os serviços centrais da Escola Superior de Gestão do Instituto Politécnico de Castelo Branco.
TEJO. A passagem do Rio Tejo pelo Distrito de Castelo Branco constitui mais um motivo de interesse para quem optar por esta região. Em Vila Velha de Ródão surgem as portas de Ródão, onde a profundidade do Tejo é uma das maiores de todo o seu percurso. É também no Rio Tejo que pode efectuar viagens de barco e visitas às pinturas rupestres. Nos concelhos de Ródão e Nisa disfrute das paisagens e se puder faça um passeio de barco. Na zona raiana surge ainda o parque do Tejo Internacional, onde nas margens do rio co-habitam diversas espécies protegidas.
COVILHÃ. A cidade da Covilhã também apresenta argumentos mais que suficientes para uma visita. Desde logo a Serra da Estrela, com a sua imponência, convida a passeios pedestres ou de BTT. No Inverno a prática de esqui é também muito procurada. Mas para quem gosta de ar puro, a descoberta da Serra da Estrela é um desafio interessante, onde cada encosta conta uma história.
FUNDÃO. A Região da Cova da Beira pode ser outro pólo interessante. Uma visita àquela região em Abril e Maio pode revelar-se numa óptima surpresa, com as cerejeiras em flor. Em vez da A23, opte pela antiga estrada nacional e visite as encostas da gardunha. Dê ainda um salto a Alcongosta e suba ao cimo da serra da Gardunha. Leve uma máquina e tire fotografias.
GUARDA. Linhares da Beira, no Distrito da Guarda, também merece uma paragem obrigatória. Situado a 810 metros de altitude numa das faldas da Serra da Estrela, Linhares tem origem na forma latina Linum (linha). A povoação, que apresenta um castelo (datado de 1921) totalmente recuperado, foi fundada pelos Túrdulos há cerca de 580 anos AC. Além do castelo o destaque vai ainda para a calçada romana, que ligava a povoação a Mangualde. Linhares da Beira está classificada como monumento nacional e tem ainda outros pontos de interesse, como o pelourinho, a casa Manuelina e a Igreja da Misericórdia. Linhares da Beira é também conhecido pela realização de actividades desportivas como o parapente.
A cidade da Guarda é outro dos pontos de interesse daquele distrito, com destaque para a sua Sé Catedral e a sua zona histórica. A judiaria é outro pólo de interesse. Este bairro encontrava-se no interior do perímetro muralhado, numa área secundária, inicialmente ao longo da Rua do Amparo, desenvolvendo-se numa segunda fase para as artérias adjacentes.
VISEU. No Distrito de Viseu também são muitas as atracções. A própria cidade respira história. A Praça da República é um desses exemplos e foi durante séculos, o “ salão de visitas “ da cidade. As primeiras referências ao Rossio datam do século XVI. Ao longo dos séculos muitas foram as transformações que sofreu até à sua fisionomia actual. A Sé Catedral é outro espaço a visitar. Viseu apresenta ainda o Museu Grão Vasco, um dos mais bem equipados do País.
No Distrito e se gosta de ar puro, visite a Serra do Caramulo e a povoação que tem o mesmo nome, onde há meio século atrás esteve instalada uma estância sanatorial para doentes do foro respiratório. Suba ao Cabeço da Neve e ao caramulinho e disfrute da paisagem. É também no Caramulo que pode observar alguns originais de Pablo Picasso no Museu da Fundação Lacerda. Ao lado visite ainda o museu de automóveis antigos.
PORTALEGRE. Agora que já visitou as Beiras dê meia volta e vá até ao Alentejo. O Distrito de Portalegre é rico em história, a começar pela própria cidade, onde aparecem vários imóveis de interesse público, casos da Castelo, Portas de Alegrete e da Devesa, Convento de S. Francisco, Igreja do Espírito Santo, Convento de Santa Clara, Casa Nobre de D. Nuno de Sousa, com janelas manuelinas, Consistório e Igreja da antiga Misericórdia. Igreja de Santiago Catedral da Sé, Paço Episcopal ou Antigo Seminário, actual Museu Municipal. Ainda no Concelho de Portalegre destaque para Igreja paroquial de S. Gregório, a Casa nobre da Quinta da Lameira e a Igreja de S. Mamede, no Reguengo.
Mas o ex-libiris de Portalegre é a Serra de S. Mamede, quer pela sua imponência, quer pela riqueza histórica, com as povoações de Marvão, candidata a património mundial pela Unesco, e Castelo de Vide. Mais a sul surge ainda a cidade de Elvas, paredes meias com Espanha, onde uma visita constitui um maior enriquecimento cultural. Ainda no distrito de Portalegre dê um salto a Campomaior, a terra do café, onde se realizam as famosas Festas do Povo em que toda a vila trabalha durante o ano a fazer belas flores de papel para decorar as ruas. Estas festas realizam-se quando o povo decide, de anos a anos. Vale a pena ver este espectáculo de cor e beleza, de milhares de flores, um autêntico jardim florido.
ÉVORA. Dominando a planície alentejana, Évora surpreende-nos na sua beleza, constantemente renovada no tempo e na história e que importa apreciar na sua totalidade. Vista de longe, onde a sua silhueta única é marcada pela imponência da Catedral, ou apreciada precisamente pelos seus terraços – local onde propomos o início do nosso Itinerário -, o olhar é convidado a percorrer desde a sua envolvência mais distante, passeando depois pelas quintas, conventos e bairros circundantes, até ao particularismo de uma arquitectura harmonizada numa sinfonia de diversos estilos e presenças.
O Palácio de Vimioso, a Casa do Inquisidor e o Palácio da Inquisição, o Templo Romano, o Palácio dos Condes de Soure, o Jardim de Diana, a Casa Cadaval – com a Torre das Cinco Quintas, parte integrante do castelo medieval -, a Igreja dos Lóios, a Biblioteca Pública, a imponente Torre de Sertório, que se destaca na cintura romano-goda e o solar dos Condes de Portalegre são exemplos arquitectónicos próximos que da Sé se podem observar.
Destacam-se ainda na Praça de Giraldo típicas fachadas neo-clássicas e românticas, aliando de forma sui generis a cantaria, o estuque e o ferro forjado, num espaço ainda hoje fulcral da cidade (e que foi cenário de justas e torneios, de Autos de Fé, da Revolta do manuelino em 1637, entre outros), local de equilíbrio de poderes – de um lado, a Igreja de Santo Antão, cuja construção implicou a demolição do Arco Triunfal; do outro, os Paços do Concelho, no espaço onde hoje encontramos o Banco de Portugal -, não podendo ser esquecida a fonte quinhentista, enquanto parte de um conjunto integrado de estruturas de apoio os Aqueduto da Água de Prata (fontes, chafarizes e fontenários que povoam a cidade), além da caixa de água, de clássica estrutura renascentista existente na Rua Nova.
BEJA. A cidade de Beja é que se segue, onde pontifica a sua torre. Um imóvel que surge junto à porta de Évora, quase ao poente da cidade; na base é um quadrado perfeito e que se eleva em três corpos, que saem uns dos outros, medindo tudo desde o chão até às extremidades das últimas ameias, cento e oitenta metros. Diz quem sabe que sem ir à torre não se conhece a cidade de Beja.
Ainda em Beja. surge o Convento da Conceição, onde se encontra instalado o Museu. Foi fundado em 1459 pelos infantes D. Fernando e D. Brites, pais de D. Manuel I, com a designação de Real Mosteiro de Nossa Senhora da Conceição, de Beja, da ordem de Santa Clara, sujeito a jurisdição franciscana. Favorecido de protecção real, tornou-se um dos mais ricos e sumptuosos do reino. No Alentejo visite ainda a barragem do Alqueva, aquele que é o maior espelho de água do País.
LEIRIA. Mais para o litoral surge-nos o Distrito de Leiria. Uma visita ao castelo daquela cidade permite-nos recordar um pouco da história de Portugal. Depois, e já que se encontra perto das praias, porque não dar um salto até à beira mar. Vieira, Pedrógão, S. Pedro de Moel, Peniche ou Nazaré são praias que apresentam motivos mais que suficientes para um mergulho na água salgada. Mas o Distrito de Leiria tem mais atracções como Caldas da Rainha e as suas famosas loiças e museus, ou a Marinha Grande, a capital do vidro.
O próprio Instituto Politécnico de Leiria criou o seu Parque de Lazer. Situado às portas da vila da Nazaré, perto da praia, aquela estrutura é o espaço ideal para quem aprecia o sossego e o contacto com a natureza sem perder de vista o mar. Erguido no Jardim da Pedralva, este pequeno refúgio, fresco e verde, está equipado com piscina, bar e tendas para aluguer. Alunos, pessoal docente e não docente do IPL, a população da Nazaré e alunos de outras instituições de ensino podem acampar no Parque de Lazer.
AVEIRO. As aves aquáticas na reserva de S. Jacinto, provavelmente a mais interessante das freguesias aveirenses merece uma visita obrigatória. A cegonha e o Milhafre são as aves migratórias que procuram Aveiro para fazer os seus ninhos. A pesca da enguia, tainha, robalo, caranguejo, berbigão, solha, linguado, lampreia, choco, representam uma fonte de riqueza importante nesta região. Nesta região visite também as salinas, outrora de grande importância económica.
Mas o ex-libris de Aveiro é a sua ria. Um passeio nas suas embarcações tradicionais os chamados barcos moliceiros, é uma oportunidade única para retemperar forças e acalmar o espírito.
ALGARVE. É o destino turístico procurado pela maioria dos portugueses e por uma parte significativa dos estrangeiros. Com praias de fazer inveja a qualquer costa, a região do Algarve é também conhecida pela sua gastronomia. Albufeira, Faro, Lagoa, Olhão, Portimão, Silves ou Tavira são locais referência do turismo algarvio que merecem uma visita. Além da praia, o Algarve é rico em monumentos, são várias a ruínas romanas existentes na região de Faro e Portimão, enquanto que quase todas as principais localidades apresentam um património histórico e religioso muito rico. É o outro lado do Algarve que também merece a pena ser conhecido. Exemplo disso é o Forte de S. Sebastião, em Alcoutim, ou os castelos de Aljezur e Castro Marim, e os muitos fortes existentes naquela província portuguesa.
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