SUPERIOR AGRÁRIA
Cursos são
necessários

A presidente da Escola Superior Agrária de Beja considera que o aparecimento da nota mínima de acesso (9,5) prejudicou a maioria das instituições, sobretudo as do interior do país, como é o caso da ESA. “Concordo com essa nota, mas deveria ser implementada de forma gradual e as medidas deveriam ser aplicadas no ensino secundário. Isto porque não se percebe como é que alunos com média de 14 e 15 nas escolas secundárias tenha, 3 e 4 valores nos exames”, explica.
Aquela responsável acrescenta que “essa exigência deveria ter sido controlada e projectada anteriormente”. As taxas de abandono no ensino secundário são também apontadas como um factor negativo que conduz ao aparecimento de menos candidatos ao ensino superior. “E isso só se combate com medidas políticas, pois não dependem do ensino superior”. No caso concreto da área agrícola, a presidente da ESA “lembra que depois de termos uma agricultura subsidiária (no Estado Novo) passámos a ter uma agricultura que não soube apanhar os mercados. Quando um jovem procura uma actividade cómoda, que garante emprego, prosperidade e sucesso, não escolhe cursos desta área pois lê e ouve na Imprensa que ser agricultor é a melhor maneira de empobrecer alegre”.
A presidente da Agrária refere que “não há indicadores sobre quantos técnicos agrícolas serão necessários para o país”. Por isso diz “que quando me dizem que há escolas superiores agrárias a mais, eu não posso concordar, sem que haja indicadores objectivos”. Fruto de tudo isto, aquela responsável garante “todos os alunos garantem emprego. Temos imensos pedidos para indicar alunos diplomados na nossa escola e não temos um número suficiente de alunos para indicar. O que significa que qualquer dia estamos a importar engenheiros agrícolas de Espanha, porque não os há em número suficiente em termos nacionais”.
Construída para 500 alunos, a ESA tem hoje 650 estudantes. A presidente da escola lembra que a escola, além da formação inicial, tem prestado diferentes serviços à comunidade, sendo hoje bastante requisitada em várias áreas. No que respeita a ofertas formativas, “estabelecemos protocolos com instituições de ensino profissional, criámos cursos de especialização tecnológica e temos prevista a abertura de pós-graduações, até porque dentro de três anos, teremos 30 doutores”. A implementação do Processo de Bolonha poderá permitir à ESA avançar com mestrados, e com doutoramentos (neste último caso com parceiros universitários).

ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE
Novas ofertas em
estudo
A Escola Superior de Saúde de Beja iniciou o ano da melhor maneira, com um preenchimento de quase todas as vagas. O presidente daquele estabelecimento de ensino pensa agora em novas ofertas formativas. “No ano passado tentámos a abertura do curso de técnicos de saúde ambiental, o que não foi autorizado pelo Ministério. Daí que para 2006/2007 voltemos a apresentar essa oferta e uma outra na área da Terapia Ocupacional”.
Ofertas que poderão levar mais alunos para o Politécnico de Beja. Ainda assim, o responsável pela escola esclarece que no que respeita a instalações, elas começam a ser escassas. “Temos que fazer uma gestão mais adequada das salas de aula, pois caso contrário será complicado”. Ainda assim o ensino de qualidade prestado pela escola é elogiado por todos.
No que respeita a outras ofertas, a Escola Superior de Saúde poderá avançar com uma pós-graduação sobre a Criança e o Ambiente. Trata-se de um curso que irá envolver a comunidade. “É nossa intenção avançar com pós-graduações nas áreas da gerontologia e dos cuidados à família na doença crónica”, acrescenta. Também os mestrados poderão ser uma realidade, com a implementação do Processo de Bolonha. “Queremos que o segundo ciclo (mestrados) possam ser feitos nas áreas médico-cirúrgica, enfermagem na comunidade e saúde infantil/pediátrica”.
O presidente da Escola lembra também o intercâmbio que a escola tem com a comunidade e os protocolos estabelecidos com as diferentes unidades de saúde. “Os nossos alunos têm estagiado em vários instituições do Alentejo e não só, como é o caso dos hospitais da Estefânia, de Setúbal, do Barreiro, Santiago do Cacém e do Barlamento Algarvio, além dos centros de saúde”.
A relação da escola com a comunidade é sublinhado pela equipa directiva da escola (na foto). “Há uma grande proximidade com a comunidade e sempre que podemos tentamos chamar as pessoas para junto de nós, como aconteceu com acções realizadas numa grande superfície, e na própria escola com a visita de alunos do pré-escolar”.

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