Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VIII    Nº87    Maio 2005

Politécnico

NUNO OLIVEIRA TOMA POSSE

Novos desafios do IPP

Nuno Oliveira tomou, no passado dia 19 deste mês, posse para o seu terceiro mandato como presidente do Instituto Politécnico de Portalegre. Com um discurso muito crítico quanto ao apoio que o IPP tem tido de alguns responsáveis regionais, Nuno Oliveira começou por recordar o facto da Escola Superior de Enfermagem ter sido transformada em Superior de Saúde.”Este facto, chegado ao meu conhecimento no dia em que fui reeleito, deu-me uma particular satisfação. Os antecedentes verificados e os percalços e lutas travadas para atingir o objectivo, justificaram um festejo especial. Sobretudo quando sabia da existência de entraves injustificados e injustificáveis para a sua concretização. E, se menciono este sucesso em particular, tal não se deve a questões relacionadas com reivindicações de protagonismo ou mérito pessoal, mas, tão somente, à constatação de que outros - com muita responsabilidade local, distrital e nacional - foram incapazes de o conseguir ou, sequer, de ajudar”.

Apesar do sucesso verificado naquela transformação, a qual poderá alargar a oferta formativa, Nuno Oliveira lembra que há outros problemas para resolver. “A recente fixação administrativa das vagas, o reduzido número de alunos com origem na Região, a cultura social instalada, algum corporativismo académico, a fraca capacidade de atracção do Distrito relativamente a docentes e a técnicos, o limitado “peso” político daquele e alguma distracção do meio envolvente, conduzem a enormes dificuldades no preenchimento de algumas vagas colocadas à nossa disposição”.

Por isso diz, aquele responsável, “tratando-se de uma situação generalizada às zonas do interior, não nos podemos deixar de preocupar com ela, apesar de, por exemplo no último ano lectivo, o IPP se ter posicionado muitíssimo bem no conjunto nacional, relativamente à taxa de ocupação de vagas, pois apenas foi ultrapassado pelas grandes metrópoles ou por Regiões do litoral, mais concretamente por Lisboa, Porto, Setúbal e Leiria”.

Nuno Oliveira frisa que “o momento é, mais uma vez, decisivo. Se até aqui vencemos, temos que continuar ganhadores. Bolonha já está aí. Com todos os seus problemas e desafios, mas também com oportunidades a aproveitar. Se é necessário mais investigação, que se faça. Se é preciso trabalhar mais, que se trabalhe. Se é necessário ser diferente, que se seja. O futuro tem que ser nosso. O desafio tem que se transformar em oportunidade”.

Para responder aos novos desafios “a comunidade académica do IPP tem que estar desperta para assumir esta postura. Dos docentes aos alunos, passando pelos funcionários e técnicos, a cultura de qualidade tem que continuar a ser um objectivo cada vez mais exigente e sempre presente. Exactamente por isso proporciona-se formação aos activos, facilita-se a participação de docentes em actividades científicas, concedem-se facilidades extra-curriculares aos alunos, apoiam-se nas suas actividades e nas suas necessidades de índole diversa. Também por isso, estivemos na dianteira das novas tecnologias, com o Portalegre Digital, o Campus Virtual ou a Biblioteca Digital”. 

No discurso de tomada de posse, aquele responsável fala ainda em matrículas na Internet, o lançamento digital das classificações dos alunos ou a Vídeo-conferência. 

BINÁRIO. Numa outra perspectiva Nuno Oliveira defendeu claramente “a continuidade de um sistema binário, no qual o Ensino Politécnico assuma o seu importantíssimo papel, sem complexos, sem hesitações, mas com orgulho e afirmação clara das suas especificidades. A continuidade do Ensino Politécnico é fundamental para a Sociedade Portuguesa. Há que dar tempo para que este jovem Sistema se afirme e veja afirmarem-se, aos mais diversos níveis de responsabilidade, os seus recém - diplomados”. 

Aquele responsável acrescenta: “quando a estes for dada a possibilidade de demonstrarem o seu valor e as suas capacidades, muitas barreiras irão cair, interesses corporativos perderão influência e a população portuguesa reconhecerá a importância positiva do Ensino Politécnico. Como é natural esta situação agudiza-se em Portalegre”. 
Nuno Oliveira teceu ainda críticas ao montante atribuído em Piddac ao IPP. “Dou-vos apenas como exemplo o que se passou com a distribuição de PIDDAC para o presente ano de 2005. Enquanto a média nacional da distribuição de PIDDAC por aluno, ao nível de todo o Ensino Politécnico, ascendeu a cerca de 128 euros, o IPP recebeu pouco mais de 1 Euro por cada um dos seus alunos”.

 

 

 

AGRÁRIA DE BEJA

Ecologia vai ter feira

O Núcleo de Ecologia da Escola Superior Agrária de Beja (ESAB) com a colaboração da Associação de Estudantes e de alguns docentes, vai levar a cabo a II Feira de Ecologia da ESAB nos dias 30, 31 de Maio e 1 de Junho. Tendo a feira como objectivo dar a conhecer algumas das acções que estão a decorrer dentro do tema “Ecologia”, de forma a sensibilizar, o público em geral, para a importância da preservação e protecção da natureza de maneira a que se possa criar um ambiente melhor para que as gerações futuras possam usufruir das mesmas riquezas naturais das quais todos nós dependemos. 
Nos Stands, vão estar presentes várias entidades de cariz ecológico, como produtores de agricultura biológica, Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens (FAPAS), Quercus, Liga da Protecção da Natureza (LPN), Centro de Estudos da Avifauna Ibérica (CEAI), Museu Botânico da ESAB, entre outras. No decorrer da feira, está prevista a recepção de várias Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico e a realização de várias actividades com as crianças.

No dia 31 de Maio, fazendo parte do programa da feira, irão ser realizadas duas palestras, uma com o tema “Agricultura e Conservação da Natureza”, a outra ainda está por definir. Durante a noite, decorrerá o Arraial da Agrária, com muita música e animação pela noite dentro.

 

 

 

GAP

Beja apoia estudantes

O Gabinete de Apoio Psico-Pedagógico dinamizou ao longo deste mês o I Programa de Aquisição e Promoção de Competências para o Sucesso Académico. Uma iniciativa que pretendeu promover a discussão de estratégias que permitam aumentar a eficiência do trabalho académico e ultrapassar as dificuldades no estudo; e implementar a gestão adequada do tempo e também pela compreensão, por parte do aluno, da sua própria motivação para o estudo e da existência, ou não, de impedimentos (procrastinação e outros) para o desempenho eficaz da tarefa.

Aquele programa é justificado com “o facto do insucesso académico estar a aumentar no Ensino Superior, certamente não por falta de capacidades da parte dos alunos, mas antes por uma falta de preparação e de conhecimento de como saber estudar de forma efectiva. Além disso, cada vez mais, a diferença entre aquilo que é exigido no secundário e aquilo que é pedido no Ensino Superior é maior, o que provoca uma grande desmotivação, elevados níveis de insucesso e absentismo ou mesmo desistência”. 

Diz ainda a organização do evento, que “os estudantes do ensino superior deparam-se, com alguma frequência, com falta de motivação para estudar, para aprender. Em muitos dos casos, a entrada para o Ensino Superior já foi uma grande conquista, o curso em que entraram nem sempre corresponde à primeira escolha e as tarefas de desenvolvimento pessoal que se têm de enfrentar nesta fase da vida são bastante complexas e muitas vezes (percebidas como) prioritárias face a um sistema de ensino que, por vezes, não vai ao encontro das suas expectativas”.

 

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