IPCB

Informática biomédica é opção

O Instituto Politécnico de Castelo Branco acaba de entregar no Ministério do Ensino Superior a proposta para a abertura de seis novos cursos. Medicina Veterinária volta a ser uma prioridade. Mas uma das fortes apostas do IPCB passa pela licenciatura em Informática Biomédica. Um curso que “será ministrado na Superior de Tecnologia e que terá o apoio da Superior de Saúde. Trata-se de uma oferta formativa que mereceu a aprovação dos três hospitais da região e que é inovador”.

Nas propostas enviadas, a Escola Superior Agrária é aquela onde foi feita uma aposta forte. Assim, o IPCB voltou a apresentar a proposta de abertura de um curso de licenciatura em medicina veterinária. Uma aposta já feita em anos anteriores e não autorizada pelo ministério da tutela, apesar da ESA ser considerada como uma das que possui melhores condições humanas e materiais para leccionar uma licenciatura naquela área, como o demonstram o picadeiro, a vacaria, ou os diferentes laboratórios. Daí que os responsáveis pela escola e pelo Politécnico voltem a insistir na abertura do curso, não compreendendo as negativas sucessivas por parte do Ministério.

Além daquele curso, a ESA poderá receber o curso de Protecção Civil, que terá o apoio da Escola Superior de Tecnologia. “Além dessa licenciatura propusemos uma outra em Design de Paisagem. Uma área que tem tido uma crescente procura, ao contrário das ofertas tradicionais das ciências agrárias”, explica Valter Lemos, que confirma “a prioridade dada à ESA no que respeita à apresentação de novos cursos”.

A Escola Superior de Artes Aplicadas também apresentou um novo curso e uma nova variante para instrumento. Se o Ministério da tutela aprovar as propostas, a Esart terá uma nova licenciatura em Música Electrónica e Produção Musical e uma nova variante em trombone, que se vai juntar aos outros 14 instrumentos leccionados na escola.

Outro dos cursos apresentados foi o de Direcção e Gestão Hoteleira, que será a primeira licenciatura a funcionar na Escola Superior de Turismo, que o Instituto Politécnico de Castelo Branco abrirá no Fundão, provavelmente ainda este ano.

AGRÁRIA E TECNOLOGIA

Portas abertas aos jovens

As escolas superiores Agrária e de Tecnologia do Instituto Politécnico de Castelo Branco vão abrir as suas portas aos futuros alunos do ensino superior. A iniciativa decorre de 28 de Fevereiro a 4 de Março, e pretende dar a conhecer aquelas duas unidades aos jovens estudantes.

Segundo apurámos, a iniciativa integra visitas aos laboratórios dos diversos cursos leccionados na ESA e na EST. Esse será um dos momentos altos da visita dos alunos do ensino secundário/ profissional de cerca de 3 dezenas de escolas dos distritos de Castelo Branco, Portalegre e Guarda. 

Na Superior de Tecnologia, os alunos poderão observar os laboratórios de áreas tão diversas como Arquitectura de Sistemas, Redes, Sistemas, Automação, Geotecnia, Electrónica, Telecomunicações, ou Estruturas e Construções. Ao mesmo tempo, os jovens visitantes terão a oportunidade de apreciar projectos que os docentes e alunos da ESTCB têm vindo a desenvolver, alguns dos quais têm sido premiados por empresas e instituições nacionais e internacionais. 

Já na Superior Agrária, para além da visita a vários laboratórios como Biologia Vegetal, Microbiologia, Nutrição, Protecção Vegetal, Química, Solos, ou Sistemas de Informação Geográfica e Cartografia Digital, está prevista uma ida ao Viveiro Florestal, e à Zona do Ovil e Picadeiro. 

Além disso, os alunos do ensino secundário/ profissional que visitarem a Quinta da Srª de Mércoles, onde funciona a Escola Superior Agrária de Castelo Branco, poderão ainda observar, na zona da Barragem, o projecto de criação de porcos em campo, assim como visitar o Parque Botânico e o Núcleo Ecológico da ESA onde está a funcionar o Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens de Castelo Branco.

HIPOTERAPIA EM CASTELO BRANCO

ESA e ESE em protocolo

A Escola Superior Agrária e a Escola Superior de Educação de Castelo Branco acabam de assinar um protocolo com a Associação Educar, Reabilitar, Incluir Diferenças, o qual tem como objectivo fundamental a cooperação mútua no âmbito do desenvolvimento de actividades na área das actividades equestres em geral e da hipoterapia em particular.

O protocolo assinado este mês visa a utilização das infra-estruturas, meios e pessoal técnico qualificado da Escola Agrária, enquanto a Superior de Educação participará com meios humanos e materiais adequados, relacionados com a educação física, nomeadamente na vertente da reabilitação, e em concreto a nível motor, cognitivo, social e emocional.

Todos estes meios serão disponibilizados à Aerid, associação sem fins lucrativos que visa promover, defender e assegurar a inclusão social de crianças, adolescentes e adultos com necessidades especiais, nomeadamente promovendo o seu bem-estar físico e psicológico.

Já a Aerid terá a responsabilidade de organizar acções de formação em hipoterapia, equitação terapêutica e desporto equestre adaptado, bem como a mobilização de pais de crianças e adolescentes com necessidades especiais, com vista à participação destes últimos nas actividades equestres preparadas para aqueles efeitos.

Caberá ainda à Aerid desenvolver esforços junto de entidades da sua esfera de influência, no sentido da promoção e do patrocínio das mesmas. Finalmente a Aerid facultará apoio à ESA e à ESE, no sentido da criação de condições para a realização de estudos de alunos e docentes, respectivamente nas áreas das actividades equestres e das ciências da educação.

INTERNET NAS ESCOLAS

ESE da Guarda marca pontos

Estimular a utilização educativa da Internet pelos professores e alunos do 1º Ciclo é o objectivo da terceira edição do Programa Internet nas escolas, cuja terceira edição avançou este mês nas 328 escolas da rede pública do 1º Ciclo do Distrito da Guarda. Uma iniciativa que o director da escola, Joaquim Brigas, considera uma das mais importantes desenvolvidas pela escola nos últimos anos.

“O programa é muito positivo em termos nacionais. O mesmo aconteceu no Distrito da Guarda, pelo que vamos repetir. Já temos as equipas preparadas para entrarem no terreno, no sentido de aperfeiçoarem o trabalho que está protocolado”, algo feito por muitos formados pela ESE que já estiveram envolvidos em anos anteriores e cuja acção está contabilizada.

Só no último ano lectivo, foram realizadas 2076 acções de formação em 354 escolas, num total de 10 mil 380 horas de formação. Foi dada formação a 6684 alunos e a 574 professores, além de terem sido construídas 354 páginas web. No final do ano lectivo, os formadores tinham percorrido quase 170 mil quilómetros, um número superior a outros distritos, em parte devido ao facto de, no Distrito da Guarda, as escolas estarem muito dispersas.

CURSOS. Apesar de ter conseguido a melhor taxa de ocupação entre as superiores de educação do País, a Escola Superior de Educação da Guarda acaba de apresentar duas propostas de novos cursos. Uma delas diz respeito a uma variante de dois cursos que já estão em funcionamento, o de Professores do Ensino Básico e de Educadores de Infância que, caso venham a ser aprovados, passam a ter a variante de Ensino Especial. Há ainda propostas para as licenciaturas em Artes Performativas e a formação de professores na área de Português e Estudos Sociais.

“Para acautelarmos o futuro é necessário procurarmos novas ofertas em áreas em que o mercado esteja carenciado. Procuramos sempre cursos diferentes, pois não interessa muito andar a repetir aquilo que os outros já têm”, refere Joaquim Brigas, que destaca o facto de não existirem cursos nas áreas propostas, havendo falta de profissionais, como é o caso dos professores de Português e Estudos Sociais, uma área que tem sido leccionada por “licenciados de diversas áreas não profissionalizados”.

Apesar de serem novos, estes cursos não implicarão a contratação de mais docentes. “No caso da variante de Ensino Especial, nos dois primeiros anos não é preciso contratar ninguém. Só a partir do 3º Ano é que há a especialização”, uma área em que a escola está a pensar estabelecer protocolos com as instituições de ensino especial da região.

Esta é aliás uma preocupação da escola em diversas áreas, desde o Desporto à Animação Socio-cultural. Ao nível deste último curso, ainda recentemente foi estabelecido um protocolo entre a ESE e o Inatel, bem como um outro entre a ESE e uma câmara municipal, no sentido de haver colaboração entre as instituições ao nível da prática do parapente.

DIAS ABERTOS. Entretanto, a Escola Superior de Educação da Guarda promove, mais uma vez, a iniciativa do Dia Aberto da ESEG, no próximo 9 de Março. Uma actividade em que será possível conhecer as capacidades e potencialidades da Instituição em termos científicos, técnicos e culturais, além do ambiente estudantil, através de visitas guiadas aos diversos laboratórios, tais como: Ciências, Música, Psicologia do Desporto, Fisiologia do Exercício Físico, Multimédia/Línguas, Rádio Digital, Audiovisual, Publicidade e Expressão Gráfica, TIC’s, Centro de Recursos Internet Eb1 e Centro de Geografia e Desenvolvimento, visitando ainda os outros sectores como a Sala de Estudo e o Ginásio.

O Dia Aberto da ESEG destina-se, em especial, aos alunos dos diversos graus de ensino, num projecto pedagógico de aproximação ao meio universitário, que mais tarde, no momento de opção por um curso superior, poderá vir a ser de grande utilidade. Visam ainda um estreitamento da relação entre a ESEG e o sector empresarial, importante no eventual recrutamento de licenciados para o mercado de trabalho.

O acesso dos visitantes às actividades programadas é livre. No entanto, para uma melhor gestão e encaminhamento dos diferentes grupos, a organização tem solicitado o preenchimento e envio de uma ficha de inscrição, remetida para o Centro de Apoio ao Aluno da ESEG.

IP GUARDA

Ministra garante Saúde

A Ministra da Ciência e do Ensino Superior, Maria da Graça Carvalho, anunciou , este mês, a transformação da Escola Superior de Enfermagem do Instituto Politécnico da Guarda em Superior de Tecnologias da Saúde.

Com esta transformação, o IPG pode agora candidatar-se a cursos na área das tecnologias da Saúde, o que até ao momento não era possível.

A governante, que falava na Guarda, reconheceu que a decisão “peca por tardia” e disse que se insere no âmbito de um conjunto de idênticos estabelecimentos criados em Viseu, Leiria e Beja.

“É um valor acrescentado para a cidade da Guarda e para a região”, afirmou Maria da Graça Carvalho. A ministra recordou que o processo de transformação da Escola Superior de Enfermagem vem desde 1999 e que tem estado a ser analisado desde que chegou ao Ministério da Ciência e do Ensino Superior, em Outubro de 2003.

Disse ainda prever que os novos cursos, depois de analisados pela Direcção-Geral do Ensino Superior e posteriormente pelo grupo de especialista na área da Saúde ou grupo de missão para o sector, coordenado por Horta Amaral, possam funcionar já no próximo ano lectivo.

“Fez-se esse processo de integração, aumentaram-se as vagas de Medicina, criou-se o ciclo básico da Medicina nos Açores e na Madeira e faltava gora a análise dos dossiers da transformação das Escolas de Enfermagem e Escolas da Saúde”, sublinhou.

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