Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VIII    Nº94    Dezembro 2005

Universidade

PLANO TECNOLÓGICO

Reitor da UBI presente

Manuel Santos Silva, reitor da Universidade da Beira Interior é uma das 41 personalidades que vão integrar o Conselho Consultivo do Plano Tecnológico do Governo. O convite chegou ao responsável máximo pela UBI através de Manuel Pinho, ministro da Economia.

Santos Silva foi contactado do sentido de pertencer ao restrito grupo de personalidades que vai avaliar as medidas tomadas pelo Governo no sentido de fomentar a inovação tecnológica na sociedade portuguesa. “Foi com bastante agrado que acedi a este convite, quer como cidadão, quer também como representante de uma Universidade e de todos os que dela fazem parte”, refere o reitor da UBI.

Santos Silva e Helena Nazaré, reitora da Universidade de Aveiro são os únicos dois responsáveis de instituições do Ensino Superior a terem assento neste conselho, que já reuniu. Segundo Santos Silva, “a primeira reunião serviu para tomar conhecimento de todo o plano, que foi depois dado a conhecer à sociedade”. Neste encontro foram delineados os futuros passos a serem dados por este conselho. O reitor da UBI explica que “os vários consultores devem agora reunir-se e proceder à avaliação das medidas levadas a cabo pelo Conselho de Ministros”.

O Conselho de Ministros aponta medidas para vários sectores, que têm como finalidade “o desenvolvimento do País, numa perspectiva tecnológica”, e o conselho consultivo terá como função averiguar a aplicação, no terreno, dessas mesmas medidas.

Eduardo Alves

 

 

 

CONCURSO DE JOVENS ESTILISTAS

Aluna da UBI vence

A designer Mariana Magalhães, licenciada em Design Têxtil e do Vestuário – Ramo Vestuário pela Universidade da Beira Interior, acaba de ganhar o primeiro prémio do “Concurso de Jovens Estilistas do Mod’tissimo”. O evento, que vai na nona edição, é organizado pela Associação Selectiva Moda e decorreu durante a 26ª edição do Salão Mod’tissimo, realizado em Setembro na Exponor, no Porto.

O concurso visa promover a criatividade dos designers de moda portugueses utilizando materiais, tecidos e malhas, produzidos por empresas nacionais. Mariana Magalhães utilizou tecidos da TMG Fabrics (Têxtil Manuel Gonçalves). Embora já tivesse participado em desfiles de moda enquanto estudante, Mariana Magalhães, “correspondendo aos incentivos dos professores do Departamento Têxtil da UBI, lançou-se neste que foi o seu primeiro grande desafio de âmbito nacional, ultrapassando-o com sucesso”, adianta Rui Miguel presidente do Departamento de Têxtil da UBI.

A jovem designer, que está a começar a sua carreira profissional, ganhou o Troféu Mod’tissimo e o diploma que garantia um estágio com um estilista nacional conceituado. Nuno Gama gostou do trabalho que a recém-licenciada apresentou no concurso e “convidou-a a estagiar na empresa Pinho Vieira, na qual está desde Fevereiro, mês em que deixou o grupo Maconde”, explica o docente.

A empresa Pinho Vieira participou pela primeira vez no Portugal Fashion onde apresentou a primeira colecção criada pelo Nuno Gama. Mariana Magalhães trabalhou já na montagem do desfile do Portugal Fashion e está a acompanhar o processo de criação da colecção Outono/Inverno 2005/06.

Eduardo Alves

 

 

 

UBI

Olhos nos olhos

Os alunos do curso de Optometria e Optotecnia, ramos da licenciatura em Física Aplicada, da Universidade da Beira Interior estão a realizar consultas gratuitas de Optometria, numa acção promovida no Departamento de Física da UBI, por docentes e alunos dos cursos da área ministrados na instituição. O acesso às consultas está disponível não só aos docentes, alunos e funcionários da instituição, mas a toda a comunidade.

Tiago Domingues, um dos alunos envolvidos no projecto afirma que esta “é uma experiência muito positiva, visto que é o primeiro contacto com situações reais, é como que um ante estágio”. As consultas são acompanhadas pelos docentes Pedro Monteiro, responsável pela cadeira de Optometria Laboratorial, e Vasco Almeida, também docente do Departamento. Após estes exames, caso seja necessário prescrever algum tipo de compensação óptica, as pessoas podem dirigir-se a uma óptica e “efectuar os procedimentos habituais nesta situação”, esclarece o responsável.

As consultas possibilitam aos utilizadores fazer exames sem ter de pagar por isso, o que é visto “com bons olhos pela comunidade estudantil e pelos muitos interessados que nos visitam” frisa Natália Cunha, estudante da UBI
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João Lourenço

 

 

 

UBI DEBATE PAPEL DAS UNIVERSIDADES

Empreender o Interior

A Universidade da Beira Interior tem um peso de seis por cento no PIB da Cova da Beira e dois valores percentuais a nível da Beira Interior. A conclusão é do vice-reitor da instituição, Mário Raposo e foi avançada durante o colóquio sobre “Empreendedorismo e Inovação, missão da Universidade para o desenvolvimento regional”, realizado na Covilhã a 2 de Dezembro.

No encontro foram apresentados os primeiros resultados das observações que estão a ser feitas no âmbito do projecto que junta quatro instituições do Ensino Superior localizadas no interior da Península Ibérica. Nesta iniciativa, encabeçada pela UBI, participam também as universidades de Évora, de Salamanca e da Extremadura. Um dos pontos fundamentais “passa exactamente por medir a importância e a capacidade de transformação que as instituições desta natureza têm nas regiões do interior dos dois países ibéricos”, explica Mário Raposo.

Declarações que vão de encontro às ideias de Ricardo Hernández, docente na Universidade da Extremadura e coordenador das equipas regionais espanholas de empreendedorismo. No entender de Hernández, “os líderes políticos têm de olhar para as universidades como motores de transformação das sociedades”. Aquele especialista em empreendedorismo dá o exemplo da região onde reside e onde trabalha. Segundo o mesmo, a Extremadura espanhola, logo após a criação de uma universidade e de um governo regional, “que apoia de forma marcante os projectos da instituição de Ensino”, conheceu, segundo o mesmo, “um crescimento económico extraordinário”.

Tal facto, na perspectiva de Ricardo Hernández fica a dever-se “à aplicação das ideias que surgem na universidade, no mercado de trabalho, no tecido económico, nas empresas locais”. Para este docente, “as ideias que surgem no seio da universidade são colocadas em prática naquela zona do país”. Daí que a instituição do Superior seja encarada como “o motor da economia”.

DIFICULDADES. Já para Mário Raposo, a criação de uma empresa em Portugal “ainda está envolta em muitas burocracias”, pelo que “o nosso País, se quer evoluir nesta matéria, tem de mudar rapidamente”. Isto porque, os projectos que agora surgem através de incubadoras de empresas e parques de ciência e tecnologia como o Parkurbis, “encontram ainda bastantes entraves à sua criação”.

Hoje um jovem empreendedor “tem de perder muito tempo e vencer muitas burocracias, para conseguir dar continuidade aos seus projectos”. Desta forma, o vice-reitor da UBI defende uma desburocratização “e um melhor acesso ao capital de risco”. Outro dos pontos focados no encontro prende-se com as abordagens económicas feitas pela Comunicação Social. “Se uma empresa encerrar e lançar no desemprego 50 pessoas, isso é notícia de destaque”, o mesmo parece não acontecer, segundo Mário Raposo “se uma empresa é criada e com ela se abrem 50 ou cem postos de trabalho”.

Finalmente, Pablo Gallego, docente e responsável pelos projectos de empreendedorismo na Universidade de Salamanca sublinhou também a importância “dos jovens com projectos viáveis” terem acesso a capital de risco para concretizar as suas ideias. Segundo este docente “este tipo de apoio deveria de surgir de forma mais simples”. Isto porque, na óptica deste investigador, “muitos jovens saem das universidades com projectos de empresas bastante viáveis mas acabam por não arriscar em criar o seu próprio negócio porque desconhecem as formas de conseguir apoio e têm receio da burocracia excessiva.

Um dos convidados para este evento foi Roy Thurik, especialista holandês em empreendedorismo. Segundo o investigador, “o actual sistema europeu de Ensino está caduco”. Isto porque hoje, a carreira académica “dá mais importância ao trabalho de um docente publicado numa revista americana do que se este mesmo profissional encetar ligações a empresas, fomentar o espírito empreendedor nos seus alunos e aplicar metodologias de Ensino mais práticas”. Para Thurik, “o espírito empreendedor tem ser implementado desde tenra idade”.

Eduardo Alves

 

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