CASTELO BRANCO
Escola Agrária vai a
votos

António Moitinho Rodrigues e José Fragoso de Almeida são candidatos a director da Escola Superior Agrária de Castelo Branco, a unidade orgânica mais antiga do Politécnico de Castelo Branco. O acto eleitoral está agendado para 19 de Dezembro e ambos os candidatos se propõem a ultrapassar uma conjuntura complicada, pelo que defendem uma escola com mais diálogo interno, numa lógica de gestão partilhada, a formação dos recursos humanos, a criação de melhores condições para os alunos e uma maior ligação à comunidade, além da diversificação da oferta formativa. Mas se coincidem em algumas propostas, como a de nunca abandonar a matriz agro-florestal da escola, propõem na verdade caminhos diferentes.
MOITINHO. Moitinho Rodrigues propõe-se criar uma empresa no âmbito da escola que permita captar e gerir receitas de uma forma mais ágil do que é possível a um serviço público. Esta empresa, em tudo semelhante ao que o Instituto Superior de Agronomia e Instituto Superior Técnico já têm, “com vantagens consideráveis”, terá como objectivos a prestação de serviços à comunidade e a apresentação de candidaturas a projectos.
A ligação à comunidade passa ainda por reabilitar o Conselho Consultivo, , sendo que esta estrutura, além de discutir propostas com a comunidade, poderá ser “uma porta para a colocação de futuros diplomados”, uma questão cara a esta candidatura. “Tem havido alguma dificuldade em inserir os diplomados no mercado de trabalho. O nosso objectivo é de, em três anos, inverter esta tendência”, esclarece. E explica porquê: “Se existir a imagem em termos nacionais de que a escola encontra saídas profissionais para os seus diplomados, tal poderá ser um indicador de procura”. Para tal quer procurar parcerias para publicitar mais os trabalhos de fim de curso, além de abrir portas nos países africanos de língua oficial portuguesa.
Sabendo da dificuldade dos formados em encontrarem emprego por conta de outrem, quer aumentar “a capacidade empreendedora dos diplomados”, através de disciplinas a criar ou, até lá, de acções de formação específicas e práticas. Visa ainda criar um regime de tutorias, apoiar a Associação de Estudantes, e facilitar a entrada de equipas da escola em provas desportivas.
ALMEIDA. Envolver professores, funcionários e alunos num projecto comum que aproveite as capacidades humanas e técnicas de todos, inovar na formação e dirigir a escola para a comunidade são os três compromissos de Fragoso de Almeida, que no entanto, também aposta na ligação às empresas e outras instituições, para “conhecer as suas necessidades específicas de formação”, mas também de “experimentação e investigação”.
A ideia passa por incorporar os resultados desses trabalhos “nas propostas ao Conselho Científico”, pois essa será uma forma de “consolidar a posição da ESACB na região e no sector”. Nesse sentido, já entrou em contacto com várias entidades do Distrito e de distritos limítrofes, as quais “acordaram neste projecto, casos da Danone SA, a Sicel SA, a Apizêzere, entre outras.
Quer também aumentar a qualidade do ensino melhorando as condições de estudo, além de manter o apoio à Associação de Estudantes e ao Centro de Estudos e recuperação do Animais Selvagens. E assume um compromisso relativamente aos docentes a contrato: “tentaremos ao máximo a sua manutenção, com vista à sua participação em novas formações e novos projectos.
Mas tal não significa o abandono de projectos em curso como a “reorganização e reestruturação do funcionamento” da Quinta da Senhora de Mércules, que já vem da direcção anterior, tal como a “estratégia de comercialização dos produtos da Quinta”. Na Quinta pretende ainda apoiar a instalação do centro de recursos da Associação Educar, Reabilitar e Incluir Diferenças. Um trabalho que quer desenvolver tendo como sub-director Carlos Rebello de Andrade, um docente que tem ocupado estas funções nos últimos seis meses.
PRÉMIOS INTERNACIONAIS
Design de Leiria em
alta

Jorge Sousa, Lucas Almeida, Ricardo Brito, David Etxeberria, Marlene Santos, Susana Anágua, Andreia Nobrega e Rita de Sousa Pimenta, alunos da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha do Politécnico de Leiria acabam de ver os seus trabalhos na área do vídeo reconhecidos em Londres. Aqueles alunos recém-licenciados viram os seus trabalhos de Vídeo Art em competição no “Shorts Ends Film Schools Festival”, que decorreu entre 29 de Novembro e 5 de Dezembro, em Londres.
Na categoria de Vídeo Art estão em concurso 16 filmes, oito dos quais foram produzidos no contexto do curso de Artes Plásticas, colocando a ESAD na segunda posição entre as escolas mais representadas no Festival, sendo a University of Southern Califórnia a mais participativa.
O “Shorts Ends World Film Schools Festival”, organizado em associação com a University of The Arts London, o London College of Communication and Skillset e com o apoio do Institut Francais, Cinema Lumiere, o ICA, o Chelsea College of Art and Design, a 291 Gallery, a London Film Academy, a National Union of Students e o British Youth Council, apresenta uma vasta programação que procura combater os preconceitos generalizados relativamente aos filmes de estudantes através da apresentação pública de projectos de qualidade a nível mundial.
Entre os 500 candidatos foram seleccionados 100 filmes para exibição, provenientes de 50 escolas espalhadas pelo mundo. A sessão dedicada ao Video Art teve lugar na sexta-feira última, 2 de Dezembro, no Chelsea College of Art and Design, em Londres, com a apresentação dos filmes dos alunos Jorge Sousa, Lucas Almeida, Ricardo Brito, David Etxeberria Marlene Santos, Susana Anágua, Andreia Nobrega e Rita de Sousa Pimenta, respectivamente.
De referir que Portugal encontra-se ainda representado com mais dois filmes nas secções de Documentário e Ficção, pela Universidade Católica Portuguesa e pela Escola Superior de Teatro e Cinema, respectivamente.
REGIÃO DE LEIRIA
Politécnico edita
livro
O livro ‘A Região de Leiria - Identidade e desenvolvimento, um percurso histórico e geográfico’, obra coordenada pela docente Alda Mourão Filipe, da qual são co-autoras as professoras Dina Duarte Alves e Graça Poças Santos e a diplomada pelo Instituto Politécnico de Leiria (IPL), Joana Soares, acaba de ser editado pelo Instituto Politécnico de Leiria.
«A publicação, que se integra nas iniciativas que assinalam o 25.º aniversário do Instituto, testemunha o trabalho que temos desenvolvido em prol do desenvolvimento do país e da região em que estamos inseridos», referem as autoras.
Na cerimónia de apresentação realizada no final de Novembro, o Presidente do IPL, lembrou que “o desafio para produzir uma obra que representasse os 25 anos do Instituto e uma homenagem do mesmo à Região que o acolhe, não podia ter sido melhor
correspondido por esta equipa”, afirmou Luciano de Almeida.
A apresentação da obra esteve a cargo de João Serra, Chefe da Casa Civil de Sua Excelência o Presidente da República e professor deste Instituto. “Oportunidade do tema, mérito da iniciativa editorial do IPL, qualificação da equipa de autores à frente da qual está uma professora e investigadora que recebe a admiração dos seus colegas e admiradores, entre os quais me incluo”, foram as palavras de abertura da intervenção do professor João Serra.
A coordenadora, Alda Mourão Filipe, considerou esta obra “uma feliz ideia” do Presidente do Instituto Politécnico de Leiria, justificando que, “é bastante importante que uma Instituição de Ensino Superior apresente uma obra sobre a Região, principalmente numa região onde nós continuamos a sentir a carência duma obra que de alguma maneira nos possa apresentar para o exterior”.
A encerrar a cerimónia, Luciano de Almeida anunciou que, já no próximo ano, o livro será editado em inglês na sua versão integral. Os presentes neste evento puderam ainda apreciar um conjunto de trabalhos de alunos da Escola Superior de Artes e Design, no Edifício sede do IPL, e que poderá ser vista até ao dia 2 de Dezembro.
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