Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VIII    Nº94    Dezembro 2005

Politécnico

CASTELO BRANCO

Arco da Velha associado

Uma associação aberta a novas ideias no âmbito da dinamização cultural e empenhada na concretização dessas mesmas ideias é o que promete ser a Arco da Velha, a Associação Juvenil de Dinamização Socio-cultural de Castelo Branco. A nova entidade acaba de ser apresentada e já tem em curso a primeira iniciativa na Casa do Arco do Bispo, a exposição “Poesia de Resistência”, que estará patente ao público até 15 de Dezembro.

Receptiva a receber pessoas de todas as idades e projectos de todas as áreas da cultura, a Arco da Velha surge para colmatar “a falta de uma oferta cultural direccionada para os mais jovens”. Um trabalho também feito por albicastrenses jovens, uma vez que 75 por cento dos órgãos sociais têm menos de 30 anos, o que permite à associação integrar a Rede Nacional de Associações Juvenis.

Muitos dos elementos dos órgãos sociais estão ou estiveram a estudar fora de portas, onde aprenderam novas formas de dinamizar projectos, o que agora querem implementar em Castelo Branco, cidade onde, por tradição, não faltam conteúdos nem pessoas, mas sim eventos. “É possível fazer coisas em Castelo Branco. Temos muita gente que é reconhecida fora daqui, seja na pintura, na poesia, na música ou na literatura”, afirmam.
É com um espírito de grupo forte e sob o lema “quem quer fazer, faz” que têm já alguns projectos, os quais passam por “levar a cultura para a rua”, organizando iniciativas em espaços nobres como a Praça Velha, o Jardim do Vaz Preto, o Passeio Verde. Algo que querem fazer com passos curtos, mas seguros e com apoios, como o que já receberam da Escola Superior de Educação
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POLIEMPREENDE

Desafio a duas mãos

O Instituto Politécnico de Castelo Branco acaba de apresentar a terceira edição do concurso Poliempreende, o qual pela primeira vez junta os institutos politécnicos de Castelo Branco e da Guarda. Aliar o saber ao saber fazer é uma das ideias chave desta iniciativa do Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional do Instituto Politécnico de Castelo Branco. 

Assim, ao Politécnico albicastrense, Câmara Municipal e ao Nercab juntam-se agora o Instituto Politécnico da Guarda, bem como a respectiva autarquia e o Núcleo Empresarial da Região da Guarda, alargando a iniciativa aos dois distritos. Os responsáveis destas seis instituições estiveram presentes em Castelo Branco na apresentação pública do projecto, que na edição de 2006 terá mais algumas novidades. Uma das mais significativas é a associação da Bi Inova, um projecto de promoção do empreendedorismo na Beira Interior, apoiado pela União Europeia, que pretende, entre outros objectivos, criar um espírito promotor do empreendedorismo junto do ensino superior.

Outra novidade é a distribuição dos prémios de cinco, três e dois mil euros, com a entrega das verbas em fases. Os projectos ganhadores recebem na cerimónia de entrega um valor correspondente a 30% do prémio, tendo acesso aos restantes 70% apenas quando o projecto for concretizado, uma distribuição que para o presidente do Ceder serve “para reforçar que o dinheiro não está por detrás, o importante é o empreendedorismo” diz Luís Pinto de Andrade.

O responsável pelo Ceder reforça os objectivos do concurso acrescentando que o mesmo pretende ensinar aos estudantes, mas também os professores, como é que deve ser constituída uma empresa. Como é destinado a estudantes de graduação ou pós-graduação das escolas dos dois politécnicos, Luís Pinto de Andrade sublinha que o que se pretende é também a fixação de quadros nas regiões em que são formados, evitando assim a chamada fuga de cérebros. Os pormenores do concurso, bem como a ficha de candidatura, já podem ser consultados no sítio do Ceder na Internet . A 14 de Junho de 2006 o júri revela quem tem ideias e vontade de as fazer.

Na hora de lançar mais uma edição do Poliempreende, Luís Pinto de Andrade diz que os resultados alcançados com as edições anteriores já estão à vista. Segundo o responsável pelo Ceder, “os primeiros classificados deste ano já estão a constituir uma empresa” numa área que é também inovadora: a da criação de casas inteligentes.

Edgar Nunes e Luís Alves criaram a DomoTécnica e dizem que o prémio Poliempreende funcionou como “uma mais valia impulsionadora para a concretização da nossa ideia”, refere o testemunho deixado na página da Internet do Ceder
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MIL CRIANÇAS

ESE vai ao 1º Ciclo

Cerca de mil crianças das escolas do 1º ciclo, do pré-escolar e jardins de infância de Castelo Branco participaram, de 21 a 27 de Novembro na Semana da Ciência e da Tecnologia, numa iniciativa promovida pelo departamento de Ciências e matemática da Escola Superior de Educação. «O Jardim de Outono – O Solo de Outono» foi o tema escolhido e de acordo com Margarida Afonso, directora daquele departamento, o trabalho que envolveu docentes e alunos da ESE pretendeu “valorizar os aspectos multi e interculturais, bem como o desenvolvimento global e integrado de conhecimentos, de capacidades, de atitudes e de valores que conduzam a uma melhoria da Educação Científica”.

As actividades propostas foram ao encontro de temas abordados no pré-escolar e na escolaridade básica, bem como na formação de professores e educadores, envolvendo investigadores e docentes do Departamento de Ciências e Matemática da Escola Superior de Educação (Dolores Alveirinho, Helena Tomás, Lurdes Cardoso, Margarida Afonso e Paulo Silveira).

Segundo aquela responsável a iniciativa envolveu 77 crianças e 4 educadores do Pré-Escolar, 657 crianças e 35 professores do 1º ciclo do Ensino Básico, dois jardins de infância (Dr. Alfredo Mota e Valongo), e seis escolas do 1º ciclo do Ensino Básico: Granja, Matadouro, Mina, Sª. Piedade, S. Tiago e Valongo
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POLITÉCNICO DE PORTALEGRE

Instituto com vigor, mas sem Piddac

O presidente do Instituto Politécnico de Portalegre aproveitou a cerimónia que assinalou o dia daquela instituição (25 de Novembro), para tecer algumas críticas ao Poder Central, lembrar que o meio envolvente anda distraído e que, apesar de jovem, o IPP conseguiu uma taxa de colocação de novos alunos muito positiva.

Nuno Oliveira foi claro nas ideias apresentadas numa cerimónia que serviu para atribuir os diplomas de mérito aos funcionários (docentes e não docentes) mais antigos, e aos melhores alunos (prémios atribuídos por diversos parceiros). “Referi quando tomei posse, a 13 de Maio, que os problemas do Instituto passavam pela fixação administrativa de vagas, o fraco número de alunos da região, a cultura social instalada, o corporativismo académico, a incapacidade atractiva do Distrito, o reduzido peso político aqui existente e alguma distracção do meio envolvente. Infelizmente tais problemas confirmaram-se e outros surgiram como a ausência de qualquer financiamento em Piddac para os serviços centrais e a manutenção, para 2006, de um orçamento já deficitário em 2004”.

Perante estes factos, Nuno Oliveira sublinhou que o Instituto “é jovem e por isso dispõe de agilidade, da força da vida e da criatividade que outros mais velhos não têm. Mas não nos podem exigir muito mais”. A comemoração do Dia do Instituto foi feito “num momento particularmente difícil da vida económica e financeira, mais igualmente na perspectiva da vida académica e social”. 

Apesar das dificuldades, diz Nuno Oliveira, garante que muitos dos objectivos anunciados quando tomou posse para este mandato foram cumpridas. Exemplos disso é o facto das matrículas dos alunos se poderem fazer pela Internet, do lançamento digital das classificações dos estudantes e a vídeo-conferência. Mas há outros dados que Nuno Oliveira destaca: “a Escola Superior Agrária de Elvas já funciona em instalações próprias e uma outra candidatura para a restante obra está a ser analisada pelo POCI, o contrato para a construção da Cantina Central foi assinado, o arquivo documental do Instituto será objecto de micro-filmagem, o espaço do sótão dos serviços centrais foi recuperado, instalando-se aí a Associação de Antigos Alunos, e os campus virtuais já funcionam em pleno”.

Perante aquelas metas cumpridas, Nuno Oliveira exige mais respeito e atenção da tutela e de outros potenciais parceiros para com o “Instituto Politécnico de Portalegre”. 

BOLONHA. No entender de Nuno Oliveira, a implementação do Processo de Bolonha é vista como mais uma oportunidade. Por isso garante que os dirigentes do instituto e das escolas tem vindo a reflectir sobre a situação académica resultante daquele processo. “Além disso, já se analisaram ao nível dos diversos órgãos e escolas as eventuais propostas de oferta formativa para 2006/07”.

 

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