Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VII    Nº80    Outubro 2004

Destaque

SUPERIOR DE GESTÃO

Escola é referência nacional

Com cerca de 700 alunos, a Escola Superior de Gestão do Instituto Politécnico de Castelo Branco, constitui uma referência a nível nacional. A ministrar quatro cursos de formação inicial (Contabilidade e Gestão Financeira, Solicitadoria, Recursos Humanos e Marketing), a instituição é hoje, no entender do seu presidente, João Ruivo, “uma escola sólida, que apresenta dois cursos tutelados por Ordens e que permite aos seus alunos uma rápida inserção no mercado de trabalho”.

Uma das novidades para o corrente ano, onde foram preenchidas todas as vagas de acesso disponíveis, prende-se com o protocolo que deverá ser assinado com a Câmara de Solicitadores, o que à semelhança do acordo com a Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas, permitirá a inscrição dos diplomados no curso de solicitadoria naquele organismo, ficando dispensados de determinadas provas.

No entender de João Ruivo, a escola que nos últimos anos teve um desenvolvimento assinalável, deverá manter a oferta da formação inicial para o ano 2005/2006. “A aposta passa agora por desenvolver a qualificação do corpo docente, sobretudo ao nível da área jurídica que este ano foi criada na escola”. Outra das apostas passa por realizar jornadas nas áreas da Contabilidade e Gestão Financeira, Recursos Humanos e do Marketing.

E se a formação inicial se vai manter, ao nível das pós graduações, a ESG irá avançar, em colaboração com a Universidade do Minho, com um mestrado na área da Administração Pública. Esta será a primeira formação do género a ser ministrada pela Escola, e irá decorrer em Castelo Branco às sextas-feiras e sábados.

O crescente número de alunos que a escola tem tido fazem com que necessite de mais salas. A autarquia cedeu mesmo um edifício localizado junto à escola, onde João Ruivo espera instalar “mais três salas de aula e gabinetes para docentes. Neste momento seria importante termos mais essas salas. O ante-projecto já está feito e seria bom que a obra pudesse avançar neste ano lectivo”. Ainda assim, ao nível de instalações, a Escola Superior de Gestão apresenta elevada qualidade. Todas as salas estão equipadas com ar condicionado, há várias salas de informática ao dispôr dos estudantes, assim como meios audiovisuais para a apresentação e elaboração de trabalhos. 

A prestação de condições de excelência aos alunos que frequentam a escola, tem sido uma preocupação da escola, que renovou o acordo com a Universidade de Aveiro, o que permite a realização da disciplina de Simulação Empresarial, e com os Simuladores de Estratégia e Gestão, que permite a que a escola tenha dois grupos a concorrer no desafio Gestão Global, integrado numa disciplina de quinto ano do curso de Contabilidade e Gestão Financeira. A um outro nível, está também a decorrer um curso de recuperação para a disciplina de matemática, e um curso livre SPSS, num total de 40 horas, o qual atribuirá um certificado.

Outra obra que deverá estar pronta brevemente será a nova pousada de estudantes “que a Câmara irá construir e que virá solucionar o problema da residência de estudantes da Escola já estar cheia”. Este bom entendimento entre a autarquia e a escola fica também evidenciado com a abertura do Centro Incubador de Empresas, no qual a ESG desempenhará um papel importante. 
João Ruivo destaca ainda o programa de tutorias implementado pela escola, o que tem permitido detectar e solucionar problemas que afectam os alunos, mesmo que não sejam estritamente escolares. E o apoio aos alunos não se fica por aqui. Para os alunos que chegam a Castelo Branco nos domingos à noite, a Escola fretou um autocarro para os transportar até Idanha-a-Nova.

 

 

 

FERNANDO RAPOSO TEM NOVO PROJECTO

Esart cria nova orquestra

A Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco vai criar uma nova orquestra com um menor número de membros, a qual terá um cariz quase profissional e deverá realizar cerca de 15 concertos no primeiro ano de funcionamento. A estrutura será apresentada oficialmente em Fevereiro ou Março de 2005 e complementará as actividades da Orquestra Sinfónica da Esart, que actualmente realiza entre seis e nove concertos anuais, mas sempre nas épocas de Novembro, Março e Junho.

A garantia é do director da escola, Fernando Raposo, para quem a nova estrutura será “flexível e de composição variável, com uma média de 25 instrumentistas”, tendo como meta oferecer concertos com um carácter regular e podendo “funcionar como uma extensão da própria Orquestra Sinfónica”. De caminho, admite aumentar o número de concertos nos anos seguintes, concertos esses em que serão privilegiadas “obras de autores portugueses”.

Naquela orquestra será privilegiada a entrada a finalistas da Esart dos cursos de instrumento, “uma vez que é uma forma de integração na vida activa”, os recém licenciados da Esart e de outras escolas do país, bem como músicos profissionais, sendo que todos eles terão de ser remunerados. Nesse sentido, Fernando Raposo espera que cheguem os apoios de autarquias e de outras instituições.

Mas as novidades na Esart não ficam por aqui, pois o Fórum da Imagem, que se realizava de dois em dois anos, passa a ter carácter anual, com a próxima edição a decorrer já entre Fevereiro e Março. Também o Simpósio de Moda, que este ano se realizou pela primeira vez e contou com um desfile muito participado, passa a ser anual. A próxima edição irá decorrer em Junho de 2005 e poderá ser o pontapé de saída para um conjunto de actividades que poderá “retomar o espírito das festas da cidade”.

Ao nível das actividades lectivas, a escola conta este ano com mais de 500 alunos, sendo mais de 100 na área da música e cerca de 400 entre as Artes da Imagem, Design Moda e Têxtil e Design de Interiores. Para isso, nas instalações que a escola tem na Quinta da Superior Agrária foram realizados alguns melhoramentos, casos da recuperação de vários espaços e da criação de uma sala de informática. “A escola está a crescer, pelo que, enquanto não avançar o novo edifício, teremos problemas de espaço todos os anos”.

Apesar das limitações, continuam a ser equacionadas novas formações, como é o caso do teatro, onde “a escola não avançará sem fazer uma leitura muito atenta do que se passa a nível do País”. Já os planos de estudo das formações actuais deverão ser revistos, pois o primeiro ciclo do ensino superior deverá passar a ser de três anos e não de quatro. A par desse esforço, continua a formação do corpo docente, estando neste momento oito professores a concluir doutoramento e nove em mestrado, pelo que em 2006, os professores a tempo integral deverão ter, no mínimo, o mestrado.

Em termos de relação com a comunidade, a escola tem como objectivos continuar a prestar serviços culturais, caso da edição de suportes multimédia e vídeo. Já em Fevereiro deverá surgir um DVD e um CD-Rom sobre todos os frescos (pintura mural) existentes ao nível do Interior. Continuará ainda a edição de livros e de trabalhos na área da música, além de uma revista on-line que pretende ser um espaço de opinião sobre música, artes visuais e teatro, cujos melhores artigos serão publicados em papel no ano seguinte.

 

 

 

ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO

Centro Desportivo em 2005

A Escola Superior de Educação deverá acolher o Centro de Formação Desportiva do Politécnico de Castelo Branco, que deverá ser criado em 2005, tendo como objectivos a formação de monitores, atletas, treinadores, árbitros, bem como potenciar o desporto escolar, federado e de lazer em toda a região. Esta é, pelo menos, a esperança do director da escola, José Pires, para quem os três primeiros passos para a criação do centro estão dados.

Até final do ano decorre na ESE um curso de árbitros ministrado pela Federação de Andebol de Portugal, sendo que os técnicos daquela federação poderão ter intervenção no curso de educação física, ao nível da formação complementar. Já em Fevereiro de 2005 deverá entrar em funcionamento na ESE a primeira sala de esgrima de todo o Interior do País, a qual terá como responsável um mestre de armas internacional. Nesta sala, além da iniciação para jovens, crianças e adultos, decorrerá a formação de monitores, ministrada aos alunos da ESE. Além disso, em 2005 “haverá um evento relevante de esgrima em Castelo Branco”.

Finalmente, a escola será ainda palco da formação de monitores que vão dinamizar o centro gira-vólei que a ESE se propõe criar em conjunto com os agrupamentos de escolas de Castelo Branco. Após este passo, o Centro já terá condições de funcionar em pleno, e poderá alargar facilmente as suas actividades, uma vez que a direcção da escola tem vindo a assinar protocolos com diversas federações nacionais.

Para já há protocolos com as federações de andebol e esgrima, devendo ser assinado um outro, ainda em Outubro, com a Federação Portuguesa de Voleibol. Na calha estão protocolos com as federações de Badminton, Lutas Amadoras, Tiro com Arco, Canoagem e ainda com a Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes. “Estes protocolos visam a formação de treinadores, monitores, árbitros ou juízes, que será ministrada a licenciados pela ESE e a profissionais da área de influência da ESE”, adianta José Pires.

Já em termos de escola e da formação inicial, José Pires considera que as colocações “corresponderam às expectativas”, sobretudo no novo Curso de Serviço Social, o qual foi preenchido e com as notas mais elevadas dos alunos que entraram na ESE. Já o Curso de Formação de Professores, na Variante de Matemática e Ciências não vai funcionar no primeiro ano, devendo ser suspenso no próximo ano, mas já estão a ser estudadas alternativas formativas, como aconteceu com a criação do Centro de Línguas, na sequência do encerramento de Português/Inglês e Português/Francês.

“O Centro é um projecto único no País que está em execução, que tem correspondido às expectativas, pelo que tem perspectivas de desenvolvimento interessantes, quer ao nível do Politécnico, quer na prestação de serviços à comunidade”. Ali é possível frequentar cursos de inglês, francês, russo, espanhol e alemão, cursos esses adaptados às necessidades dos interessados.

Finalmente, em termos de formação pós-graduada, no início de 2005 a ESE vai avançar na área de Centros de Recursos Educativos, “para docentes que querem intervir na organização, dinamização e desenvolvimento de centros de recursos virados para as TIC”. Outra área será a de formação em Biblioteconomia, com intervenção ao nível das escolas e da própria comunidade, pois será reconhecida pela Associação Profissional de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas (BAD).

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