Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VII    Nº73    Março 2004

Politécnico

INVESTIGAÇÃO DA ESE DE CASTELO BRANCO AVISA

Crianças da cidade em risco

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que as crianças dos 7 aos 12 anos devam realizar actividades que elevem o seu ritmo cardíaco acima de 140 pulsações por minuto durante vários momentos de uma semana dita normal. Essa será uma condição fundamental para evitar a imobilidade precoce, a qual estará na origem de muitas doenças cardio-vasculares, que acontecem cada vez mais cedo, registando-se muitos casos em idades entre 30 e 40 anos.

Acontece que um estudo realizado por docentes e alunos da Escola Superior de Educação de Castelo Branco revelou que os alunos das escolas do 1º Ciclo estarão muito aquém dos valores desejados pela OMS, o que poderá ter consequências graves em termos futuros.

De acordo com António Faustino, docente da ESE que está no projecto de investigação desde o início dos anos 90, dos 2700 minutos em que uma criança exerceu uma actividade normal, ou seja, descontando os tempos de actividade escolar e de sono, apenas atingiu as 140 pulsações durante 55 minutos, valor que considera muito reduzido. A isto ainda acrescia que desse 55 minutos, nem todos diziam respeito a actividade física, mas alguns deles eram relativos a momentos de emoções mais fortes, ao ver, por exemplo, séries animadas como o Dragon Ball.

Para combater estes números preocupantes, a ESE está a desenvolver actividades em várias escolas do 1º Ciclo, o que tem dado resultados em termos de progressos da condição física. Porém, como a intervenção integra o know how do projecto da psicomotricidade que funcionou no Centro de Área Educativa, os alunos estão a adquirir conhecimentos que poderão eventualmente transferir para outros contextos, como acontece com os progressos em termos de lateralidade ou de concentração nas actividades desenvolvidas, entre outros.

O trabalho, que conta com colaboração internacional, vem de anos atrás, mas a intervenção no terreno começou em 2002. “Conseguimos autorização para trabalharmos dentro das escolas, pelo que oferecemos aulas adicionais de actividade física”. Este plano encaixou no projecto de Psicomotricidade existente no CAE (coordenado por Maria João Proença), inicialmente dirigido a crianças com necessidades educativas especiais. “Como os conteúdos abordados na psicomotricidade têm a ver com o conhecimento e domínio de aspectos de ordem corporal, e porque há problemas de aprendizagem associados à ausência desse conhecimento e domínio, achámos que seria fundamental”.

Em causa estão noções como «direita», «esquerda», «à frente», «atrás», cujo fraco domínio por levar a distinguir mal certas letras, como o «d» do «b». Ora, são essas e outras noções, que são trabalhadas a fim de serem apreendidas através do exercício físico.

Esse grupo desenvolve um estudo longitudinal, ou seja, acompanha os alunos das turmas ao longo de todo o 1º Ciclo, procedendo todos os anos a testes antes da intervenção feita com as turmas e a um grupo de outros testes (força, velocidade, resistência, além dos de coordenação corporal) feitos no final da intervenção, para registar os progressos em termos de condição física.

Em termos de resultados, verifica-se para já que “as crianças sujeitas ao programa melhoram significativamente os resultados em termos de condição física”. Algo que podia não ser válido cientificamente, pois, ao longo do estudo longitudinal, as crianças crescem e podem ter melhores desempenhos derivados do crescimento
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ESTG LEIRIA

Dias abertos em Março

O Instituto Politécnico da Guarda está a ampliar as instalações da Escola Superior de Enfermagem. Com as transformações em curso vão ser disponibilizadas mais salas de aulas e novos gabinetes destinados aos professores. De referir que, com a intervenção operada, é assim viabilizada a ligação interior entre os vários edifícios. As obras envolvem um custo de 405 mil euros.

Recorde-se que a Escola Superior de Enfermagem aguarda a sua transformação em Superior de Saúde. O processo é longo e tal como o Ensino Magazine divulgou, na sua edição de Janeiro deste ano, é um objectivo do actual presidente, Abílio Figueiredo, que continua a envidar todos os esforços para que aquela instituição seja transformada em Superior de Saúde. 

No processo que desencadeou em Agosto do ano passado e que agora ficou completo, Abílio Figueiredo recorda que reuniu com as principais forças vivas do Distrito, casos do Governador Civil, deputados na Assembleia da República, presidente da Câmara, coordenadora da Sub-Região de Saúde, presidentes das três principais unidades de saúde da região da Beira Interior, Universidade da Beira Interior e directores das escolas do IPG. 

Das reuniões realizadas, aquele responsável sublinha a sensibilidade, receptividade e empenho no sentido da convergência para a concretização de uma prioridade essencial: “a conversão da Superior de Enfermagem em Superior de Saúde”. As reuniões serviram para demonstrar também qual o caminho a seguir no que respeita a novas formações, que no entender das instituições de saúde devem ser nas áreas da “farmácia, radiologia e anatomia patológica”.

Abílio Figueiredo, no documento que enviou ao nosso jornal reforça a necessidade da transformação da escola em Superior de Saúde, e lembra que é “absolutamente decisivo que as instituições que apoiam o projecto da Escola façam valer as vantagens e os benefícios para a região, e sobretudo para os jovens interessados nos cursos da área da saúde, quer junto da Ministra da Ciência e do Ensino Superior, quer do Governo”.

A conversão da Escola é, diz Abílio Figueiredo, “um desafio para o futuro, que pressupõe a implementação de vectores direccionados para a mudança, a inovação, criatividade, qualidade e excelência e cooperação de igual para igual com as instituições da Região”. Além disso, diz aquele responsável, “essa conversão arrasta consigo uma nova centralidade, quer para o Instituto Politécnico, quer para a cidade da Guarda”. Daí que outra das apostas da Escola passe também por alargar o intercâmbio com a cidade de Salamanca na área da saúde”.

 

 

 

IPG

Biblioteca virtual

O Instituto Politécnico da Guarda acaba de assinar um protocolo de cooperação com a Fundação para a Computação Científica Nacional no âmbito do qual é garantido a adesão ao projecto Biblioteca Científica Digital (BCD).

A BCD tem por objectivo principal disponibilizar o acesso à comunidade científica e académica nacional a um conjunto de publicações científicas de reconhecida qualidade.

As publicações disponibilizadas (em formato electrónico) no quadro desta iniciativa serão todas as que as editoras com quem a Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN) celebre contratos. Actualmente há já acordos com a Elsevier, Wiley. Kluwer e Springer, entre outras editoras.

O acesso electrónico ao conjunto de publicações científicas que integram a Biblioteca Científica Digital é facultado a todos os utilizadores que o façam a partir de endereços IP (Internet Protocol) atribuídos à instituição aderente e que esta pretenda que sejam utilizados para aceder àquela base de dados. No âmbito do protocolo assinado entre o IPG e a FCCN, são considerados utilizadores todos quantos integrem os quadros da instituição ou nela desenvolvam actividade, incluindo, nomeadamente, docentes, pessoal técnico, estudantes e bolseiros.

Neste contexto, a FCCN prevê disponibilizar, a partir deste mês de Março, um portal que permitirá o acesso a um vasto conjunto de publicações (mais de 3000), que integrarão a Biblioteca Científica Digital. O referido portal vai conter a informação necessária para se poder aceder às publicações, disponibilizará um motor de busca e várias funcionalidades.
Entre estas inclui-se a possibilidade de pesquisa simultânea nas bases de dados das editoras que disponibilizem publicações na Biblioteca Científica Digital; a pesquisa por palavra-chave, por autor, título de publicação, ano de publicação, editora ou área temática; a possibilidade de visualização de resumos dos artigos e de impressão desses trabalhos.

No preâmbulo do protocolo é sublinhada a contínua e crescente expansão do número de artigos e de publicações de natureza científica pelo que se acentua a necessidade de existirem instrumentos adequados ao seu acesso, por parte da comunidade académica e científica. Por outro lado, é reconhecida, como essencial para potenciar a capacidade de investigação da comunidade académica e científica nacional, a vantagem de um acesso permanente, e actualizado, ao texto integral dos artigos, bem como a sua difusão generalizada.

 

 

 

POLITÉCNICOS DE TOMAR

Tunas animam cidade

A Tuna Templário do Instituto Politécnico de Tomar realiza, no próximo dia 27 de Março, o seu III Templário - Festival Internacional de Tunas da Cidade de Tomar. A iniciativa começará com um desfile das tunas pelo Centro Histórico da Cidade pelas 15h00, com o intuito de possibilitar a convivência da população com as tunas envolvidas. Logo após ao desfile, terá início a Serenata Monumental na Praça da República.

O Festival irá realizar-se no Cine-Teatro Paraíso pelas 21 horas do mesmo dia. Presente e a abrir o certame está a Tuna Académica do Liceu de Évora (TAE), em posição de extra-concurso. A concurso, estarão a Tuna Universitária do Instituto Superior Técnico (T.U.I.S.T), a Tuna do Instituto Politécnico de Santarém (Scalabituna), a Estudantina Universitária de Lisboa (EUL), a Tuna de Medicina de Córdoba, e a Tuna de Derecho de Sevilla (não sendo esta a ordem de actuação no certame), estando estas sob a apresentação do Grupo de Jogralhos do Minho, numa festa de cor e música que demonstra a cultura e tradição juntas no mais cordial ambiente académico, de Tomar.

 

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