Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VII    Nº76    Junho 2004

Politécnico

CASTELO BRANCO

Novos cursos no Politécnico

Os cursos de Serviço Social, Solicitadoria, Radiologia e Cardiopneumonologia deverão ser os quatro novos cursos que se vêm juntar às várias dezenas de licenciaturas ministradas nas seis escolas superiores do Instituto Politécnico de Castelo Branco. Uma fonte contactada por nós, revela que o processo está bem encaminhado, pelo que tudo indica que aquelas licenciaturas venham a ser aprovadas. Se assim acontecer, os candidatos ao ensino superior terão mais quatro boas opções a escolher entre os mais de 30 cursos ministrados no Politécnico de Castelo Branco.

Difícil parece estar a aprovação do curso de medicina veterinária, apesar dos fortes argumentos apresentados pela Escola Superior Agrária de Castelo Branco, como a qualidade dos cursos que ministra e as instalações (classificadas como umas das melhores do país). De referir que para o próximo ano lectivo o Instituto Politécnico de Castelo Branco vai abrir mais de mil vagas.

Como já esclareceu Valter Lemos, presidente da instituição, os “cursos em causa são estruturantes, e referem-se a áreas de formação consolidadas. Por outro lado são ofertas formativas que não existem na região e onde há necessidade de diplomados no País”.

No entender do presidente do Politécnico de Castelo Branco não há razões para que os cursos não venham a ser aprovados, pois ao nível da rede formativa, da necessidade e da articulação está tudo bem. Estamos a apostar em cursos com profissões bem definidas. E não se pode dizer que não são cursos politécnicos!”.

Assim, as novas ofertas formativas envolvem quatro das seis escolas do Politécnico. A Escola Superior de Educação do IPCB propõe-se abrir o curso de Serviço Social. “A ESE vai encerrar alguns cursos na área das línguas, pelo que com a abertura do novo curso colocará os recursos da escola ao serviço da Região. Além disso, estamos a falar de uma área estratégica, em que não há qualquer oferta formativa no País”, justificou, aquando da apresentação destas ofertas formativas ao ministério, Valter Lemos.

O curso de Solicitadoria é outra das apostas do Instituto Politécnico de Castelo Branco, através da sua Escola Superior de Gestão. “A nível nacional só existe um curso nessa área a funcionar no país. Portugal está a necessitar, cada vez mais, de técnicos superiores nesse sector, pelo que o curso é necessário e deve ser aprovado pelo Ministério”, esclarece Valter Lemos.

Ainda em relação à Escola Superior de Gestão do IPCB, sublinhe-se o protocolo com a Universidade do Minho, que permitirá a abertura, em Outubro, de um mestrado na área da Administração Pública. “Esse curso insere-se na nossa estratégia de promover mestrados e pós-graduações. Mais uma vez escolhemos um parceiro credível que garante a qualidade da formação, pois a Universidade do Minho é uma das instituições de ensino superior a ministrar cursos nessa área”.

A Escola Superior de Saúde do IPCB apresentou também duas propostas, nas áreas da Radiologia e da Cardiopneumonologia. “São áreas importantes que só ainda não tinham sido propostas devido à falta de espaços com que se debate a escola”. O que deixará de acontecer com as novas instalações a construir no campus politécnico.

 

 

EST DE CASTELO BRANCO É IMPAR NO INTERIOR

Formação certificada mundialmente

A Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco é já a sede da mais recente Academia Regional Cisco, a nona no País e a primeira no Interior, a qual vai permitir aos alunos da EST a obtenção de formação na área das redes de computadores, uma formação certificada em termos mundiais, ou não fosse a Cisco a maior produtora mundial de equipamento networking.

De acordo com o director e sub-director da EST, respectivamente Armando Ramalho e Carlos Alves, “os alunos da escola, tendo acesso à formação da Academia e concluindo-a com êxito, podem encontrar emprego em qualquer parte do mundo. É que, só em termos europeus, estima-se que sejam necessário cerca de 65 mil técnicos de redes de computadores”.

Além da vantagem em termos de mercado de trabalho, o facto da Academia Regional Cisco funcionar na EST permite que os alunos dos diferentes cursos tenham acesso aos equipamentos mais modernos em termos de redes. Os que fizerem a formação da Cisco ficam ainda com uma conta na página da Cisco, além de terem acesso a material didáctico que lhes garante informação e soluções sempre actualizadas.

Outra vantagem estará no preço da formação. Actualmente uma formação da Cisco pode chegar aos dois mil euros, mas os alunos da escola poderão beneficiar dessa formação a preços quase irrisórios, preços esses que serão mais elevados para os ex-alunos, mas ainda assim inferiores aos praticados para o público em geral. Para aqueles responsáveis não haverá assim entraves ao desenvolvimento da estrutura.

“Podemos dizer que os alunos que escolherem a nossa escola vão sair com uma licenciatura, mas também com uma certificação profissional reconhecida mundialmente. Essa é uma grande vantagem, pois abre-lhes uma janela de oportunidade em termos globais”. 

SETEMBRO. A Academia deverá entrar em funcionamento em Setembro próximo e irá ministrar formação na área das redes de computadores. Para isso conta com três docentes que terminam ainda este mês a formação de formadores no estrangeiro. Estes formadores poderão depois formar outros formadores, designadamente os que vão trabalhar nas academias locais, as quais dependem da academia regional.

Inicialmente, o projecto de criação de uma academia regional Cisco na EST obrigava à criação de duas academias locais, estruturas abaixo das regionais, das quais estão dependentes. Ao nível da escola foram criadas três, nomeadamente nos departamentos de Informática, Electrotecnia e Tecnologias de Informação.

Fora da escola estão previstas mais duas, ambas em escolas profissionais, uma em Idanha e outra na Sertã, podendo surgir brevemente uma terceira no Distrito e uma outra fora do Distrito, uma vez que as academias locais Cisco não precisam de estar associadas com a academia regional geograficamente mais próxima, mas com uma à escolha. Por isso mesmo, até a academia local Cisco da Universidade de Lodz (Polónia) está em negociações para receber formação na academia regional que funciona na EST.

Estas estruturas estarão abertas ao público em geral para ministrarem formação Cisco nos locais onde estão instaladas, tendo ainda como vantagem a possibilidade de cativarem alunos daquelas escolas para estas áreas, uma vez que aqueles estabelecimentos passam a ter as condições ideais em termos de equipamento.

IDEIA. A vontade de haver uma academia Cisco a funcionar na EST de Castelo Branco já tem anos, mas acabou por nunca avançar, mesmo tratando-se inicialmente de uma academia local. “Quando chegámos à direcção da escola demos força ao grupo de docentes que tivera a ideia da academia”, explicam.

A ideia passava agora por uma academia regional, mais autónoma em termos de organização da informação. Nesse sentido, foi criada uma equipa para acelerar o processo, resolvendo problemas administrativos, financeiros e burocráticos. “A capacidade de resolução desses problemas foi excelente, pelo que só a forma como decorreu o processo facilitou a criação da Academia Regional Cisco na EST”, adiantam.

Com o projecto no terreno (o protocolo foi assinado em Março) e com a abertura marcada para depois das férias, numa primeira fase a Academia Cisco estará mais disponível para os alunos, mas depressa será aberta ao público em geral. E se neste momento a formação versa redes de computadores, no futuro poderá haver formação em wireless ou em tecnologias informáticas.

A esperança final é que esta possa ser a alavanca que faça abrir outras academias, sejam elas da Microsoft ou de outras empresas de renome em termos mundiais. Afinal quem sai a ganhar são os alunos. E se a formação exige muito trabalho e dedicação (tem uma forte componente prática), a verdade é que obriga ainda à realização de um exame mundial, o qual é feito país a país. No caso português pode ser feito em Lisboa, mas está em negociação a possibilidade do exame ser feito em Castelo Branco.

 

 

 

I JORNADAS DE HUMOR DO IPB

500 pessoas a rir em Beja

As I Jornadas de Humor do Politécnico de Beja superaram as melhores expectativas, cativando não só estudantes e funcionários das quatro escolas como também a comunidade em geral, tendo juntado mais de 500 pessoas nos edifícios dos Serviços Comuns do IPB e a Escola Superior de Educação (ESEB).

Organizadas pelo Gabinete de Relações Externas do IPB (GRE) e por uma aluna estagiária do 3º ano de Animação Sociocultural da ESEB, decorreram de 25 a 27 de Maio sob o tema Só-Riso - I Jornadas de Humor do IPB e o sucesso conseguido deve garantir a realização da segunda edição já no próximo ano.

O programa do evento, composto por exposições, workshops, actividades teatrais e cinematográficas, teve como ponto alto a Stand Up Comedy, realizada no dia 25 de Maio. Apadrinhados pelos já consagrados comediantes António Castanho e Jorge Serafim, estrearam-se, em palco, alguns alunos das escolas do Politécnico. Daniel Alfarela, Hélio Branco, Pedro Roma e Tonico Maria surpreenderam com um humor requintado as cerca de 350 pessoas presentes naquele evento específico.

O grupo de teatro amador Jódicus ofereceu-nos a peça “Farsa do Mestre Pathelin”, demonstrando que o teatro amador local esconde grandes talentos, deliciando os presentes com esta comédia francesa do séc. XV.

Outro tipo de registo humorístico que se destacou na iniciativa foi o Cinema, com a apresentação do filme “Gato Preto, Gato Branco” que, com o seu hilariante enredo, a aliar cómico e ridículo, divertiu os espectadores.

Ao nível da formação pessoal e profissional, os Workshops revelaram ser uma mais valia, sendo que a Meditação do Riso proporcionou momentos de alienação do mundo exterior que conduziram a uma quietação e concentração pessoal. Por sua vez, o Workshop de Interpretação Humorística apresentou resultados surpreendentes ao nível da representação por parte dos alunos, tendo alguns deles revelado grandes capacidades na arte de representar.

A presença de Carlos Rico no Workshop de Cartoons entusiasmou os presentes, com a sua facilidade de expressão através do desenho, que também se mostraram muito interessados nas técnicas utilizadas na execução de cartoons.

seguinte >>>


Visualização 800x600 - Internet Explorer 5.0 ou superior

©2002 RVJ Editores, Lda.  -  webmaster@rvj.pt