POLITÉCNICO DE VISEU ASSINA PROTOCOLO COM A SIC

Televisão e novos cursos

O Politécnico de Viseu vai abrir cinco novos cursos no próximo ano, casos do de Enfermagem Veterinária, na Superior Agrária, Desporto (variante de Desporto de Recreação), Artes Plásticas e Multimédia, ambos na Superior de Educação, além de Serviço Social e Contabilidade e Auditoria, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego.

A aprovação dos cursos deixa satisfeito o presidente do Politécnico, João Pedro de Barros. “Os cursos propostos foram todos aprovados e vêm colmatar as áreas em que tínhamos mais carências”, refere aquele responsável, que tem agora como meta a transformação da Escola Superior de Enfermagem em Superior de Saúde, o que deverá acontecer em breve, permitindo a abertura de novos cursos já no próximo ano.

O processo está praticamente decidido, mas “uma vez que o Governo entrou em gestão, todas as portarias que faziam essa passagem para Superior de Saúde aguardam que haja uma definição política. Depois da aprovação em Conselho de Ministros e da transformação da escola, poderão avançar três ou quatro novos cursos que temos propostos”.

TELEVISÃO. Outra meta é a mudança de nome da Escola Superior de Educação, que deverá passar a chamar-se Escola Superior de Educação, Comunicação e Artes. “A Escola deu já o seu agrémment. Fizemos a proposta e aguardamos uma resposta positiva do Ministério”, afirma João Pedro de Barros, para quem a alteração do nome significa transformações mais profundas.

No entender do presidente do Politécnico, tal vai permitir inserir no âmbito da escola “a área das Artes, que até agora nem sequer existia”. Viseu pretende assim ultrapassar o impasse em relação à criação de uma escola superior de artes, ao mesmo tempo que minimiza os efeitos da falta de candidatos na área da formação de professores, a qual João Pedro de Barros entende que se prolongará por mais dez anos.

“Deste modo poderemos fortalecer as áreas da comunicação e artes”, afirma, enquanto recorda os investimentos já concretizados na área da comunicação, designadamente um moderno estúdio de televisão que obrigou a um investimento da ordem de um milhão de euros. “São estúdios mais modernos do que os das televisões privadas nacionais, pelo que permitem dar uma formação específica na área da comunicação”.

O estúdio visa ainda a prestação de serviços à comunidade. Está neste momento a ser estudada a hipótese de ser criada a televisão universitária, o que é possível, pois todo o campus está dotado de fibra óptica. Por outro lado, está a ser ultimado um protocolo com a SIC, ao abrigo do qual estarão em Viseu um jornalista e um cameraman em permanência. “Teremos assim condições de emitir a partir de Viseu, através da SIC, pelo que, nessas emissões, ao lado do logótipo da SIC, surgirá o do Politécnico”. O protocolo deverá ser assinado em breve, numa deslocação de Francisco Pinto Balsemão à cidade beirã.

PÓS-GRADUAÇÕES. Em matéria de pós-graduações, o Politécnico continua com sete mestrados e três doutoramentos, cursos realizados em colaboração com a Universidade de Salamanca, bem como com outras universidades portuguesas, mas de futuro existirão condições até para responder até a um centro de pós-graduações, uma vez que o Politécnico tem 40 doutorados, mas dentro de um ano poderá ter mais 105, o número de professores que estão a terminar o trabalho para conseguirem aquele grau académico.

O Politécnico contará então ainda com 323 mestres, pelo que “de futuro poderá ser criado em Viseu, um centro de estudos pós-graduados”, o que poderia estar centrado na futura universidade pública, dando apoio a todas as instituições de ensino superior da região e das regiões limítrofes, como por exemplo Castelo Branco.

É que, muito embora Castelo Branco tenha o Politécnico e a Universidade da Beira Interior, “pode acontecer que existam outros estudos pós-graduados que possam ser feitos em Viseu e que não existam nas outras instituições. Poderá ser o caso de formações na área tecnológica, uma vez que se fala na possibilidade do centro estar ligado a uma universidade alemã, com o apoio da Siemens”.

Apesar de falar assim, João Pedro de Barros considera que neste momento não há nada definitivo, uma vez que o estudo acerca da futura universidade ainda está a ser feito, estando a cargo de Veiga Simão. “Tudo o que se disser a este respeito poderá ser meramente especulativo”, conclui.

ENCONTRO DE ANTIGOS ALUNOS

Convívio e eleições

O III Encontro Anual de Antigos Alunos do Departamento de Gestão da Escola Superior de Tecnologia de Viseu decorreu no passado dia 5 de Junho e contou com a presença de cerca de 130 pessoas, entre antigos alunos, acompanhantes e docentes. Este Encontro ficou marcado pela realização das primeiras eleições para os órgãos sociais da recém constituída AAAdGest - Associação de Alunos do Departamento de Gestão da Escola Superior de Tecnologia de Viseu da qual, nos termos dos respectivos Estatutos, podem fazer parte todos os titulares de um diploma de curso ministrado no âmbito do Departamento de Gestão da ESTV. O grupo que vai conduzir os destinos da Associação no próximo triénio é liderado por Tânia Marques na Assembleia Geral, que inclui ainda Carlos Pereira e Luísa Simões. Na direcção preside Álvaro Gomes, tendo a seu lado José Belarmino Almeida e Adriana Isabel Almeida. Finalmente, no Conselho Fiscal preside Carlos Lázaro, sendo vice Fernando Amaro e secretário Paulo Marques.

Durante a tarde, antes do acto eleitoral, realizou-se um jogo de futebol no campo relvado do Campus Politécnico. O jantar decorreu no Expo Center do Complexo Turístico "The Day After".

A noite, em que reinou a boa disposição, ficou ainda marcada por dois outros momentos. Por um lado, a apresentação da nova página da Associação na Internet (http://www.estv.ipv.pt/dep/dgest/aaadgest/), desenvolvida pelo Departamento Internet & Multimédia da Gabiforma, sob a orientação do antigo aluno João Vasconcelos.
Neste III Encontro estiveram presentes o Presidente e a Vice-Presidente do Conselho Directivo da ESTV, Fernando Sebastião e Isabel Duarte, bem como a Directora do Departamento de Gestão, Elizabeth Matos.

ESTIG DE BEJA

Protecção Civil tem curso

A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Beja vai incluir na sua oferta formativa um novo curso de bacharelato + licenciatura em Protecção Civil, o qual já foi aprovado pelo Ministério da Ciência e do Ensino Superior, ficando assim a ministrar um dos dois cursos superiores de Protecção Civil existentes no País.

Aquele curso pretende formar técnicos com conhecimentos nas áreas de intervenção da protecção civil, com capacidade para planear e gerir potenciais situações de crise e emergências. Estes técnicos devem ter uma formação multidisciplinar com capacidade para analisar e interpretar dados e informações com o objectivo de gerir recursos humanos e materiais. Deverão ainda demonstrar espírito de liderança, capacidade de inovação, moderação e espírito crítico.

As principais saídas profissionais dos formados passam pelos Gabinetes de protecção civil, nos níveis nacional, regional e local; as Autarquias, Institutos e instâncias públicas e privadas com competências ou intervenção nas áreas da protecção civil, Gabinetes de Segurança de empresas públicas e privadas, Técnicos de Protecção Civil em Agências Internacionais, Técnicos de gestão de risco, Consultoria em segurança e gestão de risco, entre outras.

Para o ano lectivo 2004/2005 estão previstas 25 vagas, sendo as provas específicas de acesso ao curso, Matemática ou Economia ou Biologia.

ECOLOGIA

Agrária faz feira

Dar a conhecer algumas das acções que estão a decorrer dentro do tema “Ecologia”, de forma a sensibilizar o público em geral para a importância da preservação e protecção da natureza foi o principal objectivo da I Feira de Ecologia da Escola Superior Agrária de Beja, realizada em Maio e organizada pelo Núcleo de Ecologia da ESA em colaboração com a Associação de Estudantes e de alguns docentes.

Nos Stands, com abertura às 10h e encerramento às 20h, estiveram presentes várias organizações de defesa do ambiente, a Quinta do Freixo, a Nazca - Editora discográfica, com sede em S. Teotónio, a Cooperativa Terra de Vida, um Grupo de Produtores de Agricultura Biológica, a Quercus, o FAPAS (Fundo Para a Protecção dos Animais Selvagens) a LPN (Liga para a Protecção da Natureza), o CEAI (Centro de Estudos da Avifauna Ibérica), a AMALGA e claro, a ESAB com o Centro de Horto-Fruticultura e o nosso ilustríssimo Museu Botânico. 

Foram recebidas aproximadamente 15 escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico e realizadas várias actividades com as crianças. 

No dia 11, fazendo parte do programa da feira foi realizado um colóquio no auditório da ESAB, subordinado ao tão polémico tema “A Caça e a Conservação da Natureza”, com a participação de oradores como Alberto Cavaco (Director dos Serviços de Caça e Pesca do M.A.D.R.P.), José Paulo Martins (Quercus), Jacinto Amaro (Presidente da Fencaça) e João Carlos Claro (Fapas). Tendo-se assim verificado que a caça e a conservação da natureza, são compatíveis, sendo a única forma de garantir uma boa gestão dos recursos cinegéticos e biodiversidade em geral... 

Para que no próximo ano a II Feira de Ecologia seja maior e melhor, a organização está aberta a sugestões e propostas. Os contactos devem ser feitos para João Tomé (964490068; joaom-ntome@msn.com) ou Albertina Raposo (albertina@esab.ip-beja.pt).

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