Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VII    Nº71    Janeiro 2004

Politécnico

GABINETE DE APOIO À INVESTIGAÇÃO

A opinião dos licenciados

No âmbito do Gabinete de Apoio à Investigação, o Instituto Politécnico de Beja desenvolveu um estudo intitulado de “Recolha de Opinião aos Recém-Licenciados”, o qual tem como principal objectivo contribuir para a identificação, quer da situação social e académica, quer da situação profissional, dos alunos diplomados por esta Instituição de Ensino.

O estudo revelou que que a maioria dos ex-alunos desta instituição são do sexo feminino (70,6%) e, apenas 29,4% pertencem ao sexo masculino, verificando-se, ainda que, o intervalo de idades mais relevante é o de 20-24 anos, revelando a existência de uma população estudantil bastante jovem. Relativamente ao distrito de origem, conclui-se que os distritos mais significativos são Beja, Évora, Faro e Setúbal.

Ao nível da trajectória escolar o estudo revela que, em termos de classificação final de curso, a maioria dos recém-licenciados situam-se no intervalo 13-14 valores (53,2%), seguindo-se o intervalo 10-12 valores (26,4%) e, 20,4% afirmam ter uma classificação final igual ou superior a 15 valores. 

As escolas que mais se destacam, por ter as médias mais elevadas são a ESEB e a ESENF, pelo contrário a ESTIG é aquela que se distingue negativamente, por apresentar as classificações mais baixas. Quando interpelados pela questão acerca do grau de satisfação em relação à qualidade de ensino, 80,1 por cento dos alunos confessam estar satisfeitos com a formação recebida, 7,4% afirmam estar muito satisfeitos e, com um valor bastante insignificante (0,3%) situam-se aqueles que dizem estar muito insatisfeitos. 

No que diz respeito à adequação da formação à vida activa, a maioria dos inquiridos revelam que a formação é adequada (51,2%), 4,7 por cento e 0,6% consideram-na muito adequada e muito inadequada, respectivamente. A questão sobre a reformulação do curso definiu que 69,8 por cento dos questionados responderam afirmativamente, assinalando como principais prioridades a reformulação do conteúdo curricular, a existência de mais disciplinas práticas e específicas, maior carga horária para as práticas pedagógicas e aumento da duração do estágio final. 

Os resultados obtidos referem ainda que mais de 53,3 por cento dos licenciados confessaram ter ficado com uma ideia positiva da escola que frequentaram, contrastando com 0,3% que a consideraram muito má. As referências positivas mais focadas, ao conjunto de factores que envolvem a escola, foram: o bom relacionamento com colegas, docentes e funcionários, a qualificação do corpo docente e a sua disponibilidade, as boas instalações, a existência de bom material didáctico, a competência dos serviços académicos e administrativos, plano curricular adequado, boa organização de um modo geral e o modo de avaliação. No entanto, também foram apontadas alguns aspectos negativos, dos quais se destacam o mau acompanhamento nas práticas pedagógicas, estrutura inadequada do currículo escolar, pouca carga horária das aulas práticas e o pagamento de propinas. 

REPROVAÇÃO. Em relação à questão da reprovação de ano, verificámos que, a taxa é bastante diminuta, uma vez que, a maioria dos alunos (71,5%) declaram que no seu percurso no Ensino Superior nunca reprovaram de ano, em oposição aos 28,5% que afirma ter reprovado um ou mais anos. O estudo efectuado às variáveis incidentes na situação profissional dos inquiridos demonstrou que, a taxa de desemprego respeitante aos mesmos é elevada, nos 1015 casos observados, 58,4% encontram-se na situação de desempregados. No entanto, há que sublinhar que, estes questionários foram aplicados no momento da requisição da carta de curso, o que nos leva a concluir que se trata de uma situação natural. Dos ex-alunos que confirmaram a sua inserção no mundo do trabalho, a esmagadora maioria (81,9%) afirma estar a desempenhar funções no âmbito da formação específica do curso que concluiu, os restantes 18,1% dizem não estar inseridos no âmbito da formação recebida. Das opções de resposta acerca dos meios a que recorreu para obter o emprego actual, as que se revelaram mais relevantes foram: apresentou-se a um concurso público e respondeu a anúncios nos jornais, sendo que a segunda hipótese, é a mais significativa em todas as escolas em análise.

Perante estes dados, o Instituto Politécnico de Beja afirma que “em termos da trajectória escolar dos licenciados pelo IPB, o estudo efectuado revela factores bastante positivos para a Instituição em causa”.

 

 

 

INTERNACIONAL

Leiria em África

“Navigating Crisis and Opportunities in Global Markets: leadership, strategy and governance” é o título da Conferência Internacional que se realiza na Cidade do Cabo, África do Sul, entre 8 e 12 de Junho de 2004. A conferência é uma organização da GBATA – Global Business and Technology Association e conta com o patrocínio de diversas entidades, de vários países, entre as quais o IPL.

O tema lançado pretende encorajar intervenções que foquem os desafios multiculturais, económicos, tecnológicos, sociais e legais que empresas e instituições, quer públicas quer privadas, enfrentam. A conferência inclui estudos de caso, mesas-redondas, workshops e fóruns e as intervenções que vierem a ser aceites pela organização serão, posteriormente, publicadas no Conference Readings Book.

O prazo de inscrição termina a 15 de Março de 2004 e até 15 de Abril os participantes serão notificados. Todas as informações sobre esta conferência encontram-se disponíveis no site www.gbata.com. Junto do IPL, o contacto deverá ser feito através da professora Susana Rodrigues, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria.

 

 

 

ESEL

Silva lança livro

Pedro Silva é professor da Escola Superior de Educação de Leiria há 18 anos e acaba de publicar mais um livro. Intitula-se “Escola/família uma relação armadilhada” e é uma adaptação da tese de doutoramento que defendeu na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto. O livro resulta de uma pesquisa efectuada, ao longo de dois anos, junto de três comunidades educativas do 1.º ciclo de Leiria e da Marinha Grande.

Pedro de Carvalho da Silva é licenciado em Sociologia, pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho, e mestre em Análise Social da Educação, pela Universidade de Boston. A sua tese de doutoramento, intitulada “Interface Escola-Família, um olhar sociológico” deu origem ao livro que agora se publica.

 

 

 

ESTGAD

Escola muda de nome

O Ministério da Ciência e do Ensino Superior aprovou a alteração de designação da Escola Superior de Tecnologia, Gestão, Arte e Design de Caldas da Rainha para Escola Superior de Artes e Design. A alteração de denominação tinha sido proposta e aprovada por unanimidade na reunião do Conselho Geral do IPL de 16 de Dezembro de 2002, depois de o Ministro da Ciência e do Ensino Superior ter solicitado ao IPL que equacionasse a modificação da proposta de criação de uma escola nas áreas de Animação e Artes do Espectáculo na cidade de Caldas da Rainha. Em alternativa deveria considerar a transformação da Escola Superior de Tecnologia, Gestão, Arte e Design numa escola de artes e design, abrangendo, designadamente, as valências de Artes Plásticas, Design, Tecnologias Artísticas, Gestão Cultural, Animação e Artes do Espectáculo.

NOMEAÇÕES. José Frade, professor da área científica de Design, e Philip Cabau, professor da área de Artes Plásticas, foram nomeados, respectivamente, director e subdirector da Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha, no dia 13 de Janeiro.

Estes dois professores sucedem a João Paulo Marques, que acumulava a direcção da ESAD com as funções de vice-presidente do IPL, e a Miguel Jerónimo, que agora retoma o lugar de chefe de divisão no IPL.

“Navigating Crisis and Opportunities in Global Markets: leadership, strategy and governance” é o título da Conferência Internacional que se realiza na Cidade do Cabo, África do Sul, entre 8 e 12 de Junho de 2004. A conferência é uma organização da GBATA – Global Business and Technology Association e conta com o patrocínio de diversas entidades, de vários países, entre as quais o IPL.

O tema lançado pretende encorajar intervenções que foquem os desafios multiculturais, económicos, tecnológicos, sociais e legais que empresas e instituições, quer públicas quer privadas.

 

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