Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VII    Nº71    Janeiro 2004

Politécnico

ESTG PORTALEGRE

Romacho ganha prémio

O docente da área das Ciências Empresariais da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Portalegre, João Parente Romacho, acaba de ser distinguido com o prémio da Comissão de Mercado de valores Mobiliários, a entidade de supervisiona o Mercado de Capitais Português.

O prémio distingue, anualmente, e a nível nacional, o autor de uma dissertação académica ou de um trabalho de investigação, realizados no âmbito do mercado de Capitais Português.

João Romacho apresentou a tese Selectividade e Timing na Avaliação do Desempenho de Fundos de Investimento Mobiliário em Portugal. Um trabalho que segundo aquele responsável foi desenvolvido no âmbito do mestrado em Gestão de Empresas, da Universidade de Évora.

Ao concurso participaram 13 candidatos, tendo o júri decidido atribuir o prémio ao trabalho de João Romacho por unanimidade. Segundo o Ensino Magazine apurou, o prémio, no valor de quinhentos Euros, será entregue, em data a anunciar, na Comissão de Mercado de valores Mobiliários
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UNIVERSIDADE EM VISEU

Politécnica está contra

A Politécnica, a Associação dos Politécnicos do Centro, que integra os Institutos de Castelo Branco, Viseu, Guarda, Leiria, Portalegre, Tomar e Coimbra, acaba de se manifestar contra a criação de uma Universidade Pública em Viseu ou noutras cidades onde exista ensino superior politécnico.

Em conferência de Imprensa, os responsáveis pela Politécnica começaram por estranhar o facto de ter sido o próprio presidente da Câmara de Viseu a anunciar a criação de uma universidade para aquela cidade e de nenhum membro do Governo ter esclarecido a questão. É que em Viseu existe um Instituto Politécnico, com mais de 10 mil alunos, um pólo da Universidade Católica e o Instituto Piaget. “Consideramos no mínimo bizarro que tenha sido um autarca a anunciar a criação de uma nova universidade. Esperávamos que o Governo se tivesse pronunciado sobre esse assunto, o que até agora não aconteceu”, acrescentou Valter Lemos.

Os responsáveis pelos institutos politécnicos de Castelo Branco, Guarda, Leiria e Portalegre, presentes na conferência, bem como os outros membros da Associação, lembraram que em “caso algum se mostra necessário criar mais uma instituição de ensino superior público”. Uma posição defendida com várias razões. “O país atravessa uma crise económica e financeira tendo sido definida pelo Governo a diminuição da despesa pública, como objectivo nacional prioritário”, justificou Valter Lemos.

Mas as razões conjunturais são mais abrangentes, no entender da Politécnica. “O ensino superior sofreu no último orçamento o maior corte de financiamento desde há mais de uma década. Além disso, o Governo diminuiu pela primeira vez, nos últimos 20 anos, o número de vagas de ingresso no ensino superior público, considerando serem estas excessivas. Por outro lado, não foi autorizado o funcionamento de dezenas de novos cursos nas instituições existentes, incluindo Viseu e respectiva região, por considerar excessivo o número de cursos existentes, sucedendo o mesmo com a criação de novas unidades de ensino superior, por considerar a rede excessiva”. 

A Politécnica lembra ainda o esforço que foi pedido às instituições de ensino superior “que se articulassem entre si de forma a diminuir a dimensão e densidade dos cursos e escolas do País”. A contestação à criação de uma universidade em Viseu, algo que chegou a ser anunciado pelo Governo socialista e que mereceu idênticas críticas da Politécnica, não pretende atingir aquela cidade. “Nós não estamos contra Viseu. Só que se essa cidade tem um Politécnico com mais de 10 mil alunos, cuja dimensão é bastante grande, não se percebe porque é que querem criar uma nova instituição, podendo abrir os, eventuais novos cursos, no IPV”.

 

 

 

PRESIDENTE DA CÂMARA NÃO DESISTE

Ruas critica críticas

O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, fez votos, no passado dia 14 de Janeiro, para que o Governo “não se deixe influenciar” pelas críticas à eventual criação de uma universidade pública na cidade e cumpra a promessa eleitoral.

Nos últimos dias surgiram várias críticas contra a criação de uma universidade pública de raiz em Viseu, nomeadamente de personalidades ligadas ao PS, autarcas socialistas e social-democratas e responsáveis de instituições de ensino superior, designadamente do reitor da Universidade de Coimbra e do presidente da Associação de Politécnicos do Centro.

“Espero que este Governo, apesar de alguns turbilhões, não deixe de decidir pela criação da universidade pública em Viseu”, afirmou Fernando Ruas.

O autarca social-democrata disse entender a reivindicação da presidente da Câmara de Leiria e sua vice-presidente na Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Isabel Damasceno (PSD), segundo a qual se o Governo criar uma universidade pública em Viseu também o deve fazer no seu concelho.

“Ela tem todo o direito de querer uma universidade pública para Leiria, mas o Governo tem que decidir em função dos seus critérios onde vai instalá-la, sobretudo quando a prometeu”, frisou.

Comparou a situação ao facto do concelho presidido por Isabel Damasceno já ter duas auto-estradas e Viseu não dispor de nenhuma, “porque o Governo entendeu que Leiria, até pela sua localização, devia ser contemplada prioritariamente”.

No entanto, critica posições como a da presidente da Câmara da Guarda, Maria do Carmo Borges (PS), por ter dito que “só quem não está atento é que não sabe que não é preciso mais nenhuma universidade, mas se Viseu tiver uma, a Guarda também quer”.

O autarca social-democrata frisou que continuará a reclamar a universidade para a sua cidade, mesmo estando em desacordo com posições tomadas por responsáveis do seu partido.
Fernando Ruas disse sentir alguma revolta por pessoas de fora de Viseu criticarem esta velha reivindicação da cidade e ele ser o único a insurgir-se contra elas. “Fica a ideia de que há gente que não tem interesse que venha a universidade pública, porque isso pode ser visto como uma conquista do presidente da Câmara. Isto é, no mínimo, cinismo político”, sublinhou.

 

 

 

POLITÉCNICO É MEMBRO FUNDADOR

Biblioteca digital

Depois de ter sido o Instituto Politécnico piloto na implementação da rede virtual sem fios, o Instituto Politécnico de Portalegre acaba de se transformar num dos membros fundadores da chamada biblioteca digital.

De acordo com Graça Mocinha, daquele Instituto, o novo espaço virtual vai permitir “que em qualquer uma das cinco escolas do Politécnico, alunos, professores e funcionários tenham acesso a diversas publicações de cinco editoras”. Ao terem acesso a essas obras poderão lê-las no computador, gravá-las ou imprimi-las.

Ao que tudo indica, e segundo aquela responsável, “a biblioteca poderá começar a funcionar em Março”. Neste momento, o ICCN está a construir um portal de pesquisa directa, embora cada utilizador possa fazer a sua pesquisa junto das próprias editoras.

 

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