CASTELO BRANCO
Esart alarga na
Agrária

A Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco acaba de adaptar as instalações do Centro de Formação de Técnicos da Escola Superior Agrária de Castelo Branco, passando ali a funcionar serviços administrativos e as aulas dos cursos de Artes da Imagem, Design de Interiores e Design Moda e Têxtil.
De acordo com a direcção da Escola, o director Fernando Raposo e a sub-directora, Alexandra Cruchinho, esta alteração surge “numa perspectiva de racionalização de custos, mas também para dar melhores condições aos alunos”. No Cine-Teatro, onde até agora funcionava uma parte considerável da Escola, fica apenas o curso de Música.
“Eram necessárias mais salas de estudo, que agora foram disponibilizadas. Além disso, fica um grupo de funcionários que asseguram o funcionamento da escola, da Biblioteca e da Fonoteca”, garantem os responsáveis, que vêem alargado o espaço que a Esart já detinha nas instalações da Superior Agrária, na Estrada da Senhora de Mércules.
Assim, no Centro de Formação foi instalada a Biblioteca de Comunicação e Artes Visuais, os Serviços Académicos e uma reprografia (a criar na entrada do centro), bem como Serviços Administrativos e a direcção. Nos espaços destinados às aulas propriamente ditas, foi criado um atelier de confecção, que permite a modelagem e produção de tecidos, malhas e confecções. Existe ainda um laboratório de fotografia publicitária.
No espaço disponível estão ainda instaladas três salas de informática, “uma delas especificamente para o Curso de Moda e Design Têxtil, todas elas equipadas com videoprojectores, impressoras e scanners adaptados. Na área do vídeo e em instalações contíguas, funciona um estúdio de imagem e duas estações de edição.
Junto ao bar da Casa Amarela está instalado um plateau de filmagem, onde há estruturas de apoio à fotografia. No lado oposto do mesmo edifício funciona um Auditório com capacidade para 90 pessoas. Nas instalações agora disponibilizadas funciona também uma sala de desenho técnico e moldes, duas salas de aula, existindo ainda uma casa onde funciona a área de gravura, serigrafia e tipografia.
Para já, a solução é aceitável, até porque algumas áreas da Esart já funcionavam em algumas das instalações da Escola Agrária, mas no futuro, o desejo vai mesmo para a construção das novas instalações, que deverão ficar no Campus Politécnico da Talagueira, junto à actual Escola Superior de Tecnologia, campus esse que integrará também as futuras instalações da Escola Superior de Saúde de Castelo Branco.
NOVO LIVRO EDITADO
Design em Portugal
“Design em Portugal - Qualidade e Ensino” é o título da mais recente edição da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco, uma obra que resulta da investigação realizada pela docente Alexandra Cruchinho no âmbito da sua tese de mestrado e que foi oficialmente apresentada no Fórum da Imagem.
A obra pretende dar um contributo forte para a história do ensino do design em Portugal e irá servir de apoio a um conjunto de disciplinas ministradas na escola. “Não existe uma história do design em Portugal, pelo que este livro resulta da procura dos antecedentes, que começam ao nível da produção de cartazes durante o Estado Novo, que não sendo propriamente exemplos de design, terão sido obras percursoras”.
A afirmação é de Alexandra Cruchinho, que procede à recolha de trabalhos e informação acerca dos diferentes movimentos artísticos, de um modo cronológico, até chegar a 1975, com a chegada do design ao sistema de ensino. “É a partir daqui que se começam a formar os designers”, refere, pelo que cita escolas como a António Arroio, a Soares dos Reis e a Arco, de onde saem os primeiros técnicos.
Refere ainda a Sociedade Nacional de Belas Artes, as faculdades de Belas Artes de Lisboa e Porto, bem como o Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing (IADE), nas quais surgiram os primeiros cursos superiores de design.
É ao nível daquelas instituições que a autora analisa currículos, com base em questionários a que responderam actuais e antigos , na sequência do que dá pistas “para se saber o que o mercado espera de um designer e o que o Estado poderá fazer no intuito de criar melhores condições para os designers”, uma vez que “hoje já se começa a reconhecer o valor desta profissão”.
E se até agora a produção de literatura sobre a área era diminuta, esporádica e pouco integrada, também aqui se registam alterações. “Sobretudo depois dos politécnicos terem iniciado o funcionamento de cursos de design, o que expandiu a área para fora dos grandes centros, casos de Castelo Branco e Tomar, começaram a surgir mais publicações e uma nova visão do design e dos designers”.
EVENTOS. Satisfeito com esta publicação, o director da Escola Superior de Artes Aplicadas, Fernando Raposo, adianta que “é sempre importante fazer edições relacionadas com as área de formação ministradas na escola, pelo que estamos a pensar fazer uma edição por ano, pelo menos enquanto não tivermos uma revista de natureza científica. Admitimos mesmo publicar livros de investigadores extra-escola, desde que os temas se relacionem com os nossos cursos”.
Além da edição de livros, a Escola Superior de Artes Aplicadas esteve em grande plano ao longo de 2003, tendo realizado 47 concertos, 22 workshops, nove palestras, seis exposições, além de ter editado um DVD. Os números estão disponíveis no Mapa resumo das actividades culturais da escola, publicado no final de Dezembro, onde se destaca a participação em eventos realizados na região, mas também em Lisboa, de que é exemplo a actuação da Orquestra Sinfónica da Esart, com o Coro Infantil de Belgais, no Teatro São Luiz, em Lisboa. 
CASTELO BRANCO
Escolas na Internet

O Programa Internet nas Escolas do 1º Ciclo do Distrito de Castelo Branco está a atingir os objectivos propostos e, no final desde ano, as 218 escolas envolvidas terão a sua página on-line, como já acontece com mais de 150 depois trabalho desenvolvido no ano passado e este ano pela equipa de monitores.
A garantia é do coordenador local do projecto, Ernesto Candeias Martins, que em jeito de balanço, afirma que a adesão por parte dos professores do 1º Ciclo já é melhor e tudo aponta para que as escolas passem a tirar mais vantagens da iniciativa.
Neste momento são abrangidos pelo projecto mais de sete mil alunos (menos 500 que no ano anterior), embora o número de turmas se tenha mantido sensivelmente o mesmo, sendo mais de 400. Só o número professores baixou de 876 para 569, o que resultou da reorganização feita pelo Ministério.
Nenhum destes dados constitui qualquer problema para o projecto, a não ser o número de computadores, que se cifra em 295 para 218 escolas, o que significa que algumas delas têm apenas um computador, o que limita, pois “não é fácil os monitores trabalharem com várias turmas com mais de 20 alunos cada na mesma escola.
A forma de ultrapassar a questão resulta da boa vontade dos responsáveis dos agrupamentos, que trabalharam no sentido de que o programa fosse inserido nos projectos educativos de escola, “de maneira que as actividades de educação física e de música passassem a ser compatíveis com o programa Internet, não acontecendo sobreposições, como aconteceu no ano passado”.
A palavra de ordem passa agora por garantir o apoio de muitas entidades, desde as câmaras a professores e responsáveis de agrupamento, associações de pais, monitores, associações recreativas, sindicatos, da própria escola e do Centro da Área Educativa para que “ocorra uma efectiva divulgação das tecnologias”, pois, “se todos se empenharem haverá maior eficácia e talvez uma continuidade do programa no próximo ano”. 
seguinte >>>
|