Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VII    Nº78    Agosto 2004

Politécnico

GUARDA

Campus virtual avança

O Campus Virtual a instalar no Instituto Politécnico da Guarda deverá constituir-se como verdadeiro portal de serviços e secretaria virtual. Esta é a convicção da equipa responsável pelo projecto. 

De acordo com Sérgio Duarte (docente da ESTG), o Portal do Politécnico permitirá, a consulta remota, via browser, às mais diversas informações das vertentes cursos, candidatos e alunos, docentes e funcionários, estatísticas e informações gerais. Os dados a publicar através da plataforma web serão assegurados por um completo sistema de gestão académica e administrativa, a operar na retaguarda, e instalado nas diversas unidades do IPG, com representação no Portal.

A solução aplicada no IPG parte de uma realidade inicial, onde em mais de metade da instituição já estavam implementados – e em funcionamento – um conjunto de procedimentos e áreas que constituem objectivos estratégicos do Campus Virtual. Refira-se que até agora estavam já disponíveis um conjunto alargado de processos, como por exemplo inscrições de alunos por Internet - Consulta por parte de alunos dos dados pessoais e curriculares; Consulta pelos professores de dados pessoais e profissionais com possibilidade de alteração dos mesmos; Consulta pelos professores das pautas de alunos inscritos nas disciplinas; Pagamentos de propinas por Multibanco; Consulta de horários, entre outros.

A disponibilização de novos módulos do software de gestão de serviços académicos (SOPHIA), possibilitam que num prazo muito curto se concretizem em elevadíssima percentagem os objectivos fundamentais do projecto. Por outro lado, desde o segundo semestre de 2002 que está instalada na ESTG uma plataforma de e-learning, estando a ser dada prioridade à disponibilização e desenvolvimento de conteúdos pedagógicos relacionados com as disciplinas dos diferentes cursos da escola”, como nos foi dado a conhecer.

Na ESTG está já em funcionamento um Sistema de Gestão Documental, que permite integrar no sistema formal de correspondência o e-mail. “Como consequência uma parte significativa da troca de informação entre os serviços, os docentes e os alunos é efectuada por e-mail, com digitalização e consequente disponibilidade online de todo o arquivo documental”.

Partindo desta situação, foi proposto para inclusão no projecto do campus virtual do IPG a replicação destas soluções nas restantes unidades orgânicas, “o que permite racionalizar os meios, investimentos e conhecimento, permitindo assim canalizar esforços e investimentos para áreas que importa desenvolver”. 

Surgem assim vários serviços a saber: www-alunos (permite aos alunos da Instituição via Internet efectuarem as consultas de notas finais lançadas no sistema; Efectuarem as consultas de notas parciais lançadas no sistema; Consulta dos dados pessoais. Efectuarem a consulta das disciplinas a que se encontram inscritos; Visualização de horários; Consulta dos pagamentos previstos da tesouraria); WAP – Alunos (permite aos alunos da Instituição via telemóvel que suporte WAP: Efectuarem as consultas de notas parciais lançadas); www-docentes (permite aos docentes da Instituição via Internet: Obterem listagens dos alunos inscritos às disciplinas; Efectuarem o lançamento de notas; Efectuarem o registo de publicações de artigos científicos; Ou efectuarem o registo de situações especiais relacionados com a carreira docente).

Além daqueles serviços surgem ainda o www-inscrições (Permite aos alunos do IPG efectuarem as inscrições no ano, em disciplinas e em turmas). O processo é controlado pelos funcionários da Instituição via cliente de Gestão Escolar. O cálculo dos anos dos alunos é efectuado automaticamente, bem como a verificação das regras em vigor na instituição sobre as disciplinas a que o aluno se pode inscrever. 

Por exemplo precedências, exclusões, sobreposições de horários, limite de créditos ou ECTS ou número de disciplinas a que se podem inscrever, etc. 

Para além dos módulos base referidos na tabela atrás, o SOPHIA disponibiliza o módulo: e-learning: Sítio da Disciplina (para interacção entre alunos e docentes no âmbito de frequência de uma disciplina).

FASES. A primeira fase do campus virtual foi desenvolvida até fim de Maio deste ano e compreendeu a instalação da rede WiFi e a implementação dos sistemas de autenticação, de gestão e segurança.

A rede WiFi instalada no Instituto Politécnico da Guarda abrange o campus do IPG, e as zonas onde estão implantados os edifícios da Acção Social, Escola Superior de Enfermagem e a Associação de Estudantes.

A implementação de um ponto de acesso no centro da cidade da Guarda, numa zona pública bastante frequentada pelos alunos do IPG, está igualmente considerada neste projecto, o qual deverá ficar concluído ainda antes no inicio do próximo ano lectivo.

As áreas a cobrir vão, deste modo, abranger as salas de aulas, os gabinetes de professores, auditórios e áreas administrativas, biblioteca e espaços verdes frequentados pelos alunos.

 

 

 

ENCONTROS ALCUTUR

Portalegre debate ideias

O Instituto Politécnico de Portalegre é uma das instituições que apoia a realização dos encontros Alcultur, a realizar no início de Novembro, e que têm o patrocínio exclusivo da Presidência da República. De acordo com Vitor Martelo, da comissão organizadora, “a iniciativa será o ponto de encontro de pessoas, ideias e projectos que têm um compromisso com a inovação. Diríamos ainda, e por fim, que o nosso compromisso com o desenvolvimento e o nosso compromisso com Portugal é um compromisso com a Cultura”
No site oficial dos encontros, aquele responsável revela ainda que “propomos como objectivo não o debate de um qualquer modelo (!) de desenvolvimento, mas sim a assunção de um ponto de encontro(s) que, integrando diferentes saberes, experiências, posições, opiniões e perspectivas, possa contribuir para que a cultura se torne o verdadeiro compromisso de Portugal”.

O Alcultur apresenta diversos objectivos, a saber: Reflectir e debater a cultura e as políticas culturais; promover a produção e difusão cultural; dinamizar as profissões da cultura e a formação dos seus profissionais, as indústrias culturais, a economia e a cultura, bem como o financiamento de projectos culturais; o turismo cultural; as redes culturais profissionais; as indústrias culturais, a economia e a cultura; o financiamento de projectos culturais; o turismo cultural; as redes culturais e a cooperação internacional.

Neste momento a lista de oradores confirmados já ultrapassa as três dezenas e de acordo com o programa estão previstas várias apresentações, workshops e uma conferência final. Além da parte cultural, a organização preparou também um programa recreativo, com espectáculos de música e teatro.

 

 

ERASMUS EM PORTALEGRE

Alentejo recebe estrangeiros

O Instituto Politécnico de Portalegre recebeu 20 alunos provenientes de outras instituições de ensino superior europeias. Deste modo, o IPP dá continuidade ao programa Erasmus que promove essa mesma mobilidade de estudantes, tendo recebido alunos da Polónia, Bélgica, República da Irlanda, Espanha, Noruega, Alemanha e República Checa.

Ivan Bohatka e Lenka Tomastiková chegaram a Portalegre a 27 de Fevereiro deste ano e na bagagem traziam a vontade de conhecer um novo país e uma cultura completamente diferente daquela a que estavam habituados na República Checa. Para estes jovens provenientes da universidade de Ostrava, “a língua foi um problema difícil de contornar ao início, pois era complicado perceber o que estava escrito e o que as pessoas diziam”. Além disso o sentimento de solidão, melancolia e saudade da terra natal também se manifestava pois “quando chegámos não conhecíamos ninguém e estávamos um pouco perdidos, já que nada conhecíamos”. 

Sebold e Henri Ramirez, alunos provenientes da Alemanha e Espanha, respectivamente, defendem que “inicialmente deveria existir um maior acompanhamento aos alunos de Erasmus, quer por parte dos responsáveis, quer por parte dos alunos, para que nós nos sintamos mais ambientados”. Por outro lado, concordam que “o facto de Portalegre e as suas escolas serem um meio substancialmente mais pequeno daquilo a que estávamos habituados permitiu-nos que conhecêssemos pessoas e fizéssemos amigos mais facilmente”.

Ao chegarem a Portugal, os alunos de Erasmus já têm em seu poder informações básicas do país onde se deslocam e alojamento garantido por parte da universidade para onde vão estudar durante os próximos meses. Para estes estudantes comunitários, que passaram três meses e meio em Portalegre, as instalações onde residiam eram boas, contudo, lamentam o facto “de ser um pouco longe das escolas”.

SELECÇÃO. Durante o período que os alunos de ERASMUS passaram em Portalegre, tiveram a possibilidade de desenvolver um plano de estudos especial que contemplou o estudo da língua portuguesa, educação ambiental, ciências sociais e prática pedagógica. Contudo, inicialmente, os alunos podem escolher outras cadeiras pelas quais sintam maior apetência. O processo de selecção de alunos para o programa ERASMUS no Instituto Politécnico de Portalegre é realizado de acordo com as notas apresentadas ao longo do curso, contudo, essa selecção nunca foi necessária realizar, já que, de acordo com Carlos Afonso, responsável pelo programa ERASMUS no IPP “apesar dos esforços feitos, a quantidade de alunos da instituição que se candidata para participar no programa é reduzido”. O facto de existir uma maior quantidade de alunos a chegarem anualmente ao IPP ao abrigo deste programa ser superior àqueles que partem desta instituição em busca de novas experiências, leva á existência de um certo desequilíbrio.

As razões apontadas para a falta de adesão dos alunos do IPP em participar num projecto desta ordem, devem-se, de acordo com Carlos Afonso, ao facto “das bolsas serem entendidas como um meio de compensar os alunos pela diferença do custo de vida entre o país de origem e o país para onde vão. “Como a maioria dos países tem um nível de vida superior a Portugal, o valor das bolsas muitas vezes acaba por ser insuficiente. O outro problema é o facto de muitas vezes não ser dada equivalência do plano de estudos no país de origem”, explica Carlos Afonso. 

Se o primeiro problema apontado, leva muitas vezes os alunos a regressarem mais cedo a casa por falta de disponibilidade financeira, o segundo faz com que os estudantes reprovem o ano lectivo na universidade do país de origem, por falta de elementos de avaliação. Para Vera Sebold, este é um problema secundário, pois defende que “a experiência humana que se ganha, acaba por compensar o ano lectivo perdido na escola”. 

De resto, esta é uma ideia partilhada por todos aqueles que agora estão a acabar o programa ERASMUS em Portalegre. Para solucionar esta questão, Carlos Afonso, fez saber que este ano já foi aprovado em concelho científico uma proposta no sentido de conceder equivalência global aos períodos de estudo no estrangeiro. Por outras palavras, quem frequentar um semestre completo no estrangeiro, ao abrigo do programa ERASMUS e trouxer os créditos necessários, é concedida uma equivalência global do semestre e não disciplina a disciplina como se fazia até aqui. 

DOCENTES. Mas o programa ERASMUS não se esgota na mobilidade de alunos entre escolas europeias ou que tenham acordos de cooperação bilaterais. Este ano o IPP registou um aumento de professores que se deslocaram para o estrangeiro ao abrigo deste mesmo programa. Assim, se em anos anteriores partiam em média dois professores para fora, este ano verificou-se a ida de cinco docentes para países como Espanha ou Suécia. Por outro lado, o IPP contou este ano com a presença de quatro professores vindos da Polónia e da Espanha.

Para aqueles que participam neste programa, e apesar das dificuldades que todos admitem sentir no início, a despedida é sempre um momento doloroso. Henri Ramirez já visitou países como França, Argélia ou Inglaterra e sente que “quanto mais gente conheço de outros países, mais vontade sinto de os visitar”.

André Pereira
(ESEP online)

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