CURSO INTENSIVO DE
PORTUGUÊS
Estudantes
estrangeiros aprendem na UBI
A Universidade da Beira Interior foi uma das cinco universidades portuguesas
seleccionadas para a realização de cursos intensivos de português para estrangeiros, algo que aconteceu pelo segundo ano consecutivo e contou com uma boa adesão da parte dos alunos estrangeiros, sendo que alguns deles irão continuar no nosso país, como é o caso de Andrew Newtons, que se prepara para concluir a licenciatura de Ciências do Ambiente na Universidade de Lisboa.
Oriundo da Irlanda do Norte, afirma que foi sempre sua “intenção expandir a área de conhecimento no estrangeiro”. Assim, o curso intensivo de português oferece “uma boa base da Língua Portuguesa, o que possibilita desenvolver a linguagem por nós próprios”. O estudante acredita que, para além da língua, “o que de bom se pode aprender no curso é o conhecimento dos hábitos dos portugueses”.
Da Noruega, vem Bard Tobiassen. O estudante de 22 anos afirma estar a aprender “bastante rápido”, embora considere que “o curso devia ter mais lições de Português falado, em vez de tantas aulas de gramática”. Bard Tobiassen irá para a Universidade Técnica de Lisboa continuar o seu curso de Geologia. Da cidade da Covilhã, retém a ideia de ser “uma localidade calma e agradável”, mas salienta ser “muito diferente da Noruega”, onde, nesta altura do ano, estão 22 graus negativos de temperatura média.
AFINIDADES. “Acho que é um bom curso, porque dá as primeiras noções de uma língua que desconheço por completo.” Esta é a opinião de Merete Sorjoten, também da Noruega, em relação ao curso de quatro semanas. A norueguesa prefere sair sozinha, em vez de acompanhar as excursões habituais dos estudantes a aldeias históricas e museus da região. O seu destino é a Universidade Nova de Lisboa para a continuação da licenciatura em Biologia, mas denota “uma afinidade especial pela Covilhã”, porque a sua cidade de origem “também fica na montanha”.
Helena Brendani chegou a Portugal a 5 de Agosto, mas a sua fluência do português já é bastante avançada. Vinda de Parma, em Itália, a estudante aprecia o curso, “porque se aprende o português de todos os dias e, desta forma, as outras pessoas podem compreender-me”. Helena Brendani vai para a Universidade dos Açores integrar a licenciatura de Biologia Marinha.
No entanto, gosta de Portugal Continental. “Um dos meus aspectos preferidos no curso são as saídas em visitas a aldeias históricas e castelos”. A estudante italiana não vê “grandes diferenças entre o povo português e o italiano”. Da cidade da Covilhã, nunca vai esquecer “as subidas e descidas”.
Uila Janatuinen veio da Finlândia para aperfeiçoar os seus conhecimentos de Dança Moderna na Escola Superior de Dança de Lisboa. Com 24 anos, julga-se “sortuda”, por ter “uma boa oportunidade para conhecer uma língua nova e pessoas diferentes”. Para Uila, existem algumas semelhanças entre os portugueses e os finlandeses. “São ambos povos humildes, abertos e hospitaleiros, mas os portugueses são mais melancólicos”.
Uila lamenta a sua curta estadia em Portugal, de apenas um semestre, e o ter de regressar à Finlândia antes do Natal. Os estudantes vão estar em Portugal ao abrigo do programa internacional de intercâmbio de alunos do ensino superior, o Programa Sócrates-Erasmus.
Daniel Sousa e Silva
REITOR DA UBI FALA DE
PROPINAS
"Não é da
competência dos reitores"
O reitor da Universidade da Beira Interior, Santos Silva, considera que “não compete aos reitores propor o valor da propina”, justificando assim a tomada de posição do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), após a reunião em Coimbra, no dia 9, onde se considerou não estarem reunidas “condições fundamentais para uma decisão sobre a fixação do valor das propinas”.
Em comunicado, o CRUP informa que, mediante tal decisão, se deve recorrer aos procedimentos transitórios previstos na Lei de Financiamento do Ensino Superior de 22 de Agosto de 2003, onde consta que, caso não haja fixação do valor da propina, o montante a cobrar corresponde ao limite mínimo, 463 euros.
No comunicado emitido após a reunião, o CRUP exprime a sua posição sobre a fixação do valor das propinas, reiterando que esta “corresponde a um instrumento geral da política social prosseguida no sector do ensino universitário público (...), pelo que essa fixação deve caber prima facie ao Governo e à Assembleia da República”.
Já em matéria de Acção Social, os reitores lembram “as repetidas declarações do Governo de que nenhum aluno será prejudicado pelo novo enquadramento legal” e alertam “para a necessidade de um adequado reforço do orçamento para a Acção Social, de forma a contemplar as realidades decorrentes da actual situação económica e social do País”. Santos Silva estabelece a Acção Social como a sua “maior preocupação”, uma vez que “a atribuição do valor das bolsas está indexada ao valor da propina”.
ESPERA. O CRUP não compreende como se pode aprovar uma lei de financiamento antes de estarem estabelecidos os critérios da fórmula de financiamento, algo que consideram indispensável para o exercício esclarecido e responsável da autonomia de gestão. “Os reitores têm um desconhecimento total da fórmula de financiamento do ensino superior público para 2004”, ressalta Santos Silva.
No caso particular da Universidade da Beira Interior, o reitor vai esperar pelo anúncio do plafond orçamental para o ano corrente antes de tomar qualquer decisão. No entanto garante apresentar ao Senado “as propostas que melhor satisfaçam a instituição”.
Já Luís Franco, presidente da Associação de Estudantes da Universidade da Beira Interior (AAUBI), diz que “os estudantes estão atentos ao que está a acontecer”. No entanto, o representante estudantil ressalta que houve “um erro crasso na ordem normal de aprovação das leis”. Para o presidente da AAUBI, deviam ter sido primeiro aprovadas novas versões da Lei Geral da Educação e a Lei de Autonomia do Ensino Superior, que ainda estão em vigor.
Daniel Sousa e Silva
Mestrado em Sociologia
As candidaturas para o IX Curso de Mestrado em Sociologia, ministrado pelo Departamento de Sociologia da Universidade de Évora, já estão a decorrer. No ano lectivo de 2003/2004 serão oferecidas as seguintes áreas de especialização: Família e População; Poder e Sistemas Políticos.
De acordo com as palavras do Director do Curso, Prof. Doutor Francisco Martins Ramos, ao longo das 8 edições anteriores do Mestrado, mais de seis dezenas de alunos se graduaram, o que “muito tem contribuído para a qualificação de docentes, técnicos e outros licenciados do Alentejo e de outras regiões do país”.
Esta IX Edição tem como principais objectivos: Fomentar a actualização científica, Aumentar a capacidade profissional, Melhorar a qualidade do ensino, Aprofundar o conhecimento das sociedades portuguesa e europeia, Capacitar para o desenvolvimento.
As referidas áreas de especialização contam com a presença de professores da Universidade de Évora e de outras universidades portuguesas e estrangeiras.
Refira-se que as candidaturas estão abertas até dia 15 de Outubro de 2003 e que as aulas terão início no mês de Novembro com sessões lectivas à Sexta-Feira (tarde) e Sábados.
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