Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VI    Nº68    Outubro 2003

Universidade

ALUNOS DE MEDICINA A CAMINHO DO PRIMEIRO ESTÁGIO

As vantagens da Faculdade

Os alunos do 3º ano do Curso de Medicina da Universidade da Beira Interior vão iniciar os seus primeiros estágios curriculares já no próximo mês de Março, nos hospitais de Castelo Branco, Covilhã e Guarda, o que vai exigir maior colaboração externa, pelo que a Faculdade de Ciências da Saúde vai aumentar o corpo docente de 70 para 104 professores, dos quais mais de 80 por cento são médicos.

A garantia é do presidente da Faculdade, João Queirós, o qual está convencido que a aposta na Faculdade trará enormes vantagens à região, onde o pessoal médico escasseia. “Muitos dos médicos formados na UBI vão permanecer na região. Além disso, os hospitais estão a melhorar as condições de funcionamento e é preciso não esquecer todos os outros médicos que vêm para a região como docentes”.

Estes últimos trazem vantagens acrescidas ao nível dos cuidados de saúde, dado que possuem uma formação acrescida ou estão em vias de a obter. “Dos 70 professores que temos neste momento na Faculdade, mais de 50 por cento são doutorados”. Depois há outros que estão a concluir investigações para obter aquele grau. “Há médicos da região que estão em doutoramento, o que acontece também com alguns professores da Faculdade. A outro nível, alguns alunos finalistas de Bioquímica também estão a desenvolver projectos de investigação”.

INVESTIGAÇÃO. Na Faculdade de Ciências da Saúde está ainda a avançar o Centro de Investigação e Ciências da Saúde, coordenado por João Queirós, e que tem boas perspectivas de ter sucesso. “A Faculdade tem alguns projectos de investigação clínica e laboratorial que decorrem com o patrocínio de empresas farmacêuticas, designadamente dois casos de doutoramento, um com o apoio da Bial e outro com o da Schering”.

O objectivo passa ainda por incrementar o número de bolsas de estudos de pós-doutoramento. “Temos dois bolseiros da Fundação da Ciência e Tecnologia com projectos de investigação específicos da área das ciências da saúde e há cinco doutorados que já apresentaram as respectivas candidaturas”.

Com toda esta movimentação, João Queirós considera que aquele entidade “está a dinamizar muitos projectos e conta com um know how interessante”, uma vez que, além do que já existia na região e no país “há médicos que vieram do estrangeiro para a Covilhã por causa da Faculdade”. Estão assim reunidas as condições para “dentro de pouco tempo, o centro estar a funcionar em pleno e a dar ganhos à região”.

Esses ganhos poderão ainda passar pela chegada de empresas farmacêuticas e de áreas complementares, que poderão fixar-se no parque tecnológico, o Parkurbis, em fase adiantada, junto à Covilhã. “Estamos muito atentos à interacção entre o Centro de Investigação das Ciências da Saúde e o Parkurbis”.

 

 

ALUNOS JÁ EXPERIMENTARAM

Novos testes para Medicina

Os 75 alunos que entraram este ano no curso de Medicina da Universidade da Beira Interior foram os primeiros do Superior a realizarem o exame experimental a que serão sujeitos todos os candidatos que pretendam entrar em Medicina ou Medicina Dentária já no próximo ano.

Trata-se de um exame tipo teste americano, com 120 itens, sendo 20 de Física, 20 de Química, 30 de Biologia e mais 50 alusivos a temáticas que podem envolver as três disciplinas. Em cada item haverá quatro possibilidades de resposta, mas apenas uma estará correcta.

Com a duração de três horas, o exame terá um peso de 50 por cento na média final e que irá substituir as provas de Biologia e Química até agora exigidas a todos os finalistas do 12º ano que pretendessem candidatar-se a um daqueles dois cursos.

A prova experimental foi realizada por alunos do Secundário no passado mês de Junho e será agora testada entre os caloiros de medicina de todas as faculdades nacionais. A UBI foi a primeira a avançar com o processo, o que aconteceu na sexta-feira. “O objectivo passa por verificar resultados, a adaptação dos alunos, mas também certos procedimentos, como é o caso da confidencialidade das provas”, explica João Queirós.

Para já, os alunos não terão ficado muito satisfeitos. “De uma maneira geral, consideraram que a prova era um pouco densa e demasiado pesada, pois durou três horas. Mas só depois dos resultados é que poderemos avaliar melhor”. Os resultados deverão ser conhecidos em meados de Novembro, dado que os testes de todas as faculdades serão tratados ao mesmo tempo. Ainda antes, no início de Novembro, serão publicados os resultados dos testes realizados pelos alunos do Secundário em Junho”.

 

 

 

UNIVERSIDADE DE ÉVORA

Mais alunos

Mais alunos na Universidade de Évora para o ano lectivo de 2003-2004. A aposta de Manuel Ferreira Patrício, Reitor da Universidade de Évora, na reestruturação dos cursos de licenciatura fez com que o número de novos alunos aumentasse em 4%, na primeira fase da candidatura de acesso ao Ensino Superior.

O responsável por aquela instituição revelou à comunidade universitária, em Novembro de 2002, que o quadro da oferta de formação seria diferente para o ano lectivo de 2003-2004. A sua aposta na reestruturação dos cursos foi uma mais valia para que os novos alunos procurassem a referida universidade.

“Na primeira fase atingimos os 684 alunos, o que significa que tivemos um bom resultado. Tudo isto se deve ao esforço que esta universidade tem efectuado, mas também à reputação que este estabelecimento de ensino tem vindo a adquirir”, sublinhou Manuel Ferreira Patrício.

Para além disso, a universidade apostou em três novos cursos e preencheu as vagas todas em dois deles: Turismo e Desenvolvimento e Engenharia Civil. No Curso de Informática e Gestão sobraram algumas vagas, mas o reitor espera que estas sejam preenchidas na 2.ª fase da candidatura de acesso ao Ensino Superior.

A aposta e os resultados obtidos com os três novos cursos revela que a Universidade de Évora está a apostar numa oferta de formação com futuro para a sociedade na qual está envolvida.

Noémi Marujo

 

 

 

XIII CONGRESSO DE ZOOTECNIA

Segurança cresce

O XIII Congresso de Zootecnia que se realizou, entre os dias 1 e 4 de Outubro, na Universidade de Évora, teve como principal objectivo o debate sobre o futuro da produção de produtos de origem animal com qualidade e segurança.

O Reitor da Universidade de Évora, Manuel Ferreira Patrício, referiu na sessão de abertura que o referido evento representava um “momento de luta pela eficiência” e desenvolvimento de uma área que é de “extraordinária importância para a universidade e para a sociedade”. Acrescentou, ainda, que “o programa apresentava um conjunto de temáticas que faziam uma abordagem à zoologia e contemplava, simultaneamente, aspectos fundamentais como a segurança alimentar, cuja temática é preponderante na actualidade”.

Rui Charneca, Docente do Departamento de Zootecnia defendeu, durante o evento, uma “forte aposta na formação de todos aqueles que estão envolvidos na cadeia alimentar até ao consumidor final”.

O docente daquele Departamento evidenciou a importância da temática do congresso deste ano, sobretudo, depois do sector ter atravessado momentos mais complicados como a questão da doença das vacas loucas e dos nitrofuranos que “puseram em causa a imagem dos produtos de origem animal. Este é o momento de inverter as situações e apostarmos numa maior segurança alimentar”.

Embora Rui Charneca reconheça que estas situações possam voltar a acontecer, salientou que é necessário reforçar esta segurança alimentar de forma a “minimizar-se o risco dos infractores que agem de má-fé, desde a produção até ao consumidor”. Para tal, considera que é preciso “uma maior fiscalização”.

Segundo ele é importante apostar numa boa formação de todos aqueles agentes que estão envolvidos nas cadeias alimentares de produtos animais. “Se as pessoas tiverem uma boa formação, o risco das infracções será cada vez menor. O caminho que o sector tem de seguir passa pelo aumento dos produtos com certificado de qualidade/denominação de origem, produtos estes capazes de ocupar um nicho de mercado importante”, realçou o docente do Departamento de Zootecnia.

Noémi Marujo

 

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