Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VI    Nº68    Outubro 2003

Politécnico

MARIA DA GRAÇA CARVALHO, MINISTRA DA CIÊNCIA E ENSINO SUPERIOR

Qualidade e exigência são objectivos

Qualidade, exigência, responsabilização e preocupação social, são as palavras chave do discurso da nova ministra da Ciência e do Ensino Superior, Maria da Graça Carvalho. Na sua primeira intervenção enquanto tutelar daquele cargo, na cerimónia de abertura do novo ano escolar do Politécnico de Leiria, Graça Carvalho apresentou os objectivos do seu ministério, que passam pelo investimento em infraestruturas e equipamentos (como bibliotecas, laboratórios, salas de estudo e de convívio), incremento da acção social – “ninguém vai deixar de estudar por falta de posses”, disse -, revisão do estatuto da carreira docente e dos critérios de acesso ao ensino superior, aperfeiçoamento do sistema de avaliação, apoio à investigação e pelo incremento de mestrados e doutoramentos.

Apostas que no entender da nova ministra vão ser feitas com base no novo orçamento do Ministério que dirigem e que tem um suporte “orçamental de mais 2,1 por cento, em relação ao ano anterior, o que se traduz em mais de 31,5 milhões de Euros. O que representa um grande esforço”. Outra das medidas anunciadas por Graça Carvalho diz respeito à análise a efectuar à rede de ensino superior. “Até ao final do ano toda a rede estará analisada. O que significa que em 2004 a tutela esteja em condições de rever o financiamento das instituições contratualizadas”.

Os desafios do ensino superior português no contexto europeu também foram sublinhados por Graça Carvalho. “Se quisermos acompanhar o processo europeu e atrair estudantes de outros países são necessárias reformas. Há que modernizar e simplificar métodos para promover a mobilidade nas suas várias vertentes, isto porque estamos perante grandes desafios que devem ser vistos como uma grande oportunidade”. A ministra da Ciência e do Ensino Superior falava assim sobre a implementação das normas do Processo de Bolonha.

MINISTRA. Recorde-se que a nova ministra da Ciência e do Ensino Superior, sucede no cargo a Pedro Lynce. Do seu currículo faz parte a condecoração atribuída pelo Presidente da República com a designação de Grande Oficial da Ordem de Instrução Pública, tendo desempenhado o cargo de Directora-Geral do serviço responsável pela cooperação internacional nos domínios da ciência, tecnologia e ensino superior.

Nascida em Beja, a 9 de Abril de 1955, licenciou-se em 1978 em Engenharia Mecânica, ramo de Termodinâmica Aplicada no Instituto Superior Técnico, escola à qual ficou ligada durante anos ao desempenhar vários cargos de docência. No âmbito das suas actividades junto do Ministério da Ciência e do Ensino Superior (MCES), aquela que é a terceira mulher no governo de coligação PSD/CDS-PP era, desde Fevereiro de 2003, representante no comité de Educação da União Europeia e delegada do Comité para a política Científica e Tecnológica da OCDE (Organização Para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) desde Dezembro de 2002.

Depois de ser empossada pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, numa cerimónia em que o Governo marcou presença em peso, Graça Carvalho propôs-se trabalhar para colocar a Ciência e o Ensino Superior “ao nível dos sistemas com a maior qualidade que há no mundo”.

As primeiras declarações da nova ministra da Ciência e do Ensino Superior foram, contudo, para elogiar o trabalho do seu antecessor, Pedro Lynce, que se demitiu sexta-feira após notícias de um despacho em que terá beneficiado a filha do seu colega dos Negócios Estrangeiros, Martins da Cruz, no acesso à Faculdade de Medicina da Universidade Nova de Lisboa. No entanto, Graça Carvalho propôs-se, desde logo, colocar a Ciência e o Ensino Superior como “motor de desenvolvimento do País”, uma das razões invocadas para ter aceitado o “grande desafio” que lhe foi colocado pelo primeiro-ministro.

 

 

 

JOAQUIM MORÃO, PRESIDENTE DA CMCB

Grande instituição

“O Instituto Politécnico de Castelo Branco é a grande instituição de desenvolvimento da Região”. As palavras são de Joaquim Morão, presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, que garante que “a autarquia está e estará ao lado do Politécnico em todas as lutas que aquela instituição travar”. No entender de Joaquim Morão, “a câmara estará sempre disponível para continuar a criar condições ao politécnico, para que este continue a ser a grande instituição de desenvolvimento da Região”.

Em época de aniversário, o presidente da Câmara elogia o trabalho desenvolvido pelo Politécnico albicastrense. “O crescimento do Politécnico motivou o crescimento da cidade e da região. São cerca de cinco mil alunos que aqui estão e várias centenas de docentes e funcionários. E é isso que faz o desenvolvimento rápido da cidade e da Região”.

Para o presidente albicastrense o Instituto Politécnico “tem ganho todas as apostas no domínio da educação. Criou duas novas escolas, a de Saúde e a de Artes Aplicadas, cujas novas instalações vão ser construídas”. De resto, a questão da construção daqueles espaços é vista por Joaquim Morão como um desafio que deve avançar o mais rápido possível. “Nós estaremos na linha da frente para dizer ao Governo que tem que cumprir aquilo que prometeu. São duas escolas fundamentais para o crescimento do Politécnico. Infelizmente para o próximo ano não foram contempladas com as verbas que se pretendiam, mas em 2005 as verbas terão que ser mais elevadas. Da nossa parte vamos continuar a pressionar o Ministério da Ciência e do Ensino Superior, para que cumpra a garantia dada pelo então ministro Pedro Lynce”.

 

 

 

ÁLVARO ROCHA, PRESIDENTE DA CMIN

Empenho total

O presidente da Câmara de Idanha-a-Nova não tem dúvidas em considerar o Instituto Politécnico de Castelo Branco como um dos organismos responsáveis pelo desenvolvimento regional. Com a Escola Superior de Gestão localizada naquela vila, Álvaro Rocha, lembra que hoje “a vila não poderia viver sem a escola, e vice versa”.

A aposta no ensino tem sido uma constante por parte daquela autarquia. Álvaro Rocha lembra mesmo que a “criação da Escola Superior de Gestão teve um forte apoio por parte da autarquia que está e estará sempre ao lado do Instituto”.

O presidente da Câmara lembra mesmo que a autarquia “tudo tem feito para que a escola tenha todas as condições, de forma a manter o excelente nível de qualidade que possui”. No que respeita a instalações, o presidente da Câmara recorda que “foi adquirido um imóvel junto à escola, que colocámos à disposição daquele estabelecimento de ensino. Foi também adquirido um imóvel na zona antiga da vila, para que aí possa ser feita uma pousada para jovens, o que devolverá uma vida mais activa àquela parte de Idanha-a-Nova”. A concluir, Álvaro Rocha sublinha o excelente entendimento que existe entre as duas instituições. “Foi com o nosso empenho que a escola foi criada”, lembra.

 

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