PRESIDENTE DO IPB
APRESENTA DESAFIOS
Escola de Tecnologia
em 2005

O presidente do Instituto Politécnico de Beja voltou a lembrar ao ministério da tutela a necessidade da construção da nova Escola Superior de Tecnologia e Gestão. Em dia de aniversário do IPB, José Luís Ramalho, lembrou a Maria Graça Carvalho, a situação mais preocupante do Instituto. “A ESTIG, a maior deste Instituto, é frequentada por cerca de 1 400 alunos, mas desde a sua criação que tem funcionado em instalações provisórias, arrendadas à REFER, e que estão situadas noutra parte da cidade, funcionando algumas das suas aulas também nos pavilhões pré-fabricados existentes aqui no campus. Depois de muitos avanços e recuos, no que respeita à construção das instalações definitivas, neste momento, e após o visto do Tribunal de Contas, encontra-se em fase de execução o projecto de arquitectura. Para que chegássemos a esta fase, tivemos que proceder a muitas negociações, quer com a equipa de arquitectura quer com a Tutela”.
No entender de José Luís Ramalho chegou a hora do processo avançar definitivamente. “É importante que dê continuidade aos acordos estabelecidos entre o Ministério da Ciência e do Ensino Superior, este Instituto e o Governo Civil, de modo a que o concurso para adjudicação da obra se realize no final do próximo ano, iniciando-se a construção da nova Escola nos primeiros meses do ano de 2005, com verbas a disponibilizar no Plano de Investimentos desse mesmo ano.
Reivindicações que Graça Carvalho anotou, frisando que a ESTIG vai avançar e que o IPB é “extremamente importante” para o desenvolvimento regional, podendo mesmo vir a afirmar-se no contexto internacional (recebendo alunos de outros países e especializando-se em áreas como a agricultura, energia, ambiente e água).
Em matéria de infraestruturas, José Luís Ramalho lembrou ainda que o IPB iniciou, “recentemente, a ampliação da Escola Superior de Educação, obra necessária, não só pela dimensão desta Escola, mas também porque na perspectiva que temos de campus, todos os recursos físicos e humanos devem destinar-se a uma utilização conjunta. Além disso, no início do próximo ano começará a construção do edifício da 2ª residência mista de estudantes, um espaço destinado a 137 novas camas”.
DESAFIOS. Com três mil e 800 alunos, o Instituto Politécnico de Beja, tem presente o acordo de Bolonha. “É importante termos em mente que o Acordo de Bolonha, que hoje inclui já um conjunto de países muito mais alargado do que aqueles que compõem a União Europeia, tem como perspectiva a formação de recursos humanos não apenas para o país de origem, mas sim para todo o espaço europeu. Tal facto leva-nos a concluir que as Instituições, sem qualquer perda de tempo, terão que redesenhar os seus planos curriculares”, adianta José Luís Ramalho.
Para aquele responsável os desafios são muitos e o Governo deve ter em conta as alterações que se estão a verificar ao nível do ensino superior na Europa e no Mundo. “De acordo com o projecto de Lei de Bases da Educação, o qual se encontra presentemente em discussão, o 1º Ciclo de estudos, que confere o grau de licenciado, tem a duração de oito semestres, podendo em casos excepcionais essa duração ser alargada até mais quatro semestres. Se esta proposta se mantiver, as licenciaturas em Portugal terão uma duração que pode variar entre quatro e seis anos, ou seja, tudo fica na mesma, quando já se sabe que dos 26 países que assinaram o Acordo, apenas o Chipre e a Bulgária optaram por um 1º ciclo de formação superior com a duração de 4 anos, tendo já 13 desses 26 países ( entre os quais se contam a França, a Itália, o Reino Unido, a Suíça, a Dinamarca e a Holanda) feito a opção pelas licenciaturas de 3 anos. Pensamos que a Tutela não poderá deixar de levar em atenção esta realidade aquando da aprovação da Lei de Bases da Educação”, concluiu.
QUALIDADE. No seu discurso, José Luís Ramalho focou ainda as dificuldades que as instituições de ensino superior do país estão a viver, fruto dos cortes orçamentais e da diminuição global do número de candidatos ao ensino superior. “Estamos todos conscientes que a sobrevivência das Instituições de Ensino Superior, principalmente das
sedeadas no interior do País, passa obrigatoriamente por uma aposta na qualidade da formação científica e pedagógica e na excelência das instalações, dos equipamentos e dos conhecimentos teórico/práticos adquiridos pelos alunos. Serão os conhecimentos de que os jovens diplomados derem provas, quando inseridos no mercado de trabalho, que num futuro bem próximo, irão dar origem ao verdadeiro ranking entre Instituições de Ensino Superior”, disse.
Segundo aquele responsável, “o futuro não se prevê, prepara-se”. Por isso lembra que o Politécnico de Beja tem vindo a apostar na formação do corpo docente, na investigação, na prestação de serviços à comunidade, no desenvolvimento do empreendedorismo e, na medida do possível, em
infraestruturas”.

CASTELO BRANCO
Agrária com novo
director

Apoiar a qualificação do corpo docente, garantir estudos preparatórios em Medicina Veterinária e avançar com cursos de especialização tecnológica são três objectivos do novo director da Escola Superior Agrária de Castelo Branco, José Monteiro.
Eleito para o cargo a 12 de Novembro, o novo responsável pela instituição aponta ainda como metas a continuação e incremento dos serviços prestados à comunidade, além de uma atenção especial ao novo mestrado, em Produção Animal, que agora se inicia, no âmbito de um protocolo assinado com a Universidade dos Açores a 11 de Novembro.
Na área da Veterinária, a ideia passa por avançar com cursos preparatórios, o que resulta de negociações avançadas com a Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Técnica de Lisboa, instituição onde os alunos terminariam o curso, depois de o iniciarem em Castelo Branco.
“Temos condições para garantir essa formação. É uma aposta do Conselho Científico que tem alguns anos. Estamos em conversações adiantadas com a Faculdade de Medicina Veterinária e queremos que seja uma realidade num futuro próximo, se possível já para o ano”.
SUCESSO. A ser assim, poderia crescer o número de alunos, embora já este ano as entradas tenham atingido um bom nível, olhando ao panorama das agrárias. “Na primeira fase, a escola esteve muito bem, tendo sido a segunda melhor, atrás da de Ponte de Lima, que tem uma realidade geográfica, económica e demográfica muito mais forte”. Na segunda fase, com a entrada de 64 alunos, a ESA foi mesmo a melhor das agrárias.
“Fazendo uma análise às classificações dos alunos e sabendo que se associam as notas baixas aos alunos da segunda e terceira fases, só há um curso onde entraram alunos com menos de 10, com a classificação de 9,3. Além disso, no conjunto das duas fases, muitos dos alunos que entraram na Agrária fizeram-no como primeira opção”.
Perante os números, todos os cursos entraram em funcionamento, inclusive o de Engenharia Florestal. “Ainda se levantou a questão em termos de justificação do funcionamento. Porém, com o que passou há tão pouco tempo na nossa região, penso que seria uma estratégia errada encerrar o curso na primeira dificuldade séria”. José Monteiro realça ainda a boa qualificação do corpo docente e o apoio que continuará a ser dado nessa matéria, e promete avançar com cursos de especialização tecnológica a curto ou médio prazo.
MESTRADO. O novo mestrado que decorre na Agrária resulta de um protocolo entre o Politécnico de Castelo Branco e a Universidade dos Açores. Na assinatura do documento, o presidente do Politécnico, Valter Lemos, salientou a que é a segunda parceria com a Universidade dos Açores, e mais se seguirão.
A outro nível, considera que o Politécnico ainda está a começar a desenvolver a sua acção na área das pós-graduações (este é o quarto mestrado que decorre na instituição), o que apenas pode fazer em colaboração com universidades. Admite no entanto que a nova legislação permita a organização de cursos de mestrado aos politécnicos, mas salienta que estas parcerias serão sempre importantes, sobretudo em termos científicos.
Opinião idêntica tem o novo reitor da Universidade dos Açores, Avelino de Freitas de Meneses, para quem “a realização do mestrado em Castelo Branco permite beneficiar da experiência da ESA, que tem grande sucesso ao nível da graduação, bem como da experiência acumulada no Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, que detém um dos mais numerosos e qualificados corpos docentes de todo o País”.
Finalmente, o docente da ESA, António Moitinho, apresentou o mestrado, o qual visa levar os mestrandos a gerar soluções com aplicabilidade em áreas como segurança alimentar, bem-estar animal, defesa do ambiente, valorização do leite e derivados, de tecnologias de produtos cárneos, bem como dos produtos tradicionais e do modo de produção biológico.
POLITÉCNICO DA GUARDA
LANÇA
Estatutos da irmandade
O livro “Estatutos da Irmandade (e Confraria) de São Bartolomeu, da Paróquia de Amoreira/Castelo Mendo”, editado pelo Politécnico da Guarda, acaba de ser apresentado ao público. A obra foi redigida por Carlos Berrincha Martins, Mestre em Ciências Históricas, especialidade Idade Média, pela Universidade Johannes Gutemberg de Mogúncia (Mainz), e professor Adjunto na Escola Superior de Educação, integrada no Instituto Politécnico da Guarda.
O livro desenvolve o trabalho desde a fundação da Irmandade, realçando, entre outros aspectos, os direitos e as obrigações dos irmãos. Tendo obedecido ao que a ciência espera, leu e interpretou cientificamente os documentos. Fez pesquisa bibliográfica e fez História.
Antes da apresentação desta obra, que decorreu no Auditório dos Serviços Centrais deste Instituto, realizou-se uma conferência subordinada ao tema “Língua Materna e Cidadania”.
No decorrer da sessão foi feita uma intervenção que incidirá sobre a figura do Pe. Prof. José Miguel Carreira Amarelo, já falecido, que foi Director da Escola Superior de Educação, do Instituto Politécnico da Guarda.
ESTG DE LEIRIA
Legendagem para surdos
Uma equipa da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), constituída por uma docente, quatro estagiários do curso de Tradução e seis antigos alunos desse mesmo curso, desenvolveram um novo sistema de legendagem de conteúdos audiovisuais para surdos. A experiência está a ser desenvolvida com a telenovela da SIC “Mulheres Apaixonadas” e está a ser muito bem recebida pelo público-alvo.
Josélia Neves (na foto), a professora que se encontra à frente do projecto, conta que há muito tempo propôs à SIC (como já antes tinha feito com a RTP), “que se testasse uma nova modalidade de legendagem com vista a criar não só um novo tipo de legendas que possam ser utilizadas em qualquer texto audiovisual, mas também criar um manifesto técnico sobre este tipo de legendagem”.
Além da equipa da ESTG, estão envolvidas neste projecto a SIC, a SOLEGENDAS - Tradução Audiovisual, Lda e as associações de surdos de todo o país.
O que distingue este processo de legendagem de outros anteriormente feitos é o rigor linguístico (a consciência do valor pedagógico das legendas) e uma maior preocupação em relação ao público-alvo: auxílio na identificação de quem fala e informação complementar sobre os efeitos sonoros e sobre a música. São igualmente utilizados ícones das mensagens SMS para mostrar aquelas emoções que se traduzem mais pela voz dos personagens do que pelo seu fácies.
CURSO. A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria e a Associação Portuguesa de Surdos estão a organizar um curso de introdução à língua gestual, o qual visa assinalar o Ano Europeu das Pessoas com Deficiência e avança este mês de Novembro.
O curso terá a duração de 100 horas e será ministrado pela formadora Isabel Chavinha, da delegação de Leiria da Associação Portuguesa de Surdos. Os interessados terão direito a um certificado de participação e um diploma de nível I, passado pela Associação Portuguesa de Surdos e Secretariado Nacional de Reabilitação.
As inscrições podem ser feitas através de fax (244820310) ou mail (posgradua-coes@estg.ipleiria.pt). As fichas de inscrição estão disponíveis nos sites do Politécnico (www.ipleiria.pt) e da Superior de Tecnologia e Gestão (www.estg.ipleiria.pt).
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